Yume estava meio confusa sobre o que estava acontecendo. Konoha chegou próximo a ela e falou baixo,de modo que só ela escutasse.

– Não grita, ninguém pode saber. Eu preciso que você me ajude com esse casamento falso que eu arrumei. Isso ta me corroendo, não aguento mais.

– É claro que eu ajudo. Mas como?

– É simples... Faça eu me apaixonar por você!

Yume parecia não entender direito o que ele estava pretendendo. Com uma expressão confusa e ao mesmo tempo alegre no rosto, ela ficava a cada minuto mais vermelha e não reagia; tentava falar, mas apenas gaguejava. Konoha resolveu explicar.

– Se eu me apaixonasse por você, não precisaria mais ficar com Ayko. Nós poderíamos nos casar e seria a melhor justificativa que eu conseguiria. O amor sempre é valorizado, mais até do que qualquer promessa.

– Mas como eu vou fazer isso???

– Eu não sei, mas preciso de você. Será que pode me ajudar?

– Claro...

Ela ainda estava confusa com essa idéia; e, imersa em pensamentos, nem mesmo o escutava falando.

– Yumee, ainda tá ai?

– Oi, sim, é...

– Podemos sair amanhã de novo? Eu me diverti muito com você.

– Eu acho que sim...

– Você não gostou da ideia, né? Desculpa!!! Também, que loucura a minha. Me desculpe de verdade. Esquece tudo isso.

– NÃOOOO!!! Quer dizer, eu gostei da ideia sim. Você ainda vai gostar muito de mim.

– Eu já gosto de você.

Yume corava.

– Não foi isso que eu... ah, deixa pra lá.

– Até amanhã, então? Mesmo horário?

– Sim, até amanhã.

Yume andava em direção a sua casa, confusa e feliz. Aproveitava o tempo livre para pensar em como faria Konoha se apaixonar por ela. Decidiu que o melhor era agir naturalmente, e o tempo se encarregaria de fazer o que fosse preciso. Mas, mesmo com esse pensamento, ela ainda não estava totalmente confiante. Chegou em casa, se trocou e deitou em sua cama, olhou para o teto e neste parecia passar um filme de seu dia, cada sorriso de Konoha, cada olhar, cada risada. Tudo nele a encantava, e passar o dia com ele era mais que um sonho. Entretanto, ela estava preocupada. Tinha medo de falhar em sua missão. Já estava tarde, mas ela percebeu que o melhor naquele momento seria conversar com seu Tetsu, já que ele provavelmente a faria ficar mais calma. Mas quem não ficou muito calmo foi ele.

– Vei, na boa... São 4h20min da madruga e você ta me ligando?? Tem nada pra fazer não, porra?! Se você quer ficar acordada essa hora, fica; MAS EU NÃO QUERO.

– Vai chorar???

– Eu já to chorando, não percebeu? Tava no meio de um sonho bom, tinha acabado de encontrar um dragão...

– Era só um sonho, seu idiota. Agora me ajuda a dormir.

– Deixa eu ver se entendi: você me acordou pra te ajudar a dormir??? Como pode viver sabendo que é uma pessoa tão ruim? O que ta acontecendo dessa vez?

– Preciso dizer?

– Não. Faz o seguinte: fecha os olhos.

– Tá, e agora?

– Imagina o seguinte: vou deixar o Tetsu dormir em paz porque ele merece e é melhor pra ele ficar de bem com a vida. Amanhã ele me ajuda.

– Tá, mas e hoje?

– Hoje nada. Amanhã é um novo dia e você vai poder consertar qualquer erro que tenha cometido hoje. E talvez você se decida sobre o que tá afligindo sua mente.

– Você é vidente, cara?

– Se quiser, posso ler sua mão depois.

– Seu idiota. Boa noite, Tetsu.

Yume desligou o telefone e se preparou para dormir, querendo muito que a noite passasse o mais rápido possível, para que ela pudesse encontrar Konoha novamente. Talvez fosse agora hora de descansar, e ela adormeceu.