Love Chealleging escrita por Kaka


Capítulo 10
O fim... Ou será só o começo??


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo!!



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Espero que gostem...

Boa leitura!!!

Love Chealleging

Capítulo Dez. O fim. Ou será só o começo?

Bella Pov.

Por favor, me matem!

Essa era a única coisa que eu conseguia pensar quando chegava à escola. O inferno, não só meu como também de vários alunos, só que cada um tinha seus motivos. O meu era ele.

Desci do carro sem ânimo algum, e me dirigi para a sala de aula, mesmo faltando vinte minutos para o início da aula. Sentei-me em meu lugar e fiquei lá esperando como eu havia me acostumado a fazer, como uma morta viva.

Ontem, assim que cheguei a casa fui para o quarto, nem coloquei o celular para recarregar, e a bateria já havia acabado. Hoje, ele com certeza estava embaixo da cama. Meus pais, pelo que minha mãe falara chegaram somente depois da meia noite.

Meus olhos com certeza estavam inchados de tanto chorar antes de dormir e quando acordei, mas não dei muita atenção quando me olhei no espelho. Pra que se arrumar?A única pessoa que eu queria conquistar era Edward, mas ele preferia louras anorexicas que não tinham nada na cabeça. Por que a Tanya não podia se afogar? Assim, de repente? Que isso Bella? Você não pode desejar a morte dos outros... Mas bem que ela podia explodir e depois acabar com aquele cabelo de... Chega!

Ouvi o sinal tocar e isso resultou em uma pontada em minha têmpora. Ótimo, agora estou com dor de cabeça. Tudo pra ajudar...

Virei-me para poder pegar meu material quando ouvi os alunos começando a entrar na sala. Levei um susto quando vi Edward sentando em seu antigo lugar, ele não estava mais com aquela expressão triste de antes, ele continuava com as olheiras, mas elas estavam menos perceptíveis graças ao sorriso torto que eu tanto adorava. Fiquei parada por um tempo, apenas observando-o. Minhas mãos estavam formigando com a vontade de tocar aquele rosto perfeito. Eu queria destruir aquele sorriso com um beijo que nos tiraria o fôlego. Mas me controlei, e minhas mãos tocaram somente o que era meu.

Voltei meu olhar para frente da sala, onde a professora de biologia estava avisando que hoje iríamos para o laboratório.

A sorte está do meu lado, pelo menos dessa vez! Não precisarei ver o rosto de Edward quando for pegar algo na minha mochila, mas em troca, teria de aturar Mike e seu falatório irritante.

Quando já estava no laboratório sentei-me em meu respectivo lugar, esperando Mike, quando vi Edward sentar ao meu lado.

Como assim?! Ele não devia fazer dupla com Tayler? Ele não pedira para trocar de lugar com o Mike? Por que ele estava fazendo isso então?

- O que você está fazendo aqui? – Perguntei com um pouco de nervosismo e curiosidade. E logo despejei as minhas outras perguntas. – Você não devia estar fazendo dupla com o Tayler? Está errado. Você não pediu para trocar de lugar com o Mike?

- Uma pergunta de cada vez. – Disse ele com um tom calmo e risonho. – Primeira: Eu estou sentado com a minha parceira de laboratório para poder fazer o trabalho que a professora vai passar. Segunda: Não, pois você é a minha parceira. Este é o certo. E terceira: Foi só aquele dia. Considere como um presente de aniversário adiantado para o Mike. – Ele disse com um sorrisinho, mas que logo se desfez, dando lugar a uma expressão intensa, assim como sua voz e seus olhos. – Mas já está na hora de ter de volta o que é meu.

- O-o que? – Gaguejei pateticamente, o que fez o sorriso brilhante voltar ao rosto dele.

Agora eu estava muito confusa. O que ele quis dizer com ‘Ter de volta o que era dele’? Ele não estava namorando com Tanya? Então por que ele me disse isso?

A aula passou rapidamente, e Edward não falou mais comigo. Mas eu podia ver que o olhar dele, sempre que podia, estava em mim. E eu ruborizava com isso.

Tocou o sinal, e eu saí quase correndo para voltar para a sala de aula. Pude ouvir um risinho baixo atrás de mim, mas nem precisei olhar para ver quem era. Edward.

Assim que cheguei na sala, sentei-me em meu lugar, tentando juntar as coisas e tentar entender as reações de Edward. Ele não tinha uma namorada? Ele não achava que eu era uma qualquer? Ele já não esquecera de mim? Ele já não parara de me amar? Minha cabeça estava cheia de perguntas, mas para quem as perguntar?

Olhei para a frente e vi Edward parado ali, como no começo da primeira aula. Seu sorriso torto aumentou quando eu olhei interrogativamente para ele.

Edward sentou no seu antigo lugar, ou seja, atrás de mim.

Nem percebi que o professor, chegou. Não me lembrava que aula era, ou qual o caderno que devia pegar. Minha cabeça estava cheia demais. Só quando voltei ao meu estado normal vasculhei o lugar para saber se não era um sonho. Pelo visto não era, pois o professor começou a passar matéria que eu ainda não conhecia.

Mike estava sentado ao meu lado, estranhei esta toca de lugares, mas não comentei nada. Não queria ter de falar nem com Edward e nem com Mike, por razões óbvias. Mas parecia que eles queriam.

- Bella, ainda não tivemos chance de marcar nada. E... – Começou Mike, mas eu o interrompi, já sabendo o que viria com aquela conversa.

- Olha Mike, sinto se te magoar, mas eu não quero sair com você. Não agora. – E nem nunca. Completei em pensamento. Imagina como seria o encontro. Levaria-me a uma lanchonete, seria o mais Mike possível, ou seja, eu ficaria entediada, e depois ainda me iria fazer para a conta inteira.

- Ah... Tudo bem. – Ele parecia constrangido, mas a culpa era dele por viver me enchendo com isso. Eu não devia ter dado esperanças a ele. Mas minha paciência havia chego ao limite. Nem pensei muito no que ia dizer, apenas saiu. Como eu queria ter dito isso há muito tempo atrás. Pouparia-me de muitos problemas.

Senti algo puxando meu cabelo. Respirei fundo. Eu sabia o que era isso. Era mais uma das manias que Edward tinha. Ele gostava de mexer no meu cabelo. Solta-lo e deixa-lo escorrer por suas mãos. Mas isso era antes. O que estava acontecendo com Edward?

Eu acabei me distraindo com suas mãos por alguns segundos, mas quando ‘recobrei a consciência’ puxei meu cabelo para frente, sem nem olhar para Edward. Se eu olhasse, acabaria fazendo algo que não seria nada bom, pelo menos para meu alto controle.

- Não precisa se incomodar. – Ouvi Edward sussurrar em meu ouvido, e senti um arrepio percorrer minha espinha. Ele colocou sua mão em cima da minha e soltou meu cabelo do aperto que minhas mãos faziam. Percebi que meus dedos estavam duros, pois eu estava paralisada. Mas com a mão de Edward, eles amoleceram, e eu soltei. – Eu gosto do seu cabelo na minha mesa. – Continuou ele na minha orelha, e depois, percebi que ele se afastara, pois eu não sentia mais sua respiração na minha nuca.

Por que eu estava deixando-o fazer isso comigo? Torturando-me física e emocionalmente. Respire Bella, respire.

- Ainda o cheiro de morangos. – Disse ele, novamente perto de mim. – Eu gosto.

Controlando-me para não falar nada, puxei meu cabelo de suas mãos e o prendi com uma caneta em um coque frouxo. Isso ajudaria. Se ele mexesse novamente, eu pediria para mudar de lugar.

- Você me obriga a fazer isso. – Edward falou, antes de encostar o nariz em minha nuca e começar a movê-lo para cima e para baixo, me fazendo sentir sua respiração.

- Chega! – Disse com a voz sufocada. Distanciei-me dele e cruzei os braços sobre a mesa, deitando sobre eles.

O que está acontecendo?

Edward Pov.

Eu adoro provoca-la. Ela tenta não reagir aos meus atos, mas é involuntário. É a lei da física. Ação e Reação. Recostei-me na cadeira que estava sentado, satisfeito pelo efeito que causava nela. Eu, além de conseguir fazer uma das coisas que sonhei, ainda consegui deixar Bella arrepiada. Somente com a minha respiração. Eu sou demais!

Hoje ela iria me ouvir, nem que eu tivesse de prendê-la em uma sala junto comigo. Até que a idéia não me soava tão mal... É melhor eu parar.

Tocou o sinal e logo a inspetora veio nos avisar que seria aula vaga, já que o professor faltara e não havia substituto. Quando tinha aula vaga, essa era a melhor parte do dia. (N/A: Concordo com o Edward... Adoro aula vaga...). Eu não teria de prestar atenção em algo que eu não queria, e ainda poderia tentar conversar com a Bella.

Estava tão relaxado com a idéia, que quando fui ver Bella já não estava mais na minha frente. Na verdade, ela não estava mais na sala. Guardei logo as minhas coisas e fui rapidamente para o corredor, ver se a encontrava.

Ela não estava lá. Comecei a procurar em toda a escola, mas não a encontrei. Provavelmente estava no banheiro feminino, o único lugar em que eu não procurei, e nem poderia. Suspirei frustrado.

- Achei você... – Ouvi uma voz dengosa dizer ao meu ouvido. Tanya.

- Eu estou te procurando igual a uma louca. Vi você saindo da sala, mas você foi muito rápido. Não posso correr com esse Chanel. – Disse ela, olhando com adoração para os pés. – Então, o que você estava fazendo de tão importante para sair com toda aquela pressa? – Falou ela, passando os dedos pela gola da minha camisa, arrumando-a. Que coisa irritante. Vou dar uma basta nisso, e vai ser agora.

- Eu estava te procurando. – Disse com o sorriso mais forçado que já fiz.

- E para que? – Perguntou ela, olhando de mim para o seu sapato. Se ela desse tanta atenção a mim quanto está dando para o sapato, eu agradeceria. Era horrível falar com o ar. Bom, não estou nem aí, ela não significava tanto assim para mim.

- Eu quero terminar. – Disse, e ela arregalou os olhos, finalmente olhando para mim com a atenção devida. Bem feito. Ela prefere o sapato a mim. A mim.

- O que? – Disse ela incrédula. – Como assim terminar? Você não pode. E eu vou ficar como?

- Você ouviu perfeitamente bem. Eu quero terminar. Nós vamos terminar. E você vai ficar bem com o seu belo par de sapatos, e suas outras tantas coisas fúteis. Por que não pega o Chanel e beija-o? Vê se ele te corresponde.

Respirei fundo e percebi que estava mais leve. Ele era somente mais um peso para mim.

- É um alívio poder te falar isso. Sinto muito. – Sinto nada. Eu estou é feliz. Agora eu sou um homem livre. Na verdade, não sou não... Eu ainda pertenço a Bella, mesmo que ela me rejeite. O que eu sei que ela não vai fazer, pois ela me ama. É tão bom poder pensar que isso é a mais pura verdade.

Deixei-a para trás e fui para a sala de aula. Vou fazer o que nos corredores? Emmett e o resto do pessoal estavam em casa, como se tivessem prolongado suas férias mais uma semana, e Bella estava trancada no banheiro. Agora se percebe quem são os amigos de verdade. Somente quando eles fazem falta. Podia estar cercado por pessoas conhecidas e ainda assim, me sentir sozinho.

O sinal tocou depois de alguns minutos intermináveis. E várias pessoas entraram na sala, inclusive a minha Bella. Respirei fundo, me preparando para o próximo round.

Bella Pov.

Que raiva do Newton! Ele pode trocar de lugar com Edward, mas não comigo. Parece que ele ficou com raia por eu ter cancelado nosso encontro. Bom, vou ter que me sentar em outro lugar.

Pedi a Ângela, e ela aceitou. Ela é uma ótima amiga. Eu comecei a conversar com ela depois que Alice e Rose me ‘abandonaram’. Eu sei que é por causa dos namorados, mas eu odiava ficar segurando vela. Eu sempre tinha de ficar com o Edward quando saíamos, já que elas e os meninos sumiam’.

Edward.

Por causa dele eu perdi o almoço, trancada no banheiro, por conta própria, eu sei. Mas eu não conseguia entendê-lo. De uma hora para outra ele começa a me tratar como se eu tivesse alguma doença contagiosa, e depois volta a mexer comigo, tanto física quanto psicologicamente.

Meu novo lugar era ao lado da janela, e eu sentava três carteiras a frente da professora. Eu sei que era um lugar horrível, mas era o mais longe que eu conseguira longe de Edward. Olhei para trás e o vi me encarando, fitei-o de volta por apenas alguns segundos, mas parei assim que percebi que estava perdendo a linha de raciocínio. Esqueci de respirar.

Virei-me para frente e tentei prestar atenção na professora, mas não deu certo. Eu podia sentir o olhar de Edward em minhas costas. Eu era muito perceptível à presença de Edward.

As aulas seguintes foram à mesma coisa. Não dei a menor atenção a nada.

Assim que bateu o sinal indicando o final da aula, eu já estava com todas as minhas coisas arrumadas, e quase voei para o estacionamento. Na minha caminhonete dirigi para casa, estava desesperada para ficar sozinha em algum lugar onde eu pudesse pensar no que aconteceu hoje, e talvez, até chorar.

Dirigi quase que automaticamente, e quando estacionei o carro consegui ouvir a voz de minha mãe, mas aprece que ela ao estava sozinha, pois conseguia ouvir também várias vozes de mulher. Ela só podia estar fazendo uma reunião.

Eu mereço.

Eu querendo ficar sozinha e minha mãe dando quase uma festa, de tão alto que elas falavam. Coitados de seus maridos. Papai devia ter sido expulso de casa, para que mamãe chamasse suas amigas.

Entrei em casa e confirmei minhas suspeitas. Tinha mulheres em todos os cantos da casa, de 20 a 50 anos.

Escrevi um bilhete em um bloquinho que tinha perto da porta, avisando que eu voltaria tarde. Eu não correria o risco de falar com a minha mãe e ela me fazer ficar aqui.

Saí de casa batendo a porta, mas duvido que alguém tenha ouvido.

Decidi não ir de carro. Caminhar me faria arejar um pouco a cabeça.

Eu iria para a minha casa na árvore.

Edward Pov.

Dessa vez eu não perdi a minha Bella de vista. Segui-a até o estacionamento entrando rapidamente no meu carro e seguindo-a até sua casa, ficando o mais longe possível.

Eu a vi entrando em casa. Com isso estacionei meu carro na esquina, o mais rápido que eu pude. Desci do carro e me escondi em uma moita na casa de seu vizinho.

Quando ela saiu de casa, eu a segui como naqueles filmes toscos. Quando ela olhava para trás, o que era muito raramente, eu me jogava atrás de alguma coisa que me escondesse.

Bella foi para uma casa na árvore que tinha no começo da floresta. Ela parecia acabada, a escada parecia ser muito usada. Suspeitei que aquilo não fosse seguro.

Eu estava escondido atrás de uma árvore, e pude a ver subindo pelas escadas que estavam fixadas. Bella parecia já ter feito isso muitas vezes contando o jeito que ela era desastrada, mas subiu perfeitamente, sem nem tropeçar.

Olhei para a casa, e pude ouvir leves soluços. Minha Bella estava chorando. E acho que era por minha causa.

Fiquei alguns poucos minutos somente fitando a casa, e pode ser clichê, mas comecei a pensar em todos os foras que eu ganhara, mas no final, a última imagem que eu vi foi a de Bella, com o sorriso que ela oferecia para todos, menos para mim, e a voz da Alice dizendo que ela me amava.

Subi logo as escadas improvisadas, sentindo minha pulsação forte com a ansiedade. Os soluços iam ficando mais altos conforme eu chegava mais perto da casa na árvore.

Quando eu cheguei ao topo e entrei pelo buraco que servia como porta, vi a minha Bella encostada na parede, encolhida e com a cabeça encostada nos joelhos. Aquela imagem dissipou todos os meus pensamentos. Eu devia cuidar dela, do meu grande amor, não deixa-la chorar, não deixa-la sofrer e nem que sentimento ruim. Mas eu me sentia com as mãos atadas vendo-a ali, encolhida e chorando tanto.

Caminhei lentamente até ela pelo curto espaço que nos separava. Parece que ela não me ouviu, pois quando eu me abaixei para tocar seu baço ela se sobressaltou e seus olhos se abriram em grandes orbes de chocolate, mas que agora estavam encobertos por lágrimas que escorriam por sua face.

Ficamos apenas nos olhando por alguns segundos que pareceram minutos intermináveis. Levantei minha mão para poder secar as lágrimas que teimavam em cair, mas Bella desviou o rosto minimamente, como se dissesse não ao meu ato. Mas eu, como o eterno teimoso que sou, tentei novamente, e dessa vez Bella não resistiu e deixou que eu fizesse. Meus dedos tocaram o seu rosto e limparam lentamente a lágrima, como que tentando aproveitar o momento. Eu ouvi e senti-a suspirar.

Sua expressão era confusa e seus olhos interrogativos. Ajoelhei-me diante dela, para que pudéssemos ficar um de frente para o outro. Minha mão, que continuava em seu rosto, desceu para seu pescoço e começou a passear pelos seus ombros, seus braços, até chegarem as suas mãos. As apertei firmemente.

Comecei a desfazer os nós que ela fazia com os dedos, e olhei para nossas mãos enquanto fazia isso. Percebi que estava chovendo quando ouvi barulho de água no teto. Olhei para cima, só para não ter de olhar em seus olhos vermelhos pelo choro. Mas depois, não tive escolha, senão encara-la. Ela parecia uma criança indefesa e delicada, com suas bochechas, seus lábios e seus olhos vermelhos, se contrastando com o resto de seu rosto branco quase translúcido. Ela mordia o lábio inferior, uma de suas manias quando estava nervosa, e que eu adorava.

Soltei uma de suas mãos e coloquei dois dedos em seus lábios, fazendo com que ela parasse de mordê-los. Ela pareceu tão surpresa com isso que pude sentir sua respiração ficar suspensa. Comecei a passar meus dedos por seu lábio superior, o acariciando, depois o inferior, depois fiz que fosse encostar em seus olhos, e ela os fechou, passei os dedos pelas suas pálpebras, depois fui descendo pelo seu nariz fino, até chegar a sua bochecha esquerda, espalmei minha mão ali, e levei a outra a bochecha direita. Bella abriu os olhos e neles eu vi ansiedade, a mesma ansiedade que eu sentia agora. Eu sentia meu coração palpitar mais forte, uma leve tontura quando aspirava, minhas mãos começaram a tremer levemente.

Aproximei-me mais de seu rosto e pude sentir sua respiração entrecortada em minha face.

Eu ia beijá-la, e não seria rejeitado.

- Eu te amo tanto. – Declarei com certa devoção. Parecia tão certo dizer isso que eu simplesmente não pensei exatamente antes de falar. Ela abriu os olhos com surpresa, mas logo suas mãos foram para a minha nuca fazendo com que eu me aproximasse mais dela. Eu estava tão perto que podia ver as pequenas sardas que tinham em seu nariz, quase imperceptíveis. Ela fechou os olhos e eu a segui, fazendo com que o sentido do tato se aguçasse. Minhas mãos desceram para a sua cintura, a trazendo para mais perto de mim em um abraço.

Meus lábios tocaram os seus levemente, e foi o bastante para que o controle que restava acabasse. Começamos um beijo lento e suave, mas que foi ficando cada vez mais apaixonado e sôfrego. Deslizei minha língua por entre seus lábios e comecei a explorar cada canto de sua boca, como se eu fosse o homem mais faminto do mundo, e ela meu prato predileto. Seu gosto para mim era viciante. Quanto tempo que eu esperei para poder beijá-la com toda a devoção que eu sentia por ela, sem o medo de ela me dar um tapa ou fazer coisas piores. Ela me correspondia com muito entusiasmo agora, apertando minha nuca com uma mão enquanto a outra puxava levemente meu cabelo, fazendo com que eu ficasse cada vez mais perto dela. Agora Bella também estava ajoelhada, e nossos corpos estavam praticamente colados. Meus braços abraçavam sua cintura possessivamente.

Comecei a descer meus beijos para o seu pescoço quando estávamos com falta de ar. Disse seu nome em um suspiro entrecortado graças á falta de ar e isso pareceu acordá-la do transe que estávamos partilhando.

- Edward... Para... Isso é... Errado... – Disse ela, com a respiração ofegante. Suas mãos foram para as minhas bochechas, fazendo com que eu levantasse a cabeça para poder olhá-la. Seus lábios estavam mais vermelhos, ela respirava com mais dificuldade, e pelo que vi, seu pescoço estava um pouco vermelho também.

- Não. – Neguei. Nosso primeiro beijo, e ela nos faz parar pra me dizer que é errado. Minha cabeça balançava negativa e freneticamente, quase como se eu fosse um louco. E eu era. Era louco por ela. – Não é errado. Isso é a coisa mais certa que eu já fiz em toda a minha vida.

Tentei juntar nossos lábios novamente, mas ela se esquivou para o lado.

- Edward, eu não sou uma qualquer como você pensa. Eu não servirei de substituta para quando a Tanya não estiver disponível. – Disse Bella, e eu pude perceber dor em seu olhar e sua voz. – Isso que estamos fazendo é um erro.

- Bella, não... Eu te amo, mais do que a mim mesmo. – Disse desesperado. Ela estava achando que seria a outra. Mas ela não era. Nunca foi. Ela sempre veio em primeiro lugar. – Me deixa explicar, por favor...

- Não Edward. Olha, sinto muito se te magoei ano passado, mas eu entendi o que você escreveu na carta. Você vai seguir a sua vida, não precisa de mim. Então... Chega de mentir, por favor. – Sua expressão era dura, mas seus olhos mostravam que ela estava sofrendo ao dizer aquilo. - Você encontrou na Tanya o que não tem em mim. Então, por que você está aqui? Eu não preciso da sua pena. – Disse ela, e as lágrimas começaram a cair de novo. Eu estava em choque. Ela tinha levado aquela carta a sério demais. Ela não entendeu pelo meu lado. Eu tentaria seguir em frente. Tentaria deixar de amá-la. Mas não fora possível. – Irônico não? Você passa um longo tempo tentando me conquistar e ficar comigo, e quando desiste, eu começo a te amar. Eu não te mereço. Eu tentarei fazer o mesmo que você...

- Chega! – Eu disse olhando em seus olhos. Sua expressão ficou um pouco assustada quando eu usei o tom de voz desesperado. - Você não está entendendo. Eu disse que tentaria te esquecer, não que conseguiria. E eu apenas namorei Tanya por que ela é totalmente diferente de você. - Antes meu tom estava desesperado, agora estava calmo. - Eu tentei parar de te amar, mas isso é impossível.

Os olhos delas ficaram com um brilho diferente, mas ela tinha uma expressão confusa, como se estivesse tentando montar um quebra cabeça.

- Eu não te entendo. Você me ignorou todo esse tempo, namorou Tanya, ficou aos beijos com ela na minha frente, e agora, vem me dizer que fez tudo isso por que me ama?

- É mais complicado. Eu te ignorei, por que você sempre disse que me odiava, namorei com Tanya, porque achei que assim, iria te esquecer só que eu vivia comparando vocês duas. Eu nunca deixei de te amar. Apenas achei que a sua vontade fosse eu longe de você, mas Alice me ligou e me contou que você correspondia meus sentimentos então... – Eu parei quando vi seu rosto ficar branco, então tentei consertar. – Por favor, não fique brava com Alice, ela só queria nos ajudar. – Dei ênfase no ‘nos’, pois queria que ela entendesse como isso sendo bom para nós dois.

- Tudo bem, eu não ficarei brava com ela. E nem com você. – Ela fez uma pausa, olhando para suas mãos, que agora estavam em meu peito. – Mas não acho que isso vá dar certo. Quero dizer, nós dois... Somos muito diferentes, e eu não acho que iremos ser conseguir nos dar bem juntos. Todas as nossas conversas resultaram em brigas...

- Não estamos brigando... Estamos tendo uma conversa normal agora. – Eu disse. Como ela podia dizer que não daríamos certo?

- Sim, agora. Mas veja... Eu falo de acordo com a razão, e você, é impulsivo, o que o seu coração manda você faz. Eu penso muito antes de fazer algo. É claro que eu gosto de você, quero ficar com você, mas... Não quero sair machucada depois que você se enjoar de mim.

- Eu nunca me enjoaria de você. E eu falo sério quando digo que te amo, e que um dia iremos nos casar e ter filhos. – Disse seriamente.

- Edward, chega...

A interrompi com um selinho. Ela me olhou surpresa, e quando ia recomeçar a falar, dei mais um beijo nela, só que dessa vez, não descolei nossos lábios. Começamos mais um beijo, quase violento, eu a abraçando pela cintura e ela puxando meus cabelos. Nós éramos perfeitos um para o outro.

- Edward... – Ela disse, mas não foi como se estivesse tentando me afastar, foi mais uma súplica por mais.

A deitei em uma almofada que tinha ao nosso lado, e fiquei por cima dela, tentando conter meu peso.

- O que você vê de errado nisso Bella? – Eu disse quando nos separamos para poder respirar um pouco. Estávamos olhando um nos olhos do outro, e isso parecia mais do que certo. Nós dois juntos – Sim, nós somos diferentes, e é isso que fará com que eu nunca enjoe de você. Você sempre me surpreende, e é por isso que eu comecei a gostar de você. Você é diferente... Única.

Ela exibiu um sorriso fraco, e me puxou para junto dela novamente. Começamos outro beijo, mas esse era calmo. Estávamos ‘testando’ um ao outro.

- Eu te amo. – Ela sussurrou por entre o beijo, e isso me deixou muito feliz. Parecia que tinham fogos de artifício em minha cabeça.

- Eu também minha Bella. – Eu disse e continuamos assim por mias um tempo até escurecer, apenas conversando, e de vez em quando trocando carícias.

Quando deu tempo, eu olhei para as paredes, que estavam iluminadas por uma lanterna que Bella tinha naquela casa.

Fiquei um pouco surpreso com o que li.

- Acho que você deveria trocar isso não é? – Brinquei, dando um beijo em seu nariz.

- O que? – Perguntou ela, que estava deitada ao meu lado, e abraçada a mim.

- As paredes. Agora tem de ser assim “Passado: Odeio Edward Cullen.”, “Presente: Eu amo Edward Cullen” e “Futuro: Me casarei com Edward Cullen”.

- Casar? Não estamos nem namorando ainda. – Olhei confuso para ela. – Que eu saiba você não me falou nada ainda.

Eu compreendi o que ela quis dizer, então me levantei, puxando-a junto comigo. Depois, me ajoelhei diante dela.

- Edward, não precisa de tanto...

- Não, eu insisto. – A interrompi. Ela estava sorrindo para mim. Peguei sua mão entre as minhas e dei um beijo, olhando em seus olhos. – Isabella Swan. Minha Bella, aceita ser minha namorada?

- Irei pensar no seu caso. – Disse ela seriamente tirando sua mão das minhas. Eu fiquei chocado. Ela ia me humilhar de novo, como fazia antes? Mas ela sorriu para mim, se divertindo, e me fez levantar. – É claro que eu aceito.

Sorri com isso e a abracei.

Os opostos se atraem, e nós somos a prova viva disso.

N/A: Fim... Ou será apenas o começo???

Então? O que acharam do final? Ficou muito tosco? Eu não sou muito boa com finais... Sorry...

Espero que vocês tenham gostado da fic... Eu amei escreve-la, e espero que vocês mandem muitas reviews...

Beijos,

Kah Reche


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