Avatar: A Lenda de Kay escrita por Sammi


Capítulo 1
Prólogo




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Avatar Sarah foi a última a viver a Era de caos que sucedeu a morte de Wan. Os humanos começaram a demarcar seus territórios através do poder dos elementos formando sociedades extremamente militarizadas.

Os dominadores de água organizaram sociedades tribais baseadas na caça e pesca nos polos onde se sentiam mais seguros. Os mestres terra se transformaram em generais que marcharam por as mais extensas porções do continente graças ao financiamento de homens extremamente ricos que posteriormente seriam o Rei e sua aristocracia. Os manipuladores do fogo se dirigiram ao oeste e colonizaram ilhas com grande atividade vulcânica, ali formaram sua nação. Até os uma vez pacíficos mestres do ar reivindicaram as grandes montanhas do mundo para sua habitação.

Os espíritos, desde a separação dos portais, não ousavam visitar o mundo humano mais uma vez. Os homens haviam sido presenteados com poderes magníficos de dobra e toda a espiritualidade havia fugido para outra dimensão paralela, o homem sem espíritos virou tirano, ganancioso e não hesitava destruir a natureza em suas ambições de poder fazendo a tarefa dos avatares muito difícil.

Preocupada com o destino do próximo avatar, Sarah criou uma ceita que se propunha ensinar ao mundo uma nova maneira de dobrar os elementos. "Água para curar, Terra para construir, Fogo para iluminar e Ar para voar. É necessário que conduzamos a humanidade no caminho dos espíritos, somos como a Lótus Branca que desabrocha no meio da lama, a última esperança nesses tempos de barbárie ". A Lótus Branca passou de sonho a realidade e antes de morrer Sarah encarregou a 4 de seus melhores alunos a
educação do próximo avatar. Esses eram os 4 líderes da Lótus, treinados exaustivamente por Sarah no final de sua vida.

Sarah se preocupava com a ambição dos líderes militares das 4 nações sobre o próximo avatar, então era imperativo que a Lótus Branca achasse o novo avatar antes que qualquer pessoa. Como Sarah era nativa da Tribo da Água, o próximo avatar do ciclo seria do Reino da Terra, onde os 4 grão-mestres da Lotus se infiltraram logo de sua morte.

*Em algum lugar do Reino da Terra*

Capitão, permissão pra entrar– disse Kay ao entrar na tenda. Se tratava de um acampamento de uma horda de militares que marchavam ao redor de Omashu, um procedimento de rotina em que o Capitão distribuía ordens para os chefes locais, se assegurava que estavam bem abastecido de homens, treinava seus próprios homens no caminho e depois reportava ao General.

Kay entrou e se sentou em um dos bancos de pedra ao lado da fogueira. O capitão, em sua mesa cheio de papéis, não pôde deixar de perceber a maneira irônica como sorria e jogava com o corpo.

Kay, você não pode entrar assim na minha tenda– disse o Capitão sério, mas logo não pôde deixar de sorrir. Kay olhava para os lados admirando o ambiente.

Creio que essa é mais uma das vantagens de ser o amigo do grande capitão Matt– disse sorrindo.

Cala a boca– respondeu Matt sorrindo enquanto evitava olhá-lo - trato todos os meus recrutas igualmente, não importa se é algum amiguinho chorão que eu conheci na infância ou não.

Kay e Matt nasceram e cresceram em uma pobre vila no extremo norte do Reino. Ambos tinham origens muito humildes. Nas guerras, com o desaparecimento dos pais, os que mais sofriam eram as mulheres e as crianças. Depois de uma infância dura, Matt e Kay decidiram tentar ingressar no exército real, Matt, sempre muito inteligente e talentoso na dominação de terra, foi chamado primeiro, Kay foi chamado dois anos depois, e essa era sua primeira missão oficial, onde Matt já havia galgado ao posto de Capitão.

Você acha que os outros não perceberam aquilo? - Kay se levantou, se aproximou de Matt e sentou-se no canto da mesa.

O que você quer dizer?

Bem, você passou horas me ensinando aquele movimento de levantar pedras na beira do rio, ah, e o golpe da guilhotina doeu um pouco– disse coçando o pescoço com uma careta.

Eu não tenho culpa se você continua verde, punhos leves!– disse Matt rindo - Realmente você está bem atrás para necessitar tanto de minha atenção. Volte logo para seu saco de dormir que amanhã vai ser muito pior, eu...– Kay tocou os braços de Matt e o olhou nos olhos, Matt se fez de desentendido por um momento.

O quê... Kay..?

Kay o fizera por puro instinto e agora parecia confuso enquanto se aproximava do rosto de Matt, os olhares se cruzavam e se perdiam. Matt havia relaxado um pouco a postura e recuado da cadeira que estava sentado, evidenciava certo espanto.

Matt, eu... desculpe– Kay dizia constrangido e já tinha recuado um pouco quando a mão de Matt lhe agarrou a cabeça e lhe direcionou contra seu beijo que durou alguns minutos.

Matt eu tenho que ir...– disse Kay quando Matt tentara avançar um pouco mais.

Claro. Desculpe. Err...

Não, eu gostei, gostei muito. É que já está tarde e...– Kay gaguejava e Matt o mirava confuso.

Kay, não se preocupe.

Kay agarrou seu braço outra vez e deu outro beijo rápido e se dirigiu a saída.

Até amanhã, punhos leves!

Uma onda de ternura veio a cabeça de Kay.

Muito bem, até amanhã, Cap. Matt.

Kay chegou correndo e hiperventilando a beira do rio, estava um pouco longe do acampamento. Olhou para o céu e a Lua era minguante. Recordou dos olhos celestes de Matt e a partir desse momento se sentiu feliz. Em uma explosão de felicidade ergueu seus punhos leves ao ar, uma labareda intensa de fogo se formou.

O que é isso?!– Kay dobrara fogo pela primeira vez.

Continua...


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