Outsiders escrita por Rafaela


Capítulo 6
Capítulo 6




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Tess girava seu celular nas mãos, esperava no quarto de Alex sentada em sua cama. O céu já estava escuro, mas ela não passou pelos portões de madrugada, apenas, disse que precisava esperá-lo. A mãe dele, Senhora Elena, a recebeu com o maior prazer e disse que sentia sua falta nas reuniões familiares, onde os dois eram apresentados como um casal.

Ela sorriu quando lembrou, eram bons tempos.

A porta rangeu e ela viu Alex aparecer pela porta.

– Ei! – Ele acenou. – O que ta fazendo aqui?

– Vim falar sobre Nana.

– Eu vi ela – Ele sorriu ao se lembrar dos atos. – A gente transou.

Alex fechou a porta do quarto e se sentou na cadeira. Ele olhou para o reflexo sadio e exuberante de Teresa. Ela estava mal vestida, com moletons surrados e um short claro, mas a simplicidade lhe fascinava.

– Parece que resolvemos esse problema.

– Eu ia chamá-la para um encontro, mas ela recusou.

– Bem – Ela deu de ombros.. – Eu estou com ciúmes de vocês.

– Pensei que as coisas estavam certas.

– Eu estou com ciúmes de vocês, não porque a gente teve alguns relatos amorosos – Que mentira! – Mas de como as coisas vão reagir.

– Para mim, tudo ta de boa.

– Para mim também.

– Então, o que você ta fazendo aqui? – ele perguntou, ela levou à mal.

– O que? Senti sua falta – Ela abaixou a cabeça, sentia que deveria ir. – Acho que tenho que ir.

– Calma! – Ele olhou para seus pés. – Preciso desabafar.

– Não, obrigada, só queria resolver isso.

Tess imaginou que ele diria que a amava e que todos esses conflitos eram a solução final do feliz para sempre. Talvez toda essa situação embaralhasse sua mente por completo ao achar que era mais dele que qualquer outra.

Quando cruzou pela porta e descia as escadas, Alex apareceu pelo corrimão, gritou seu nome.

– Fique!

– Não, é tarde.

– Ok.

Alex não fazia o tipo que implorava o prazer da companhia alheia. Não sentiu que o espaço da cama fosse tão sufocante quanto ela sentiu até o amanhecer, nem ao menos mandou uma mensagem na madrugada. Ele estava mais preocupado consigo mesmo, de tirar a tal de Nana da cabeça.

O mesmo sentimento que sentia ela. Nana tentava encontrar nos textos da internet a solução. Eram problemas jogados ao escuro e solucionados com pouca lucidez.

+++

Não acordaram no mesmo momento, o fuso horário era diferente: enquanto Mariana estava a caminho da casa da sua avó, Alex abria uma garrafa de uísque importada e fumava seu Camel. Mas os celulares piscaram no mesmo momento, com uma mensagem de Tess.

Tess: preciso encontrar com você em casa, às duas.

Nana respondeu que não podia, Alex nem se manifestou, pois seu uísque era mais interessante que qualquer garota, beber e fumar o fazia esquecer-se de qualquer uma que seja. Ele não se apaixonou, apenas se atraiu mais pela bunda de Nana, ele não era o tipo de se apaixona e nem do tipo que beija e conta, esse segredo entre mocinha x vilão permaneceria até o túmulo.

– Acordou bem! – disse o pai.

– É...

Do outro lado da laranja...

– Você ta bem? – Bento perguntou.

– Acordei mal.

– O que houve?

– Acho que estou me apaixonando – ela disse para seu irmão, num sussurro.

– Quero agarrar os seus ombros e sacudir. Saia dessa!

– Sacuda, não vai ter nenhum efeito.

Ele sorriu para ela, não sabia o que fazer. Bento sabia que Nana se metia em má companhia, Alex não era o tipo dela, mas não era má pessoa.

– Espero que você não se machuque.

– Já me machuquei – Ela pensou na queda em que teve quando pulou da janela pós-sexo. – Mas foi uma dor suportável – respondeu sorrindo.

– Então, seja o que for.

– Sim! Sim!


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