O Filho do Chefe escrita por gemeascullen


Capítulo 11
Capítulo 11 - reescrita.




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Alice e Edward haviam saído, pra Deus sabe onde. Jasper estava de saída, pois ele e Alice trocaram de horário, o que não deixou Jasper contente, – já que foi a uma festa e depois teve que limpar a bagunça – e estava cansado. Mas como ele e Alice transaram noite passada e Alice estava tão aflita quanto Edward ele resolveu ajudar.

Estava Renée, Rose, Emmett e eu sentada à mesa. Emmett comia como sempre, por dois, às vezes três. Rose comia também, em quantidade menor que Emm, mas estava comendo tranquilamente assim como minha mãe. Eu apenas mexia a macarronada que minha mãe havia preparado.

- Está ruim, Isabella? – mamãe perguntou se referindo a comida.

- Estou sem fome, só isso. – respondi largando o garfo e relaxando na cadeira.

Eu me sentia culpada agora, mesmo estando ciente de que a culpa não era só minha. Edward que foi o traidor, porém ele não fez sozinho e eu sabia que não poderia levar tudo isso adiante, mas fiz tudo ao contrario. Agora ele estava desesperado atrás da esposa que havia sumido com sua filha.

- Depois que aquele rapaz foi embora, você ficou estranha – senti os olhos de Emmett e Rose em mim.

- Nada a ver, estou bem – falei firme, o mais firme que pude.

- Coitado. O que será que deu na esposa dele para sumir com a filha?

- Ele merece mamãe. – Emmett comentou e eu olhei feio para ele.

- Porque diz isso, querido? Ele me pareceu um bom rapaz.

- Ele é – falei antes que Emmett abrisse o bocão – só cometeu alguns erros – falei me levantando-me.

-Onde pensa que vai? - Cruzes, Renée falava comigo como se eu fosse uma adolescente.

- No Joe’s, preciso beber – falei e sai antes que ela começasse a tagarelar. Não estava bem parar discutir com minha mãe.

(...)

- Você ta legal? – Joe perguntou, eu balancei a cabeça positivamente.

- Mais algumas doses da minha melhor amiga e ficarei ótima - ele sorriu me servindo mais uma dose de tequila.

Serio, qual é o meu maldito problema? Eu não me abalo com nada e agora eu estou quase procurando por uma analista naquela lista amarela que ninguém sabe o que é.

Tomei a dose quando “You shook me all night long” começou a tocar no bar e uma mulher subiu no balcão e começou a dançar loucamente enquanto fazia um strip. Não consegui enxergar seu rosto com clareza, a luz do bar estava baixa e ela estava razoavelmente longe do local em que eu estava sentada, porem era visível sua embriaguez. Todos pararam o que faziam para olhar a doida bêbada que fazia um strip ao som de AC/DC. Até eu parei. Era engraçado.

Ela caminhou pelo balcão se equilibrando não sei como em uma sandália um salto agulha de aproximadamente uns 15 cm - daqueles que eu uso pra trabalhar e no final do dia meu pé dói como se um carro tivesse passado em cima – e ainda chutava as bebidas dos clientes derrubando-as no chão fazendo Joe ficar irritado. Eu olhei para ele e ri, ele balançou a cabeça em negação, mas nada fez em relação à doida striper.

- You... shook me all night long… yeah yooou… shook me all night long – ela cantou sendo acompanhada por uns caras que estavam em volta do balcão só para vê-la mais de perto como um bando de virgens adolescentes que nunca viu um par de peitos na vida. 

Já no final da musica, ela deu uns passos mais até parar na minha frente. Os caras a acompanhavam e eu achando tudo muito engraçado, até a musica acabar e ela olhar diretamente para mim.

- Sua desgraçada.

Ela avançou, mas eu tenho bons reflexos e desviei antes que ela agarrasse meus cabelos e como ela estava muito bêbada ela foi direto para o chão e infelizmente ninguém conseguiu segura-la.

Mas o que diabos Katharine fazia no Joe’s, bêbada? Onde estava Audrey?

Olhei-a estatelada no chão sem se mexer e um frio percorreu a minha barriga. Será que ela tava legal? Todos a olhavam no chão sem se mexer. Mas que merda! Quando ela estava lá, no balcão, dançando sensualmente quase nua a galera toda estava agitada. Agora que a infeliz está desmaiada os bocós ficam olhando pro chão paralisados. Idiotas.

Eu precisava fazer algo. A primeira coisa que me veio a mente foi pegar o celular e ligar para Edward. Merda. Caixa postal.

- Edward, achei sua... – limpo a garganta – esposa. Estou no Joe’s. – deixo uma mensagem, espero que ele veja.

- Liga pra emergência, Bella. – falou Joe, agora ao meu lado. Assenti já discando o numero.

(...)

 Eu estava em um hospital. Sim eu acompanhei Katharine até o hospital, porque, sim, eu estava realmente preocupada, afinal ela ficou desacordada o tempo todo e eu não podia deixá-la sozinha, mesmo ela não indo muito com a minha cara.

A sala de espera está praticamente vazia. Eu estou sentadinha com as pernas cruzadas esperando alguém me informar como Katharine está para eu poder dar o fora daqui. Não demorou muito até Jasper aparecer na sala com dois copos de café preto. Me entrega um.

- Tem que maneirar na bebida ou vai acabar sem fígado – ele me repreende me passando café preto sem açúcar. Faço uma careta, porém continuo a tomar.

- Eu estou bem – falo sem ter muita certeza. Ele arqueia uma sobrancelha notando minha duvida – é serio Jasper – ele sorri de lado sem acreditar, mas não fala nada.

 - Você e Alice transaram? – pergunto sem pestanejar. Jasper se engasga com o café e eu soto uma risada divertida – eu sabia.

- Vai se ferrar, Bella – eu rio mais.

- Katharine Isobel Cullen – um doutor que não tem mais de 35 anos anuncia e eu me levanto, ele se aproxima e eu não consigo evitar dar uma boa analisada nele. Alto, loiro, olhos claros e ui... por baixo daquele uniforme azul escuro nota-se que há um belo corpo – A Srta que a acompanhou? – ele perguntou com aquela voz aveludada. Confirmo com a cabeça e ele da um meio sorriso – Qual seu parentesco com Katharine?

- Não somos parentes. Na verdade não somos nada – o sedução à minha frente franze a testa com a expressão confusa.

- Então...?

- Ela se jogou de um balcão na tentativa de me bater, mas como tenho bom reflexos me esquivei e ela caiu no chão, tentei ligar para o... – limpo a garganta – marido dela, porém só cai na caixa postal – o doutor estava um pouco, eu diria que surpreso com o meu relato.

- E sem querer parecer intrometido, será que a Srta...

- Só Bella, por favor – peço com educação, ele me chamando de Srta esta me cansando.

- Bella, ótimo – ele da um curto sorriso – se importaria de dizer por que ela queria te bater? – eu não esperava que ele perguntasse.

- É meio pessoal – ele apenas sorri e da alguns passos para trás.

- Tudo bem. Tentaremos contatar o marido dela.

- Certo. Katharine está legal? – eu estou aqui para saber se ela está bem não estou?

- Oh, sim. Está acordada até. Meio grogue por conta dos medicamentos que passamos, porém bem. Eu a convidaria para fazer uma visita à Katharine, mas acho que não é uma boa idéia – o doutor sorri e eu também.

- Isabella?! – Edward aparece na sala de espera com Alice.

- Doutora Cullen. – o sedução a minha frente cumprimenta Alice. Que lhe da um sorriso sem vontade.

- Como sabia que eu estava aqui? – pergunto a Edward que parece pior do que quando chegou a minha casa.

- Joe me disse. Ela tentou te bater? – balanço a cabeça num sim – Como ela está? – ele pergunta a mim? Tenho cara de médica por acaso? Droga, eu estou bêbada.

- Pergunte ao s... – quase digo em voz alta o apelido mental que dei ao doutor que até agora não sabia o nome – ao médico, Edward – fui um pouco áspera, confesso.

 E ai o médico lhe explica tudo o que havia me explicado. Alice escuta atentamente também e eu troco olhares com Jasper.

Olho no relógio na parede da sala e a hora me deixa impressionada. Quase meia noite. As horas passam rápido enquanto estava sentada naquela cadeira bebendo um café horrível com meu irmão.

- Bella, obrigado por acompanhá-la. – Edward diz.

- Tanto faz – digo com indiferença, olho novamente para Jasper – vendem Tequila aqui? – ela rola os olhos.

- Chega de tequila pra você – ele fala enquanto me tira da sala.

- Se cuida Bella – diz Alice e eu sorrio para ela.

(...)

Edward

Deitada em uma das camas do amplo, claro e silencioso quarto estava Katharine. Estava com a mão enfaixada e um curativo na testa. Suspirei aliviado ao reparar que ela esta bem.

As ultimam horas foram uma tortura. Depois de ela sumir com Audrey entrei em desespero. Ficar sem noticias da minha princesa me deixou com o coração apertado, mas quando soube que ela havia deixado Audrey na casa de sua mãe pude respirar um pouco melhor, porém, decidi deixá-la com Marin, já era noite e eu precisava de noticias de minha esposa. Foi quando ouvi o recado de Isabella. Eu e Alice corremos para o Joe’s. E depois corremos para o hospital.

- Oi Edward – Katharine diz a meu ver.

- Oi Kat. Você está bem?

- Estou um pouco dolorida – ela diz. Sento-me em uma cadeira ao lado da cama.

- Se estiver muito ruim, peço para o doutor Masters...

- Sem mais drogas – ela franze a testa – eu agüento um pouquinho de dor.

- Está certa. Sem drogas então.

- Desculpe ter sumido com a Audrey. Eu não pensei direito.

- Não se desculpe. Eu causei isso.

Fazemos silencio. Ambos sabemos que estou certo e que sou o culpado de tudo quem vêm acontecendo. Seguro a mão de Katharine, mas ela geme, reclamando. Acho que pela dor.

- Dói – ela diz com a voz fraca.

- Tem certeza que não quer nada para dor? –ela nega com a cabeça.

- Você sabe que não gosto dessas coisas. Lembram-me coisas ruins. E de coisas ruins eu estou cheia – Sei de que coisas ruins ela se refere, coisas que eu também detesto lembrar. Coisas que é melhor guardar no passado.

Mas silencio. Não sei mais como conversar com ela. Me sinto culpado e tenho raiva de mim mesmo. Não deveria ter traído Katharine, não deveria ter aceitado a proposta do meu pai de trabalhar em aqui em Seattle. Não deveria. Mas quando paro pra pensar em tudo que aconteceu não me sinto arrependido. Nesse ultimo mês me senti vivo e feliz. Não que Katharine e Audrey não me fizessem feliz, mas com Isabella foi diferente. Foi como se eu fosse um adolescente de novo. E eu admito, desenvolvi sentimentos reais por Isabella. Pra mim não foi apenas sexo, como havíamos combinado. Foi mais.

Minha mulher na cama de hospital e eu pensando em como fui feliz traindo-a. Eu sou um merda.

- Eu acho que vai ser difícil voltar a ser o que éramos – Katharine diz atrapalhando meus pensamentos.

Eu estou perdido e Katharine tem razão. Passo a mão pelos cabelos e não digo nada. Não sei mais o que pensar.

Ontem, quando Audrey pulou em meus braços e pediu para nunca mais abandoná-la eu senti que deveria tentar conquistar a confiança de Katharine novamente, porém hoje quando pude pensar melhor não tenho tanta certeza de que será fácil conseguir. Eu baguncei tudo.

- Você me perguntou se eu queria divorcio.

- Você quer?

- Edward, sabe por que fugi com Audrey? – ela não responde minha pergunta, eu nego com a cabeça – a tarde, enquanto cochilava no sofá da sala, você... – seus olhos se enchem com lagrimas contidas, ela engole o que parece ser um soluço e continua a falar – resmungava o nome dela.

Ela faz um breve silencio, eu não consigo dizer nada. Abaixo a cabeça, envergonhado.

- Não, eu não quero me separar de você. Mas não posso voltar a dormir ao lado de alguém que resmunga o nome de outra mulher enquanto dorme. Caramba, Edward. Não consigo fingir que nada aconteceu. Olha pra mim – ela pede e eu obedeço – eu preciso de tempo pra pensar se quero ou não continuar com nosso casamento.

(...)

Algumas semanas depois.

Bella

- Ai – ouço um gemido do meu lado. Merda!

- Como é seu nome mesmo? – pergunto sem me mexer, minha cabeça explodindo estando parada, imagina se eu fizer qualquer movimento.

- Lucas. – ele responde, a voz embargada talvez por ter acabado de acordar.

- Não é casado né? - ele solta uma risada e eu quero matá-lo por isso. Odeio risadas quando estou de ressaca. Não sei por que, só sei que não gosto.

- Terceira vez que me pergunta. Não. – respiro aliviada.

- Ótimo. Será que poderia ir embora? Tenho que trabalhar – a cama se mexe e me viro para vê-lo se vestir.

- Quer sair sexta? – merda.

- Olha só. Eu não sou pra sair. - ele sorri pegando sua jaqueta de couro.

- Adeus, Gabriela. – seguro uma risada. Gabriela? Dou um tchauzinho com a mão e ele sai do quarto me deixando sozinha.

Ah. Existe coisa melhor que transar com desconhecidos? Acho que não. Ultimamente tenho gostado tanto da coisa que tenho visitado o Joe’s quase todos os dias.

Às vezes, como conseqüência me atraso para o trabalho, mas Edward nunca fala nada, então estou tranqüila.

Ah Edward. Nós conversamos. Não é como antes, mas posso dizer que agora somos bons colegas de trabalho. Ou melhor, não tão bons assim. Eu não gosto muito de falar com ele, ainda tenho um leve magoa por ele não contado tudo sobre sua vida em Los Angeles. Mas para o bem da empresa é necessário que tenhamos um bom relacionamento. E esse bom relacionamento era apenas no trabalho.

Levanto da cama e vou direto para o banheiro. Tomo um banho rápido. Me visto para o trabalho e desço, não sem antes tomar meus analgésicos.

Na cozinha estão minha mãe e Rosalie. Emmett finalmente conseguiu um emprego. Trabalhava como fotografo em um jornal e ganhava razoavelmente bem. Jasper e Alice se pegavam as escondidas. Apenas eu estava sabendo disso. Não entendo porque manter segredo. E minha mãe. Ah minha mãe. Ela não tinha ido embora ainda. São quase quatro semanas e ela ainda estava intocada na minha casa. Ao que me consta, Phil viajou a trabalho e ela não queria ficar sozinha. Que dó. Então ela resolveu tocar o terror na minha casa.

- Bom dia – as cumprimento como de praxe.

- É o quarto só essa semana, Isabella. Você já levou todos os homens de Seattle para sua cama. Não tem medo de pegar alguma doença? – minha mãe repreende e eu rolo os olhos para ela.

- A vida é minha, portanto deixe-me levar ela da maneira que eu bem entender – sorrio forçadamente e ela balança a cabeça em negação.

- Seu café está no copo – ela avisa.

- Obrigada – agradeço.

- Bella, me dá uma carona? – Rose pede – Quero fazer uma visita para meus pais.

- Claro. Vamos. Tchau.

- Dirija com cuidado. – ela sempre fala isso e eu sempre rolo os olhos. Tenho certeza que completa mentalmente “não quero gastar dinheiro com enterro de uma filha que trepou com praticamente toda Seattle”. Minha mãe é um amor.

(...)

- Bom dia – cumprimento alegremente Ângela que franze as sobrancelhas estranhando o meu bom humor, acho eu.

- Bom dia, Bella.

- O que temos para hoje? – não paro, continuo andando para minha sala com Ângela atrás de mim.

- Preciso que revise nosso ultimo projeto, para que possamos finalizá-lo – ela me entrega uma pasta amarela com varias folhas.

- É sobre o nosso novo projeto? – pergunto sem tirar os olhos dos papeis – pesado – faço uma careta.

- Pensei que o chefe a ajudaria na parte da criação, já que seu cargo na filial em L.A era o dele – torço os lábios para a idéia de trabalhar em alguma coisa com Edward.

- Conversarei com ele logo após o almoço. – entro em minha sala, ascendo às luzes e vou direto para minha mesa, jogo os papeis na mesa e sento-me na cadeira. Ligo o Notebook – Mais alguma coisa, Ange?

- Não, Bella – sorrio.

- Ótimo – dou uma olhada pela minha sala e paro meus olhos no sofá revestido de couro no canto ao lado do banheiro. Imediatamente me sinto cansada. A noite com Lucas foi deliciosamente longa, porém me deixou quebrada e um cochilo no meu confortável sofá me pareceu uma boa idéia. – Angela, não estarei disponível até às... – dou uma olhada no meu relógio de pulso “cheguei” (que peguei emprestado de Rosalie sem que ela soubesse), eram 9:32 – até o horário de almoço. Por favor, não deixe que ninguém me incomode – ela sorri anotando em um bloquinho o que eu lhe falava.

- Algo mais?

- É só isso. Pode se retirar – e ela sai.

Levanto-me e vou até a porta e a tranco para não correr o risco de alguém me pegar dormindo e depois me dirijo ao sofá, tiro os sapatos de salto altos e me deito confortavelmente.

Aah, como é bom estar deitada no confortável sofá e no completo silencio de minha sala. Sorrio relaxando por completo. Não é bem a idéia de trabalho que Carlisle me imagina fazendo agora, porém é só ele não descobrir que tudo ficará bem.

(...)

Arrumei o vestido, passei a mão no cabelo e abri a porta. Edward estava sentado em sua cadeira, mexendo em seu computador. Ele ergue os olhos para me ver e sorri. Podia ver sua camisa branca com as mangas dobradas até quase o cotovelo, a gravata frouxa e o cabelo com os fios cor de bronze, desordenados.

Porque ele tem que ser tão lindo... tão sexy?

- Edward.

- Bella – eu forço um sorriso, preciso me concentrar. Estou em sua sala a trabalho.

- É sobre um novo projeto. Você disse que ajudaria. Se lembra? – Porque me sinto tão nervosa? É só o Edward. O cara que eu costumava transar e que é casado. E depois de quatro semanas eu já devia ter superado. Superei. Passou.

- Claro – Me aproximo timidamente e me sento em uma cadeira de frente para ele. Tento relaxar, mas não consigo. Aquele olhar intenso e sedutor me deixa tensa. Ele se levanta. Droga. E se aproxima de mim com aquele sorriso torto – Faz tempo que não conversamos. Como você está?

- Eu acho que estamos aqui para falar de trabalho, Edward – ele para trás de mim e tira o cabelo da minha nuca colocando-o para o lado, tento me livrar do seu toque, mas já é tarde demais. Seus dedos deslizam pela pele do meu pescoço me causando aqueles arrepios. Sinto-o sua respiração bater na pele de minha nuca e fecho os olhos ao sentir seus lábios tocarem ali – Você é casado.

- Estou com saudade – eu não devia o deixar fazer isso. Eu me senti culpada por vários dias e agora estou deixando Edward me tocar como se a gente ainda fosse alguma coisa além de colegas de trabalho. Sinto sua mão deslizar pelo meu ombro e abaixar lentamente a alça do meu vestido e então seus lábios vai marcar aquele local, deixo um suspiro escapar.

- Pare, por favor – minha cabeça me diz que é errado, que Edward tem que parar. Mas não quero que ele pare, pelo contrario.

- Me faça parar.

Droga, Edward.

Segurei sua mão pousada em meu outro ombro e levantei-me, ficando de frente para ele.

- Eu. Odeio. Você. – falo pausadamente cada palavra antes de beijá-lo com toda paixão que sentia. Sou correspondida a altura, seus lábios apertão os meus que logo se abrem parar receber sua língua macia. Eu preciso muito de Edward. Só agora noto isso.

Suas mãos desceram para o meu quadril e com um impulso ele me colocou sobre a sua mesa. Algumas coisas caíram no chão, mas não nos importamos, estávamos muito focados em “matar a saudade”.

- Eu adoro o seu jeito de me odiar – ele fala logo após interromper o beijo. Ofegante.

Sorrio e logo começo a abrir os botões de sua camisa exibindo seu peito definido, deslizo minhas mãos ali e vejo que meu toque também tem efeito sobre ele, voltamos a nos beijar calorosamente.

Seus dedos deslizam para dentro do vestido, apertam minha coxa me fazendo soltar um gemido entre o beijo.

Seus lábios desgrudam dos meus, indo para o meu pescoço, deixando mordidinhas e chupões, ele se afasta e tira completamente a camisa. Suspiro com a imagem. Nostálgico.

Logo me ataca novamente com beijos, dessa vez seus dedos deslizam em busca do zíper do vestido não demorando muito para encontrá-lo e abri-lo sem delongas. Rapidamente levo a mão ao cós da sua calça e a abro agilmente. Ele geme quando toco seu pau rijo, massageando por dentro da cueca.

- Mas o que...? – travo. Ambos olhamos para a porta. Lá está Katharine.

.

.

.

Sinto o chão bater contra o meu corpo. Puta que pariu! Que merda foi essa? Que sonho foi esse? Esqueço por alguns segundos do sonho e solto um gemido sentindo meu corpo todo doer por conta da queda. Levanto-me do chão e me sento no sofá esfregando o braço em que cai em cima.

E o sonho volta.

Caramba! Eu estava quase fazendo sexo com Edward? Porque diabos tive que sonhar com isso?

Meu celular toca de repente, me dando um pequeno susto. O pego do chão, não sei como nem porque ele está lá, mas está lá. Olho no visor: 666. Rolo os olhos, não quero falar com ela agora. Ignoro a chamada e jogo ao meu lado no sofá, relaxando em seguida.

Eu estava quase transando com Edward e Katharine nos flagrou. Isso só pode ser um sinal. Eu tenho que ficar longe dele para que não cometa loucuras, afinal ele é muito atraente, seu olhar seduz e quando abre a boca pra me chamar de “Isabella” eu desejo muito fazer sexo com ele. Mas eu trabalho com ele. Ficar longe não é uma opção valida.

Suspiro. Lembro de que tenho que falar com ele sobre o novo projeto e já passa do 12h30min. Minha barriga ronca. Comida!

(...)

Havia almoçado e tomado um café preto daqueles. Aí voltei para o escritório e dei uma retocada na maquiagem e uma ajeitada no cabelo, já que eu estava uma merda. Sai de minha sala rumo a de Edward, afinal precisávamos trabalhar.

Bati na porta uma vez e a abri como de costume.

- Edward, nós precisamos... opa – paralisei quando vi que Edward não estava sozinho. Ao menos Katharine está aqui antes de mim, pois assim as chances daquele sonho se tornar realidade se tornam impossíveis – Desculpe, não queria interromper – Katherine e Edward me olham de um jeito estranho, um jeito que não sei explicar – Eu...

- Espere, eu quero falar com você – Isso saiu da boca da Katharine. Vish, e agora?


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