Filha do Olimpo escrita por Any Queen


Capítulo 5
Recepção de boas-vindas de matar


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo, tenho que expressar meu desapontamento com a falta de comentários, mas também vou levar em conta meu tempo de demora. Então peço por favor comentem esse, para saber se ainda estão ai



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Eu realmente achava que existiam duas maneiras de se definir um dia ruim: morte ou falar uma besteira na frente da pessoa que você estava abobadamente apaixonada. Porém, essa minha vil convicção foi totalmente por água abaixo quando eu saí daquela caverna.

                Você deve estar me matando mentalmente por estar demorando para explicar o que estava me esperando do lado de fora, entretanto, demorei a achar uma palavra decente para reagir aquela cena. Acho que se você também desse de cara com um exército de zumbis feios e vestindo armadura, você iria se referir a imagem a um lindo e simples “merda”. Porque eu não sabia o que fazer, se pegava a espada e começava a atacar como uma doida ou esperava que eles dissessem que só estavam pedindo uma xicara de açúcar, não deveria haver vizinhos pela redondeza.

                Contudo, Max estava parado, segurando uma espada comum em prontidão, ele parecia disposto a lutar com o exército de zumbis sem problema. Ele olhou para mim, talvez esperando autorização ou uma confirmação que o ajudaria. O que eu não tinha escolha, não dava tempo de falar para os monstros que eu escolhia o lado deles.

                Mas nada disso aconteceu naquele momento, porque a minha mente foi sugada por um aspirador de pó metafórico que me jogou dentro de uma ruina de uma cidade possivelmente romana. Olhei para os lados atordoada, esperando que alguém se explicasse, porem ninguém se dignou a responder que porcaria era aquela.

                Não fazia ideia se Max estava bem, se o tempo no Mundo Inferior havia parado, só sabia que eu não tinha que estar naquele lugar. Não havia escolha, na verdade, comecei a andar vagarosamente por meio dos entulhos e pilastras caídas, até ouvir alguém suspirar.  Apressei o passo até o barulho e quando vi minha mãe presa em uma jaula de pedra, corri até ela e tentei tirá-la de lá, mesmo sabendo que não estava lá de verdade.

                - Mãe, você estava presa todo esse tempo? – a deusa sorriu e afagou a minha mão, exatamente como quando eu estava fazendo algo idiota e ela não queria dizer.

                - Você pode parar agora, querida. – tirei as mãos da barras, desistindo.

                - Você está realmente presa? Ou tudo isso é só uma visão? – por mais que tivesse problemas com ela, em nenhum momento desejei que ela fosse presa desse jeito, ela não merecia.

                - Estou realmente presa. Mas – disse ela antes que eu falasse qualquer reclamação – Já estão vindo me resgatar, não se preocupe com isso agora.

                - Quem? – perguntei realmente surpresa.

                - Pessoas que acredito que seja heróis, mas isso não é trabalho seu, deixe os outros fazerem seus trabalhos... – ela parou por um momento, e, depois, como se uma luza passasse por seus olhos, ela gritou: - Amélia Basset Granger.

                E é nesse momento que eu sei que ela está muito, muito brava comigo.

                - Você fugiu de casa!

                - O que você queria? Mãe, eu tenho grandes dezesseis anos e tenho completa consciência das consequências de meus atos. Afinal, não é como se você não pudesse me ver a todo minuto.

                - É muito nova para entender, minha filha, mas assim que saiu dos meus domínios, não posso mais cuidar de você. – de certo modo aquilo me deixou desarmada, eu queria tanto ter minha própria vida que não tinha pensado no fato de que estava completamente por minha conta, sem ajuda divina. – Os deuses não podem interferir na vida de seus filhos.

                - Mas o que você queria que eu fizesse? Não podia ficar sentada dessa vez, olhando tudo por cima e ignorando o caos aqui em baixo. Eu posso ajudar! Posso ser útil e realmente salvar alguém.

                - Não tenho dúvidas disso, querida. Eu só não queria que você fosse tão rápido.

                - Agora já era, mãe e... Falando nisso, você pode, por favor, me mandar de volta. Eu adoraria conversar e tal, mas tem um garoto precisando de mim.

                - O filho de Ares – disse ela com uma careta – Você podia arrumar companhias melhores.

                - Desculpa, mas eu não tive escolha, era a minha missão.

                - Aquela ruivinha enjoada que se diz Oráculo! Tinha que te dar essa missão, logo com um filho de Ares.

                - O que há de errado com um filho de Ares? É só um semi-deus normal, como eu.

                - Sim querida, mas não com você.

                - Eu deveria ter entendido isso? Porque quando se trata da minha vida, eu não consigo entender nada.

                - Não vamos entrar nesse assunto. – disse Hera abanando o ar.

                - Nós nunca podemos entrar nesse assunto! – gritei, essa era uma pauta que me estressava razoavelmente.

 – É uma história muito grande eu não tenho forças. Não se preocupe – me cortou antes que eu pudesse contradizer. – Alguém vai acabar metendo os pés pelas mãos, não se preocupe, filha, não vai demorar muito.

— Só que eu não posso ficar esperando sua boa vontade ou a de qualquer um. – joguei os braços para o alto – Me mande de volta. Agora.

— Não vamos poder nos ver por um tempo.

— Acho que é isso que eu estou precisando.

— Boa sorte. – disse minha mão como despedida.

— Boa sorte. – falei olhando para a jaula.

Quando pisquei, estava de volta ao Reino de Hades, Max continuava parado e os zumbis também, mas só por um pequeno segundo.

— Então... – disse Max sorrindo torto. Deuses como aquele garoto era lindo! Mas não era um bom pensamento para o momento – Sabe lutar?

— Acho que vai ter que confiar em mim. – arqueei uma sobrancelha antes de puxar a Píton.

Uma coisa boa sobre zumbis: eles não são rápidos ou inteligentes. Uma coisa ruim sobre zumbis: eles estão mortos. O que dificulta a intenção de mata-los, eu podia cravá-los com a minha espada, mas nada acontecia, como se fossem feitos de massinha. Porem, comecei a ser mais agressiva, cortar cabeças e membros estava na lista, isso não os derrotava, é claro, mas com certeza os atrasava.

Não conseguir ver como Max estava se saindo, mas não tinha morrido até o momento. Quando os monstros conseguiram me encurralar, eu estava prestes a fazer um furação para conseguir me livrar deles. Porém uma voz forte e impotente rugiu, no mesmo instante os zumbis pararam de se mover.

— Já avisei uma vez, Perseu Jackson, não quero que invada a minha... – de repente a voz parou e ganhou um tom estranhamente normal. – Ora, ora, não é o Perseu.

No meio dos monstros surgiu o deus da morte, se vestia com um manto de roupas pretas. Ele afastou os zumbis e acenou para que eles me pusessem no chão, dei uma rápida olhada em Max, porém ele estava bem e não apresentava riscos a sua beleza.

— Quem é você, meio-sangue intrometida?

— Achei que Hera tinha me arrumado uma passagem segura.

— Então você é a filha adotiva de Zeus e Hera. – espantou-se ele com genuína curiosidade. – Não achei que conseguiria achar o filho de Ares perdido.

— Nem eu.

— Desculpa por todo esse showzinho, mas Percy Jackson já invadiu minha propriedade mais de uma vez. – disse ele vagueando em pensamentos – Estava começando a perder a paciência.

— Percy está sumido.

— Não me diga?! – exclamou o deus com um falsa importância – Melhor para mim, eu devo dizer.

— Então podemos ir? Sem querer ser ingrata, sua hospedagem é realmente... aconchegante. Mas é a minha primeira missão, não posso falhar nem nada, então se o senhor me der licença, tenho certeza que tem coisas melhores para fazer. Vou pegar o meu amigo ali e vamos embora...

— Eu disse a sua mãe que te daria uma passagem segura...

— E eu agra...

— Mas nunca disse que faria o mesmo pelo filho de Ares.

— Por que? Ele está comigo, já estávamos indo. – gotas de suor começavam a brotar em minha testa, não tinha um bom pressentimento quanto aquilo.

— Não queremos causar problemas, lorde Hades. – disse Max se pronunciando pela primeira vez.

— E então, o que você estava pensando quando invadiu o meu Reino? – Hades colocou os braços para trás e nos tratava com dois delinquentes de rua.

— Para te dar um imenso abraço? – eu apreciava o senso de humor de Max, mas aquele realmente não era o momento.

— Você me intriga filha de Hera. – ele olhou para mim e inclinou a cabeça – Não queria que morressem tão cedo, mas se vai lutar por esse semi-deus, não há nada que eu possa fazer.

— Só sei de uma coisa, Senhor dos Mortos, não se abandona ninguém para lutar sozinho com um exército de zumbis. – ergui a Píton e olhei para Max, seu olhar estava impassível, mas não ligava para o que eles estava pensado, só no fato de que tinha que nos tirar vivo dessa.

— Corajoso de sua parte, meio-sangue, como disse, gostei de você. Espero sinceramente que não morra. – o deus começou sair da batalha – Podem atacar. – assim ele sumiu.

Quando os monstros voltaram a atacar eu senti algo que nunca havia sentido antes. Um sentimento de sobrevivência, eu tinha que sair viva dali e não importava o que acontecesse. Eu tinha muitas coisas para fazer, muitas coisas para descobrir sobre mim mesma, então não deixaria que nada me matasse. Como se atendesse aos meus pensamentos, meus braços atacavam os zumbis com forca e ferocidade, agora realmente os matando, não sei o que havia mudado, mas agradecia aos deuses.

Quando cheguei até Max, eu estava arfando e sentia meu corpo pegando fogo, quase não conseguindo ficar de pé.

— Pode nos tirar daqui agora? – perguntei olhando preocupadamente para os monstros que tentavam nos alcançar.

— Lia... Como você...? – ele pareceu hesitar mais um pouco, mas sabia que não era hora para perguntas. – Segure-se em mim.

O que era realmente bem-vindo, minhas pernas começavam a ceder. Meus braços seguraram os ombros do menino e eu fechei os olhos, escutei algo cair no chão e depois ser amassado.

— Pense no Acampamento. – e essas foram as minhas ultimas palavras e pensamentos antes de desmaiar.

                                                               ***

Não tive sonhos.

Isso era um grande fato a ser relatado em uma linha. Todos os semi-deuses tem sonhos reveladores, mas eu não tive nenhum, apenas surtos de imagens passando rápido sobre meus olhos. Não consegui identificar o sentido de nenhuma delas, apenas uma se fixou na minha mente; um pequeno menino de cabelos dourado. O sorriso dele tomou a minha mente em cheio, ele tinha por volta de seus cinco anos e eu não fazia ideia da onde eu o conhecia, mas sabia que conhecia.

Depois de vagar em um limbo entre o inconsciente e o consciente, eu acabei abrindo os olhos. Estava em um quarto de madeira grande, tinha cheiro de cavalo, mas não era incomodativo. Respirei fundo e tentei me levantar, encostando na cabeceira da cama e focalizando o menino sentado em uma cadeira de madeira perto da cama. Ele havia pegado no sono e tinha trocado de roupa, por mais que ainda estivesse usando roupas pretas dos pés aos ombros, agora elas estavam limpas. Seus cabelos estavam desarrumados e caindo sobre os olhos.

Olhei para o criado mudo e achei um copo térmico, peguei o objeto e bebi, senti que era néctar e estava com um ótimo gosto de barra de chocolate. Devolvi o copo para a mesa e comecei a me apalpar para certificar que não tinha nenhum osso quebrado. Depois de me inspecionar, levantei da cama e me espreguicei, fazendo um coque improvisado e pedido para não estar tão horrível quanto eu me sentia.

— Você está horrível. – disse uma voz sonolenta a minha esquerda.

— Own, obrigada. Isso é realmente uma coisa que toda mulher quer ouvir quando acorda.

Max estava rindo de mim, com aquele sorriso matador. Ele apoiou o cotovelo no joelho e arqueou uma sobrancelha.

— Quanto tempo eu dormi? – perguntei.

— Um dia. – disse ele como se não fosse nada de mais – Depois que disse onde eu deveria vir você apagou. Trouxe você até Quíron que disse que você não tinha nenhuma ferimento exterior, mas que deveria ficar em observação.

— Você contou a ele o que houve? – questionei muito preocupada, afinal, nem eu sabia o que tinha acontecido.

— Não. – aquilo me surpreendeu – Estava esperando você acordar e me explicar porque mentiu pra mim.

Sentei na cama derrotada, ele ouviu toda aquela história de filha de Hera quando claramente Hera não tem filhos meio-sangue e eu tinha me autodeclarado filha de Zeus. Olhei para ele com hesitação, mas Max apenas aparentava uma feição limpa de emoções, estava paciente para a minha resposta.

— Você juraria não contar a ninguém? – olhei significativamente para ele – Porque ninguém precisa saber da sua fugida para o Mundo Inferior.

— Me chantagear não vai melhorar em nada sua situação.

—Tudo bem, mas não fique com raiva de mim. – implorei.

— Tenho certeza que não vou ficar. – disse ele se encostando novamente na cadeira – Ainda mais com você me olhando com esses grandes olhos de gatinho abandonado.

— Eu não tenho olhos grandes! – pisquei – Tenho?

— Já disse o quanto é revigorante irritar você? – eu tinha uma breve impressão que ele estava tirando sarro com a minha cara.

— Por outro lado, eu acho que cansei de salvar a sua vida.

— Está esperando um “obrigada”? Talvez depois da verdade, loirinha. – agora seu tom era mais sério.

— Tudo bem, apressadinho. Eu não sou filha de Hera ou de Zeus. – não sabia como continuar dai, queria poder pegar a introdução dessa história e entregar para ele como um livro de auto ajuda.

— Sim... Isso eu tinha percebido.

— Pode ter calma? – apertei os olhos e suspirei – Eu nunca contei isso para ninguém, não é fácil.

— Desculpa, vou ficar de boca fechada dessa vez.

— Eu não sei de quem eu sou filha, ninguém nunca me disse. – continuei – Só o que eu sei é que fui deixada no Olimpo quando era bebê e por um milagre divino, Zeus e Hera me acolheram como filha adotiva. Eu cresci lá com todos os deuses e eles me ensinaram muitas coisas e me deram poderes também.

— Então, por enquanto você é a Filha do Olimpo.

— Sim.

Continuei contando tudo para ele, as palavras saíram mais fáceis do que imaginava, nunca pensei que liberaria um peso de mim contando aquilo alguém. Por um motivo completamente desconhecido, eu confiava que Max não diria nada a ninguém, tínhamos uma dívida de morte na nossa relação...De amizade, é claro.

— Quando cheguei aqui – relatou ele assim que terminei – Ares logo me reclamou com filho e fui direto para o chalé. Não passou pela minha cabeça um mundo onde eu não fazia ideia do que eu era, eu teria surtado, mas você é mais forte que eu, pelo visto.

— Não é fácil, nem um pouco. – coloquei um mecha do cabelo atrás do ouvido – Ainda mais ficar guardando segredo, mas o que eu posso fazer?

— Ei – ele me chamou e meus olhos encontraram o dele – Vou te ajudar a descobrir a verdade, te devo essa.

— Jura? – disse arqueando a sobrancelha.

— Juro pelo Rio Estige. – Max proferiu as palavras com certeza, era um filho de Ares, ele não ia recuar perante uma promessa, pelo Rio Estige ou não.

— Você não deveria sair por ai fazendo promessas a qualquer dama indefesa.

— Você se auto intitula indefesa? – ele se levantou e esticou a mão pra mim, que aceitei de bom grado – Me pareceu bastante agressiva quando acabou com a festa daqueles zumbis.

— Não se engane, ainda posso usar vestido e arrumar o cabelo.

— Com certeza com uma faca escondida na saia. – ri nervosa, aquele comentário tinha me deixado levemente desconfortável.

Alguém bateu na porta e eu me afastei de Max, mesmo que não houvesse motivo para isso. Uma campista de cabelos castanhos e baixinha adentrou no recinto, estava usando poucas joias, mas era o suficiente para declará-la como filha de Afrodite, além as unhas totalmente perfeitas e grandes, pintadas em um tom de vermelho.

— Max, vejo que a sua amiga acordou. – disse a menina.

— Lia, essa é a Victória, filha de Afrodite.

— Oi. – eu disse com educação, não ficava muito à-vontade quando o assunto era conhecer novas pessoas.

— Eu ajudei Max a cuidar de você essa noite. – disse Victória – Espero que não tenha problemas.

— Imagina, eu agradeço.

— Como está se sentindo?

— Ótima, só com um pouco de fome, na verdade. – olhei para Max sem saber o que fazer em seguida.

— Está quase na hora do almoço. – a filha da deusa do amor respondeu um pensamento distante meu. – Eu estava vindo chamar o Max para me ajudar com um problema antes do almoço.

Olhei para Max, que estava confortável com a situação e olhei para Victória, que encarava Max como o ultimo pedaço de pizza. Era totalmente entendível que as meninas olhassem para ele com aquela fome, afinal, Max devia causar isso nas garotas. Porém, eu queria que ele continuasse a manter a amizade somente comigo, contudo, durante meu sono de beleza isso tinha mudado drasticamente.

— O arco dela quebrou. – explicou ele normalmente – E como faço armas desde os oito anos... – ele deu ombros.

— Claro. – disse forçando um sorriso.

O que estava acontecendo comigo? Eu estava tornando a situação estranha por um esquisito sentimento de possessão. Tinha conhecido ele há algumas horas, mas não suportava a ideia de ter que compartilhar. Que merda estava acontecendo? Tinha alguma coisa muito errada. Por isso senti uma grande necessidade de fugir daquele cômodo.

— Eu vou indo. Estou realmente com muita fome... – e eu piorava cada vez mais a situação. – Até mais.

Assim, eu corri da Casa Grande. Depois que consegui respirar de novo, apressei o passo até o meu chalé e bati a porta. Agora que estava longe dele a ideia me pareceu ainda mais absurda, eu não podia estar tendo esses pensamentos, era maluquice. Mas ainda me irritava a ideia de que ele estava com alguém, porém nada que eu não pudesse controlar.

— Vejo que a minha maldição se completou tão certa como o sol nascente. – disse uma voz no canto escuro do chalé.


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Notas finais do capítulo

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