“Não é possível” Pensou Clara Oswald acabando de se sentar em frente sua penteadeira de três espelhos ao ouvir o som qual estava mais que familiarizada, a Tardis fazia “a coisa da Tardis” no outro cômodo no apartamento de Clara, que logo se levantou passando uma toalha no rosto suado e seguiu sendo guiada pelo barulho.

– Você não cansa? Eu estou exausta, vamos descan... – Ela disse parando na porta da pequena cozinha, deparada com uma Tardis diferente, porém familiar para ela. Aproximando-se bem devagar ela examinava a grande caixa azul no meio de sua cozinha como se isso não acontecesse todas as terças e quintas, que eram os dias marcados para dar uma volta no espaço, ou não, com o Doutor. Clara examinou a Tardis pelo lado de fora, notando a diferença na cor, como se estivesse desgastada. – Você estava assim há... – Fez uma pausa calculando o tempo que passara desde que o Doutor a deixou em seu quarto e ela mal pôde se olhar no espelho até àquele momento. – Dez minutos? – Perguntou como se a Tardis pudesse mesmo responde-la.

Após encará-la por alguns segundos, dando de ombros e sem medo foi direto à porta, empurrando-a e batendo na mesma deparando-se com a mesma trancada o que fez Clara parar novamente e encarar a porta em sua frente sem soltá-la. O Doutor nunca deixara a porta trancada quando aparecia para pegá-la, mas Clara tinha sua chave. A que não estava com ela, ela lembrou, o que a fez repensar na última bronca que o Doutor havia lhe dado sobre não esquecer mais as coisas na Tardis, coisas como seu casaco com suas chaves no bolso, incluindo a chave da Tardis.

Ela recuou um pouco, com a mão ainda na porta trancada, respirando fundo antes de dar uma batida fraca mesma.

– Doutor? – Perguntou com a voz baixa e suave. – Doutor? – E chamou-o mais uma vez dando outra batida na porta. – Você está aí? Está tudo bem?