Beyond two Souls escrita por Arizona


Capítulo 11
Que comessem os Jogos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tá aí mais uma capitulo de Beyond, me perdoe se demorei a postar, estava sem tempo de escrever, mas prometo dois capítulos seguidos nesse fim de semana. Comenta e favorita a historia se você tiver gostando, e continue a acompanhar.
Beijos! Até mais.



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10, 9, 8...

A claridade cega meus olhos, demoro alguns segundo para assimilar onde estou; A arena. Começo a identificar o lugar onde estou, vejo os tributos distribuídos ao redor da Cornucópia, analisando uns aos outros, além das armas logo mais a frente. Procuro observar cada detalhe a minha volta, algo que possa me ajudar, e possivelmente salvar minha vida.

Observo a Cornucópia, no caminho até ela tem várias bolsas e caixas, preciosidades que podem salvar nossas vidas.

Quantos mas perto, mas valiosas as são. Levanto meus olhos e vejo um arco com um estojo de flechas, bem na boca da Cornucópia. Posso pega-los. Penso. Haymitch disse para eu não me arriscar, mas tenho certeza que só bem mais rápida que a maioria aqui. Se eu pegar o arco, já vou ter uma vantagem e uma chance de ficar viva.

5, 4, 3...

Desvio os olhos bem no momento em que os de Gale pousam sobre mim. Desde ontem a noite não o vejo, não pude falar com ele hoje pela manhã, e pode ser essa a última vez que vejo meu amigo com vida. Ele balança a cabeça em negativo, sei bem que ele estava observando, e sabe o que pretendo fazer.

Mas tenho que tentar, pelo menos tentar.

Um bang me tira da distração.

E, merda!

Começou!

Os Tributos começam a corre para todos lados, uns somem floresta a dentro, e outro vão para a Cornucópia. Permaneço estática no pedestal, tento traçar um plano, uma saída imediata daquele banho de sangue. Como um estalo, minha mente desperta, me avisando que tenho que me mover imediatamente.

Olho novamente para onde estava o arco, no entanto, já não está mais lá. Então pego a primeira coisa de vejo pela frente. Uma sacolinha preta de pano, apanho-a e corro como nunca para a mata. Mas antes que possa ganha uma distância significativa, um força contraria me faz cair, puxada das minhas mãos a sacola, a única recompensa da Cornucópia.

De certo, o garota não tem tempo de disputar comigo, pois ele cai de joelhos cuspindo sangue pela boca. Nas suas costas, uma faca está cravada até o cabo. A garota do 2 prepara seu próximo arremesso, dessa vez para mim. Corro novamente sem tempo a perder. Apenas ouço o zumbido da lamina passando por cima da minha cabeça.

Sinto todo o meu corpo esquentar. A adrenalina corre pelas minhas artérias, se espalhando pelos músculos. Pés que absorvem todo o impacto da corrida. Penas e braços movessem em perfeição. Pulmões que inspiram todo o oxigênio que preciso. Mente que busca assimilar tudo o que estar acontecendo nesse momento.

Por causa da corrida que imprimi, acabo não vendo o barranco a minha frente, rolando até em baixo. Choco-me contra raízes rasteiras e plantas pequenas, batendo contra minhas mãos e rosto. Quando finalmente paro, estou suja de terra, e arranhões que ardem brevemente na pele exposta.

Ainda estou analisando os arranhões, quando um disparo de canhão ecoa pela arena pela primeira vez, seguido por outros sucessivamente. Este é o aviso que quantos estão fora do jogo, quantos de nós estão mortos.

Sete, foram sete Tributos.

A exaustão da corrida pesa sobre minhas pernas. O calor é quase insuportável, além da cede que arranha a garganta, é aí que lembro-me da sacola consegui. Abro-a encontrando dois portadores de facas com as próprias neles, e mais nada. Não há água, ou comida, remédios. As facas são tudo.

Examino-as um estante. Uma delas tem uns 20 centímetros, com um cabo grosso de madeira, e bem pesada. Um dos gumes liso e o outro serrilhado. Já a outra, na verdade é um canivete pequeno, mas bem útil. Prendo os portadores na perna direita, o com a faca maior na coxa, e o canivete na panturrilha.

Não encontro nem um resquício de água por todo o caminho que fiz, mas vi coelhos saltitando entre os arbustos. Monto rapidamente um armadilha com galhos, afiando as suas pontas. Está quente, deve ser meio dia, logo vou ter fome. Começo a me arrepender por não ter comigo o suficiente no café da manhã.

É uma grande desvantagem não ter o arco comigo, minhas caçadas não são tão eficientes com facas e armadilhas. Só me resta torcer para conseguir uma coelho, e caso não funcione com eles, que seja com algum Tributo.

 

P.O.V Gale

 

Não!

Katniss não pode ir para a Cornucópia.

Tento alerta-la p que não faça uma besteira, mas não tenho tempo, o relógio zera. Corro em sua direção com o intuito de permanecermos juntos. Porém uma dor no calcanhar esquerdo me faz desabar no chão. Só tenho tempo de ver o fio de sangue escorrendo bota antes de alguém grunhindo vim para cima de mim.

Tudo acontece em segundos.

Um garoto tenta me atingir com uma machadinha, mas desvio bem na hora. Assim que move o braço para me acertar outra vez, seguro-o pela jaqueta o empurrando para atrás. Ele perde o equilíbrio, deixando a machadinha cair. Faço proveito que sou maior que garoto, sentando de joelhos no seu peito, o socando seguidas vezes.

Levanto-me desesperado procurando por Katniss, até que a vejo correndo para a floresta. Há um vale lutando uns contra os outros entre ela e eu, não chegarei até onde ela está vivo. Também não dar para chegar até as armas na Cornucópia, mas estou próximo a uma mochila, então a pego e saio correndo na direção oposta ao banho de sangue.

Um Tributos vem atrás de mim, acho que um dos carreiristas, não tenho certeza, corro o mais rápido que posso para despista-lo. Entro na floresta sem olhar para. Ouço passos apressados em todas as direções, gritos desesperados vindos de longe. Vejo Tributos correndo por entre as árvores desorientados, tentando, assim como eu, se manterem vivos por mais algumas horas.

Não faço ideia de a quanto tempo estou correndo, mas o sol está escaldante, e alto no céu. Então decido parar para respirar um pouco, pego a mochila que consegui para abri-la, talvez tenha água, estou morrendo de cede.

Tiro da mochila uma garrafa de água sem água para minha sorte. Corda, arame, um saquinho com frutas secas, e um pequeno canivete. A parti e agora, essas coisas são tudo o que tenho.

Deus!

Essa é a arena! Minha vida está por um fio constantemente aqui.

Preciso encontrar água, água é minha amiga Haymitch falou. Encosto-me numa árvore respirando bem devagar, até que ouço o barulho de galhos quebrando-se. Me encolho junto ao tronco esperando que não tenham notado minha presença. Vozes abafadas discutem algo que só consigo entender quando estão perto.

— Achem-no! – um garoto esbraveja.

— Foi por aqui, eu vi! – um outro diz um tanto quanto animado.

— Já tem horas que estamos andando. – dessa vez foi uma menina quem reclamou— Vamos parar. Tem uma porção de gente aqui para ser morta.

— Tá legal. – diz o primeiro garoto desgostoso — Vamos pro sul, talvez conseguimos encontra alguém por lá.

Solto o ar aliviado por terem ido embora. Espero mais alguns minutos ainda encolhido no tronco para me certificar que não há perigo de terem me visto aqui. Pelo papo que estavam tendo, certamente são Carreiristas, estão caçando suas presas.

Melhor que eu não cruze o caminho deles.


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Notas finais do capítulo

Deixa o comentário galera, quero muito saber a opinião de vocês, o que vocês tão achando, e o que pode melhorar.
Vlws!