If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 6
Capitulo 5: Um dia mais que estranho


Notas iniciais do capítulo

É isso ai gente!
Minhas aulas acabam semana que vem e então eu vou começar a postar com mais frequência.
Boa Leitura!
E por favor, comentem!



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(Pov. Alice)

Acordei com alguém sussurrando meu nome.

Estava deitada sobre o tronco de Gil e era ele sussurrando.

Levantei, de leve, a cabeça e o vi sorrir. Me distanciei de seu corpo e levantei da cama, para só então, perceber que ainda estava sem roupa.

Gil também se levantou e foi em direção a seu armário, Pegou duas camisas do nosso uniforme, uma menor para mim e a outra para ele.

–Dormiu bem?- disse ao me entregar a camisa. Seu tom era leve, o que me fez ter vontade de retornar para a cama.

–Perfeitamente…- peguei a camisa e fiquei na ponta dos pés para beija-lo. Era mais alto que eu, na verdade quase todo mundo era.

Fui em direção ao banheiro e tomei um banho.

Sai rápido de lá, meus cabelos estavam molhados e estava morrendo de frio. Fui até o segundo quarto e peguei um jeans e um casaco da GAP azul, não queria usar o uniforme.

Fui até a cozinha, Gil já estava vestido e preparava nosso café da manha. Ele veio até mim e me entregou um copo com capuchinno.

–Quer comer o que? – perguntou após me beijar novamente.

–Só café já está bom...

Ele deu de ombros e se virou, indo até a bancada. O segui e me sentei ao seu lado.

Após tomarmos o café, quase em total silencio, pegamos nossas mochilas e fomos para a porta.

Sai do apartamento e o esperei trancar a casa Ele me deu a mão e descemos ate a garagem.

Gil pegou seu Logan marrom e fomos ate a nossa escola.

Não havia transito, afinal ainda eram 06h56min. Gil colocou algumas musicas de suas bandas de rock favoritas, o que tornou o caminho menos entediante.

Demoramos em torno de 11 minutos para percorrer o caminho, essas eram uma das vantagens de se morar em uma cidade pequena como Ollen.

Gil estacionou na vaga de sempre e descemos do carro.

– Eu vou buscar Jane hoje, no hospital...

– Quer que eu vá com você?

– Não! – ele disse de prontidão – eu te pego aqui, quando estiver indo pra casa. Que tal?

– Tudo bem – dei de ombros

– Vou procurar Leo, ok?

– Vou atrás de Vick – sorri e o beijei.

Subi em direção ao pátio para tentar encontrar Ene ou Vick. Angel estava fora de questão, além de parecer estar chateada comigo, nunca chegava cedo.

Olhei para todo o pátio e fora alguns alunos que iam para os armários não havia muitas pessoas.

Fui então para a segunda parte do pátio. Os armários.

Era dois corredores um bem grande e outro pequeno, havia muitos alunos, todos riam, brincavam, como em um normal dia de escola.

Vi Olivia e fui cumprimentada com um sorriso. Me aproximei em tentativa de ganhar alguma informação.

–Bom dia! Viu Vick ou Ene?

–Vi Vick. Estava com Leo, eles foram falar com Reo.

"Reo..." pensei, "por que tudo desde quinta me leva até ele."

Agradeci a informação e me virei. Subi rapidamente ate o 3º andar. Passei direto pela minha sala e observei que não havia ninguém dentro.

Entrei na sala dos inspetores e parei na porta da sala do coordenador. Reo se sentava em sua mesa, com um olhar compenetrado em seu computador e os ombros curvados em direção ao teclado.

Havia cortado os cabelos brancos em um corte militar, que o fazia, de alguma forma, aparentar a idade que tinha.

Engoli seco e me virei tentando sair sem ser percebida, mas ele me viu.

–Bom dia Alice... – tinha um tom de divertimento - tentando sair de fininho?

–Não... eu só não encontrei quem estava procurando.

–Que decepcionante! - disse se levantando e vindo ate mim- achei que tinha vindo me dizer bom dia...

Dei um passo em sua direção e o abracei.

Era estranho o quanto me sentia bem naquele abraço.

Sussurrei um bom dia em seu ouvido e continuei ali, sentindo seu cheiro.

Após longos e bons minutos, ouvimos uma batida na porta da sala dos inspetores e me distanciei. Sentia meu rosto ruborizado e percebi que o dele também estava.

Me virei sem dizer nada e fui embora, como planejava fazer antes.

Na porta da sala vi Vick e Leo, de mãos dadas e esperando para entrar.

Leo me cumprimentou e foi andando até a sala de Reo. Vick me olhou e perguntou, silenciosamente com o olhar, se estava tudo bem. Assenti e passei ao seu lado.

Fui para a sala e deixei minha mochila no lugar habitual. A mochila de Ene estava ao lado de onde coloquei a minha.

Ela abriu a porta e entrou, sorrindo ao me ver, e me abraçou. Não esperei que disse-se nada, mas contei tudo o que aconteceu.

–Por que mesmo ele está sendo assim?

–Ótima pergunta! Mas nunca saberemos...

–E como você está se sentido?

–Estranha, mas acho que vou sobreviver.

–E seus pais?

–Minha mãe mandou uma mensagem, disse que a festa de aniversario do meu avô vai acontecer. Ela também disse que a situação está ruim ainda e seria melhor eu não estar lá.

–Se quiser ficar lá em casa, sabe que pode neh?

–Eu sei...

A abracei forte e ouvi alguém dizendo:

– Abraço coletivo! - senti braços fortes e familiares envolvendo a mim e a Ene.

– Me larga Gilbert- Ene gritou.

– Ah achei que finalmente poderia ser aceito no clube de vocês.

– Nunca será aceito, apenas tolerado.- Ene sussurrou e saiu.

– Ela guarda muita magoa do passado... - Gil me abraçou.

Eu, Ene , Gilbert, Angel, Leo, Lion e Vick éramos amigos na infância, mas Gil teve que sair da cidade por alguns meses e não se despediu de Ene. Ela chorou muito, afinal, tinha uma quedinha por ele.

Quando voltou tentou se tornar amigo dela novamente, mas ela não quis. Alguns anos depois nós começamos a namorar e Ene tinha medo de que ele pudesse me magoar.

Não, Ene não gostava mais de Gil. Ela e Lion estão em um rolo, que ninguém pode entender.

Me distanciei e o olhei com olhar de desaprovação para ele.

–Me desculpa. – Gil disse, e eu não resisti

–Tudo bem. – sorri e fui beijada - Te vejo depois?

–Com certeza.

Uma enxurrada de pessoas entrou pela porta. Todos gritavam e se empurravam para passar. Sentei em meu lugar e comecei a conversar com Ene.

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Estávamos no meio da aula de inglês, e a turma tentando ser o mais normal possível. Até que Leo tacou uma bolinha de papel em Vick...

Ela se virou com seu melhor olhar de ódio e jogou a bolinha novamente, mas para a infelicidade geral da nação sua mira era péssima. Acertou na garota mais metida da sala, Gaby. Ela dava em cima de Gil desde o 1º ano.

Ela gritou histérica e eu, Vick, Leo e Gil começaram a rir. A professora pediu silencio e nós viramos para a frente.

No fim da aula, quando a professora ia nos liberar, Reo veio até nossa sala acompanhado de Gaby.

“Estamos ferrados...” pensei “Reo não vai mas nem falar comigo”

–Queria que Vick me acompanhasse ate minha sala, por favor.

Olhei para ela, tinha uma expressão calma e se levantou paciente.

Gil então levantou a mão e perguntou:

–Se for sobre o que aconteceu com Gaby eu também tenho que ir... - disse se levantando. A expressão de Gaby nesse momento foi de total decepção.

–Eu também- disse Leo, em pé agora.

Reo olhava confuso e eu também levantei.

–Vamos todos, então.

Reo suspirou e se virou revoltado, deu passos largos ate a sua sala e nós o seguimos.

Entramos na sua sala e nos sentamos.

–Por que fez isso Vick? – ele perguntou diretamente, como se quisesse poupar tempo.

–Por que eu a provoquei.- Leo disse.

–E por que eu o desafiei.- Gil sorriu.

–Então já definimos o papel de cada um - estava muito irritado - mas e você Alice?

–Eu ri.

Ele me olhou incrédulo antes de dizer:

–Que isso não se repita! – ele estava a ponto de socar alguma coisa, e eu suspeitava que era eu a mira - Entenderam?

Nos assentimos e ele nos dispensou.

Todos saíram, primeiro Vick, depois Leo e Gil e por ultimo eu.

Reo colocou a mão em meu braço, me segurou e puxou.

–O que foi?- perguntei, um pouco assustada.

–Por que fez isso? – ele ainda estava nervoso.

–O que?

–Vir aqui, se culpar por algo que não fez.

–Mas eu fiz...

–Se quer me provocar- aproximou seus rosto do meu- quero que saiba que existem jeitos melhores.

–Que?- sussurrei.

Após alguns segundos, Reo fechou os olhos e disse:

–Vai, Alice – falou, soltando meu braço- Me de um tempo, se não eu vou perder a paciência. Por favor.

Engoli seco, e fiz o que ele havia pedido.

–-------------------

(Pov Reo )

E então eu perdi o controle.

Não sei o que estava pensando. Aquilo não era um dos meus sonhos, era a realidade.

Alice me olhara de uma forma que nunca havia me olhado nos meus sonhos. Tinha medo em sua expressão. Não parecia que iria me perdoar, mas eu precisava pedir desculpa. Fui atrás dela. Atravessei o andar e fui para sua sala.

Seu material não estava ali. Desci as escadas o mais rápido que pude.

Cheguei ao pátio e o atravessei, indo ate os armários.

Alice estava em seu armário, percebi que tinha lagrimas em seus olhos. Mexia em algo dentro de seu armário.

Me aproximei, silenciosamente, e vi no que mexia.

Uma foto, com cinco pessoas, dois homens e duas mulheres, além de uma criança que pude reconhecer, Alice.

Não havia mudado muito, estava sem os óculos e sorria no colo de um dos homens.

–Me desculpa... - sussurrei em seu ouvido.

Ela se arrepiou e fechou os olhos, acho que em um tentativa de parar de chorar.

–Tudo bem...- sussurrou.

– Quem são?

– Meus pais e meus avós.

Assenti compreensivo, não sabia se deveria fazer mais perguntas.

Ela deixou a foto no armário e o fechou.

Se virou e me encarou, era pequena e delicada, apesar de muitas vezes não parecer.

–Pode me deixar passar?- ela perguntou e eu =percebi que obstruía toda a passagem.

–Me desculpou?

–Tenho problemas maiores pra me preocupar.

–Achei que estivesse chorando por que...

–Reo, desculpa, eu fiquei assustada, mas já passou. Agora eu preciso ir. Tem pessoas que precisam de mim.

Ela começou a andar em direção ao pátio e eu a segui.

Chegamos no portão da escola e eu a interceptei.

– Pra onde vai agora?

– Não sei...

–Tem como ir pra casa?

–Não- ela deu um passo em minha direção- na verdade eu estou na casa de Gil, desde sábado, e não acho que é a melhor escolha.

Sorrio, tendo uma ideia.

– Se quiser pode almoçar comigo, na minha casa? - dei um passo para frente.

–Não, acho que...

–Isso é uma intimação senhorita Nightray.

Ela engoliu seco e assentiu.

– Tenho que ir ate minha sala, pegar a mochila e coisas assim.

–Eu vou com você...

Retornamos para dentro da escola, e percebo que Alice está um pouco tensa. Subimos as escadas e chegamos ao 3º andar.

Vamos ate a porta, que estava fechada e eu a abri. Dentro da sala dos inspetores vimos uma cena que não pude acreditar.

A diretora e um dos inspetores estavam se beijando, ou melhor se agarrando.

Olhei para Alice e vi que estava tão surpresa quanto eu.

Acho que fizemos algum barulho, pois os dois se distanciaram violentamente.

A diretora tentou ajeitar os cabelos negros e cacheados para trás.

–Algum problema coordenador? - a diretora disse olhando para mim e depois para ela.

–Não, vim pegar minha mochila. Com licença - Atravessei a sala e entrei na minha, pegando minha mochila o mais rápido que pude e voltei.- Ate mais!

Peguei a mão de Alice e a guiei para sairmos daquele andar.

Parei no segundo andar e a encarei, ela parecia surpresa. Soltei a sua mão e falei:

–Isso foi tão estranho pra você quanto pra mim?

–Com certeza...

Sorri ao ver sua expressão e ela devolveu o sorriso.

Estendi a mão para ela, para que pegasse de novo.

–Vamos.

Ela sorriu, pegou minha mão e ela que me puxou.

–------------------

Estávamos entrando em meu apartamento. Ficava pensando se havia deixado tudo arrumado, quando abri a porta.

Vi que poderia estar pior. A sala estava organizada, pelo menos. Alice pediu licença e entrou. Parecia estar com um pouco vergonhada.

Parou ao meu lado e esperou que eu adentrasse na casa.

– Fique à vontade, se sente sei lá... Quer alguma coisa?

– Não... Obrigada.

– Tá então, vou fazer o almoço.

Me virei e fui para a cozinha. Olhei a geladeira, poderia fazer peixe grelhado, frango, carne, mas não sabia qual era o que Alice preferia. Me virei, ela estava atrás de mim, apoiada na pia, e olhava entretida para a esponja, que estava no outro lado.

– Tem alguma preferência, peixe, frango, carne...

– O que quiser comer, pra mim tanto faz.

– Então tudo bem. – dei de ombros

Peguei o frango e preparei as coisas para começar a cozinhar. Ela então começou a cortar o frango e a cebola.

Peguei o arroz e o feijão e comecei a prepara-los também.

–Onde tem uma panela?- perguntou Alice, com os olhos cheios de lagrimas.

Entrei em desespero.

–O que aconteceu?- A abracei- Você tá bem?

–Estou sim - disse se afastando com delicadeza.- Eu cortei cebola.

–Ah...- fiquei muito envergonhado- Desculpa!

Me distanciei completamente e não sabia o que fazer. Me virei e voltei a lavar o arroz.

– Reo... A panela! - ela sorriu, tentando afastar o clima que havia ficado.

–Ah, sim, naquela gaveta.

Ela abriu uma gaveta enorme, em baixo da pia e pegou uma panela. Terminamos de preparar o almoço em silencio e eu ainda estava envergonhado, não sei por que, mas me preocupava demais com aquela garota.

Pegamos os pratos, nos servimos e fomos para a sala.

Ela se sentou em uma cadeira ao lado da cabeceira e me sentei ao seu lado. Ela parecia esperar algo, para depois, dar a primeira garfada.

Olhei-a interrogativo e ela ergueu levemente o garfo, percebi então, ela me esperava.

Comecei a comer e ela me acompanhou, a comida que havíamos preparado estava perfeita. Comemos em silêncio também, mas não era mais constrangedor como antes agora parecia haver um elo, uma ligação.

Comecei então a tentar diverti-la. Comecei a contar coisas engraçadas, comentar sobre situações estranhas, tudo para poder fazer ela sorrir, precisava compensar o que havia ocorrido mais cedo.

Quando estávamos quase acabando, parecíamos amigos de longa data e isso me fazia sentir bem.

Quando Alice ia me contar algo, sobre uma festa de família que havia dado errado ou algo assim seu celular tocou.

–Alô... – disse ao atender- Oi Gil... Não, estou bem sim... Tudo bem com ela? Não vou ficar aqui mesmo, depois vou para casa... Ou pra sua não sei, vou ligar pra minha mãe... Já, já almocei sim... Então quando sair daí você me pega... Agora? Então, estou na casa de Reo... tá! Até depois então... Beijos.

Peguei meu prato e me levantei, Alice então me encarou com um sorriso, como se disse-se “Está tudo bem”.

Devolvi o sorriso e fui para a cozinha, Alice apareceu atrás de mim e colocou o prato na pia, exatamente como eu estava fazendo. A proximidade em que estávamos me fez engolir seco.

Me virei e ficamos cara a cara. Claro que Alice era mais baixa que eu, mas se eu me inclinasse bem pouco poderia beijar seus lábios. Ela tinha uma mistura de coisas em seu olhar e eu podia ver que, por baixos dos óculos, seu olhos estavam repletos de confusão. Desviei o olhar, aquele não era nenhum dos meus sonhos, era a vida real.

Alice ia dizer algo, talvez sobre o que acabara de acontecer, mas fomos interrompidos outra vez. Meu celular que tocou, e pelo toque, era Ada.

Atendi meio sem jeito.

–Oi...

–Tudo bem meu amor? – ela disse com uma voz alegre.

–Sim e você?

–Tudo ótimo! Ainda mais agora que consegui falar com você!

– Pois é, então estou um pouco ocupado agora...

– Então, depois eu te ligo, tudo bem?

–Claro...

–Eu te amo- ela disse por fim. Não queria responder, não na frente de Alice que me olhava curiosa, mas fui obrigado a responder.

–Eu também.

E a ligação teve fim.

Olhei então para a direção onde Alice estava a menos de alguns segundos, mas ela não estava mais lá. Ela não deveria nem ter ouvido eu respondendo Ada.

Fui para a sala e a vi, olhava para uma das poucas fotos que eu tinha em minha casa. Na foto se encontravam eu e meus dois irmãos, me aproximei, ela olhava com atenção e parecia reconhecer alguém, alem de mim, na foto.

–Quem é esse? - apontou para meu irmão, Jake, que tinha sua idade.

–Jake, meu irmão mais novo.

–Nós estudamos juntos... – ela parecia incrédula.

Lembrei-me de uma situação muito antiga:

Haviam poucos dias que tinha completado 18 anos e minha mãe me pedirá para buscar meus irmãos na escola.

Ao longe podia enxergar os mais novos na portaria da escola, Percy, meu irmão do meio, que tinha 13 anos, estava em pé e olhava impaciente em minha direção.

–Até que enfim! – ele disse assim que cheguei- não aguento mais o Jake chorando...

–Chorando?

–É... ele tirou uma nota baixa e ta com medo de papai bater nele.

Suspirei, isso também já havia acontecido comigo, mas se eu chorasse só apanharia mais...

Entrei um pouco mais na escola e vi meu irmão sentado no banco, ao lado de uma menina, tinha cabelos negros e grandes olhos. Ela o abraçava de lado e parecia o consolar.

Me ajoelhei na frente de Jake e o olhei por um longo tempo. Pode perceber que a garota me olhava de uma forma estranha, parecia admirada.

–Ei Jake... o que aconteceu?

–Meu boletim... papai...

–Tudo bem, eu falo com ele, agora vamos?

Ele olhou para a garota e lhe abraçou, ela ficou um pouco vermelha e parecia querer correr.

–Não vai me apresentar sua amiga, Jake?

–Reo essa é Alice.

Balancei a cabeça para afastar as lembranças e olhei para Alice, ela havia mudado bastante mais era reconhecível...

–Reo, era você? – ela sorria

–Sim.

–Que incrível! Eu, nem me lembrava disso...

–Nem eu. – eu estava um pouco chocado, por não lembrar dela.

E assim passamos uma hora conversando, ela me contou varias coisas sobre aquela época. Foi estranho pensar em Alice como alguém que eu já conhecia a um tanto tempo considerável.

Conversamos até 14:30 e eu tinha que ir para a outra escola onde dou aula as 16.

–Alice, desculpa – disse à interrompendo no meio de um pensamento- Você quer que eu te leve em casa? Por que vou ter que ir trabalhar quando for 4 horas e não quero te deixar sozinha por ai...

–Tudo bem... Me da só um minuto por que vou ter que ligar para minha mãe.

– Ei... – a puxei antes de se levantar – Pode ficar aqui se quiser... Mas só avisei!

– Tudo bem... Obrigada, mesmo!

Ela se levantou e foi para a janela, tinha uma vista legal da rua, uma das mais movimentadas da cidade. Me sentei entao no sofá da sala, a conversa não foi longa como eu esperava, mas ela não estava com uma cara nem um pouco boa quando voltou.

–Eu vou ligar para Gil, vou pra casa dele...

–Ta tudo bem?

–Sim, só estou sendo, momentaneamente, expulsa de casa.

Assenti confuso. Ela foi então para a janela novamente e ligou para seu namorado, a conversa também não foi longa, ela voltou rapidamente e se sentou ao meu lado.

–Vou atrapalhar se ficar aqui mais uns 20 minutos?

–Não, pode ficar o quanto quiser, já disse.

–Gil esta vindo me buscar...

–Quer ver TV?

Alice assentiu e relaxou no sofá, parecia estar confortável, em casa, e isso me fez me sentir bem.

Coloquei em um canal aleatório e ficamos assistindo, era um documentário sobre pinguins e eu queria muito trocar de canal, mas Alice parecia interessada.

Ficamos vendo por um tempo, na verdade meia hora pra ser exato e entao Alice caiu em meus braços.

Literalmente, ela dormiu e foi deslizando calmamente para meus braços.

Eu a peguei e a coloquei em meu colo, ela era pequena e cabia perfeitamente. Ela dormia como um bebê.

Eu tirei seus óculos bem devagar para não acorda-la e fiquei acariciando seus cabelos negros.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
Beijos e fui!
—Avia



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