Outsiders escrita por Rafaela
Tess girava seu celular nas mãos, esperava no quarto de Alex sentada em sua cama. O céu já estava escuro, mas ela não passou pelos portões de madrugada, apenas, disse que precisava esperá-lo. A mãe dele, Senhora Elena, a recebeu com o maior prazer e disse que sentia sua falta nas reuniões familiares, onde os dois eram apresentados como um casal.
Ela sorriu quando lembrou, eram bons tempos.
A porta rangeu e ela viu Alex aparecer pela porta.
– Ei! – Ele acenou. – O que ta fazendo aqui?
– Vim falar sobre Nana.
– Eu vi ela – Ele sorriu ao se lembrar dos atos. – A gente transou.
Alex fechou a porta do quarto e se sentou na cadeira. Ele olhou para o reflexo sadio e exuberante de Teresa. Ela estava mal vestida, com moletons surrados e um short claro, mas a simplicidade lhe fascinava.
– Parece que resolvemos esse problema.
– Eu ia chamá-la para um encontro, mas ela recusou.
– Bem – Ela deu de ombros.. – Eu estou com ciúmes de vocês.
– Pensei que as coisas estavam certas.
– Eu estou com ciúmes de vocês, não porque a gente teve alguns relatos amorosos – Que mentira! – Mas de como as coisas vão reagir.
– Para mim, tudo ta de boa.
– Para mim também.
– Então, o que você ta fazendo aqui? – ele perguntou, ela levou à mal.
– O que? Senti sua falta – Ela abaixou a cabeça, sentia que deveria ir. – Acho que tenho que ir.
– Calma! – Ele olhou para seus pés. – Preciso desabafar.
– Não, obrigada, só queria resolver isso.
Tess imaginou que ele diria que a amava e que todos esses conflitos eram a solução final do feliz para sempre. Talvez toda essa situação embaralhasse sua mente por completo ao achar que era mais dele que qualquer outra.
Quando cruzou pela porta e descia as escadas, Alex apareceu pelo corrimão, gritou seu nome.
– Fique!
– Não, é tarde.
– Ok.
Alex não fazia o tipo que implorava o prazer da companhia alheia. Não sentiu que o espaço da cama fosse tão sufocante quanto ela sentiu até o amanhecer, nem ao menos mandou uma mensagem na madrugada. Ele estava mais preocupado consigo mesmo, de tirar a tal de Nana da cabeça.
O mesmo sentimento que sentia ela. Nana tentava encontrar nos textos da internet a solução. Eram problemas jogados ao escuro e solucionados com pouca lucidez.
+++
Não acordaram no mesmo momento, o fuso horário era diferente: enquanto Mariana estava a caminho da casa da sua avó, Alex abria uma garrafa de uísque importada e fumava seu Camel. Mas os celulares piscaram no mesmo momento, com uma mensagem de Tess.
Tess: preciso encontrar com você em casa, às duas.
Nana respondeu que não podia, Alex nem se manifestou, pois seu uísque era mais interessante que qualquer garota, beber e fumar o fazia esquecer-se de qualquer uma que seja. Ele não se apaixonou, apenas se atraiu mais pela bunda de Nana, ele não era o tipo de se apaixona e nem do tipo que beija e conta, esse segredo entre mocinha x vilão permaneceria até o túmulo.
– Acordou bem! – disse o pai.
– É...
Do outro lado da laranja...
– Você ta bem? – Bento perguntou.
– Acordei mal.
– O que houve?
– Acho que estou me apaixonando – ela disse para seu irmão, num sussurro.
– Quero agarrar os seus ombros e sacudir. Saia dessa!
– Sacuda, não vai ter nenhum efeito.
Ele sorriu para ela, não sabia o que fazer. Bento sabia que Nana se metia em má companhia, Alex não era o tipo dela, mas não era má pessoa.
– Espero que você não se machuque.
– Já me machuquei – Ela pensou na queda em que teve quando pulou da janela pós-sexo. – Mas foi uma dor suportável – respondeu sorrindo.
– Então, seja o que for.
– Sim! Sim!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!