Whole Lotta Love escrita por mlleariane
Notas iniciais do capítulo
ATENÇÃO: esse capítulo é continuação do capítulo 1.
Vocês lembram que no início da fic eu disse que ela começava no presente, ia para o passado e voltava para o presente aos poucos? Pois bem, agora chegamos naquele presente. Pra quem não lembra vou resumir: Johanna estava com febre e chamando a mãe. Castle ligou para ela, que estava no meio de um caso, mas Espo a encobriu e ela conseguiu chegar mais cedo em casa. Cuidou da pequena e ela teve alguma melhora.
Todas preparadas para grandes surpresas?
Beijo, Ari ;)
Kate: Só mais um pouquinho...
Johanna fez que não.
Kate: Você não comeu quase nada...
Johanna: Eu não quero, mamãe.
Kate: Deixa a mamãe ver a garganta.
Johanna abriu a boca.
Kate: Ta um pouco vermelha.
Castle: Mas já está melhor. Ta doendo, princesa?
Johanna: Um pouquinho...
Kate: Você não quer comer mais nada mesmo? Só uma colherzinha...
Johanna fez que não.
Alexander: Você vai ficar boa, Jo – ele abraçou a irmã, que deitou no ombro dele.
Alexis: Ai que coisa mais linda da minha vida! – Alexis abraçou os dois, beijando-os – Eu tenho que ir, qualquer coisa me liguem, ta?
Kate e Castle assentiram. Alexis se despediu de todos e foi. A ruiva já tinha terminado a faculdade de Direito e trabalhava em um fórum um pouco longe dali, então tinha alugado um apartamento para passar a semana, e aos fins de semana vinha para a casa do pai. Martha já tinha ido também. Era domingo, e ela estava em cartaz com uma peça.
Alexander chamou Johanna para brincar na sala, e foi a primeira vez que ela desgrudou da mãe desde que Kate havia chegado em casa. Kate pegou o celular e lembrou-se de ligar para Espo, que lhe informou que tinham fechado o caso com sucesso. Kate evitava trabalhar aos finais de semana, mas algumas vezes era inevitável.
Kate: Eu preciso de um banho.
Castle: Está cansada, não é?
Kate só suspirou. A rotina de ser policial e mãe era mesmo cansativa, mas ela amava os dois e não reclamava de nenhum deles.
Castle: Você é incrível.
Kate: Você também, meu amor.
Ela sorriu, mas seus olhos eram de preocupação.
Um tempo depois...
Castle preparou leite para as crianças, e Johanna finalmente se alimentou de algo. Quando foram para a cama, ela grudou novamente na mãe, dizendo que queria dormir com ela. Kate nem argumentou, e Castle cedeu seu lugar à filha, indo dormir no quarto de Alexis.
No outro dia de manhã...
Johanna acordou reclamando de dor de cabeça, e Kate não hesitou mais.
Kate: Acho melhor levá-la à pediatra. Vou ligar agora mesmo.
Castle: Sim, eu vou desmarcar minha reunião, deixo Alexander na escola e...
Kate: Não – Kate o interrompeu – você já desmarcou essa reunião duas vezes.
Castle: Porque foi preciso. Não tem problema.
Kate: Não amor, eu levo Johanna. Você deixa Alex na escola e vai para sua reunião.
Castle: E a delegacia?
Kate: Se acontecer algo os meninos seguram as pontas pra mim.
Castle: Tem certeza?
Kate: Absoluta.
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E assim foi feito: Castle deixou o filho na escola e seguiu para sua reunião, enquanto Kate foi para o consultório da pediatra das crianças, que ficava em um grande complexo hospitalar, no qual a família tinha um plano de saúde.
Kate: Doutora, muito obrigada por me atender.
Dra. Sodrel: Kate, você sabe que estou à disposição sempre. Qual o problema com nossa princesa?
A médica se abaixou até Johanna.
Johanna: Eu estou dodói... - Johanna fez um bico, e a médica sorriu.
Dra. Sodrel: Deixa a tia Lisa ver.
A médica sentou Johanna na maca.
Kate: Ela está com a garganta infeccionada há alguns dias, entramos com medicação, achei até que estava melhorando, mas hoje ela acordou dizendo que a cabeça doía. E também não comeu quase nada.
Dra. Sodrel: Não comeu por que, mocinha?
Johanna fez uma carinha triste.
Dra. Sodrel: E Alexander, está bem? – a médica perguntou enquanto examinava a garganta de Johanna.
Kate: Sim, teve uma gripe há algumas semanas, mas já está melhor.
Dra. Sodrel: A garganta da nossa mocinha aqui está infeccionada mesmo, mas não muito. Vamos ouvir seu coraçãozinho?
Kate tirou a blusa da filha.
Dra. Sodrel: Meu Deus, parece que tem um tambor aqui! Será que é um tambor? Ou uma bateria?
Johanna: Não é tambor nem bateria, tia Lisa, é o meu coração.
Dra. Sodrel: Será??
Johanna: É sim – ela ria.
Dra. Sodrel: Está tudo certo com seu coração – ela piscou para a garota.
Johanna: Eu vou ganhar um pirulito?
Dra. Sodrel: Depende. Você tem obedecido o papai e a mamãe?
Johanna: Sim, eu sempre obedeço.
Kate: Exceto quando conversa muito na escola e a professora tem que chamar a atenção.
Johanna olhou para a mãe com um bico.
Dra. Sodrel: É mesmo?
Johanna: Mas eu faço todas as atividades!
A médica olhou para Kate, que riu.
Dra. Sodrel: Então eu acho que você merece o pirulito!
Johanna comemorou. A médica examinou então seus olhos e ouvidos. Terminado isso, desceu os olhos pelo pescoço da pequena.
Dra. Sodrel: Essa manchinha aqui, ela já tinha?
Kate se aproximou.
Kate: Não. Nem essa outra.
Dra. Sodrel: Jo, deixa a tia ver suas costas.
Johanna virou e a médica encontrou mais uma manchinha.
Kate: O que é isso, doutora?
Dra. Sodrel: Catapora. Bem no começo ainda.
Kate: Catapora? – Kate já disse num tom preocupado demais.
Dra. Sodrel: Não se preocupe, Kate. Praticamente toda criança pega catapora, é normal. Ainda mais quando frequentam a escola. A catapora é de fácil transmissão, basta um contato com as bolhas, ou um espirro ou tosse da pessoa contaminada perto. Por isso Jo tem sentido dor de cabeça e falta de apetite. As bolhinhas devem aparecer em um ou dois dias no corpo todo, mas principalmente no rosto, no tronco e no couro cabeludo.
Kate: E qual o tratamento?
Dra. Sodrel: A catapora é uma doença que o corpo combate sozinho. O máximo que você poderá fazer é deixar as crianças confortáveis em casa, e usar alguns medicamentos para coceira. Ah, e claro, ter muita paciência, porque as bolhinhas coçam bastante, formando algumas feridas, que se as crianças arrancaram a casquinha ficarão com as cicatrizes.
Kate: As crianças... a senhora acha que Alexander...
Dra. Sodrel: Alex certamente estará também, porque os dois não se desgrudam, e como eu disse, é uma doença de fácil contágio. Eu vou deixar as receitas para você, e como eu disse, muita paciência, pois as crianças ficam irritadas e enjoadas nesse período.
Kate: Certo.
Enquanto preenchia as receitas, Dra. Sodrel entregou para Kate um panfleto com fotos e explicações sobre a catapora.
Kate: Eles vão ficar assim por quanto tempo? – ela disse um tanto quanto assustada.
Dra. Sodrel: De 5 a 10 dias. E, Kate, não se preocupe, catapora é uma doença extremamente normal em crianças. E só dá uma vez na vida, então se eles tiverem agora, melhor, porque na vida adulta ela sempre vem agravada.
Kate respirou um pouco mais aliviada. Ela pegou as receitas e agradeceu a médica, que entregou um pirulito a Johanna.
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Johanna: Eu vou ficar toda pintadinha?
Johanna falou de um jeito divertido, e Kate riu. As duas andavam de mãos dadas pelo corredor do hospital.
Kate: Acho que sim, meu amor. Você ouviu a tia Lisa, se for mesmo catapora, vão aparecer algumas bolhinhas, mas você não pode coçar.
Johanna: E o Alex também vai ter né?
Kate: Aham.
Johanna: E a Lex?
Kate: Sua irmã provavelmente já teve. Assim que chegarmos em casa vamos perguntar para o papai e...
“Katherine Beckett?”
Ao ouvir seu nome, Kate parou de falar e se virou.
Kate: Josh?
Josh: Kate... – o médico sorriu e a encarou surpreso, e desceu os olhos para a linda menina que segurava na mão de sua ex namorada.
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