Whole Lotta Love escrita por mlleariane


Capítulo 11
Desejos


Notas iniciais do capítulo

Pelos comentários vejo que estão gostando da Kate grávida né? Eu também gosto :)) (apesar de não ver a hora de pezinhos correram por aquele loft!)
A Camila sugeriu que eles leiam mais partes do livro (não deu pra encaixar nesse, mas vou tentar no próximo, ok?)
Ah, e as informações são verdadeiras, viu gente? (até porque eu não teria capacidade de inventar tudo aquilo haha)

Estou muitíssimo feliz com a recomendação que a Bru fez :)) obrigadaa!!


Beijo, Ari ;)



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Castle olhou pela porta entreaberta e avistou Kate andando de um lado para o outro na sala.

Jack: Aí nós... – Jack olhou para o filho – Richard, você está ouvindo?

Castle: Será que nós podemos continuar amanhã?

Castle disse olhando para Kate, e Jack percebeu.

Jack: Claro.

Os dois saíram do escritório e chegaram até a sala. Kate cumprimentou o sogro, que lhe perguntou como andava a gravidez. Quando foi sair, Jack deu de cara com Martha e o namorado na porta do loft. Cumprimentou os dois sem-graça e saiu. Martha também ficou incomodada, e Kate percebeu. Ela, que ia sair com Robert, acabou dispensando o namorado, alegando uma dor de cabeça repentina.

Kate: Não precisa trancar a porta – ela disse a Martha – estou esperando uma entrega.

Curiosamente, havia uma certa vibração na voz de Kate. Castle a olhou desconfiado.

Castle: Amor, por que você está assim, toda agitada?

Kate: Você promete que não vai ficar bravo?

Castle: Eu nunca fico bravo!

Kate: Você lembra quando nós fomos na festa da Grace, a filha da Maddie?

Castle: Aham.

Kate: E você lembra que lá tinha um doce em formato de branca de neve?

Castle: Que você comeu uns 20 e passou mal?

Kate: Eu nem estava lembrando dessa parte... – ela revirou os olhos.

Castle: O que tem o doce?

Kate: Tem que eu estou com vontade.

Castle: Tudo bem, eu vou até uma confeitaria e compro um.

Kate: Acontece que não tem em confeitarias normais.

Castle a encarou.

Kate: Eu liguei para Maddie e perguntei onde ela comprou. Ela me disse que foi numa confeitaria própria que só faz por encomenda. Aí eu liguei e encomendei. Já deve estar chegando! – ela disse com um sorriso.

Castle: Mas geralmente essas casas de doces fazem encomendas grandes para festas... – Castle ficou pensativo – quantos doces você encomendou?

Kate: Cem.

Castle: CEM?

Kate: Eles não faziam menos que isso!

Castle: Kate! Cem doces? Cem?

Kate: Eu estou com vontade!

Martha: Deixa ela, Richard.

Castle: Mãe, você não tem noção de como ela ficou depois que comeu esses doces. Passou mal por dias!

Kate: Mas é porque eu estava grávida!

Castle: E ainda está, lembra?

Kate: Exatamente. Eu não posso passar vontade, não é o que dizem?

Castle: Mas cem doces, Kate?

Kate: Você não quer que nossa filha nasça com cara de branca de neve, quer?

Castle: Primeiro: nós não sabemos se teremos uma menina. Segundo: te conhecendo como eu conheço, se tivermos uma menina você vai vesti-la de branca de neve de qualquer jeito.

Kate: Com você é chato!

Castle: Amor, eu só estou pensando no seu bem. Olha, tudo bem você querer os doces, mas nós vamos dividi-los, ok?

Kate: Claro que eu vou dividir com vocês.

Castle: Não, Kate, nós vamos dividir com as crianças do prédio.

Kate o olhou de canto de olho.

Castle: Amor, são CEM doces.

Kate: Tudo bem, mas 50 são meus.

A campainha tocou e Kate saiu correndo. Recebeu a encomenda e sentou-se no sofá, com uma das caixas no colo. Seus olhos brilharam quando ela abriu.

Kate: Olha que coisa mais linda!

Martha: É, é bonitinho mesmo.

Kate: Isso é o paraíso – ela disse mastigando o primeiro doce.

Alexis: Oi todo mundo – Alexis disse entrando – O que é isso?

Kate: O melhor doce da face da terra. Quer?

Castle: Cuidado, eles são assassinos.

Kate: Não ouça seu pai. Eles são deliciosos!

Alexis sentou-se e comeu alguns doces com Kate. Martha também experimentou alguns.

Martha: Você não vai mesmo querer nenhum, Richard? São deliciosos.

Castle: Não... – ele olhou desconfiado.

Kate: Problema seu!

E Kate comeu alguns doces, aos olhares de Castle. Ele então pegou a outra caixa, com os outros 50 doces, e distribuiu para as crianças que brincavam no playground do prédio.

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À noite...

Enquanto Castle dormia, Kate saiu silenciosa do quarto e foi até a cozinha. Enquanto abria a geladeira...

Martha: Oi Katherine.

Kate: Ai Martha, que susto!

Martha: Desculpa, não queria te assustar. Atacando a geladeira escondida?

Kate: Eu só queria mais um doce...

Martha: Vá em frente.

Kate pegou então um prato, colocou 5 doces e sentou-se no balcão com Martha. Ela estava bebendo um drink.

Kate: Perdeu o sono?

Martha: Eu não tenho dormido bem nos últimos tempos.

Kate: Isso tem a ver com o retorno de Jack?

Kate pegou Martha de surpresa.

Kate: Eu percebi que você se incomoda quando ele vem aqui.

Martha: Eu e Jack temos uma história... complicada. Mas eu não posso dizer nada sobre sua presença aqui. Dei a Richard um pai ausente e, agora que ele quer se aproximar, eu tenho que aceitar. Mas eu não posso negar que não consigo ficar indiferente com a presença dele. Eu só queria... conseguir seguir em frente. Robert é um cara legal, ele não merece isso.

Kate: Não merece que você fique com ele pensando em outro?

Martha olhou surpresa de novo para Kate.

Kate: Eu sei o que é namorar pensando em outra pessoa.

Martha: O médico?

Kate: Aham.

Martha: Desde quando você já gostava de Richard?

Kate: Acho que desde sempre...

Martha: Então você me entende mesmo.

Martha deixou a bebida e pegou um doce.

Kate: Você ainda o ama, não é?

Martha: Como é que eu posso amar um homem que eu mal conheço? Uma noite, Katherine. Uma noite e eu passei a vida inteira pensando nele. Não é ridículo?

Kate: Não, não é. O coração tem razões que a própria razão desconhece, não é assim o ditado?

Martha: É...

Kate: Do que você tem medo? De dar uma chance e se decepcionar ou de nunca tentar?

Martha: Desde quando você ficou tão boa nisso?

Kate: Anos de terapia – Kate disse com naturalidade, enquanto comia mais uma branca de neve.

Martha: Eu tenho medo dos dois.

Kate: Faça o que seu coração quer.

Martha: Mas eu não sei o que ele quer...

Kate: Então dê tempo ao tempo. Uma hora saberá.

As duas ouviram passos e olharam para a mesma direção.

Castle: Festa do pijama é?

Kate disfarçadamente empurrou o prato de doces para debaixo do balcão.

Castle: Você estava comendo mais doces, Kate?

Kate: Não.

Castle a encarou.

Kate: Sim, eu estava.

Castle: E se você passar mal?

Kate: Não tem problema. O prazer que eu tive comendo compensa qualquer coisa.

Martha: Desista, Richard. Você nunca vai entender a lógica de uma grávida.

Kate: Vamos?

Castle: Vamos.

Os dois deram boa noite para Martha e saíram.

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No quarto...

Castle: Meu amor, eu só falo isso para o seu bem.

Kate: Eu sei. – ela sorriu para ele. – Amor, se eu te pedir uma coisa você faz?

Castle: Claro, você sabe que eu faço qualquer coisa por você.

Kate: É que eu to com desejo de outra coisa...

Castle: Agora? – ele falou em tom alto.

Kate: Sim, agora.

Castle: Você acabou de comer mais alguns doces!

Kate: Não são doces... mas é deliciosamente prazeroso. Eu fico enlouquecida só de pensar!

Castle: O que é? Me diga que é fácil de encontrar...

Kate: Facílimo...

Ela se encaixou no colo dele.

Kate: Está bem na minha frente.

Castle: É o que eu sempre digo: nunca deixe uma grávida passando vontade.

Kate: Nunca!

Os dois riram e se entregaram ao desejo.

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No outro dia...

Castle abriu a geladeira e encarou os doces. Será que eram tão bons quanto Kate dizia?

Castle: Vai, eu vou experimentar um – ele disse para si mesmo, já pegando. – Hum... isso é bom.

Castle pegou mais um, e mais outro, e mais outro.

Kate: Castle?

Castle: Kate, quer me matar do coração?

Kate: Você está roubando meus doces?

Castle: Não eu... só quis experimentar um. Você falou tanto...

Kate: E você desfez deles...

Castle: Eles são bons demais!

Kate: É claro que eles são, eu ia gostar de doce ruim de certo? – Ela lançou um olhar a geladeira. – Você comeu tudo?

Castle: Comi os que estava nesse prato. Ainda tem os da caixa.

Kate: Que caixa?

Castle: A caixa de doces.

Kate: Não tem mais caixa de doces, Castle. Os que sobraram eu deixei aí.

Castle: Como assim? Você já comeu 50 doces?

Kate: Eu, sua mãe e sua filha. E você agora né? Acabando com meus últimos...

Castle: Meu amor, me desculpa.... me desculpa...

Kate: Agora se nossa filha nascer com cara de branca de neve a culpa é sua.

Castle: Eu compro mais cem, mais duzentos se você quiser.

Kate: Agora eu não quero mais.

Castle: Kate... eu não vou te deixar passando vontade... ai como eu sou um péssimo marido. E pai também.

Kate: É, horrível.

Castle fez cara de culpado.

Kate: Deixa de ser bobo, Castle! Eu nem quero mais os doces.

Castle: Não?

Kate: Comi tanto que enjoei.

Castle: Tem certeza?

Kate: Absoluta. Não quero ver doce na minha frente pelos próximos 3 meses.

Castle: Isso quer dizer que... eu posso comer esse último?

Kate: Pode.

Castle sorriu e pegou o doce.

Kate: Não, espera.

Ele a encarou.

Kate: Me dá o lacinho vermelho.

Castle obedeceu. Kate comeu o lacinho da branca de neve, que tinha gosto de morango.

Castle: Isso é muito bom. Isso é divino! Isso é... Kate?

Não deu nem tempo de Castle perguntar. Kate já tinha saído correndo para o banheiro.

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Kate: Da próxima vez que você disser que algo vai me fazer mal eu vou te ouvir.

Castle: Aham. E nesse dia você deixará de ser Katherine Beckett.

Kate estava sentada na cama ainda tonta, respirando devagar, tentando se recuperar. Castle estava ajoelhado à sua frente.

Kate: Eu odeio aqueles doces.

Castle: Meu amor, você não odeia. Mas você deve ter comido uns 30.

Kate: Eu não comi 30!

Castle a encarou.

Kate: Uns 25 talvez.

Castle: Já passou.

Kate: Passou por hoje. Amanhã eu vomito de novo, e depois de novo, e depois de novo, e depois...

Castle: Eles nascem. E você não precisa passar mais por isso. E olha que bom, as mulheres têm que passar por isso DUAS vezes para ter dois bebês. Mas você não, vai passar uma só.

Kate: Como você é bonitinho...

Castle sorriu para ela, que ficou pensando.

Castle: Que foi amor?

Kate: Nada, é só que...

Mas Kate não terminou a frase. Simplesmente desandou a chorar. Ahh os hormônios da gravidez!


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