Whole Lotta Love escrita por mlleariane
Notas iniciais do capítulo
Pelos comentários vejo que estão gostando da Kate grávida né? Eu também gosto :)) (apesar de não ver a hora de pezinhos correram por aquele loft!)
A Camila sugeriu que eles leiam mais partes do livro (não deu pra encaixar nesse, mas vou tentar no próximo, ok?)
Ah, e as informações são verdadeiras, viu gente? (até porque eu não teria capacidade de inventar tudo aquilo haha)
Estou muitíssimo feliz com a recomendação que a Bru fez :)) obrigadaa!!
Beijo, Ari ;)
Castle olhou pela porta entreaberta e avistou Kate andando de um lado para o outro na sala.
Jack: Aí nós... – Jack olhou para o filho – Richard, você está ouvindo?
Castle: Será que nós podemos continuar amanhã?
Castle disse olhando para Kate, e Jack percebeu.
Jack: Claro.
Os dois saíram do escritório e chegaram até a sala. Kate cumprimentou o sogro, que lhe perguntou como andava a gravidez. Quando foi sair, Jack deu de cara com Martha e o namorado na porta do loft. Cumprimentou os dois sem-graça e saiu. Martha também ficou incomodada, e Kate percebeu. Ela, que ia sair com Robert, acabou dispensando o namorado, alegando uma dor de cabeça repentina.
Kate: Não precisa trancar a porta – ela disse a Martha – estou esperando uma entrega.
Curiosamente, havia uma certa vibração na voz de Kate. Castle a olhou desconfiado.
Castle: Amor, por que você está assim, toda agitada?
Kate: Você promete que não vai ficar bravo?
Castle: Eu nunca fico bravo!
Kate: Você lembra quando nós fomos na festa da Grace, a filha da Maddie?
Castle: Aham.
Kate: E você lembra que lá tinha um doce em formato de branca de neve?
Castle: Que você comeu uns 20 e passou mal?
Kate: Eu nem estava lembrando dessa parte... – ela revirou os olhos.
Castle: O que tem o doce?
Kate: Tem que eu estou com vontade.
Castle: Tudo bem, eu vou até uma confeitaria e compro um.
Kate: Acontece que não tem em confeitarias normais.
Castle a encarou.
Kate: Eu liguei para Maddie e perguntei onde ela comprou. Ela me disse que foi numa confeitaria própria que só faz por encomenda. Aí eu liguei e encomendei. Já deve estar chegando! – ela disse com um sorriso.
Castle: Mas geralmente essas casas de doces fazem encomendas grandes para festas... – Castle ficou pensativo – quantos doces você encomendou?
Kate: Cem.
Castle: CEM?
Kate: Eles não faziam menos que isso!
Castle: Kate! Cem doces? Cem?
Kate: Eu estou com vontade!
Martha: Deixa ela, Richard.
Castle: Mãe, você não tem noção de como ela ficou depois que comeu esses doces. Passou mal por dias!
Kate: Mas é porque eu estava grávida!
Castle: E ainda está, lembra?
Kate: Exatamente. Eu não posso passar vontade, não é o que dizem?
Castle: Mas cem doces, Kate?
Kate: Você não quer que nossa filha nasça com cara de branca de neve, quer?
Castle: Primeiro: nós não sabemos se teremos uma menina. Segundo: te conhecendo como eu conheço, se tivermos uma menina você vai vesti-la de branca de neve de qualquer jeito.
Kate: Com você é chato!
Castle: Amor, eu só estou pensando no seu bem. Olha, tudo bem você querer os doces, mas nós vamos dividi-los, ok?
Kate: Claro que eu vou dividir com vocês.
Castle: Não, Kate, nós vamos dividir com as crianças do prédio.
Kate o olhou de canto de olho.
Castle: Amor, são CEM doces.
Kate: Tudo bem, mas 50 são meus.
A campainha tocou e Kate saiu correndo. Recebeu a encomenda e sentou-se no sofá, com uma das caixas no colo. Seus olhos brilharam quando ela abriu.
Kate: Olha que coisa mais linda!
Martha: É, é bonitinho mesmo.
Kate: Isso é o paraíso – ela disse mastigando o primeiro doce.
Alexis: Oi todo mundo – Alexis disse entrando – O que é isso?
Kate: O melhor doce da face da terra. Quer?
Castle: Cuidado, eles são assassinos.
Kate: Não ouça seu pai. Eles são deliciosos!
Alexis sentou-se e comeu alguns doces com Kate. Martha também experimentou alguns.
Martha: Você não vai mesmo querer nenhum, Richard? São deliciosos.
Castle: Não... – ele olhou desconfiado.
Kate: Problema seu!
E Kate comeu alguns doces, aos olhares de Castle. Ele então pegou a outra caixa, com os outros 50 doces, e distribuiu para as crianças que brincavam no playground do prédio.
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À noite...
Enquanto Castle dormia, Kate saiu silenciosa do quarto e foi até a cozinha. Enquanto abria a geladeira...
Martha: Oi Katherine.
Kate: Ai Martha, que susto!
Martha: Desculpa, não queria te assustar. Atacando a geladeira escondida?
Kate: Eu só queria mais um doce...
Martha: Vá em frente.
Kate pegou então um prato, colocou 5 doces e sentou-se no balcão com Martha. Ela estava bebendo um drink.
Kate: Perdeu o sono?
Martha: Eu não tenho dormido bem nos últimos tempos.
Kate: Isso tem a ver com o retorno de Jack?
Kate pegou Martha de surpresa.
Kate: Eu percebi que você se incomoda quando ele vem aqui.
Martha: Eu e Jack temos uma história... complicada. Mas eu não posso dizer nada sobre sua presença aqui. Dei a Richard um pai ausente e, agora que ele quer se aproximar, eu tenho que aceitar. Mas eu não posso negar que não consigo ficar indiferente com a presença dele. Eu só queria... conseguir seguir em frente. Robert é um cara legal, ele não merece isso.
Kate: Não merece que você fique com ele pensando em outro?
Martha olhou surpresa de novo para Kate.
Kate: Eu sei o que é namorar pensando em outra pessoa.
Martha: O médico?
Kate: Aham.
Martha: Desde quando você já gostava de Richard?
Kate: Acho que desde sempre...
Martha: Então você me entende mesmo.
Martha deixou a bebida e pegou um doce.
Kate: Você ainda o ama, não é?
Martha: Como é que eu posso amar um homem que eu mal conheço? Uma noite, Katherine. Uma noite e eu passei a vida inteira pensando nele. Não é ridículo?
Kate: Não, não é. O coração tem razões que a própria razão desconhece, não é assim o ditado?
Martha: É...
Kate: Do que você tem medo? De dar uma chance e se decepcionar ou de nunca tentar?
Martha: Desde quando você ficou tão boa nisso?
Kate: Anos de terapia – Kate disse com naturalidade, enquanto comia mais uma branca de neve.
Martha: Eu tenho medo dos dois.
Kate: Faça o que seu coração quer.
Martha: Mas eu não sei o que ele quer...
Kate: Então dê tempo ao tempo. Uma hora saberá.
As duas ouviram passos e olharam para a mesma direção.
Castle: Festa do pijama é?
Kate disfarçadamente empurrou o prato de doces para debaixo do balcão.
Castle: Você estava comendo mais doces, Kate?
Kate: Não.
Castle a encarou.
Kate: Sim, eu estava.
Castle: E se você passar mal?
Kate: Não tem problema. O prazer que eu tive comendo compensa qualquer coisa.
Martha: Desista, Richard. Você nunca vai entender a lógica de uma grávida.
Kate: Vamos?
Castle: Vamos.
Os dois deram boa noite para Martha e saíram.
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No quarto...
Castle: Meu amor, eu só falo isso para o seu bem.
Kate: Eu sei. – ela sorriu para ele. – Amor, se eu te pedir uma coisa você faz?
Castle: Claro, você sabe que eu faço qualquer coisa por você.
Kate: É que eu to com desejo de outra coisa...
Castle: Agora? – ele falou em tom alto.
Kate: Sim, agora.
Castle: Você acabou de comer mais alguns doces!
Kate: Não são doces... mas é deliciosamente prazeroso. Eu fico enlouquecida só de pensar!
Castle: O que é? Me diga que é fácil de encontrar...
Kate: Facílimo...
Ela se encaixou no colo dele.
Kate: Está bem na minha frente.
Castle: É o que eu sempre digo: nunca deixe uma grávida passando vontade.
Kate: Nunca!
Os dois riram e se entregaram ao desejo.
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No outro dia...
Castle abriu a geladeira e encarou os doces. Será que eram tão bons quanto Kate dizia?
Castle: Vai, eu vou experimentar um – ele disse para si mesmo, já pegando. – Hum... isso é bom.
Castle pegou mais um, e mais outro, e mais outro.
Kate: Castle?
Castle: Kate, quer me matar do coração?
Kate: Você está roubando meus doces?
Castle: Não eu... só quis experimentar um. Você falou tanto...
Kate: E você desfez deles...
Castle: Eles são bons demais!
Kate: É claro que eles são, eu ia gostar de doce ruim de certo? – Ela lançou um olhar a geladeira. – Você comeu tudo?
Castle: Comi os que estava nesse prato. Ainda tem os da caixa.
Kate: Que caixa?
Castle: A caixa de doces.
Kate: Não tem mais caixa de doces, Castle. Os que sobraram eu deixei aí.
Castle: Como assim? Você já comeu 50 doces?
Kate: Eu, sua mãe e sua filha. E você agora né? Acabando com meus últimos...
Castle: Meu amor, me desculpa.... me desculpa...
Kate: Agora se nossa filha nascer com cara de branca de neve a culpa é sua.
Castle: Eu compro mais cem, mais duzentos se você quiser.
Kate: Agora eu não quero mais.
Castle: Kate... eu não vou te deixar passando vontade... ai como eu sou um péssimo marido. E pai também.
Kate: É, horrível.
Castle fez cara de culpado.
Kate: Deixa de ser bobo, Castle! Eu nem quero mais os doces.
Castle: Não?
Kate: Comi tanto que enjoei.
Castle: Tem certeza?
Kate: Absoluta. Não quero ver doce na minha frente pelos próximos 3 meses.
Castle: Isso quer dizer que... eu posso comer esse último?
Kate: Pode.
Castle sorriu e pegou o doce.
Kate: Não, espera.
Ele a encarou.
Kate: Me dá o lacinho vermelho.
Castle obedeceu. Kate comeu o lacinho da branca de neve, que tinha gosto de morango.
Castle: Isso é muito bom. Isso é divino! Isso é... Kate?
Não deu nem tempo de Castle perguntar. Kate já tinha saído correndo para o banheiro.
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Kate: Da próxima vez que você disser que algo vai me fazer mal eu vou te ouvir.
Castle: Aham. E nesse dia você deixará de ser Katherine Beckett.
Kate estava sentada na cama ainda tonta, respirando devagar, tentando se recuperar. Castle estava ajoelhado à sua frente.
Kate: Eu odeio aqueles doces.
Castle: Meu amor, você não odeia. Mas você deve ter comido uns 30.
Kate: Eu não comi 30!
Castle a encarou.
Kate: Uns 25 talvez.
Castle: Já passou.
Kate: Passou por hoje. Amanhã eu vomito de novo, e depois de novo, e depois de novo, e depois...
Castle: Eles nascem. E você não precisa passar mais por isso. E olha que bom, as mulheres têm que passar por isso DUAS vezes para ter dois bebês. Mas você não, vai passar uma só.
Kate: Como você é bonitinho...
Castle sorriu para ela, que ficou pensando.
Castle: Que foi amor?
Kate: Nada, é só que...
Mas Kate não terminou a frase. Simplesmente desandou a chorar. Ahh os hormônios da gravidez!
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