Quem Você Pensa que é? 2anos depois escrita por Juru


Capítulo 1
Capítulo 1




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Capítulo 1 – As coisas mudam

A pequena morena andava apressada entre as pessoas na rua abarrotada de gente, tentando fugir da chuva que teimava em cair e molhar os seus pés.

Um carro passou em alta velocidade espirrando água para todos os lados. Ela parou de andar e respirou fundo para manter a calma.

Estou quase me casa. Pensou consigo quando viu o prédio onde morava se aproximando.

Quando a viu o porteiro abriu um sorriso e segurou a porta.

- Boa noite, senhorita Alice – Ele a cumprimentou educadamente fazendo uma pequena reverencia.

- Gregory, quantas vezes vou ter que te pedir para não ser tão formal comigo? – Ela perguntou pela enésima vez, colocando uma das mãos na cintura.

- Pelo menos mais uma vez – Ele respondeu o que sempre respondia.

Ela sorriu para ele e entrou no prédio, parando na sua caixa do correio para pegar a correspondência do dia. Algumas contas e propaganda, e uma carta de Rosalie. Colocou a pasta e as outras cartas em cima do aparador e abriu a carta da cunhada, tirando duas fotografias de dentro e uma carta. Olhou as fotos rapidamente e abriu o papel para ver o que dizia.

Olá cunhadinha,

Aqui está a foto do Michael que você me pediu, ele está lindo e morrendo de saudades da madrinha. Estou mandado também a foto das gêmeas para você matar a curiosidade de como elas são, na minha opinião são adoráveis.

Elas e Michael já estão grandes amigos.

Quando você vem nós visitar?

Arruma um tempo e responde os meus e-mails.

Saudades,

Rosalie.

Michael

Gemeas

Alice sorriu olhando a foto do afilhado e logo em seguida pegou suas coisas andando até o elevador.

Quando chegou no apartamento, colocou tudo em cima da mesa da cozinha e pegou o telefone. Discou o numero da casa do irmão e esperou.

- Residência Hale-Cullen – A empregada atendeu.

- Oi Helena, é a Alice – Ela se identificou.

- Olá senhorita Alice.

- Rosalie está, Helena?

- Só um instante.

Alice esperou na linha enquanto a empregada chamava Rosalie.

- Achei que tinha se esquecido da família – Rosalie falou assim que atendeu ao telefone.

- Fuso horário – Ela falou como se aquilo fosse uma desculpa.

- Até parece - Rosalie respondeu – Recebeu minha carta?

- Acabei de pegar na caixa do correio. Essa foto ficou linda – Alice falou olhando mais uma vez ao foto dele.

- Tirei na casa da praia com uma máquina descartável, o mérito é todo do meu filho – Rosalie falou orgulhosa.

- Falando nisso, você tem realmente certeza que esse menino lindo é filho do meu irmão? – Alice perguntou brincando com a cunhada.

- Claro que é Alice – Rosalie respondeu séria.

- Não pensa bem, não tem a mínima chance de você ter cruzado com um antigo namorado e, sei lá, relembrado o passado?

- Como é engraçadinha – Rosalie falou sem paciência e Alice riu – E as gêmeas, o que achou?

- Elas são lindas – Alice respondeu pegando a foto na mão – Tem certeza que são filhas do seu irmão?

- Porque a duvida com as paternidades?

- Pelo Michael, porque ele é lindo demais para ser filho do meu irmão – Ela respondeu rindo – E pelas gêmeas, porque o seu irmão é uma besta muito grande para ter filhas tão adoráveis.

- Quem te ouve falando assim dele até pensa que não está apaixonada por ele a 3 anos – Rosalie pisou no calo da cunhada.

- Eu não estou – Alice estava vivendo em negação e pensava consigo que enquanto não visse ele ao vivo não precisava se convencer muito que isso era verdade.

- Tudo bem – Rosalie já nem se preocupava com o que Alice dizia, sabia que era mentira – Então nem vamos tocar no assunto do casamento.

- O Michael está ai – Ela mudou rápido de assunto – Queria fizer um oi.

- Bela mudança de assunto – Rosalie riu – Espera, que ele está na piscina com as gêmeas.

- Eu estou bem curiosa pra conhecê-las – Alice falou quanto Rosalie andava até a área externa da casa.

- Elas são muito divertidas e super inteligentes – Rosalie respondeu orgulhosa das sobrinhas.

- O mais legal é que elas têm quase a mesma idade que o Michael, então vão crescer juntos.

- Isso é bom – Ela concordou – Michael é a madrinha.

Alice sorriu quando ouviu Rosalie chamando o afilhado.

- Oi madrinha – Ele falou quando pegou o telefone da mãe.

- Oi meu lindo, tudo bem? – Ela perguntou já com os olhos cheios de lágrimas de saudade.

- Tudo bem – Ele respondeu e ela sorriu ainda mais – Eu, a Cat e a Izzy estamos nadando.

- Você já sabe nadar? – Ela perguntou limpando as lágrimas que teimavam em cair.

- Unrahn – Ele resmungou e Alice percebeu que ele queria voltar para a brincadeira – Quando você vai vir me ver?

- Logo – Ela respondeu prontamente – A madrinha te ama.

- Eu também te amo – Ele entendeu isso como o fim da conversa dos dois e entregou o telefone para a mãe e voltou para a piscina.

- Esse menino vale por dois – Rosalie falou assim que pegou o telefone.

- Ele está tão grande e tudo mais – Alice falou ainda com o coração apertado.

- Está crescendo rápido – Rosalie concordou – Qual é a resposta?

- Pra qual pergunta?

- Quando você volta?

- Agora que a cidade está praticamente pronta, minha presença por aqui não é mais necessária, então estava conversando com o Richard e chegamos há conclusão que a empresa precisa de uma filial nos Estados Unidos – Alice respondeu.

- Então você está voltando e pra ficar?

Alice sorriu e respirou fundo.

- Sim.

- A.H. M.E.U. D.E.U.S – Rosalie falou sem acreditar – Não acredito.

- Pode acreditar – Alice sorriu.

- Pra quem mais você contou?

- Ninguém, acabei de ter a reunião com Richard, vou ligar para os meus pai agora pra contar a novidade.

- Isso é uma ótima noticia.

- Pode espalhar, dessa vez não quero segredo – Alice falou se lembrando a vez que decidiu se mudar para a Inglaterra.

- Principalmente para uma certa pessoa – Rosalie adorava provocar tanto o irmão quanto a cunhada.

- Tchau Rosalie – Alice a cortou.

- Tchau cunhadinha.

Alice desligou o telefone e imediatamente ligou para os pais.

Depois de contar sobre a novidade e ouvir a mãe chorando na linha ela se despediu com um “até breve” e desligou.

Olhou pela janela da cozinha a noite chuvosa e respirou fundo, pensando que precisava voltar pra casa. Nunca sentiu como se Londres fosse um lar, sempre a cidade que tinha mudado meio a contra gosto, não podia evitar o sentimento que tudo que fez foi somente pela carreira. Nos Estados Unidos estava tudo que mais amava e não tinha motivos para ficar em Londres.

O telefone tocou a assustando e a tirando dos pensamentos.

- Alô – Atendeu sem olhar quem era.

- Oi amor – Ela sorriu ao ouvir a voz do namorado

- Oi amor, como está a viagem?

- No fim – Ele respondeu aliviado – Chego amanhã.

- Que ótimo – Ela falou feliz – Falei com Richard.

- Qual é o veredicto?

- Ele adorou a idéia do escritório e me pediu para começar imediatamente a cuidar de tudo. Como a gente fica com essa mudança? – Ela perguntou apreensiva.

- Acho que podemos ficar com o namoro a distância por um tempo – Alice logo se contraiu sabia que isso nunca dá certo – E depois de um tempo posso mudar para a América também.

- Alex, você odeia os Estados Unidos.

- Eu não odeio – Ele se defendeu – Só acho que se trata de um país fascista, que pensa no mundo como o seu playground.

- Claro que você não odeia – Ela falou debochada.

Alice tinha conhecido Alexander assim que mudou para Londres e depois de muita insistência dele acabaram se tornando namorados. Ele é uma ótima pessoa, mas ela sempre teve a sensação que estava com ele mais por costume do que por amor.

- Faço isso por você – Ele sempre mais apaixonado do que ela.

- Obrigada – Ela falou depois de um suspiro.

- Você parece cansada.

- Estou foi um dia longo e para variar está chovendo desde cedo.

- Aqui em Moscou está nevando muito, estão até em alerta.

Alice tremeu, sentindo o frio que o namorado estava passando. Ela nunca gostou de frio, mais um motivo para voltar para os Estados Unidos. Lá faz frio na medida certa, pensou.

- Que bom que volta amanhã então. Tomara que não fechem os aeroportos.

- Acho que não vão, mas tudo é possível. Agora vou te deixar descansar – Ele falou para encerar a ligação.

- Te busco no aeroporto, me manda os dados do seu vôo por e-mail. Te amo, beijo.

- Pode deixar que mando sim, também te amo. Beijos.

Ela desligou antes dele e colocou o telefone em cima da mesa da cozinha. Pegou as fotos e foi para o quarto tomar um banho e dormir um pouco.

Depois do banho foi até o escritório e colocou as duas fotos no mural que mantinha acima da prancheta de projetos.

Olhou as gêmeas mais uma vez. Elas têm muito dele. Logo a sua mente foi para o dia do casamento do seu irmão, ela balançou a cabeça para esquecer o dia e voltou para o quarto se jogando na cama e pegando no sono logo em seguida.



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Notas finais do capítulo

N/A: Olá a todos

Estamos de volta, na verdade eu nunca fui a lugar nenhum, mas a Quem está de volta.

Eu não estava planejando uma continuação, mas depois de tantas ligações anônimas e cartas feitas de recortes de revista, ameaçando minha vida. Aqui estamos.


Agradecimentos à minha linda e sempre presente beta Lilith Cullen

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Beijos e até uma próxima leitura.