Beyond two Souls escrita por Arizona


Capítulo 27
Sem arrependimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Capitulo novo para vocês. Hoje tá bem legal, mas não escrevo muito bem alguns pontos que estarão no capitulo, mesmo assim espero que gostem. Então comentem, e me digam o que acharam.
Beijos!
Divirtam-se, boa leitura.



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Como é bom ver o sorriso da minha irmã novamente, e ainda mais por sentir o alivio de saber que ela está bem, segura. Corro em sua direção assim que os cabelos loiros aparecem diante dos meus olhos. Prim está prestes a completar 13 anos, ela cresceu tanto nesse últimos meses, mais um pouquinho e ela fica com a mesma altura que a minha. Eu nunca fui grande mesmo.

Meus braços fazem questão de aperta-la quando nos encontramos, beijo suas bochechas, sua testa, seus dedinhos gordos... Prim pode ter 12 anos e meio, mas para mim ela sempre vai ser minha irmã caçula a quem devo zelar. E agora, com as ameaças de Snow, ainda mais.

Prim faz careta dos meus beijos, reclama que a estou deixando descabelada, e tem câmeras mostrando. Suas reclamações se tornam mais bravías quando Peeta a pega no colo, a rodando no ar, o que arranca gargalhadas das pessoas que nos esperam a estação.

Hoje seria um dia agradável por ser domingo, mas não é por ser também o último dia da Turnê que se encerra no Distrito do vencedor. Effie disse que será um simples jantar na casa do prefeito e tudo se encerra.

Minha mãe vem logo depois me abraçar. Ela também mudou muito dos Jogos para cá. Está mais forte, mais viva, acho que o fato de eu quase morrido fez com que ela saísse do seu coma. Ela entendeu que não podia abandonar Prim como fez quando éramos menores. Eu da mesma forma passei a vê-la diferente.

Levo um susto quando Gale paga na minha mão, havia me esquecido dele. Me pergunto como posse ter esquecido de alguém desse jeito? Ele sorrir para mim, fazendo um sinal com a cabeça para as câmeras, o que é o suficiente para me lembrar e tudo isso não acabou.

Eu aceno, lançando beijos e sorrisos para todos ali. Os irmãos dele estão bem na nossa frente, parecem tão animados com essa agitação que nos cerca, três crianças tão lindas que já passaram por tanto nessa vida. Gale igualmente a mim tem gente para cuidar, isso é algo que nunca mudou.

Somos em fim levados para casa, vou poder tomar um banho quente na minha banheira. A neve continua caindo sem piedade no 12, logo ficará mais rigoroso.

Perto das cinco Effie entra como uma tempestade na minha casa, com aquela voz aguda dizendo que está na hora, que precisamos cumprir o cronograma veementemente. Sou arrastada mais uma vez para um sessão de penteados e maquiagem. Contudo, hoje iríamos nos arrumar na casa do próprio prefeito Undersee.

Um quarto no terceiro andar é disposta par que me prepare. Eu nunca havia passado da porta dos fundos dessa casa, não imaginava que era tão grande. Cinna me fez um vestido cinza escuro, que cintila quando ando, os cabelos soltos, caídos pelo ombro esquerdo, e graças ao bom Cinna – que me queria mais natural essa noite –, a maquiagem foi um suave bater de pó de arroz.

Infelizmente tive que tirar minha pérola durante toda a Turnê. Um pedaço de barbante não era elegante o suficiente para se usar perto do glamour dos vestidos. Mas a deixei bem presa entre meus dedos.

Temos hora para descer as escadas, até que os convidados cheguem, então Madge faz o favor de ficar comigo para matar o tempo. Na verdade ela toca piano enquanto eu a observo. Um som tão calmo que quase esqueço que há uma festa lá em baixo.

Não comento nada sobre ela e Gale, não tenho o que disso deles, afinal, eu também tenho minha paixão secreta. Paixão que tenho guardado com o preço da vida. Tenho para mim que Snow não chegou a espremer Gale pela surpresa que demonstrou no 11, mas depois do que eu falei ele ficou atento.

Madge é chamada pelo pai a descer, ele aproveita para me avisar que Galo logo me buscará. Passa-se alguns minutos e ele não aparece, então resolvo ir por conta própria. Porém no meio do corredor ouço vindo vozes de um sala, quando chego mais perto vejo a porta entre aberta. A curiosidade é maior e acabo espiando a conversa.

Mas não é uma conversa entre pessoas, é apenas a TV. Talvez por ser prefeito, os Undersee tenham acesso a programação da capital, diferente do resto do distrito. Não consigo entender direito o que está passando, há inquietação, pessoas correndo, fogo, é aí que percebo o número 8 no canto da tela, Distrito 8.

Sinto que o ar não consegue mais chegar ao pulmões, as palavras de Snow retumbam na minha cabeça: algo que eu provoquei e não posso medir. Toda essa confusão no Distrito 8 é o princípio de um levante, aquilo de o presidente temia, e que eu provoquei, sei que fui eu, pois um choque ainda maior me atravessa do corpo quando uma bandeira é levantada com meu tordo estampado nela.

Estou a ponto de sair correndo quando Gale me chama no fim do corredor. Tenho que torcer para que nem uma lágrima tenha escorrido sem eu perceber. Respiro fundo para me recompor, querendo ao máximo aparentar que estou bem, mesmo não estando.

Descemos a escada de braços dados, todos sorriem e aplaudem quando chegamos. A sala está abarrotada de gente importante do 12, pessoas essas que eu nunca vi. Peeta também está presente, com seus olhos que me fazem sentir paz por alguns segundos.

Haymitch fez a barba, e o mais incrível, ele penteou os cabelos. Elegantíssimo em um terno preto, causando um impressão que nunca teve. Não posso deixar de nota quando um moça de peruca rosa, exageradamente o olha de canto de olho. Acho que entendi o objetivo de Haymitch se parecer decente essa noite.

A festa segui tranquilamente, nós comemos – nada como na Capital, claro –, dançamos, sorrimos e tiramos fotos com os convidados, até Gale apanhar um taça de champanhe, chamando a atenção de todos.

– Boa noite senhoras e senhores. – ele cumprimenta – Sou Gale Hawthorne, vencedor o último Jogos Vorazes, mas vocês sabem disso. Eu gostaria de propor um brinde. Um brinde a essa Turnê, que foi maravilhosa. Um brinde a nossa equipe de preparação, que é a melhor de toda Panem. Um brinde a nossos mentores! – ele levanta a taça em direção a Haymitch e Peeta – Sem o benefício deles na arena, talvez não estivéssemos aqui. E principalmente, um brinde a Katniss Everdeen, minha namorada, que esteve comigo nos Jogos, e não me abandonou nem um segundo. Á você, meu amor.

Palavras assombram. Tudo o que ele diz, é como a chuva que não tem medo de molhar o que ver pelo caminho. Gale não para por aí, ele me puxa com a mão livre, me prendendo em seu corpo e me beija. Fico completamente sem ação, não me movo, não protesto, aceito o que faz.

A primeira pessoa que meus olhos procuram quando nos separamos são os olhos de Peeta, mas o que encontro são suas constas voltada para mim. Me seguro para não corre atrás dele, sei que precisa de um tempo para digerir isso, mesmo assim, eu queria corre atrás dele.

Passo o resto da noite encabulada, ansiando para isso acabar de vez, quando isso acontece já é alto da madrugada. O trem espera pela equipe de preparação para a Capital, por tanto apenas nos despedimos de todos e vamos embora.

Os Pacificadores ficaram responsáveis a nos levar para casa, e como eu esperava, Peeta já havia ido. Haymitch desce do carro assim que chegamos a Vila, entrando em casa sem se despedir. Gala me acompanha até minha casa. Ficamos calados o caminho todo até ele desejar boa noite.

Me controlei, juro que me controlei, mas não posso deixar que ele vá sem que explique a cena que fez.

– Gale... – ele vou a me olhar – O que foi aquilo?

– Olha, Katniss. – chega mais perto – Não podemos vacilar. Você mesma falou que podemos está sendo vigiados, eu só queria mostra a Snow que ele errou, que não estamos apaixonado.

– Apaixonados? Apaixonados, Gale? – esbravejo contra ele – Você podia ter me avisado, e não sair me beijando, você sabe que eu detesto isso.

–Sim, você detesta. Você me detesta. – Gale para um momento esfregando os cabelos de nervoso – Isso tudo é por ele? Essa raiva toda é por causa que eu fiz aquilo na frente do Peeta.

– É Gale, é por causa do Peeta sim. – respondo sem a menor dúvida – E a Madge, você pensou nela? Fez na frente dela também, eu achei que vocês tinham...

– Deixa que da Madge cuido eu.

Fico indignado com o que diz. Eu vi nos olhos de Madge o quanto ela gosta dele, e ele a magoa dessa forma? E ainda me usa para isso, me fazendo magoar Peeta também.

– Seu cretino. Como pode?

– Katniss, você começou isso quando resolveu que queria viver uma aventura com o Peeta, e qual foi o resultado disso? Você, eu, nossas famílias correm perigo por sua culpa.

– Minha culpa? Foi você quem fez o teatro todo dizendo que era apaixonado por mim.

– E você cooperou.

– Eu queria te salvar. Queria te trazer vivo para casa, você era meu melhor amigo e faria de tudo para te ajudar. Não me condene pelas merdas que você fez, Gale.

Ele abre a boca para rebater, mas minha mãe é mais rápida em abrir a porta, ela nos pergunta o que está havendo, não respondo nada. Passo direto por ela subindo a escada. Só agora vejo o quanto estou ofegando e bufando de raiva.

Gale me tirou do sério da pior maneira que podia. Tranco-me em meu quarto, escorregando pela parede, chorando de frustração. Se eu pudesse arrancaria a cara dele na unha.

Procuro dentro de mim uma maneira de justifica-lo, de entende-lo, de certa forma o compreendo, mas estou revoltada de mais para isso. Ele se aproveitou de uma situação delicada para isso. Fui boba em achar que ele estava se apaixonando por Madge, ele disfarçou muito bem os sentimentos, continua gostando de mim mais do de deveria.

Espero que Peeta entre na minha janela para dormimos juntos, até que amanheça e ele não vem. Da mesma maneira eu espero por ele por mais duas semanas, então decido ir a traz. Dei a ele o máximo de tempo que pude, já não suporto mais essa distância. Mas que doce ilusão achar que abriria a porta quando eu batesse, ainda está ferido. Só queria saber o tamanho do meu delito para isso?

Numa tarde, quis dar uma volta pelo Distrito, só para distrair os pensamentos, neva muito, mas não me importei com o frio. Ia em direção ao Prego, caminhava de cabeça baixa até alguém esbarrar em mim, ao levantar os olhos novamente vi uma multidão correndo desvairada, e logo mais à frente o Prego pegava fogo.

Tento ir na direção de lá, mas algumas das pessoas que eu conheço me impedem. Pergunto o que houve, e me dizem que há um novo Pacificador Chefe no Distrito. Está vasculhando tudo, procurando por coisas ilegais, prendendo as pessoas com quem acham.

Encontro Greasy Sae carregando sua neta, ela me diz para ir embora, em casa é mais seguro, pois os novos Pacificadores não estão ligando para em você é. Só o que vem na minha cabeça quando me diz isso é que podem invadir minha casa, e levarem minha mãe e minha irmã.

Corro como uma louca de volta a Vila, se fizerem alguma coisa com elas, a única responsabilidade é minhas. Junto-me as dezenas de pessoas apavoradas que se dispersão de um lado para outro, fechando suas portas para se manterem seguras.

De longe, vejo Gabriel fazer o inverso, saindo da padaria para a rua. Sasha está bem atrás dele, com sua mão desesperada segurando seu braço. Só entendo o que estão fazendo ao ver Peeta e Haymitch trazem Sony pelos ombros.

Sony parece estar desmaiado, por isso o carregam. Demoro meio segundo para ficar ao lado deles, mas não parecem notar minha presença ali. Entramos pela porta da frente da padaria, Sony é colocado no chão, está muito ferido, sagrando bastantes.

Tinha cabeça começa a girar, me sinto mal por ver tanto sangue. Minha visão fica turva, até que tudo fica branco. Encosto minha mão em algo para manter meu equilíbrio, mas quase não consigo me manter de pé. Acho que vou desmaiar...

– Docinho. – ouço Haymitch mas não vejo seu rosto – Você está bem?

Ele me segura pelos braços para possa ficar diante dele. Abro e fecho os olhos com força, tentando recuperar minha visão sem muito êxito.

– Eu não... Ah! Minha cabeça.

– Calma, respira fundo.

Haymitch me abraça, me deixando amparada em seu peito. Estou cega sem realmente está. Ouço todos os movimentos ao meu redor, as vozes agoniadas de Peeta, e seus pais.

Aos pouco minha vista volta, já não vejo mais borrões, mas rostos definidos. Continua abraçada a Haymitch temendo cair para trás, embora saiba que ele não permitiria. A mãe de Peeta me olha como se não compreendesse o que estou fazendo naquele lugar.

– Quem deixou essa menina entrar?

Ela não é tão envelhecida quanto me lembrava, mal tem rugas. Contudo, é rude do mesmo jeito. Seus olhos vedes acinzentados, são como os das pessoas da Costura, tão parecida com elas, e tão diferente.

– Nora! – Gabriel a repreende, é a primeira vez que escuto seu nome – Katniss, o que houve com você?

– Eu estava voltando para casa, aí vi vocês. Achei que precisassem de ajuda, desculpem.

– Tudo bem, querida. – ele passa a mão em meu rosto, me confortando – Acho melhor vocês irem para Vila, todos vocês.

Ele olha para Peeta que faz uma careta antes de protestar dizendo que não vai deixá-los. Gabriel é duro com ele, mandando-o ir embora. Peeta hesita mais um pouco, mas por fim decide voltar.

Duas semanas longe dele, e o reencontro em uma situação pavorosa dessas. Ele mal me olha, apenas sai, deixando a mim e Haymitch para trás. Também está machucado, tem um hematoma avermelhado debaixo do olho direito.

Haymitch me conta que eles estavam no Prego no momento em que os novos Pacificadores chegaram. Ficaram com receio de fazer o caminho pelo cidade, então foram por perto da cerca. Por azar, ou por sorte, viram um rapaz sendo espancado pelos Pacificadores, foi quando Peeta notou que o rapaz era o Sony, e voou em cima dos Pacificadores, foi quando ganhou o olho roxo.

Um deles apontou a arma para Peeta, teriam o executado se Haymitch não entrasse no meio. Ele diz que eram vitoriosos, e um dos Pacificadores os deixou ir. Perece que Sony havia sendo pego saindo da floresta, por isso o agrediram.

Com passos rápidos, em poucos minutos chegamos a Vila. Haymitch vai atrás de Peeta que entra na sua casa sem demora. Entro na minha encontrando Prim e nossa mãe sentada na sala. Conto o que está acontecendo na cidade, e minha mão fica histérica.

Ela corre pela casa fechando todas as portas e janelas. É preciso que eu grite com ela para force-la se acalmar. Prim prepara um chá, pondo sonífero nele, para que ela possa dormi, o que só leva alguns minutos.

Daqui não posso saber o que se passa na cidade, tenho medo do que esse novo Pacificador Chefe pode fazer com as pessoas do Distrito. Onde será que o velho Cray? Por que o substituíram?

Snow me disse que muitos sofreriam se eu não o ajudasse a acalmar as coisas, o que não consegui. Isso só pode ser um pesadelo. Há levantes acontecendo nos Distritos, e ele diz que sou responsável por isso. Ele que me punir por isso, agora eu entendo, e começo aplicando sofrimento ao 12.

Ando de um lado para o outro, tentando em vão me aquietar. Da janela, vejo a casa da frente. Peeta, outro dos meus dilemas. Ele não quis me ouvir, está com raiva e nem me dá chance que explicar. Ah, mais isso não vai ficar assim, não mesmo.

– Prim, você vai ficar bem? Preciso resolver algo.

– Você vai demorar?

– Não sei, talvez.

– Tudo bem, mas tome cuidado.

Dou um beijo na minha irmã, e digo para trancar a porta quando eu sair. Atravesso os poucos metros que nos separam, entro na casa dele sem bater. Peeta está na sala, com um saco de ver ervilhas congeladas no olho machucado. Esse era o cuidado de Haymitch.

– Quero falar contigo.

Eles se assustam ao me ver. Peeta me encara com uma certa raiva estampada em seu rosto, eu também não devo está diferente. Haymitch nos olha um pouco preocupado, mas nos deixa a sós.

– Grite se precisar de ajuda garoto. – dar tapinhas nas costas de Peeta e sai.

Peeta suspira quando sento-me na sua frente, aumentando suas expressões carrancudas. Vim aqui pronta para um discussão, mas agora não sei o que falar.

– O que quer? – ele se manifesta antes.

– Eu quero saber por que está longe?

– Você ainda me pergunta? – dar um sorriso debochado.

– Com é? Peeta, eu não sabia que ele faria aquilo, aliás, eu não sabia que Gale faria nada do que fez no Jogos até hoje. Se tem alguém que foi enganado aqui, esse alguém fui eu.

– É, mas você entro nessa com ele. Se não queria esse romance, então por que o fez?

– Eu não acredito. – fico impaciente de vez – Você também vai dizer isso? Peeta, ele era meu melhor amigo, havia uma chance de nós dois sairmos vivo, eu o ajudaria.

– Isso só aconteceu porque acharam de vocês eram apaixonados. Maldita hora em que concordei com isso.

Ele solta essas palavras me intrigando. Como assim concordou com isso? Será que... ele como mentor armou tudo isso?

– Me explica. Você concordou com o que?

Peeta começa bufar, esconde o rosto entre as mãos e grita de raiva. Quando me olha novamente, percebo a fúria em seus olhos.

– Quando a Rue morreu, você surtou, queriam de matar. Haymitch achou um jeito de não fazerem isso.

– O amor.

Ele concorda sabendo que eu havia compreendido. Meus olhos se enchem de lágrimas que não quero deixar cair. A dor de saber que fui usada fura meu peito, e o pior, saber que fui usada por pessoas com quem me importava. Pensei que se importavam comigo também.

– Katniss, não estou com raiva de você – Peeta segura um de minhas mãos, mas não olha nos meus olhos –, estou com raiva de mim. Por ter sido um covarde, por não enfrentar meus demônios de frente, e ter te carregado para o abismo que eu fiz com meus pés. Eu sei que Snow te fez ameaças, e eu sinto muito por fazer parte delas. Eu não queria. Você está agindo correto em ficar com o Gale. Não me deve nada.

Se torna impossível conter as lágrimas, choro cada uma delas. A mão que Peeta segurava foi saltar no ar. Ele também sofreu ameaças, também luta para manter quem ama à salvo, se tem uma pessoas que pode me compreender nesse momento, essa alguém é ele.

O garoto com o pão na chuva, me salvando da morte. Os braços que me espantavam os pesadelos, os olhos que me embriagavam. Meu coração entende que não importa as decepções que sofra, ou as feridas que o dilacerem, é ele, será sempre ele quem eu vou amar.

Devagar, me ajoelho em sua frente, levantando seu rosto para mim. Rosto tão molhado pelo choro quanto o meu. Dou um leve beijo em seus lábios, firmando nossos olhares.

– Como posso ficar com ele se eu pertenço a você?

Não preciso de mais nada, os semblantes de amargura caem, sendo substituídos por um brilho quase que incomum. Me jogo em cima dele, beijando sua boca com fervor, ele corresponde do mesmo jeito.

A loucura de desejes toma meu corpo com força total, dessa vez não vou parar. Levanto-me do chão indo para seu colo, ele me ajuda puxando-me mais para perto. Beijo seu rosto desde da ponta do queixo, até a testa, acariciando seus cabelos quando chego ao pescoço.

Suas mãos logo se atiçam apertando minhas coxas com força. Peeta não se controla por muito tempo, e eu realmente não queria que se controla-se. Ele me joga no sofá, ficando por cima de mim. Seus beijos incendeiam minha pele, me deixando sem ar.

Puxo sua camisa para fora, exibindo seu peito musculoso, coberto por pelos. Ele é tão perfeito, tanto por dentro, quanto por fora. Deixo minha unhas escorregarem por sua barriga, lhe causando arrepios enquanto mordi minha orelha.

Peeta remove as duas blusas que uso um de cada vez, talvez para me dar espaço de compreender o que estava fazendo. Quando as tira, meus seios ficam livremente exposto para seus olhos. Não coloquei em uma peça intima sobre eles essa manhã, as camadas de tecido das roupas os cobriam.

Me envergonho por Peeta me olhar assim, mas não me permito pôr as mãos para esconde-los. Ele volta a me beijar descendo os lábios por todo meu abdômen, subindo de volta ao chega no umbigo, parando nos seios, onde os beija com ternura. É uma sensação surpreendente ser beijada ali.

Em poucos segundos esse beijos ficam mais fortes, se tornando chupões e mordidas, me fazendo abafar meus gemidos. Peeta não aguenta mais esperar, eu também não. Em um pulo ele se levanta comigo presa em seu colo, voltando a beijar minha boca.

Nos leva para seu quarto, me deita na cama vindo sobre mim. Ele retira minhas calças tão rapidamente que mal sinto quando faz. Em um lampejo rasga minha calcinha sem tempo a perder, o último pedaço de roupa que o impedia de me ver completamente nua.

Sinto minha bochechas queimarem, mas quando nossos olhares se cruzam, eu sei que tudo ficará bem, que estou segura. Delicadamente beija minha boca, um beijo tão parecido com o nosso primeiro que me sinto flutuar no mar de lembranças.

Suas mãos correm pelo meu corpo, queimando nossas peles de excitação. Seus dedos chegam até a minha parte mais intima, onde me toca com desejo. Me agarro aos seus braços, tentado controlar esse prazer que me invade.

Ele me aperta com força, me fazendo gritar gemidos agudos. Sua boca volta para meus seios me dando ainda mais gozo em meio a luxuria.

Quando finalmente para, Peeta fica de joelhos para tirar suas calça, mas eu o impeço de fazer.

– Me deixa te tocar também? – o peço e concorda.

Sento-me na mesma altura que a sua, timidamente levando as mãos para dentro de sua cueca. Sinto a macies e a extensão do seu pênis, saber que logo vou senti-lo em mim é complicado, mas não nego meus instintos primitivos de tê-lo.

Peeta se permite curti o momento, fecha os olhos e aproveita meu toque. Um tempo depois cola nossos corpos novamente, me beijando enquanto ainda o toco. Ele já está completamente pronto, e eu também. Sentando de lado na cama, ele termina de tirar suas roupas, e assim como eu, fica nu.

Agora vejo toda sua ereção, deitamos juntos com Peeta se colocando entre minhas pernas apesar de estar tensa ao fazer isso. Sinto sua penetração aos poucos me dando tempo de me acostumar a sensação.

Ele está tão tenso quando eu, pedindo desculpas cada vez que grito por causa da dor, seu cenho franzido de preocupação, mas não quero pense que me machuca, mesmo sendo isso o que faz toda vez que avança mais um pouco.

Lhe asseguro que está tubo bem, podemos continuar, o que ele faz com muita paciência. Vez por outra ele se mexe me provocando outra vez uma onda de coisas novas.

Agarro suas costas com mais força quando ele fica um pouca violento nos seus movimentos, o que lhe faz parar imediatamente, e procurar no meu rosto vestígios de desespero. Eu o beijo pedindo que continue.

Quando está todo em mim, ele consideravelmente aumenta o ritmo, me ensinado a mover o meus quadris também, o que deixa tudo ainda melhores. A dor de perder a virgindade é substituída por prazer.

Nossas peles roçando, nossos corpos suados comprimindo um ao outro, minha boca procurando a dele para me perder, os gemidos que preenchem o quarto, e nem um arrependimento.

Me mostra maneiras diferentes fazer sexo, cada posição um frenesi me domina. Sentada em seu colo, com as costas em seu peito, sinto algo estremecer dentro de mim.

Começo a me contorcer, me apertando contra ele que vai mais e mais rápido. Peeta me segura pelos seios, os pressionando com força, até que não tenho mais controle nem um do meu próprio corpo, me permitindo ser levada pelo delírio insano.

Peeta se derrama dentro de me no mesmo instante, gritando assim como eu faço.

Caímos exaustos sobre os lesões molhados de suor, nossos rostos corados pelo esforço de minutos atrás, mas uma felicidade genuína saltando em nossos rostos através dos nossos sorrisos.

Ele afasta as fios que caem em meus olhos, me abraçando em seguida. A paz desse momento é incomensurável de tão bela.

– Eu te amo.

– Eu te amo, Peeta.

Começamos a gargalhar sem sentido nem um para fazermos isso, a não ser por essa alegria exclusivamente nossa.

– Você que fazer de novo?

– Ah... claro. – respondo ainda rindo.

Acho que será um longo dia, que irá ganhar a noite, se estendendo pela madrugada até o dia seguinte, em puro prazer.

Eu sou dele e ele é meu, e nada vai mudar isso. Nosso amor imutável, rodeado de inimigos, cravado de esperança, ele nos fará forte.

Se um dia nos esquecêssemos, ele nos lembrará.

Esse amor é que faz de nós dois além de duas almas.


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