Um Amor Definitivamente Inumano escrita por Carol Potter Greymark


Capítulo 19
O Livro de Enoque


Notas iniciais do capítulo

Hey! Estou super feliz!! Ganhei uma leitora nova (Gabiiii linda) , comentários da minha nega sumida (Joh sua gata) e o carinho da minha Anjo. Esse capitulo é o incio do começo da... Ah, leiam... Beijinhos



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Depois do meu ataque de risos , eu resolvo tomar um banho. Me levanto da cama e arrasto os pés até o banheiro, não me preocupando em fechar a porta. Entro na água quente e fecho os olhos, enquanto meus dedos formam bolhas perfumadas que percorrem o meu corpo antes de adentrarem o ralo. Apoio minhas mãos no box, o som da água soando como uma cachoeira. Então me assusto ao sentir mãos quentes e familiares envolvendo minha cintura.

–Scott! – eu sorrio, mas não ouso abrir os olhos. – Você me assustou!

Ele cola os lábios na curva do meu pescoço e ri contra minha pele sensível. A sensação de nossos corpos molhados e pressionados, não por desejo, mas simplesmente por ser um gesto de carinho, é a melhor coisa que já senti. Até mesmo melhor que o prazer que ele me proporcionou há pouco. Eu me viro, deitando a cabeça em seu peito forte, sentindo aquela cheiro que já está carimbado em minha alma, e abraçando sua cintura, esguia e musculosa ao mesmo tempo.

Eu gostaria que esse momento fosse eterno. Gostaria que nunca perdêssemos nosso contato físico intenso, nossa ligação emocional vital. Sinto meus seios pressionados contra seu abdômen, nossas coxas juntas, nossas batidas do coração paralelas. Não há palavras que descrevam esse momento, o que estou sentindo, o que estou pensando.

Fico na ponta dos dedos para beijá-lo, e ele, percebendo minha dificuldade, me ergue delicadamente pela cintura. Mas antes que nossos lábios se toquem, ouço uma batida na porta do quarto. Scott revira os olhos , mas me solta. Ele desliga o chuveiro e sai, enrolando minha própria toalha felpuda e rosa em sua cintura. Ele vai até a porta na ponta dos pés, e eu sorrio com isso. Ele está parecendo uma bailarina enorme. Mas minha graça morre quando percebo que a pessoa na porta pode ser minha mãe. O que ela diria? Como eu explicaria um homem semi-nu e molhado no meu quarto? Ela sabe que não sou mais virgem. Sempre fomos muito abertas uma para com a outra. Mas isso não faz a situação ser menos constrangedora.

Eu mordo os lábios e prendo a respiração quando ele abre a porta. Suspiro ao ver que é somente o Patch. Espera... O que o Patch...

–Oi... – ele analisa Scott de cima a baixo, com um sorriso malicioso. – Espero não estar interrompendo algo...

–Não, anjo. – Scott responde, nem um pouco envergonhado por suas vestimentas. – Já terminamos...

Patch parece ter perdido a ironia. Ele encara Scott com sua expressão fria novamente.

–Eu gostaria de agradecer a Vee... Eu não sei o que fazer além disso... Gostaria de retribuí-la com algo além de minhas palavras. Mas parece que não tem nada que eu possa fazer...

–Na verdade... – eu falo através da porta fechada. – Tem algo, sim.

–Vee? Olha eu... – ele começa.

–No momento, só gostaria que você não saísse por aí espalhando o que você acabou de ver. Isso é suficiente, por agora.

Apesar de eu não conseguir de ver através da porta do banheiro, tenho certeza que os dois, anjo e nefilim, sorriram. Eu ouço a porta do quarto bater e sei que já é seguro sair do banheiro.

Scott está sentado na minha cama, secando o cabelo com a toalha que antes estava em sua cintura. Eu não consigo me impedir de olhar para a parte que ele cobria. Uau. É grande e...

–Vee. – a voz dele me chama, me tirando do meu devaneio pervertido. – Para de olhar para o Scott Jr. e ficar babando. Está me deixando desconfortável.

Eu ruborizo e entro no meu closet. Acabo sorrindo. Visto uma camiseta do Bob Esponja e shorts esfiapados. Completo o look com meus chinelos de borracha gliterizados (essa palavra existe?). Saio e encontro meu homem (isso soa bem) terminando de calar seus tênis marrons.

Nós descemos as escadas de mãos dadas, o que me faz lembrar da primeira vez que nos beijamos. Estávamos no apartamento do Patch e descemos as escadas da mesma maneira. Nossos dedos entrelaçados e formigando.

Eu chego na sala e me surpreendo ao ver minha mãe e o detetive Basso em uma conversa amigável. Não entendo o motivo da graça. Era para os dois estarem preocupados e não sorridentes.

–Vee! – Nora pula em meu pescoço e eu quase caio. – Vee, eu estava tão preocupada com você!

Ela segura os meus ombros e começa a me vasculhar em busca de machucados. Ela estava prestes a levantar minha blusa quando eu a paro.

–Nora! – ela solta o pano amarelo, a cara do Bob Esponja sorrindo estranhamente para todos. – Eu estou bem, okay? Só estou um pouco mais frágil do que antes. – O que indica que abraços de ursos são perigosos...

Ela me abraça novamente, um pouco mais suavemente do que antes.

–Obrigada... – ela sussurra. – Obrigada por tudo...

Eu sorrio.

–Você teria feito o mesmo por mim, não teria?

Eu não preciso de resposta.

Aproveitando esse momento, vou até o sofá onde minha mãe está sentada.

–Querida! – ela interrompe sua risada. – Querida, como você est...

Antes que mais uma investigação pelo meu corpo comece, eu a interrompo.

–Estou bem. – e hora de matar a curiosidade. – Mas não melhor do que você...

Ela ruboriza.

– O que vocês estão conversando que é tão engraçado?

Basso limpa a garganta.

–Bem, Srta. Sky... – ele me encara sério, apesar de ainda haver um resquício de sorriso em seus lábios. – Antes de qualquer coisa, tenho uma noticia para dar a vocês e a seus amigos.

Ao som da ultima palavra, Scott, Nora e Patch se aproximam do sofá.

–Matthew Armstrong foi capturado. – eu sorrio. Scott aperta os meus ombros e meu sorriso se desfaz. Apesar de Matthew ser um chantagista assassino e sangue-frio, ele era o pai dele. – Aparentemente, ao descobrir por fontes que você havia se tornado mortal, ele se entregou. Suas ultimas palavras antes de ir para o inferno foram : Espero que Harrolds sofra uma...

–Hum-hum. – Nora interrompe. – Acho que saber que estamos livres daquele... – ela lança um olhar de lado para Scott, mas seus olhos castanhos estão fixos na parede. – anjo, já é o suficiente.

–Se assim desejam... – Basso sorri. – Mas essa não é a única boa-nova.

Todos os cinco pares de olhos se voltam para ele. Minha mãe parece estar desinformada dessa nova novidade assim como nós.

–Em seu apartamento de luxo, ou como eu diria, covil maléfico, foi encontrado o livro mais antigo e importante depois da Bíblia... O Livro de Enoque.

O silencio que se faz na sala é o suficiente para que consigamos escutar uma agulha caindo no chão. Eu abro minha boca, mas Patch é mais rápido.

–Onde está?

E em resposta, Basso pega sua pasta policial e retiro um exemplar com capa de couro negro. Um fio de esperança surge em meu peito... Aquele livro contém respostas. Respostas que podem reverter a morte...


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Notas finais do capítulo

O que acharam, minhas rosquinhas de baunilha? Beijinhos e até o proximo cap...
Tia Carolzinha *-*



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