Eve escrita por BibiBennett


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olááá gente bonita! Como vão? Acabo de escrever um capítulo quentinho pra vocês! =D
Revelações que (talvez) muita gente estava esperando acontecem nesse capítulo! =D
Anyway, tenho novidades! =D
Novidade 1: Finalmente saiu o trailer da fic!! Espero que gostem! https://www.youtube.com/watch?v=nWWxC3me5j4
Novidade 2: Fiz um tumblr pra fic! Lá vão estar saindo alguns gifs e novidades, além de ter a biografia de vários personagens! Ainda ta em construção, pois ainda não tive tempo de fazer tudo, mas vocês já podem dar uma olhada! =D http://evefanfiction.tumblr.com/
Novidade 3(e última): Estou fazendo banners pros capítulos! *---* Vou colocá-los aqui aos poucos, pois a maioria ainda não está pronto, mas de tempos em tempos se vocês derem uma passada nos capítulos mais antigos vão poder ver o progresso. =3
Anyway, é isso ai! Espero que gostem do capítulo! Vejo vocês lá no final. s2



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Fechei os olhos assim que a porta se fechou, afundando-me no sofá e soltando o ar que eu não sabia que estava segurando.

Eu tinha tanto para pensar, tanto para explicar.

Minha cabeça dolorida era um lembrete de quê mesmo que Steve tivesse esclarecido muitas coisas, ainda existiam segredos e dúvidas que só eu poderia desvendar. Bem, isso se eu conseguisse entender o quê diabos eu estava fazendo nas imagens que não paravam de se repetir em minha cabeça.

Foi como se algo em minha mente tivesse acordado quando Steve falou que o chamavam de Capitão América. As imagens daquela cinza sala de reuniões e do sorriso doentio de Pierce, que vieram com toda a força quando Steve disse tais palavras, trouxeram consigo uma sensação gelada e cortante, e de alguma forma eu sabia que aquilo era real. Eu não estava delirando, minha mente não estava inventando coisas, eu tinha certeza de que aquela sala, aquelas pessoas e a sensação de vazio que preencheu meu coração durante aqueles poucos segundos faziam parte de meu passado.

De repente eu já não tinha mais tanta certeza de que queria minhas memórias de volta.

Abri meus olhos para encarar a parede azul da sala e suspirei, levantando-me do sofá e me dirigindo até meu quarto. Eu precisava de um banho, precisava relaxar e expulsar o medo que aos poucos se infiltrava em cada poro de minha pele.

Tranquei a porta assim que entrei na espaçosa suíte, logo andando em passos lentos até o banheiro. Uma banheira enorme se encontrava bem no meio do cômodo, justamente o quê eu precisaria para, pelo menos por alguns minutos, tirar os resquícios do dia desastroso de minha mente.

Abri a torneira, podendo logo escutar o barulho calmante da água batendo contra o mármore.

O quê eu estava fazendo naquela sala de reuniões? Por que aquele homem me olhava como se eu fosse um prêmio? Por que estávamos falando sobre Steve? O quê eles queriam dele?

A única certeza que eu tinha era a de que aquilo não era nada bom, e eu estaria me iludindo se pensasse o contrário.

Olhei-me no espelho, lentamente liberando minhas asas – o quê fez outro buraco nas roupas já arruinadas que eu usava – e observando o suave movimento de suas penas brancas. O alívio de deixá-las livres pela primeira vez no dia me fez suspirar, enquanto eu esticava-as em um alongamento que na última semana havia se tornado rotina.

Eu soube que não era normal desde o minuto em que acordei em meio às chamas, meu reflexo no espelho me lembrava disso todos os dias, mas a conclusão que minha mente estava chegando ao analisar minhas novas memórias levava isso a outro nível.

Talvez eu estivesse errada, talvez eu estivesse me precipitando – afinal, eu não sabia o contexto dos acontecimentos –, mas tudo o quê havia ocorrido até aquele momento provava o contrário.

Minhas asas, o ataque, minhas habilidades, o fato de Fyres estar na sala de reuniões, os estranhos sonhos que eu me recusava a acreditar que eram memórias, mas que agora mais do que nunca se mostravam reais, tudo isso me levava a uma única conclusão.

Eu trabalhei para eles.

Eu trabalhei para a HYDRA.

E agora, por alguma razão, eles me queriam de volta.

***

A imagem de Eve suja, cansada e cambaleando para fora de um beco fez o coração de Steve se apertar em seu peito. Ele sabia que aquelas eram imagens de duas semanas atrás, mas mesmo assim a urgência que ele sentia em ajudá-la era real e quase palpável enquanto ele encarava a tela.

Desconfortável, ele desviou o olhar para Tony.

— Ok, ela estava saindo de um beco, e daí? — O Capitão perguntou, sem ter ideia do por que o moreno estar mostrando tal vídeo a ele.

Tony revirou os olhos, reiniciando o vídeo antes de pausá-lo novamente.

— De alguma maneira alguém apagou quaisquer resquícios de informação sobre a Eve. Desse momento em diante, todas as imagens das câmeras de segurança da rua, e de diversas ruas depois disso – e que eu devo acrescentar, fazem um caminho direto para a sua casa – sumiram “misteriosamente”. — Pausou o moreno, com as mãos fazendo aspas no ar. — Obviamente alguém as deletou, mas esse não é o ponto.

Tony pressionou novamente o botão no controle, passando a gravação de novo na tela. — O ponto é que, nenhuma imagem antes dessa, em lugar nenhum da cidade, foi deletada. Todas as imagens das câmeras de segurança dessa noite, antes disso, estão intactas e sem nenhuma edição, mas ainda assim nossa garota misteriosa é vista saindo de um beco sem saída.

Com isso, o bilionário voltou seu olhar para a tela, não podendo ver a expressão confusa que surgiu no rosto de Steve. O loiro franziu o cenho e passou as mãos pela cabeça, fechando os olhos por um segundo para organizar seus pensamentos.

— Então você está me dizendo que Eve simplesmente surgiu em um beco sem saída? — O Capitão perguntou ao abrir os olhos, se aproximando da tela e do amigo.

— E não só isso... Mas o quê é aquilo nas costas dela? — Tony estreitou os olhos e pausou no exato segundo que queria mostrar a Steve.

A imagem era borrada, esverdeada e cheia de imperfeições típicas de uma câmera de segurança barata, mas mesmo assim algo fora do comum era visível. Nas costas de Eve, era possível ver um estranho borrão branco, exatamente um segundo antes da moça sair do campo de visão da câmera.

— Jarvis insiste que é só uma falha na imagem, mas eu tenho minhas teorias. — O Homem de Ferro comentou, analisando atentamente a imagem.

Steve, copiando a expressão de Tony, estreitou os olhos ao tentar distinguir o estranho borrão branco, mas com a terrível qualidade da imagem era impossível concluir qualquer coisa. Desistindo, ele voltou seu olhar para o amigo.

— Teorias? — Steve levantou uma de suas sobrancelhas.

— Bem, primeiro eu pensei que poderia ser parte da roupa dela, mas além de sua reação já ter descartado essa hipótese, olhe bem para a imagem. — O cientista respondeu, parando somente para aumentar a imagem na TV. — Enquanto o vestido está completamente sujo, a mancha branca continua intacta, além de ter um movimento diferente.

— Jarvis, por favor, repita os últimos segundos em câmera lenta. — Tony pediu ao AI, que lhe atendeu automaticamente.

— Poderia ser um lençol, mas quem acharia um lençol tão limpo no meio do lixo de Manhattan? Então eu pensei, “se não é a roupa e nem um lençol, bem... só podem ser asas.”.

— Asas? — Steve perguntou incrédulo, e por algum motivo seu coração se acelerou ao pensar na possibilidade.

Imagens de duas semanas atrás vieram à sua mente, imagens da misteriosa figura voando em meio às chamas no destruído prédio da HYDRA. Naquele momento, foi como se um quebra-cabeças tivesse sido resolvido em sua mente.

De repente, a figura misteriosa já não era mais tão misteriosa assim.

— É só uma teoria. — Tony deu de ombros, seu tom brincalhão, mas seu olhar estranhamente sério. Ele analisou discretamente a reação do Capitão antes de continuar. — Certamente explicaria como ela chegou ali, mas como ela poderia esconder duas asas gigantes como aquelas?

O loiro riu nervosamente.

— É, como? — Disse ele, tentando soar desinteressado. — Hm, Stark, você poderia me mostrar de novo a data da gravação?

— Claro. — Tony disse, pegando o controle e apertando um dos mais de cem botões. A data logo apareceu no cantinho da tela, e Steve teve que se controlar para não xingar baixinho.

Era exatamente o mesmo dia da missão, só que pouquíssimas horas depois. O super soldado calculou a distância de Manhattan até a destruída base em alguns segundos, e descobriu que voando, qualquer pessoa levaria esse ou até menos tempo de um lugar ao outro.

Tudo se encaixava perfeitamente.

Ela pode ser perigosa. A voz de Natasha ecoou na mente de Steve, fazendo suas sobrancelhas se arquearem em alarme.

— Natasha! — Ele disse, olhando preocupado para Tony. — Assim que ela souber que Jarvis não encontrou nada, ninguém vai impedi-la de levar Eve até a S.H.I.E.L.D.

Mesmo que o Capitão tivesse voltado a trabalhar para a agência, agora sob o comando de Coulson, não era como se ele confiasse totalmente em seus agentes. Na verdade, essa foi uma das principais razões de sua volta. Enquanto ele estivesse por lá, poderia ficar de olho nos colegas de trabalho e no novo diretor, que até agora não havia lhe explicado com detalhes como havia voltado à vida.

Talvez ele nunca voltasse a ter aquela confiança cega que um dia já teve, mas enquanto ainda tivesse essa ponta de desconfiança ele não estaria disposto a deixar Eve nas mãos deles.

Ainda mais agora, se a teoria de Tony estivesse certa.

O olhar assustado da loira quando ele mencionou a polícia, no que parecia ser uma eternidade atrás, também o convenceu a não levá-la para lá, pelo menos por enquanto.

Tony suspirou, balançando a cabeça e indo em direção ao bar.

— Se alguém pelo menos tivesse a tecnologia para hackear o sistema da S.H.I.E.L.D. e criar uma missão de última hora... — Disse ele, falso desapontamento estampado em sua voz. O gênio olhou de canto de olho para Steve, um pequeno sorriso surgindo na ponta de seus lábios.

— Você pode fazer isso? — A voz cheia de surpresa do Capitão logo preencheu a sala, enquanto Tony pegava um copo de vidro e o enchia de whiskey.

— Bem, não criar uma missão, mas colocar Natasha em uma existente... Considere feito. — Respondeu o moreno, bebendo um gole da bebida.

Steve franziu o cenho, pensando por um momento.

— Espere, ela não vai desconfiar?

— Claro que vai, e provavelmente vai fazer sua própria pesquisa sobre a Eve enquanto estiver fora, então é melhor estar preparado para quando ela voltar. — Tony deixou seu copo na mesa do bar, tirando o seu celular do bolso. — Agora, se você me der licença, eu tenho uma organização secreta para hackear.

O super soldado assentiu.

— Obrigado, Tony. — Disse ele, virando-se em direção à porta e recebendo um aceno despreocupado do moreno, que já mexia concentrado no celular.

Assim que Steve abriu a porta, o bilionário chamou:

— Oh, e Steve... — Ele esperou o Capitão virar-se na sua direção antes de continuar, seu olhar sério. — Descubra quem ela é, e rápido. A HYDRA não atacaria a sua casa se ela não fosse importante, e se ela é tão valiosa assim, mais cedo ou mais tarde eles vão tentar de novo.

— Você acha que eles atacariam a Torre? — O loiro perguntou, sua voz baixa e pensativa.

— Você acha que eles não atacariam? — Tony foi impassível.

Alguns segundos de silêncio se passaram entre eles, as mentes dos dois homens borbulhando com perguntas e preocupações.

— Entendido. — Foi a última coisa que Steve disse antes de se dirigir até o elevador, apertando o botão de seu andar e terminando a conversa com uma palpável tensão no ar.

Assim que as portas do elevador se fecharam ele suspirou e se apoiou na parede, imagens do borrão branco nas imagens de segurança e da misteriosa mulher que voou da base da HYDRA se repetindo em sua mente durante todo o caminho até seu apartamento.

Será que ele poderia mesmo ter sido tão cego a ponto de não ter visto as pistas gritantes de que Eve era a mulher com asas? Ele deveria no mínimo ter suspeitado quando ela apareceu em sua casa uma semana depois da destruição da base, com a mesma cor de cabelo e mais um mistério para desvendar, além das datas que batiam perfeitamente.

Ele marchou com rapidez para fora do elevador assim que as portas se abriram, pegando sua chave e indo em direção ao apartamento.

De repente, outro pensamento cruzou sua mente.

Por que ela não me contou?

Steve não ficou com raiva, não, ele não tinha esse direito. Ele mesmo havia escondido diversas coisas dela, mas mesmo assim esse pensamento não deixou de se repetir e impregnar sua mente.

Ela não confiava nele? Tinha medo de sua reação? As opções eram muitas, e ele não via a hora de falar com a moça para esclarecer as dúvidas que não paravam de pipocar em sua mente.

Talvez ela fosse contar, talvez fosse exatamente isso que ela estivesse tentando fazer logo antes de Tony interromper.

Com esse pensamento, o Capitão entrou no apartamento e fechou a porta atrás de si, se surpreendendo com a escuridão do local. A sala era iluminada apenas pelas luzes do corredor e da TV, que estava ligada no mudo em um canal que ele não reconhecia.

— Eve? — Steve chamou baixinho, olhando em volta por qualquer sinal da loira.

Sem resposta, ele visualizou o controle na mesa de centro e andou na sua direção, parando no meio do caminho quando avistou Eve deitada no sofá. Ela havia trocado de roupa, estando agora com um vestido preto que ia até a metade de suas coxas, e seus cabelos úmidos estavam parte no sofá, parte em seu rosto enquanto, de boca aberta, ela dormia encolhida.

Steve encarou a cena por alguns segundos, e um pequeno sorriso não pode deixar de surgir em seus lábios. Ele logo foi até o seu quarto e pegou um grosso cobertor de um dos armários, voltando para a sala da forma mais silenciosa que pôde e cobrindo Eve, que se aconchegou ainda mais no sofá e murmurou baixinho em aprovação assim que o tecido macio encostou-se a sua pele.

Naquele momento, Steve não se importou com os segredos, não se importou com as preocupações de Natasha ou de Tony, nem mesmo com o perigo eminente que a HYDRA lhes proporcionava. Assistindo Eve dormindo de maneira tão inocente remexeu algo em seu peito, e naquela hora ele decidiu que a conversa deles poderia esperar até de manhã.

— Boa noite, Eve. — O Capitão disse, mesmo sabendo que a loira não poderia escutá-lo.

Ele pegou o controle remoto na mesa e desligou a TV, mergulhando a sala em escuridão.


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Notas finais do capítulo

E aí? O quê acharam? *---*
Espero que tenham gostado do capítulo, pois eu gostei bastante de escrevê-lo! =D
Qualquer errinho ou confusão, por favor não hesite em me falar, e se você gostou(ou não), por favor deixe um comentário na caixinha feita pra isso! =D Faz o meu dia mais feliz, e uma opinião é sempre legal pra eu tentar melhorar a fic cada vez mais pra vocês. =3
Se você ainda não viu o trailer, dê uma passadinha nesse link: https://www.youtube.com/watch?v=nWWxC3me5j4
E... É isso, eu acho! =D
Vou tentar fazer o próximo capítulo bem rápido, acho que vai ser mais fácil já que agora que estou entrando de férias. =D Esperem grandes emoções, pois se tudo der certo vai ser um capítulo bem legal. *-*
Como sempre, os comentários do cap. anterior serão respondidos entre hoje e amanhã. Obrigada mesmo pelo contínuo incentivo, pois como eu ando dizendo, eu não esperava uma resposta tão grande pra fic(120 comentários só no Nyah!, wow!), valeu mesmo! *--*
Beijos e queijos! :*