Uma história de Hogwarts escrita por mia


Capítulo 4
Capítulo 4




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Neville conhecia Luna desde os onze anos. A visitava durante dias alegres de verão, e até aos mais frios. Os dois adoravam o fato de serem bruxos e de que, um dia, iriam juntos para a mesma escola de magia de todos os séculos: Hogwarts. Ansiosos estavam para logo completarem seus onze anos de idade.

No entanto, Luna com seus nove anos teve que absorver um inesperado e triste fato: sua mãe veio a falecer.Luna ficou muito abalada e triste. Neville, sabendo da notícia por sua avó, também se emocionou. Não sabia muito sobre a senhora Lovegood, mas sabia que Luna a amava incondicionalmente.

Depois de uma semana, Luna veio conversar com ele. Ele sempre a esperava na porta de sua casa para juntos saírem com suas vassouras velhas e brincarem em algum lugar. Dessa vez, veio apenas ela, Luna, com um olhar e o coração triste. Neville era criança, mas sabia muito bem o que estava acontecendo. Sabia apenas que precisava dizer a Luna o quanto estava sentido por tudo isso.

– Sinto muito, Luna – Neville pôs-se a dizer.

Ela o fitou com seus pequenos olhos cinza.

– Tudo bem… – ela sorriu. – Mamãe sempre estará no meu coração.

Ele sorriu de volta. Luna, sentindo que tudo já estava muito bem resolvido, disse, bem agitada:

– Vamos brincar de alguma coisa? – e saiu correndo pelo gramado.

Neville sentira-se bem melhor, agora com a companhia de sua melhor amiga. E então a acompanhou correndo.

Já agora com um mês para completarem onze anos, Neville e Luna receberam sua carta de Hogwarts confirmando sua vaga na escola. Seus corações estavam palpitando alegria por enfim a ansiosa espera estar finalmente quase no fim. Eles iriam estudar na melhor escola de magia do século, com Albus Dumbledore na diretoria! Iriam conhecer gente nova, aprender vários truques de magia... Se bem que Neville sempre fora um desastrado. A avó sempre o repreendera por preparar o almoço errado; este, desatento, misturava os ingredientes e colocava os errados.

Neville mandou a pequenina coruja da avó até Hogwarts, com uma carta que a mesma escrevera, confirmando que Neville lá estudaria. Agora, só precisava comprar seus livros no Beco Diagonal. Só de pensar que daqui a poucas semanas teria uma varinha era de tirar o fôlego!

E então, ele sentou esperando por Luna, para saber se ela também havia recebido a carta. As corujas de Hogwarts eram excelentes – raramente atrasavam e eram rápidas e ágeis. Depois de meia hora, ela chegou. E sentou ao seu lado, o que foi bem estranho, ele admitiu, pelo fato de Luna sempre correr ao vê-lo chamando-o para brincar.

Ela olhou para o céu, e, depois de um tempo, para baixo, sem jeito. Vendo que Neville a observava, disse tristemente:

– Papai não quer que eu vá estudar em Hogwarts.

Não. Neville não podia acreditar. Todos aqueles anos esperando com Luna, todos os sonhos que fizeram juntos, tudo o que planejaram – tudo, e ela não iria estudar em Hogwarts?

– Vou para a Beauxbatons.

Ela agora o encarava. Neville não pôde deixar de admirar sua beleza; os cabelos louros e ondulados caídos sobre o ombro. Os olhos cinza, que a deixavam com um toque de delicadeza. “Pare, Neville. O que está pensando?”

– Ei, você tá bem? – ela perguntou, quebrando o transe ao qual ele se situava.

– Tô bem. Só quero que vá pra Hogwarts comigo.

– Sinto muito, Neville. Papai decidiu que seria melhor ir para Beauxbatons, apesar de eu concordar de que Hogwarts é bem melhor. Você é um garoto sortudo.

Ela deu um abraço em Neville e foi lentamente caminhando até sua casa. Aquilo parecia ser um adeus.

A primeira semana de Neville em Hogwarts foi uma das mais divertidas, e difíceis também. Começara perdendo seu sapo Trevo logo nos vagões do Expresso. Santo Deus!, onde esse sapo fora se meter? A avó o avisara dizendo para ele ser cauteloso, pois Trevo adorava fugir. Neville perguntou a si mesmo se ela não havia pegado esse sapo de algum brejo próximo a sua casa ou se ela havia o comprado mesmo. Bem, de nada adiantaria se soubesse a resposta, pois Trevo sumira e ele precisava dele. Pra quê exatamente? Não sabia. A lista da escola dizia apenas para levar ou uma coruja, ou um gato, ou um sapo. Pôs-se a procurar dentre os vagões, e nada. “Se um dia eu encontrar esse sapo, juro que assim que o ver vou dar um bom jeito de deixá-lo imobilizado”, pensara.

Ele não era bom em feitiços. Na verdade, ele conheceu uma menina chamada Hermione, que estava sentada no mesmo vagão que ele, que parecia ter lido uma enciclopédia inteira e saber de cor todas as palavras do grosso livro. Pensou em levar o sapo até ela depois de encontrá-lo para ela fazer o feitiço de imobilização.

Pensou em Luna, e seu coração ainda estava dolorido. Sentia muito a falta dela, e não a via desde o dia em que disse que estudaria na Beauxbatons. Ela deveria estar ali com ele para rir de suas trapalhadas! Deveria estar ali para comentar sobre o cabelo das pessoas! Deveria estar ali... porque ela era a sua melhor amiga. E ele gostava tanto dela.

Neville tinha um professor muito chato, chamado Severus Snape, que ensinava Poções. Ele adorava tirar pontos da Grifinória, ainda mais de Harry Potter. Snape tinha uma grande antipatia por Harry. Neville não entendia por quais motivos Snape odiava tanto Harry...

– Longbottom – uma vez ele dissera. – Colocou o ingrediente errado. O correto seria vagem-reptiliana. Menos dois pontos para a Grifinória.

Draco Malfoy era outro que adorava chateá-lo. Era um aluno do primeiro ano, da Sonserina, e parecia ser o preferido de Snape.

– Ei, Longbottom – ele passava junto com os outros dois idiotas, Crabbe e Goyle. – Mande lembrança para seus pais. Quem sabe eles se lembram de mim... eu... filho de Lucius Malfoy, da Suprema Corte de Bruxos...

Draco adorava se gabar. Neville foi se acostumando, apesar de detestá-lo. Harry sempre fora simpático com ele, assim como Rony. Certa vez, Draco resolvera usar o Feitiço da Perna Presa em Neville. Neville, apesar de muito abalado, conseguiu chegar até a Sala Comunal da Grifinória e, assim que Hermione o viu, logo se pôs a desfazer o feitiço. “Você vale doze Dracos”, foi o que Harry lhe dissera. E aquilo foi o necessário para expandir sua coragem, e então, ele enfrentou Draco, Crabbe e Goyle junto com Rony.

Os anos foram passando. Neville agora estava no final do quarto ano em Hogwarts. Todos estavam abaladíssimos por razão da horrível notícia de que um dos estudantes de Hogwarts, Cedric Diggory,havia sido assassinado por Você-Sabe-Quem. Todos estavam tão tristes por isso ter acontecido... ele também sentia muito por tudo isso.

Sentia mais do que nunca a falta de Luna. Havia tanto tempo que não a via... desde os onze anos...

As férias haviam chegado. Neville estava sentado no mesmo lugar de sempre, na esperança de que um dia Luna voltaria e puxaria sua mão para o levar a lugares incríveis.

E então ele a viu. Seria ela mesmo? Não estava acreditando. Ele pensara nela e no exato momento ela apareceu. Ela andava calmamente sobre o gramado, recentemente aparado, e olhava atentamente para Neville. E então ela começou a andar rápido... correr... corria mesmo! E estava toda sorrisos. Não cansava de olhar para Neville. Os cabelos estavam maiores, mas permaneciam do mesmo jeito, louros e ondulados, e ela tinha o mesmo olhar que tinha há três anos.

Quando por fim chegou até onde Neville estava, deu-lhe o melhor abraço que já dera em toda a sua vida. Neville estava tão feliz! Não acreditara. Luna havia voltado!

– Luna! – ele por fim disse, todo empolgado.

– Olá, Neville. Há quanto tempo.

– Você voltou mesmo?

– Sim. Papai está decidido: disse que sou eu que devo escolher meu próprio caminho para a felicidade. Eu escolhi Hogwarts. Não gostei da Beauxbatons. Lá é muito chato. E senti a sua falta também.

Agora Neville estava mais do que empolgado; estava se sentindo o menino mais feliz do mundo! Sua melhor amiga havia voltado, e iria junto com ele estudar na maior escola de magia e bruxaria de todos os tempos!

E então, os dois começaram o quinto ano, felizes. Luna fora selecionada para a Corvinal. Menina inteligente. Neville e Luna sempre se encontravam nos intervalos das aulas, para partilharem os doces que compravam dos gêmeos Weasley. Ela também sempre dava uma edição do Pasquim para ele ler, e então, ela dizia coisas que não faziam sentido nenhum à Neville, mas que para ele era maravilhoso pelo simples fato dela estar do seu lado.

Mesmo o quinto ano não sendo um dos melhores, por causa da estúpida professora de Defesa Contra As Artes As Trevas que “ensinava” para eles, Neville estava feliz, por enfim Luna estar em Hogwarts. E ele admitiu, a Armada de Dumbledore foi a ideia mais brilhante que Hermione Granger pensara!

Neville estava recordando sobre isso na Sala Comunal. Adorava lembrar-se de sua infância e dos seus melhores momentos ao lado de Luna. Até que, de repente, a porta abriu-se num estrondo, fazendo Neville levar um grande susto. Ele perguntou, atemorizado:

– Quem está aí?


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Notas finais do capítulo

Olha migos, não briguem comigo, mas eu tive que fazer esse capítulo enormemente grande explicando tudo sobre a infância do Neville e sobre o quinto ano. Sei que deveria ter feito no começo, mas é, teve que ser aqui mesmo porque já havia postado o início. Então, espero que gostem da fanfic, e desculpem demorar pra postar os capítulos. Beijo pra quem tá acompanhando!!!



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