Whole Lotta Love escrita por mlleariane


Capítulo 22
Lar


Notas iniciais do capítulo

"meu desejo que essa fic nunca acabe é boa demais" (Sofia)

Esse é só um dos muitos comentários lindos que vocês têm me deixado! Saibam que vocês deixam meus dias mais felizes :))
Mas gente, a fic vai acabar sim... e acho que não vai demorar...
O motivo é que eu estou com um problemão sério com digitação, e vou dar que diminuir meeeesmo.

Mas calma que ainda temos uns acontecimentos. E se preparem, que depois da fofura do capítulo de hoje, vem briga por aí!

Beijo, Ari ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/557386/chapter/22

Kate ainda estava na cama, preguiçosa, quando seu telefone tocou, naquela manhã de sábado no fim de outubro. Teve que se levantar, criar forças e se arrumar. Estava de plantão e o trabalho a chamava. Castle decidiu não acompanhá-la. Ele poderia ter deixado as crianças com Martha ou Jim, mas preferiu passar o dia com elas, afinal, tinha planos que não contaria para Kate. A detetive saiu então para mais um trabalho.

O caso não era dos mais complicados, mas no geral, investigação, recolhimento de provas, depoimentos e relatórios acabaram tomando praticamente todo seu sábado. Castle havia pedido à esposa que o ligasse assim que estivesse vindo para casa, pois ele deixaria o jantar pronto. E assim ela o fez. Era por volta das 19:30 quando ela abriu a porta e encontrou a casa toda escura.

Kate já estranhou de cara, mas Castle deveria estar com as crianças no quarto de brinquedos. Deslizou então a mão pela parede e encontrou o interruptor. Porém, assim que o apertou, a luz não se acendeu. Em vez disso, sentiu que algo caía pelo seu corpo, e gritou de susto.

Kate: AAAAAAAAAAAAA.

De repente, uma luz se acendeu e ela deu de cara com Castle, Alexander e Johanna rindo, e era difícil dizer qual deles se divertia mais com a cena.

Alexander: A mamãe ficou com medo! A mamãe ficou com medo!

Kate percorreu os olhos pela sala, toda decorada em preto, roxo e laranja. Johanna e Alexander pulavam em cima do sofá, ainda rindo da situação, quando Castle se aproximou dela.

Castle: Você se assustou mesmo ou só fingiu? Porque, olha, se você fingiu... já pode entrar para a escola de teatro da minha mãe.

Kate: Você quer me matar, Castle? – ela falou brava, tirando uma mistura de pó colorido, pedaços de papel picado e pequenas bolinhas brilhantes que tinham caído enroscado no seu cabelo.

Castle: Bem-vinda ao nosso Halloween – ele a beijou, e ela o encarou brava.

Johanna: Eu amo o Halloween, eu amo o Halloween!

Johanna falava enquanto pulava no sofá, e Kate enfim abriu um sorriso, indo até os filhos.

Kate: Vocês estão lindos!

Alexander: Nós não estamos lindos, estamos assustadores – ele falou bravo, franzindo a testa e encarando a mãe.

Kate: Assustadoramente lindos! – Kate abraçou os dois, fazendo com que parassem de pular – Minha bruxinha e meu vampirão.

Alexander mostrou os falsos dentes pontiagudos para a mãe, e a mordeu no pescoço.

Kate: Aaaiiiii – ela riu.

Johanna: Mamãe, você tem que por a sua fantasia de Halloween.

Kate: Ah meu amor, acho que a mamãe não tem nenhuma.

Alexander: Tem sim, o papai comprou.

Kate lançou um olhar para Castle, que sorriu indicando o quarto.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Castle: Uau.... você está deliciosamente sexy.

Kate: Você podia ter comprado uma roupa menos curta. É uma festa em família, não?

Castle: O que não quer dizer que não vai rolar uma festinha para maiores mais tarde aqui. – ele a agarrou pela cintura.

Kate: É, eu supus isso quando uma lingerie preta com caveirinhas era “parte da fantasia”.

Ele sorriu malicioso.

Castle: Vamos? Minha rainha das trevas...

Kate: Vamos, senhor Frankestein.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

As crianças estavam achando o máximo aquela festa em família. Pularam, dançaram, pregaram peças uns nos outros e se divertiram por horas. Havia lanchinhos e também doces especiais para a data.

Kate: É incrível como você pensa em tudo.

Kate sentou-se no colo de Castle e o beijou.

Alexander: Parem de se beijar, vamos ver logo o filme!

Kate e Castle riram. O filme de terror iria começar.

Um tempo depois...

Johanna pulou para o colo de Kate.

Johanna: Mamãe, eu não quero mais ver esse filme feio.

Alexander: Eu estou adorando.

Castle: Eu também.

Os dois bateram as mãos. Kate revirou os olhos.

Kate: Vem princesa.

Kate pegou Johanna no colo, apesar de seu tamanho e peso. As duas foram até o quarto dos brinquedos.

Johanna: Vamos brincar de princesas, mamãe?

Kate: Vamos, meu amor.

Johanna pegou então as bonecas, e um grande castelo.

Johanna: O castelo vai ser minha casa, ta?

Kate fez que sim. As duas pegaram as bonecas e começaram a brincar.

Kate: Estou tão feliz que tenha me convidado para este chá da tarde.

Johanna: Você é minha amiga e é sempre bem-vinda.

Kate: O seu castelo é maravilhoso!

Johanna: O meu papai é o rei de todos.

Kate: É mesmo?

Johanna: Nós temos um jardim, você quer conhecer?

Kate: Claro!

As duas andaram com as bonecas pelo quarto.

Johanna: Se eu te contar um segredo, você promete não contar para ninguém?

Kate: Prometo. Eu sou sua amiga, pode confiar.

Johanna: Eu conheci um príncipe lindo. Ele mora em um castelo azul.

Kate: Ahh... por acaso é um tem um cavalo branco todo macio?

Johanna olhou para a mãe e sorriu. A menina gostava de todo que era fofinho e macio.

Johanna: É esse mesmo. E ele vai me levar no cavalo dele.

Kate: Para onde?

Johanna: Para as montanhas douradas.

Kate: Onde passam os raios do arco-íris?

Johanna: E onde tem uma cachoeira com ondas. E depois nós vamos nos casar e dançar no baile do castelo.

Kate sorriu, vendo a filha rodopiar com a boneca. Como ela era linda! Lembrou-se de sua mãe, das brincadeiras de sua infância, e de todo o amor que tinha recebido daquela Johanna. Agora era ela quem depositava todo o amor possível naquela pequena, outra Johanna que fazia parte da sua vida. Não só isso, ela era parte dela, assim como Kate tinha sido parte da outra.

Kate sentiu os olhos encherem-se de lágrimas.

Johanna: Mamãe, você está chorando? – Johanna sentou-se no colo da mãe.

Kate: Não meu amor – ela enxugou – você é tão linda... a princesa mais linda desse mundo!

Johanna: E você é a rainha mais linda.

Johanna sorriu para a mãe, e Kate se derreteu com aquele sorriso.

Johanna: Eu amo você, mamãe.

Kate: Eu também te amo, Jo, amo muito!

Kate acariciou os cabelos da filha, contando uma história de sua infância, até que ela adormecesse.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Castle colocava Alexander na cama quando Kate chegou com Johanna nos braços. Castle se apressou em ajudá-la. As crianças tinham pouco mais de 4 anos, já estavam grandinhas e pesadas.

Kate: Ele também dormiu? – ela parou olhando o filho.

Castle: Antes do filme terminar.

Os dois tiraram as fantasias dos filhos com cuidado para que não acordassem. Depois saíram silenciosos.

Castle: E aí, gostou da nossa noite?

Kate: Muito!

Kate o abraçou.

Castle: Mas ela ainda não acabou...

Kate: Não? – ela se fez de inocente.

Castle: Tem um jogo ainda... chama “Procurando as caveiras”

Kate: Ahh.... e como é que ele funciona?

Castle: Vem cá que eu vou te mostrar...

Kate sorriu sem vergonha. Ele começou a despi-la, deixando seu corpo apenas com uma lingerie preta com caveiras pratas, que brilhavam no escuro.

Castle: Acho que já encontrei... – ele mordeu o lábio.

Kate: E agora?

Castle: Agora você tenta encontrar alguma em mim... – ele arqueou uma sobrancelha e Kate ficou curiosa. Começou a despi-lo rapidamente, mas não encontrava nada. Kate o encarou, e ele só disse “Continue procurando”. E foi o que ela fez.

Foi só quando tirou toda sua roupa que encontrou um pequeno desenho de caveira em sua virilha. Ela passou a mão pelo desenho, olhando para seu corpo excitado, e depois encontrando seus olhos.

Castle: Acho que você também já encontrou...

Kate: É, eu acho que sim... – ela sorriu maliciosa, se deliciando com seu corpo.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

No meio da noite...

Castle já dormia um sono pesado quando sentiu mãozinhas o escalando. Abriu os olhos e encontrou o filho passando por ele em cima da cama.

Castle: Alex?

Alexander: Papai, tem um monstro no meu quarto.

Castle: Não filho, não tem não.

Alexander: Tem sim, eu vi.

Kate abriu os olhos com a conversa e avistou o filho sentado entre ela e Castle.

Castle: Vamos lá com o papai, eu vou te mostrar que não tem monstro nenhum.

Alexander: Nãooo. – o garoto disse se agarrando à mãe, ameaçando chorar.

Kate: Calma, filho.

Alexander: Papai, busca a Jo, o monstro não pode pegar minha irmãzinha!

Kate olhou para Castle, e ele se levantou.

Alexander: Era um monstro grande com garras, eu juro mamãe.

Kate: Meu amor, monstros não existem. Quando a gente vê em filmes, ou lê nos livros, não são de verdade. São apenas histórias para nos assustar.

Alexander: Mas existem pessoas do mal...

Como Kate poderia negar? Dizer que só haviam pessoas boas no mundo era a maior mentira que poderia contar para seus filhos. Ela via os verdadeiros monstros todos os dias em seu trabalho.

Kate: Sim, existem pessoas más. São aquelas que machucam as outras, que brigam e que só fazem o mal. São as pessoas que a mamãe prende todos os dias.

Alexander: Eu não gosto dessas pessoas.

Kate: Eu também não.

Alexander encaixou-se nos braços da mãe, e ela o apertou. Kate sentiu de novo aquela sensação de horas antes, quando abraçou Johanna. Alexander era parte dela, ela o tinha gerado, e estava ali para ele, agora e sempre.

Olhou para o lado e viu Castle colocando Johanna no meio da cama. A menina abraçou seu urso, mas não acordou.

Castle: Acho que vou ter que dormir na sala... – ele sussurrou.

Kate: Não, por favor...

Kate foi para o canto da cama, puxando Alex, e fazendo sinal para Castle empurrar Jo mais um pouco, até que o coubesse. Ele se deitou e sorriu para ela antes de apagar a luz.

A cama estava mesmo ficando pequena para os quatro, mas para Kate, não havia melhor sensação do que ter seus três amores ali. Aquele era seu lar. O melhor lugar do mundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!