Nobody Knows escrita por Red Lipstick


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui estou eu.
Enjoy it



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“Eu estava caminhando pelos terrenos de Hogwarts, quando percebi que tinha alguém vindo atrás de mim. Comecei a andar mais rápido. Eu poderia me esconder atrás de uma das árvores e descobrir quem me seguia. Depois de olhar pra trás pela quinta vez, bati em algo, que me segurou para eu não desabar de costas. O algo em que bati, na verdade era Cedrico. Ele me levantou e falou:

— Pare de perder seu tempo procurando, Lexi. Você não vai encontrar nada.

— Eu não posso parar. Estou seguindo ordens.

Ele não falou nada por um momento. Deu seu sorriso torto sedutor, olhou para algo acima do meu ombro, mas por algum motivo não acompanhei seu olhar. Acho que eu estava aterrorizada por demais. Ele voltou o olhar para o meu e prosseguiu:

— Se você continuar, essa história vai ter dois trágicos finais.

— O que você quer dizer com isso? — Perguntei muito mais aterrorizada do que a meio minuto atrás.

— A escolha é sua. — Me largou e foi embora correndo para a Floresta Negra. Olhei para trás mais por instinto do que vontade, e dei de cara com o Frank Hunt. Ele não olhava para mim, e sim para o céu.

— Pobre Dumbledore, como ele poderá explicar seis desaparecimentos em menos de doze meses?

— Seis? Do que você está falando Frank? — perguntei olhando-o chocada.

— Garota estúpida. Pare de se meter nas minhas coisas. Vá embora do mundo mágico por si só, antes que eu tenha que te tirar daqui à força.”

Eu acordei suando frio e tremendo. Que tipo de pesadelo foi esse que eu tive? Elena não estava deitada na cama ao meu lado. A porta do quarto estava entre aberta, o que assustava ainda mais, devido ao meu pesadelo. Virei o corpo e vi que eram 08h20 da manhã. Um suspiro do outro lado do quarto fez eu me jogar em direção a mesa do computador, onde se encontrava minha varinha. Quando olhei para minha janela, vi meu irmão Emanuel sentado no parapeito da janela. Respirei profundamente. Larguei minha varinha de volta na mesa e o encarei com raiva.

— O que diabos você faz aqui?

— Sabia que eu e papai andamos praticando Oclumência? — ele não respondeu minha pergunta, ao invés me deu essa notícia sobre suas tristes férias.

— Então foi isso que você fez durante o tempo que tinha para descansar de aprendizado? — sei que ele não cairia no meu bate-papo, então resolvi dar o braço a torcer.

— Só os inteiramente idiotas, não usaram suas férias para se preparar para o pior.

— Querido, do que você esta falando? Que pior? Onde está a Sophie? — fui trocando de roupa, enquanto fazia as perguntas.

— O ponto da Oclumência, como você já deve saber é entrar na mente da pessoa. Quando a pessoa está dormindo fica mais fácil ainda — Eu precisei parar de vestir minha calça para entender o que meu irmão estava falando. Ok, não foi tão difícil entender. Mas eu precisei de alguns segundos para engolir que ele estava assistindo meu sonho.

— NUNCA MAIS VOLTE A ENTRAR NA MINHA CABEÇA! — berrei enquanto jogava um travesseiro nele. — ele sorriu e desceu da janela. Olhava-me com divertimento enquanto caminhava para sair do meu quarto.

— Muito interessante esse seu sonho. Poderá me ajudar bastante nas minhas futuras investigações.

— Você sabe que é só um sonho, né idiota?

— Ou não. — e saiu.

Ás vezes penso, que durante nossa educação, papai poderia ter acrescentado um pouco de limite. Somos os três assim, sem limites. Mas juro, que no meu irmão Emanuel isso é prejudicial. Meu nome é Lexi Snape, e sou a filha do meio de Severus Snape. Mamãe morreu no nascimento do meu irmão Emanuel, e lidamos com isso todos os dias. Ela sabia que seria uma gravidez de risco, mas dizia para si mesma que seria forte o bastante. Por um lado ela foi sim forte, morreu depois de colocar no mundo seu filho, mas por outro lado, ela foi fraca, e abandonou o recém-nascido e mais duas crianças com o pai. Eu não tenho muito que reclamar do meu pai, ele sempre foi presente, sempre fez tudo por nós. Menos em Hogwarts. Em Hogwarts ele é mais professor do que pai, e nos trata como alunos antes de filhos. Sou branca e tenho cabelo preto e liso. Mamãe dizia que meu cabelo é preto como a escuridão. Eu nunca gostei dessa comparação. Tenho os olhos azuis, que puxei da vovó por parte de mãe. Meu irmão Luke tem os cabelos encaracolados e olhos verdes, que puxou da mamãe, e Emanuel nasceu com o cabelo preto também, só que com os olhos pretos do papai. Somos literalmente um pouco de cada da família. Vivemos em Londres com papai. Papai sempre foi professor de Poções em Hogwarts, quando éramos novos para estudar, ficávamos na casa de nossos avós em Derby.

Sophie entra no quarto, me olha e deita na cama.

— Vou dormir mais um pouco. Luke está me deixando louca perguntando que dia vamos casar.

— Mas esse sempre foi seu sonho, certo? — perguntei sorrindo e deitando com ela.

— Sim. Mas sei lá. Ele mudou tanto, Lex. Você não acha?

— Ele amadureceu! Só isso.

— Amadureceu tanto que ficou meia hora tentando me convencer de colocar uma aliança de alcaçuz. — demos risada juntas. — O caso é que ele sempre brinca e essas coisas quando nos vemos fora da escola, e lá ele finge que nem me conhece.

— Isso é realmente estranho. Mas ele deve ter os motivos dele.

— Pare de defendê-lo e me deixe dormir. — ela disse sorrindo. A preguiça nos venceu, e acabamos as duas dormindo.

— MAS PORQUE VOCÊS ESTÃO DORMINDO? — meu pai entra no quarto louco da vida.

— Oi pai. Bom dia, estamos esperando dar 10h00 para começarmos a nos arrumar.

— 10h00? É? Bom, é com muita tristeza que te informo que são 10h40. — Puta merda. Levanto-me em um pulo. Sophie escorrega dentro de sua bota, enquanto eu vou colocando as malas pra fora do quarto. Meu pai foi esbravejando pela casa, dizendo que a barreira mágica iria fechar e que isso se tornaria em um imenso problema. Quando eu e Sophie terminamos de carregar as malas para no táxi, papai já se encontrava em sua costumeira capa preta. Luke já estava sentado com nossa coruja no colo, e Emanuel discutia que não sentaria no meu colo.

— Emanuel você tem três escolhas: ou você se senta no colo da sua irmã, ou você pode ir correndo acompanhando o táxi, ou você fica esse ano em casa. Decida-se logo. — Manel fez cara feia para meu pai e se sentou metade no meu colo, metade no colo da Soph. Ele segurava seu sapo Zé em seu colo. Mily a coruja da Soph, estava no colo do meu pai. O taxista depois de receber ordens severas do meu pai para correr com toda velocidade possível, olhava as corujas e sapos com certa repreensão. Chegamos a King’s Cross faltando apenas dez minutos para o expresso sair. Foi uma correria. Meu pai gritava com todos á nossa volta, por atrapalharem de minuto em minuto nossa corrida. Zé, o sapo do meu irmão, toda hora pulava para fora de seu cesto, e meu pai e Manel eram obrigados a ficarem para trás para recapturá-lo. Luke corria na frente, e eu e Sophie corríamos para acompanha-lo. Quando Luke foi chegando perto da plataforma 9¾, ele apenas gritou por cima do ombro “não parem” e se jogou na barreira mágica. Olhei de relance para minha amiga e atravessamos juntas, sem nos preocupar em disfarçar, caso algum trouxa estivesse de olho. Quando chegamos realmente na plataforma 9¾, o expresso já estava fechando as portas. Corremos mais desesperados ainda. Eu e Soph assistimos Luke jogando as coisas dele dentro de um vagão qualquer, e quando chegamos perto o suficiente ele começou a jogar nossas coisas. O expresso começou a se movimentar, quando Luke pulou no vagão, e colocou a mão pra fora para Soph e eu entrarmos, mas Luke olhou por cima do meu ombro e puxou apenas a Sophie. Olhei para trás e vi meu pai jogando Emanuel em cima da minha amiga. Fiquei chocada, mas logo me recuperei e ajudei meu pai com as coisas dele e do meu irmão mais novo. Jogamos tudo, meu pai me ajudou a pular dentro do vagão e pulou em cima de mim. A cena dentro do vagão era: malas do Luke>minhas malas>malas da Sophie>Sophie>Emanuel>malas do Emanuel>malas do meu pai>Eu>meu pai>Luke. E as corujas e o sapo entre tudo isso. A cena de fora do vagão, na plataforma era: todos familiares de nossos colegas, assustados e rindo da cena que acabaram de presenciar. Levantamo-nos e nos ajeitamos todos com dor.

— Por que o senhor não aparatou pai? — Luke perguntou me ajudando a ficar em pé.

— Esse ano as coisas em Hogwarts estarão mais rigorosas, vocês vão ver. Todos os professores foram instruídos a virem pelo expresso.

— Tchau família. — falei enquanto empurrava os pertences que não eram meus e da minha amiga para fora do vagão.

— Ei cuidado com o Zé. — Manel reclamou enquanto colocava seu sapo fujão em uma mão e pegava seu malão com outra. Ele saiu logo da cabine, seguido por Luke e meu pai.

— Eu preciso da Mione. Acho que consegui torcer meu pulso. — Sophie disse se sentando com cara de dor.

— Eu consigo fazer esse simples feitiço. — falei puxando minha varinha da mochila de costas. Ela apenas segurou o antebraço na minha direção e fechou os olhos.

— Episkey — falei e agitei minha varinha. Sophie gritou, depois conferiu o pulso e ele estava normal.

— Obrigada. — ela falou se deitando.

Algumas coisas sobre minha melhor amiga: ela dorme em qualquer lugar e em qualquer posição. Conheço-a desde meu primeiro dia em Hogwarts. Ela tem o cabelo cacheado e loiro, olhos azuis. É magra e alta, e tem sardas por todo o rosto. Ela é companheira e foi à primeira entre nós a namorar. Namorou nosso amigo Rony Wesley, e eles vivem nesse mundo de idas e vindas até hoje. Quase ninguém sabe que ela nutre uma paixão pelo meu irmão mais velho, Luke.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só )):
Muito obrigado ás pessoas que estão acompanhando



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