Death Change escrita por ShinigamiTamashii


Capítulo 11
...Parte II


Notas iniciais do capítulo

Curtam o capítulo, aproveitem que está bem alegre.



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Voltei correndo para o acampamento, ficando enjoada, tudo girando, eu só tive tempo de falar que estava cansada, ir para minha barraca e as lágrimas começaram a cair, eu tentando não fazer barulho. Por que eu estava me importando? Ele era só meu amigo, e eles eram um ótimo casal. Mas eu ainda detestava aquela cena. Com todas as minhas forças. Eu... eu...eu gosto do Soul. Na verdade, acho que sempre gostei. Ouvi os dois Blacks resolvendo lutar para ver quem era o melhor, depois o do nosso mundo ganhando, e muitas revanches, já que o outro dizia que tinha deixado ele ganhar por que sua grandeza não precisava, mas agora era sério. Depois ouvi Soul e Maka voltando, rindo, dizendo que tinha um lago lindo ali perto. Nossa que romântico! Eu queria esquecer, e entre lágrimas e risos, dormi.
O outro dia de viagem consistiu basicamente em conversa e todos fingindo que nada aconteceu, mas eu percebia umas trocas de olhares entre eles, uns sorrisinhos, e até uma indireta! Como mais ninguém percebeu?
Amanhã chegaríamos à vila de naghfirs, por isso hoje nós iríamos treinar à noite e nos acostumarmos com outro tipo de luta. A noite chegou e nos preparamos para treinar:
–Shokunins, peguem suas armas! Maka, você me empresta o Soul?
–C-claro.-Que não! Dei minha foice pra ela.
–Ok. Os naghfirs tentam te matar pelo medo, então é muito importante manter a coragem, ter confiança no seu parceiro- outra indireta com sorrisinho?- e nunca fazer contato visual! Essa são as regras básicas! Vamos começar!Luta comigo Maka?
–Sim, mas como você vai lutar?
–Eu consegui convencer o Kid a me emprestar a Patty, depois de um dia de esforço.
–Então vamos!
Nossas armas se tranformaram e começou, tentei um golpe pela esquerda, já que eu sei que é meu ponto fraco, mas ela conseguiu desviar, ganhando apenas um pequeno corte, ela investiu em um tiro em meus pés, mas consegui pular a tempo, a partir disso descontei minha raiva, por ter meu rosto, meu nome, por estar no mundo dela, por ela estar com o Soul. No começo meio precipitados, mas depois perfeitos e rápidos, eu percebi que estava lutando como nunca, direita, esquerda, embaixo, uma finta e em cima, deixando-a com uma foice no pescoço, uma luta rápida, que me fez sentir tão melhor... Continuamos, tudo sem trocar um olhar, mas eu comecei a sentir algo estranho...Nossas ondas de alma estavam ficando descoordenadas, e por causa dele...Eu sentia a alma dele, estava pesada, como se houvesse um problema, e esse problema era eu. Eu não queria, mas eu disse:
–Por que não trocamos de arma? Assim a gente podia se acostumar melhor.
–Claro- disse ela com um sorriso amarelo. Eu consegui sincronizar minhas ondas de alma bem com a Patty, mas eu via as almas deles, e funcionavam em perfeita sincronia, como uma só. A segunda luta foi demorada, eu me esquivava e suava, até eu ver a foice no meu pescoço.Continuamos lutando, e acabamos empatadas, até que já era muito tarde para continuar. Eu fui dormir, e no fim não sentia nada.
De manhã juntamos tudo e fomos para a aldeia, chegamos uma hora depois, e tudo parecia bem vazio, mas quando largamos nossas coisas no chão surgiram 7 deles. Não eram muito diferentes de kishins, na aparência, mas era melhor parar de olhá-los, já que isso podia me matar. Eles se aproximaram e a luta começou, cada dupla com um naghfir. Eu comecei, atingindo-o no ombro, depois no joelho, fazendo-o cair. Eu ia atingi-lo com um golpe fatal, mas ele se levantou em velocidade incrível, e eu me sentia mais lenta, meu parceiro pesando...as ondas de alma! Eu tinha me esquecido completamente!
–Soul, nós temos que fazer isso dar certo! Temos que tentar dar certo como shokunin e arma!
–Entendido.
Nós avançamos, eu senti Soul colaborando e o peso foi sumindo, eu me sentia renovada, e fui. Esquerda, direita, direita, direita, bloqueei o ataque, esquerda, esquerda...
–Soul, vamos fazer aquilo.
–TAMASHII NO KYOUMEI!- enviei minhas ondas e as recebi novamente por diversas vezes, sentido a energia das ondas de alma, ressoando até o limite- MAJOGARI! - Ia fazer o 6 do caçador, quando encontrei aqueles olhos. Eles eram lindos, como buracos negros, mas quando os vi tremi, depois paralisei, não sentia medo, sentia pânico, eu sentia pavor de tudo à minha volta, não confiava nem em meu parceiro. Soul...Mas eu posso confiar nele, não posso? Espere, isso não é verdade, eu tenho amigos, tenho um lar, e é por isso que vou vencer o medo! Em meu estado de transe não reparei que o Majogari tinha se partido, nem que ele tinha nos acertado várias vezes e que ele partiria para o último golpe que partiria Soul, que estava gritando meu nome desesperadamente.
Meu nome é Maka Albarn e eu não posso deixar que o Soul se vá por minha culpa.
Largo Soul no chão e não sei como, uso minha coragem para transformar meu braço em lâmina, defendendo o golpe e usando o outro braço para desferir um golpe fatal. Quando me virei vi o sétimo naghfir, que passara despercebido por todos estava olhando nos olhos de Soul, só tive tempo de gritar:
–Soul, não escolha morrer, eu prometo te buscar da insanidade!- e ele o fez, mesmo que se tornasse o que mais odiava, ele me deu um voto de confiança, e fugiu transformado com o naghfir sobrevivente, que sibilava algo sobre a vitória da alma. Tudo o que eu tinha na minha cabeça era: Como vou salvar o Soul? E quando o perdi, vi que não gostava dele, mas o amava.


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Notas finais do capítulo

Esse demorou mais, mas é maior.