A Maldição da Wicca escrita por FireboltVioleta


Capítulo 32
Storm


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas lindas! Mais um capítulo - pra tristeza da Oliviene e da Meow, que vão ter que ler dois de uma vez! huashuas
Boa leitura!



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RONY

As semanas seguintes, para nosso alívio, decorreram tranquilamente, sem mais nenhuma notícia amedrontadora sobre mortes horrendas ou misteriosas, o que me fazia concluir que, se Rodrick Carrow estava nos arredores do país, provavelmente já havia partido.

O que, infelizmente, significava que o Wicca Negro – o bruxo cruel que ninguém ainda vira - voltaria em outra oportunidade.

Eu havia decidido que, enquanto não houvesse uma ameaça mais real, não ia ficar me torturando com pensamentos pessimistas. Hermione odiava quando eu me preocupava demais, então prometi a ela que iria deixar o tempo me levar e parar de ficar refletindo nisso – coisa que ela mesma também disse que faria.

Havíamos ficado tão absortos em toda aquela história dos treinamentos na Redoma e no Torneio Tribruxo que só agora eu estava percebendo algumas coisas que não havia reparado direito desde o início das aulas.

Por exemplo, foi numa conversa com Neville que eu descobri o bizarro e inesperado “pré-noivado” de Cho com Dino.

– Explica isso direito – eu disse, rindo.

– Ele não quer noivar agora – Neville também rachava o bico – mas já quer garantir que vai noivar. Então é um pré-noivado, sacou?

– Ahn, tá – Hermione muxoxou – e o que minha pessoa tem a ver com isso?

Cho fechou a cara ao lado de Neville.

– Eu ia te convidar para ser a Dama das Flores, sua bruta.

Hermione corou, mordendo o lábio como se oscilasse entre a vontade de rir e o arrependimento.

– Foi mal.

– Delicada que nem coice de mula – brinquei, levanto um pontapé certeiro na canela por baixo da mesa.

Para minha surpresa, fiquei sabendo que Neville havia feito uma inusitada declaração de amor para Luna, no mesmo dia da segunda tarefa. Não entendi direito a história, mas parecia que tinha envolvido uma caixa de sapos de chocolate, um buquê de madressilvas, um alto-falante cor de pele e uma ridícula frase feita de botões dizendo “você não é basilisco, mas me deixa petrificado!”.

Juro que demorei uma meia hora para parar de rir com essa última.

Além dessas novidades, finalmente reparei em como Nyree estava ficando enorme. Sua barriga já tinha a forma e o tamanho exatos de uma melancia média. Eu estava ficando com um bocado de receio de que a garota fosse ter aquele bebê ali mesmo na escola. Duvidava que o parto aconteceria depois de acabar o Torneio.

Hermione andava se derretendo toda quando afagava a barrigona de nossa amiga, tentando sentir Tamahine chutar. Olhei distraído para a mesa dos professores, vazia devido á uma reunião extraordinária com todos os funcionários e docentes sobre a última tarefa.

– Ah! – ela exclamou, contente – ela chutou. Bem aqui, ó...

Nyree ria como uma criança.

Toku tamaiti ataahua – Nyree abraçou o próprio ventre, falando com a bebê – você também gostou da Tia Hermione?

– Tia... – Hermione riu.

– É sim – Darel sorriu – você é como uma irmã para nós...

– Vou ser titia! – Hermione piscou para mim, rindo.

A atmosfera estava tão gostosa, com todos praticamente babando em cima de Tamahine, que não pude deixar de ficar irritado quando Mila Bustrode surgiu atrás de Neville, nos encarando com uma arrogância maldosa.

– Olha só se não é a campeãzinha e seu séquito...

Todos se voltaram para Mila, surpresos e com raiva - exceto Nyree, que, ingênua e pacífica como era, ficou chocada com o tratamento de Mila com Hermione.

– Engraçado – Hermione suspirou – não sabia que alguém aqui havia chamado uma vadia para conversar...

Darel mordeu o lábio, sussurrando um “oh, céus” pelos lábios comprimidos. Nyree se virou para Hermione, ficando finalmente horrorizada.

Mila não se abalou. Continuou com uma expressão petulante que estava começando á me dar vontade de socar.

– Você se acha muito importante, não é, Granger? - ela continuou, com um sorriso cínico - só por que está, infelizmente, manchando o nome da nossa escola como a campeã do Tribruxo... você pode se iludir achando que tem alguma utilidade neste mundo, mas você não é nada, absolutamente nada. Olhe ao seu redor. Voc~e é só mais uma sangue-ruim cercada por perdedores, traidores do sangue e – ela olhou para Nyree, jogando ainda mais veneno – aberrações ridículas.

Os olhos de Nyree se encheram de lágrimas. Ela começou a soluçar.

Eu vi sete pessoas já se erguendo dos bancos para avançar em Mila – eu sendo uma delas.

Mas Hermione foi a mais rápida.

Num pulo mortal, ela saltou a mesa e se jogou em cima de Mila, com as mãos abertas na direção de seu rosto.

Todos se levantaram da mesa de Noble, espantados, quando Hermione e Mila cambalearam e caíram no chão, atracadas.

Assisti, chocado, Hermione golpear Mila várias vezes com as palmas das mãos, estapeando-a. Estava com os olhos brilhando de fúria, os lábios entreabertos os dentes trincados, irredutível em seu assalto á garota. Era assustador de se ver.

– Nunca... mais... fale... dos meus amigos! – Hermione rosnava, pontuando os tapas enquanto surrava Mila. A garota tentava se desvencilhar de Hermione, mas só conseguia proteger o rosto com os braços.

– Hermione... - choramingou Nyree.

Hermione finalmente parou de atacar Bulstrode, parecendo se dar conta de todas as pessoas surpresas ao seu redor. Ela se levantou, olhando com ódio para Mila. Resfolegava, parecendo se dar conta da loucura que fizera.

Não pude deixar de ficar espantado quando Mila também se ergueu. Estava toda vermelha em todos os lugares aonde Hermione havia estapeado-a. Tinha um corte mínimo na boca, feito, por mais assustador que fosse – por uma unha, ensanguentada, na mão de minha namorada.

– Você... vou... – Mila murmurou, parecendo ao mesmo tempo furiosa e assustada.

– Vai contar? Vai me denunciar? Vá em frente – Hermione deu um sorriso sarcástico – é só o que pessoas subdesenvolvidas como você sabem fazer... fugir para suas tocas enquanto bruxos de verdade lidam com seus problemas...se quer se vingar de mim, deixe de ser covarde e faça isso pessoalmente – o sorriso falso dela sumiu repentinamente – mas fale outra vez de qualquer um dos meus amigos, e prometo que não vou ser tão boazinha na próxima vez. Na próxima vez... – Hermione ergueu a cabeça - eu acabo com você.

Vi, preocupado, um lampejo prateado brilhar em seus olhos.

– Hermione – alertei-a.

Hermione se virou para mim, parecendo entender meu alerta, assentindo com a expressão séria.

– Estou bem.

Mila recuou, ainda encarando Hermione, parecendo completamente envergonhada e humilhada com as pessoas que reparavam nela, e saiu correndo em direção á saída do Salão Principal, sumindo pela fresta.

Meu coração ribombava. Caramba. O que havia sido aquilo?

Nyree estava trêmula, segurando o braço de Darel. Nossos demais colegas olhavam espantados para Hermione. Os poucos que sabiam sobre os cinco elementos, incluindo eu, só faltavam cair dos bancos.

– Droga – Hermione suspirou, me olhando – acho que extrapolei.

– Você acha? - Nyree gemeu.

Foi quando aconteceu.

Aplausos ensurdecedores de quase todos os nossos colegas de Hogwarts agitaram a ponta da mesa de Noble. Até alguns alunos de Beauxbatons que haviam assistido a tudo bateram palmas.

Hermione ficou vermelha, olhando para a expressão admirada dos nossos amigos.

– Mandou bem, Mione! – Gina sorriu – colocou aquela cachorra no lugar dela!

– Brincou – Neville arfou – to com medo de você agora, Hermione.

– Deve ter – comentei, voltando á sentar, sem tirar os olhos daquela criaturinha fantástica e assustadora na minha frente.

Hermione estava com as mãos tremendo de adrenalina. Foi surpreendente tê-la visto perder completamente a cabeça pela primeira vez em anos e partir para uma abordagem completamente brutal. Hermione sempre fora tão racional... quase vi ali, outra vez, a vampirizada que ela já fora um dia.

Ao mesmo tempo, estava preocupado. Se isso chegasse aos ouvidos dos funcionários do Ministério... ou pior, de Rita Skeeter...

Duvidava que Mila deixaria aquilo barato.

– Não devia ter feito isso – choramingou Nyree, abraçando o próprio corpo.

– Eu sei – Hermione voltou á se sentar, ignorando os olhares curiosos dos alunos ao nosso redor - mas... sei lá... não sei o que deu em mim...

– Não fique chateada –Darel acotovelou de leve Nyree – na verdade, estou aliviado e orgulhoso que tenha se controlado o suficiente para não incinerar aquela garota.

– Verdade, Mione- Harry sorriu – com tudo que está acontecendo, Mila devia era se sentir feliz por só estar vermelha...

Hermione deu uma risadinha baixa e envergonhada.

– Acho que vou arrumar encrenca com McGonagall – ela comentou, desanimada.

– Que isso, relaxa – pisquei para Nyree, que ainda estava com os olhos do tamanho de uma coruja-das-torres – não vai rolar nada...

_____________O_______________

– Retiro o que eu disse – engoli em seco enquanto Hermione me fuzilava com os olhos.

Não havia se passado nem uma hora depois do chilique de Hermione no salão principal, e McGonagall já havia nos convocado para uma conversa.

A diretora estava com os olhos estreitados de quem, se pudesse, tiraria todos os pontos da Grifinória ali mesmo em Beauxbatons.

– Muito bem... não me interrompa, Leopold – ela fechou a cara para o gato de cara amassada que subiu na mesa, com uma expressão de pena. A professora enxotou-o sem cerimônia de volta para o chão – ouvi dizer que você agrediu uma aluna da Sonserina que veio junto com a comitiva de Hogwarts.

– É verdade – Hermione suspirou, enquanto eu me retorcia. Aquela desgraçada nem tentou mentir, fala sério...

McGonagall respirou fundo.

– Por que fez isso?

Hermione baixou a cabeça ao meu lado.

– Não sei, professora... eu... fiquei com tanta raiva dela... não sei... simplesmente aconteceu...

– Você fez um belo estrago na Srta. Bullstrode – McGonagall comentou, e, para nossa surpresa, deu um leve sorriso – antes que ela tivesse contato com algum funcionário do Ministério, consegui administrar um pouco de Soro da Verdade... e ocultar, em suas lembranças, a pessoa que a agrediu. Ela confessou que ofendeu deliberadamente a você e aos seus demais colegas... embora isso não justifique sua reação extremista – ela nos encarou, tácita.

– Sinto muito, professora...

McGonagall pousou a mão no ombro de Hermione, com uma expressão que beirava á piedade.

– No entanto, fico feliz que não tenha deixado seu emocional se alterar... ou desgraças bem piores poderiam ter acontecido – ela encarou Hermione, severa – mas a senhorita também tem muita sorte de eu não pode lhe aplicar uma detenção por isso.

Estremeci ao lembrar de McLaggen e sua roupa ardendo em chamas.

– Não vai acontecer de novo... eu prometo – Hermione ergueu o rosto, séria.

– Sei que não vai – a diretora devolveu o olhar sério, antes de abrir outro sorriso mais amigável – acho que precisa de um tempo para relaxar depois de todos os ânimos exaltados dessa manhã... estão dispensados por hora... podem ir.

Nós nos levantamos. Hermione agradeceu a professora com a cabeça, antes de se voltar para a porta da sala.

Acompanhei-a, fazendo um cafuné em seus cabelos para descontraí-la, antes de sairmos porta afora.

Hermione riu, chacoalhando as mechas que eu havia desarrumado.

– Para, seu doido.

– Hermione Granger cai no tapa com verme sonserino – brinquei – caramba, vão contar essa história em Hogwarts por séculos!

– Espero que não – ela resmungou, me dando um beijo na bochecha e rindo.

Enquanto andávamos de volta para a Torre de Noble, ouvimos um gritinho de dor familiar no corredor mais próximo.

Curiosa, Hermione se adiantou, entrando no corredor. Ela se aproximou, atônita, quando, para meu choque, a silhueta de Nyree, apoiada na parede, surgiu em nosso campo de visão.

– Nyree! O que foi?

Ela estava debruçada na parede, parecendo apavorada.

– Não é possível... – ela balbuciou, assustada, com as mãos no ventre.

– O que...

– Eu... eu tentei ir atrás de vocês... e aí...

– Contração – Hermione sussurrou.

– Quê? – arfei, chocado.

– Agora?

Nyree assentiu, assustada.

– Tamahine vai nascer...

Minhas pernas amoleceram. Como assim?

Eu era um completo ignorante em se tratando de gravidez, mas sabia muito bem que um bebê não nascia – ou não devia nascer – com só sete meses e meio de gestação.

Hermione estava com os olhos arregalados.

– Temos que levar você pra enfermaria!

– Não vai dar tempo – Nyree balançou a cabeça em negativa, com a expressão contraída de dor – não dá...

Nyree tinha razão. Aparatar com ela naquele estado até a Ala Hospitalar era arriscado demais.

Mas ela ia mesmo ter o bebê no meio do corredor?

Nyree gritou novamente, mais alto desta vez.

– Hermione...?

– Vou ter que ajuda-la – Hermione murmureou, sem rodeios.

Hein? Ela ia fazer o parto de Nyree??

– Tem outra ideia? – ela ergueu a sobrancelha para mim, enquanto ajudava Nyree á deitar no chão.

– Por ventura, eu tenho sim – gemi, escandalizado – chamar alguém!

– Nâo, por favor! – choramingou Nyree – estou com medo... fiquem comigo, por favor...

– Se acalme, Nyree – segurei a mão trêmula de nossa amiga – Hermione, é loucura...

– Calma, Rony... – Hermione parecia ansiosa enquanto ajoelhava de frente para as pernas contorcidas de Nyree – acho que as simulações do meu cursinho de socorros em Princetown e os partos que assisti na televisão vão ajudar um bocado...

– Como é? Vai dar uma de parteira baseada em simulações?

– Quer fazer? – ela me olhou exaltada.

Ergui as mãos em gesto de rendição.

– Dói muito... – soluçou Nyree, apertando minha mão.

– Respire, Nyree... você precisa me ajudar também... respire... – Hermione afastou um pouco as pernas de Nyree por baixo do vestido, enquanto eu afagava o ombro da maori que tremia – olha... cada vez que vier outra contração, você faz força... quanto mais você fizer, mais rápido a Tamahine vai nascer, está bem?

Nyree fez que sim com a cabeça. Ela já estava enrijecida de tensão. Respirou e inspirou profundamente, sem soltar minha mão.

Não fiquei observando o que Hermione estava fazendo. Ela conjurou uma bacia e encheu-a de água com a varinha, usando-a também para vestir as mãos com luvas de plástico.

Nyree estremeceu e gritou outra vez, provavelmente com outra contração. Como Hermione pedira, ela tentou fazer força para auxiliar a saída do bebê, mas parecia demasiado abalada para ajudar. Senti, preocupado, seu aperto enfraquecer um pouco em meus dedos.

Como ninguém ainda nos ouvira ali, céus?

Olhei ao redor, rezando para que qualquer pessoa aparecesse para ajudar... mas não havia sinal de vida ali, além de nós.

O tempo parecia passar lentamente, deixando tudo ainda mais tenso.

Umas três contrações depois, porém, Hermione exclamou, com um fantasma de riso em sua voz. Parecia maravilhada.

– Estou vendo a cabecinha dela, Nyree! Já está saindo! Só mais um pouco!

Nyree tentou sorrir, mas foi sufocada por mais uma contração. Estremeceu no chão, soluçando.

– Respire, Nyree... relaxe... – murmurei, sem saber o que fazer. Coitada da nossa amiga...

Distraído com o rosto lívido de dor de nossa amiga, nem reparei no que acontecia, digamos, abaixo de sua cintura. Nyree resfolegava, angustiada, e eu tentava acalma-la, sem sucesso. Caramba, aquilo realmente devia doer.

Hermione, de repente, se curvou, com os braços em concha, arfando de surpresa.

– Ah... Nyree...

Hermione riu... um riso de pura alegria.

Foi quando eu vi o que havia em seus braços...

Antes mesmo de ouvir, maravilhado, o berro infantil e vigoroso que ecoou por todos os corredores ao redor.

Aproximei-me um pouco, sem soltar a mão de Nyree, até ver com clareza os braços manchados de sangue de Hermione, sustentando uma coisinha minúscula que esperneava, também ensanguentada, em seu colo, ainda com uma coisa comprida e grossa que a ligava á mãe.

– Olha só – também ri, espantado.

Nyree tentou se erguer com dificuldade. Apoiei suas costas para que levantasse um pouco.

Hermione sorriu, inclinando para nossa amiga uma linda bebezinha morena que se mexia sem parar nos braços de minha namorada. Vi-a passar cuidadosamente o minúsculo bebê para o colo de Nyree, com os olhos brilhando de contentamento, enquanto, em seguida, cuidava do cordão umbilical.

– Tamahine... – soluçou Nyree, com um sorriso cansado, mas indiscutivelmente feliz – é tão linda... meu bebê...

Uma lagrimazinha teimosa e ridícula queria escorrer de meus olhos. Que saco, eu estava praticamente emocionado. Meu coração não era de pedra, pelas plicas de Merlim...

Observei Nyree abraçar a linda menininha, que chorava sem parar, com um sorriso de pura felicidade no rosto. Ela respirava com dificuldade, parecendo tonta, enquanto embalava desajeitada a recém-nascida em seus braços.

Foi quando percebi o que aconteceria.

Num gesto rápido, apanhei Tamahine dos braços de Nyree, que cambaleou de volta no chão, com os olhos fechando repentinamente.

– Nyree! – Hermione arfou, assustada.

Levantei-me, atônito, segurando Tamahine, enquanto Hermione tentava reanimar Nyree.

– O que está acontecendo? – ouvi uma voz espantada surgir no corredor.

Viramos-nos num átimo para Harry, que veio em nossa direção, estabanado.

– Harry... – Hermione disse, apoiando o corpo inerte de Nyree nos braços – precisamos leva-la para a enfermaria!

– Céus – Harry arfou, ajudando Hermione á içar Nyree.

Logo em seguida, veio Gina, que deu um gritinho chocado ao perceber o que havia acontecido ali.

– Temos que avisar Darel... rápido!

Abalado, só pude assistir Hermione e Harry levarem Nyree corredor afora, correndo. Gina me encarou, tensa, após olhar para o chão e a bacia de água, empapados de sangue.

– Será que ela vai ficar bem? – ela indagou, olhando para Tmahine, que finalmente abrira os olhos e me observava sonsamente.

Senti um aperto no peito ao ver seus olhos azul-elétricos... iguais ao do pai.

Ela me olhava como se soubesse de algo que eu ainda não sabia. Não era o tipo de olhar que eu esperava de um recém-nascido.

Por um ínfimo segundo, pensei em ter visto, em seu rostinho contorcido pelo choro, a angústia de uma criança que pressentia que algo ruim ia acontecer.


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Notas finais do capítulo

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