Foi feita uma festa em casa entre mim, a Angie e o Austin, o pai de meu bebê.

Eu nem acredito que vou ser MÃE !

Apesar de a menina não perceber muito bem o que se estava a passar, festejava conosco e gargalhava como se realmente soubesse que iria haver um novo membro na família, seu novo irmãozinho.

Nas duas semanas seguintes o Austin anda sempre à minha volta a ver se estava tudo bem comigo e com o bebê. No trabalho ele vai me levar comida para me manter sempre nutrida e saudável e eu até sou capaz de me habituar às suas atitudes protetoras. Trish, que teve o bebé nesta última semana, está com a licença maternal, por isso não tem ido trabalhar e apenas estou com ela quando a vou visitar. Em geral, tem corrido tudo muito bem.

Hoje decidimos contar à nossa família a grande novidade, convidando-a para vir jantar a nossa casa. A Angie está empolgada por ter toda a gente em nossa casa e eu e o Austin estamos a tentar com que ela não conte a ninguém que estou grávida.

Depois de jantar, eu e o Aus levantando-nos quase ao mesmo tempo e pedimos que nos dessem atenção.

Aus clareando a voz.

— Louis, pode ficar calado ?! Ou eu vou ter que fazer eu mesmo ! — falou meu loiro, soando ameaçador.

— Peço imensa desculpa! Contem lá a novidade! — pediu Louis, parecendo assustado.

— Bem ... — coro. — Eu estou ...

— Ai minha flor, desemboca ! — pediu minha sogra, ansiosa.

— Nós vamos ser pais! — falamos Austin e eu ao mesmo tempo.

Naquele momento ficou um silêncio estranho na sala. Eu e o loiro ficamos à espera de alguma reação,mas nada acontecera.

Pensei que eles fossem ficar contentes e que nos felicitassem! Quando já ia desistir e sair desta divisão, Mimi levantou-se, dirigindo-se a mim com lágrimas nos olhos.

— Oh, meu amor! Parabéns! — falou minha sogra abraçando-me e puxando o filho, juntando-o ao nosso abraço.

— Estou tão feliz! Vou ser tia outra vez! — falou Rydel juntando-se a nós.

— Nós também estamos muito felizes! — disse o loiro, pegando Angie no colo.

— Oh meu Deus, a minha mãe vai ficar passada quando souber! Ela vai ligar para aqui aos berros e a chorar de alegria! — falou Louis, que gargalhou.— Parabéns!

— Obrigada. Foi uma pena ela não poder ter vindo ... — falei. — Mas ao menos veio um representante válido!

— Bem válido! — o mereno ( Louis ) sorriu e abraçou-me.

A Mimi e a Rydel ofereceram-se para me ajudarem a arrumar a cozinha enquanto o Austin e o Louis e a Angie ficaram a ver televisão. Elas perguntaram-me como é que foi a reação do loiro e riram-se imenso quando lhes contei que ele saiu de casa a correr para ir comprar um teste.
Contei-lhes também que já tinha ido à primeira consulta e que estava a correr tudo na perfeição.

— Agora só falta casar! — falou Ry que gargalhou.

— Uma coisa de cada vez! — falei, tentando sair daquele assunto.

— Oh, podiam pensar nisso ... — falou Rydel.

— Eu sei, mas vamos com calma. — falei, por fim.

— Levem o tempo que quiserem, vocês ainda são tão novos.

— Exatamente, temos todo o tempo do mundo. — sorri.

A Rydel revirou os olhos para mãe, mas soltou uma gargalhada quando viu o olhar que ela lhe fez. O que foi muito engraçado.
É por isso que adoro passar tempo com elas.

Depois de termos arrumado tudo voltámos para a sala e sentamos no sofá. A Angie foi logo para o colo da Mimi e estava quase a adormecer.

— Já se nota a tua barriga ! — disse o Louis olhando atentamente para mim. — É já se nota a tua barriga.

— Mas eu só estou grávida há quatro semanas ... — falei o óbvio.

— Mas já se nota porque eu é que sei! — falou revirando os olhos.

— Vou dizer à tua mãe para te aumentar a dose de comprimidos, meu filho. — gargalhou.

— Que piada. — fez-lhe uma careta e voltou a olhar para a televisão.

Começou a ficar tarde e fui deitar a Angie na sua caminha. Despedindo-nos de toda a gente e passados minutos ficamos apenas eu e o Austin em casa. Fiz um chá para os dois e ficamos no sofá a ver uma série que passava na televisão.

— Amanhã é sábado, o que é que estas a pensar fazer? — perguntou.

— Não sei, talvez vá trabalhar um pouco, Aus.

— Não, amor. O fim-de-semana é para se aproveitar da melhor maneira. — falou sorrindo.

— Teimoso. — sussurrei.

— Eu ouvi isso. — gargalhou e deu-me um beijo na bochecha — Vamos apenas ficar por casa?

— Sim!

Cansamo-nos de estar na sala e dirigimo-nos para o quarto. Deitando-nos e acabei por adormecer abraçada ao Aus, sonhando com bebés, chupetas e vestidos de noiva.

( ... )

— Bom dia, mamã. Acoda. — falou minha menina abanando-me.

— Hmm .. Bom dia, Angie. Deita-te aqui à minha beira. — pegando nela e pondo-a entre mim e o Aus.

— Papá. — apertando-lhe as bochechas.— Papáá!

— Sim? — ainda de olhos fechados.

— Vi uma coisa na tevisão.

— Estiveste a ver televisão? — perguntei curiosa.

— Sim. — falou a menina, simplesmente.

— E o que é que viste? — perguntou.

— Uma camiola do Patrick. — falou brincando com os dedos.

— Uma camisola do Patrick? Nova? — perguntei.

— Sim. Eu quelu.

— Vou começar a proibir-te de ver televisão. — falei, brincando.

— Não vais nada, amor. Angie, depois de tomarmos o pequeno-almoço vou contigo comprar-te a camisola, está bem? — falou o loiro.

— Siiiim! — bateu palminhas.

— Vou com vocês e aproveito e faço as compras da semana. — levantando-me. — Angie, vamos tomar um banho.

— Posso tomar contigo, mamã?

— Claro, meu amor. — pegando nela e levando-a comigo para a casa de banho.

Tomamos um banho demorado devido às brincadeiras que a Angie fazia e ao fato de ter entrado shampoo para os seus olhos, fazendo-a chorar.
Vesti-a, sequei-lhe o cabelo e fiz-lhe um penteado.

— Amor! Pode vir buscar a Angie? Ela está aborrecida. — chamei por Austin.

—Já pendurei no escritório o desenho que me fizeste, Angie. — pegando nela. — Porque é que estiveste a chorar?

— O meu olho. — choramingou.

— Foi o shampoo ... Tenta animá-la, está bem? — falei.

— Não se preocupe, babe ! — disse dando-me um beijo nos lábios. — Não te preocupes ...

Vesti-me rapidamente e sequei o meu cabelo. Arrumei o quarto e fiz a cama, dirigindo-me para a cozinha logo de seguida. Tomamos o pequeno-almoço todos juntos e a Angie já estava mais bem-disposta pois estava a pintar uma tartaruga no seu livro. Enquanto o loiro arrumava a cozinha, calço a menina e peguei na minha bolsa. pondo o essencial lá dentro.

— Vamos ? — perguntou Austin pegando nas chaves do carro.

— Sim, deixa-me só vestir-lhe o casaco. — falei, pegando o casaco e a mochila de minha menina.

— Eu levo isto. Não te esqueças de trancar a porta quando saír — falou, levando a mochila de Angie.

— Esta bem ! — falei, vestindo o casaco a Angie e voltando a pegar nela.

Tranquei a porta e dirigi-me para o carro, pondo a Angie na sua cadeirinha e sentando-me no meu lugar de seguida. O loiro conduziu até ao centro comercial mais próximo e estacionou no parque de estacionamento. Saímos do carro e eu dirigi-me para o hipermercado para começar a fazer as compras enquanto a Angie e o Aus foram procurar a tal camisola do Patrick.

Lá fiz as compras e paguei , quando ia a sair com o carrinho, encontrei a menina com a camisola já vestida e o loiro sentado num sofá com ela ao colo.

— Vamos embora? — os chamei.

— Mamã! Gostas? — mostrando-me a sua camisola.

— É linda! — sorri.

— Compramos uma coisa para ti! — dando-me uma saca.

— Deixem-me ver. — abri a saca e encontrei uma camisola com o SpongeBob na parte da frente e o Patrick na parte de trás. — Como é que eu não adivinho ?

— Não gostas? — perguntou o loiro, se divertindo.

— Adoro! Obrigada, meus amores! — dando um beijo na testa a cada um.— Vamos para casa?

— Vamos lá.

Voltámos para o nosso lar e eu fui arrumando as compras nos lugares corretos. O loiro foi comprar o nosso almoço e comemos rapidamente pois estávamos cheios de fome.

Durante a tarde vimos alguns filmes que tínhamos comprado e que ainda não tínhamos visto e a Angie esteve a fazer desenhos para todos os membros da família e mais alguns. O nosso sábado passou rapidamente o que fez ficar aborrecida pois é sinal de que a malvada segunda-feira está a chegar.