Skinny Love escrita por Novaes


Capítulo 39
That it's what love feels like? Because I don't want


Notas iniciais do capítulo

Okay gente, sei que da última vez que estive aqui disse que iria postar mais cedo o último capítulo desse caso para surgir um novo e eu disse que iria ser grande, mas gente, eu não pensei que iria demorar tanto assim. Mas vamos lá, recapitular a história, naquele dia eu estava convicta que iria dar tempo, mas na verdade não deu, depois começou as provas e eu já estava exausta – acreditem ou não, só vim dormir no ultimo dia de verdade. Então, realmente não deu tempo e eu sinto muito por demorar tanto, mas já que é feriado eu tentei muito e consegui construir esse capítulo na madrugada passada, queria que houvesse mais feriados porque eu realmente sinto a falta de vocês. E ah, preciso avisar que a internet aqui de casa desde sexta não pega e já é domingo, acredita nisso? Pois é, então eu vou tentar ao máximo tentar escrever outro capítulo para pelo menos deixar aqui para postar essa semana, e assim que a internet voltar eu programo e posto. No momento estou na internet de uma amiga, isso mesmo. O que eu não faço por vocês?



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P.O.V Lize

– E então, pessoal? O que diabos está acontecendo? – Eu perguntei me afundando na cadeira olhando para todos na minha frente, Garcia estava na enorme tela na minha frente e parecia que algo de muito louco havia acontecido.

– Primeiramente você conseguiu, meus parabéns. Desculpe por não ter acreditado em sua teoria – Hotch começou falando. E JJ me olhou sorrindo, provavelmente com aquele instinto maternal com orgulho como ela sempre faz.

– Okay, eu disse que iria conseguir – Falei enquanto Rossi se sentou ao meu lado e todos se se sentaram à mesa.

– E o que aconteceu, Hotch? – Perguntou Rossi curioso enquanto JJ entregava alguma pasta.

– Garcia – Ele falou para ela começar a apresentar.

– Então, baby, você se lembra da garota que mandou procurar? – Ela perguntou.

– A namorada?

– Sim, baby, a namorada. Acontece que enquanto eu procurava, você estava certa sobre algo. Essas mulheres estão conectadas de alguma forma, consegui decodificar o site e acontece que todas marcaram o encontro com a mesma mulher...

– Okay, eu entendi. Mas você achou que conexão a mais? – Perguntei.

– Acontece que elas já se conheceram, depois daquele problema com a primeira vitima, ela mudou de escola e lá conheceu Alicia, que foi a segunda vitima – Ela falou e eu apenas concordei com a cabeça. Então era ai, eu precisava achar um lugar especial para ela.

– Okay, mas... Com quem ela passou mais tempo? – Perguntei interessada.

– Nossa primeira vitima – Garcia falou enquanto conferia.

– Então deve ser isso, como ela teve uma conexão maior com a Elena – Eu deduzi e todos ali olhavam para mim, Spencer estava sentado na minha frente, pude vê-lo prestando atenção nas minhas palavras e em cada parte da minha teoria. – Talvez ela esteja tentando mandar uma mensagem – Eu falei novamente olhando para Spencer que estava com os cenhos franzidos e com os olhos para cima como se estivesse procurando uma resposta concreta, então olhei para Hotch que apenas concordava e pedisse que eu continuasse.

– “Se você não é minha, não vai ser mais de ninguém” – Spencer citou. – Talvez essa seja a mensagem que ela esteja tentando mandar – Ele falou olhando para mim e eu concordei controlando o sorriso.

– Okay, descobrimos uma parte e o porquê – Morgan falou e eu o olhei.

– E tem mais algum problema fora esse? – Perguntei curiosa.

– Sim, Lize... Temos um problema muito grande – Emily falou.

– Então digam logo – Falei já irritada.

– A Giovana nos ligou – Hotch falou.

–Ela fez isso? – Falei quase gritando.

– Sim, ela fez – JJ falou virando o rosto para não rir da expressão que eu fiz, okay, foi exagerado, eu admito. Mas fiquei um tanto atônita, isso quer dizer que ela está perdendo controle.

– Ela deve ter descoberto quando viu todos aqueles policiais no lugar dela, então ela montou as peças e sabe que não é difícil falar com a gente, e ela sabe muito dessas coisas de hacker, ela quase conseguiu entrar no nosso sistema – Emily falou e Garcia concordou não muito orgulhosa disso.

– Ela está perdendo o controle – Eu falei e todos novamente concordaram me olhando.

– Então, não vai demorar muito para ela ter outra vitima em suas mãos – Spencer como sempre completou minha frase. Não entendo, mas diante de todas essas coisas que acontecem, tem uma coisa que eu nunca vou negar, formamos uma boa dupla, ele com seu QI alto, altamente inteligente e sabe sobre certas coisas, mas eu sou diferente, posso não ter meu diploma, mas se tem algo que eu entendo são as pessoas, eu as entendo. Principalmente as loucas e as renegadas.

– Ótimo, estamos todos de acordo – JJ falou e todos concordaram.

– O que vamos fazer agora, Hotch? – Perguntou Rossi querendo novas ordens.

– Vou dividi-los em duplas para cobrir uma área maior e ver quem descobre primeiro onde a Giovana está – Falou Hotch e apenas concordamos fechando a pasta que JJ havia distribuído. – Emily vai com Morgan – Ele começou falando e eles apenas se entreolharam. – JJ, eu e Rossi iremos juntos e Lize vai com Spencer – Ele falou olhando para mim e eu não poderia contestar, apenas concordei e Spencer me olhou e tinha aquele sorriso disfarçado dele.

– Okay, duplas separadas. E agora? – Eu perguntei.

– E agora que... – Hotch foi interrompido por um policial batendo na porta e Hotch apenas fez uma cara de confuso e mandou o policial entrar.

– Desculpe interromper, é que tem uma garota no telefone da mesa 4 e você disse que qualquer pessoa que ligar nós tínhamos que avisar, e ela pediu para falar diretamente com Elizabeth Stonem e você... Hotch – Ele falou, eu e Hotch apenas nos entreolhamos confusos.

– E ela disse nome? – Eu perguntei e o policial negou com a cabeça.

– Ela apenas disse que tem informações valiosas e direções novas – Ele falou. Com certeza, ele era um novato ali, ele não sabia quem eu era por isso falou o nome que a garota misteriosa do telefone, eu me levantei.

– Então vamos logo de uma vez – Falei enquanto eu e Hotch saímos, antes de eu sair vi o nosso time confuso. Sempre caem para mim essas coisas, o que não devia de ser ridículo.

– Quem diabos deve ser? – Hotch falou para si enquanto estávamos andando para a mesa. Eu o olhei.

– Provavelmente problemas, Hotch – Eu falei e ele soltou um sorriso.

– Provavelmente – Ele ironizou e logo chegamos lá, eu me sentei logo na cadeira enquanto Hotch começou com sua pose séria e pegou o telefone, e falou seu nome. Eu apenas fiquei girando com a cadeira, cansada e curiosa, mas não queria ao mesmo tempo saber o que tinha, sei que eram noticias ruins, alguma desgraça deveria ter acontecido a mais e tínhamos que lidar com isso, com tudo isso. Tínhamos que correr contra o tempo, o que é um sério problema porque o tempo é complicado, é curto, parece que nunca temos tempo o suficiente.

Pela expressão de Hotch, já vi que a conversa não está indo muito bem. Ele se virou para mim e falou apenas com os seus lábios.

– Giovana – Apenas uma palavra saiu de sua boca, sem som, sem nada. Pude ver maior problema nisso tudo.

Hotch apenas segurou o celular na minha frente, mostrando que era minha vez agora.

– Lize – Eu falei e pude ouvir uma respiração forte do outro lado da linha.

– Olá, Lize – Uma voz doce, porém assustadora atingiu meu ouvido.

– Falando – Tentei ser breve e fiz gestos para Hotch para que ele falasse com Garcia e que ela rastreasse o número, ele saiu rapidamente me deixando lá sozinha.

– Escutei por ai que você estava procurando da vida da... Elena – Ela falou com uma voz pesada. Falar de Elena magoava ela, pude sentir pelo seu tom de voz.

– Sim, procurei muito por Elena – Falei e ela riu irônica.

– E aqui estamos, você me achou – Ela falou. – É esperta, Lize. Eu notei isso – Ela falou.

– Falar de Elena magoa tanto você assim? – Perguntei e pude sentir sua respiração ainda pior, mais pesada, ela estava nervosa. Então isso seria um sim.

– Não é sobre Elena que estamos falando aqui – Ela retrucou.

– E é? De quem estamos falando? – Perguntei ainda irônica.

– Sabe, eu amo garotas inteligentes, sempre tive uma queda por elas. É não é das pequenas - Ela falou. Ela seriamente está dando em cima de mim? Aparentemente sim, mas ignorei. Tentei entrar na onda dela, e vi Hotch se aproximando, tentei manter minha atenção entre Giovana e Hotch.

– Garcia está tentando rastrear – Ele falou e eu concordei. – Enrole-a – Ele falou e eu concordei.

– Você vê, quando eu e Elena nos conhecemos éramos tão jovens e ingênuas. Depois que fui a casa dela e a mãe dela nos pegou nos beijando, eu simplesmente não pude evitar ficar longe dela. Ela era aquela coisa misteriosa, inteligente, atraente, queria saber de tudo dela, queria apenas casar com ela e, aqueles lábios... Perdia-me naqueles lábios, poderia beija-los todas as horas, lembro-me que matávamos nossa única aula juntas nas quintas feiras para nos encontrarmos debaixo da arquibancada, ficávamos horas ali, mas isso não durou muito... – Ela falou.

– E o que aconteceu? – Falei tentando manter a conversa e entender o ponto disso tudo.

– O amor acaba, Lize. O amor é duro... – Ela falou enquanto eu ouvi um grito de alguém. – Escutou isso? – Ela perguntou e eu apenas fiquei calada. – Isso é o som de certas garotinhas que achei hoje, elas são exatamente como Elena, e não vou deixa-las escaparem. Então eu sugiro para você, agente Stonem que você fique fora disso ou vamos ter sérios problemas – Ela ameaçou.

– Você está prestes a ter vários problemas, pare com essa loucura, Giovana. Podemos ajuda-la – Falei e sei que essa era a pior mentira porque ninguém pode reparar isso.

– “What a happy, happy love... What a happy, happy love” – Ela citava, e eu não entendi o que ela quis dizer.

– Giovana, o que isso quer dizer? – Eu perguntei.

– What a happy, happy love... What a happy, happy love – Ela continuou citando.

– Giovana...

– Não tente me rastrear, não me tome como idiota, Elizabeth Stonem – Ela falou e desligou.

– Giovana! – Eu falei, mas vi que era muito tarde.

Hotch me olhou como se procurasse uma resposta.

– Ela desligou – Falei e ele apenas suspirou irritado.

– Garcia não conseguiu rastrear, Lize. Temos um grande problema – Ele falou me olhando sério.

– Eu sei, ela tem mais duas vitimas. Precisamos acha-la logo, Hotch. Precisamos ir agora – Falei e ele concordou e eu fui atrás dele. Ele chegou à sala e convocou todos.

– Já apresentamos para todos os policiais e eles estão em alerta, mas precisamos ir, agora. O plano é: Quem conseguir a melhor pista, ligue rapidamente. Giovana tem mais duas vitimas e precisamos salvá-las – Hotch deu as ordens. Agora eu entendo, sei o peso que ele tem em suas costas. Todos ali estávamos exaustos porque esse caso estava durando muito.

Spencer se colocou ao meu lado enquanto seguíamos as demais instruções de Hotch.

– Preciso que vocês se resolvam entre si os lugares que cada grupo vai – Ele falou.

Começou uma pequena discussão naquela sala entre os times, até Hotch estava dentro, menos eu e Spencer.

Olhei para Spencer enquanto ele me olhava e cheguei perto dele.

– Poderíamos ficar com a casa de Elena – Eu falei e ele parecia nervoso com minha proximidade repentina.

– Sim – Ele falou gaguejando.

– Pessoal – Eu gritei e todos me olhavam, eu me afastei de Spencer. – Se ninguém pediu primeiro, eu e Spencer queríamos ir à casa de Elena novamente.

– Tem certeza, Lize? – Perguntou Rossi.

Concordei com a cabeça e ele deu de ombros. Sei que ele entendia que eu senti que algo está pela metade naquela casa. Não sei o que. Mas sei que tinha algo pela metade ali.

Eu e Spencer nos entreolhamos, e eu olhei para o time. Hotch concordou com a cabeça e eu fui até a cadeira, peguei meu casaco de couro e chequei se estava com meu distintivo e saí com Spencer atrás de mim.

– Você dirige? – Perguntei para Spencer. Ele me olhou sorrindo, não entendi bem o porquê, mas ele sorria.

– Claro – Ele aceitou enquanto eu jogava a chave para ele, e ele pegou no ar.

Entrei no carro rapidamente e Spencer logo arrancou com o carro.

– O que você acha que tem lá dentro? – Ele perguntou.

– Não sei, Reid. Tem algo lá, eu sei que tem, algo a mais, sabe? – Eu o olhei e ele concordou.

– Algo quebrado? – Ele perguntou me olhando.

– Muito mais que isso – Eu falei e ele arqueou as sobrancelhas.

– Então é bastante sério – Ele falou.

– Algo começou lá, sei que a culpa é inteiramente de Giovana, sei que ela é a culpada nisso tudo, mas... Aquela casa, aquela família... Você vai ver, eles são... Loucos – Eu falei e ele concordou.

Não demoramos para chegar lá, com Spencer o tempo voa, ele ficou falando das suas teorias do nosso caso.

Quando chegamos lá, eu ia bater na porta primeiro, mas Spencer me parou.

– Deixe que eu falo, okay? – Falou e eu revirei os olhos.

– Idiota – Falei baixo e ele soltou um sorriso batendo na porta.

Logo foi aberta, e tinha lá a mãe e o pai sentado no sofá.

– Olá, somos os agentes Spencer Reid e...

– Eu sei quem vocês são – Falou a mãe me olhando de baixo para cima. Para quem estava tão chorosa quando saí antes, ela me aparentava bem, e normal... Arrogante como sempre.

– Ótimo, então vocês irão nos ajudar, certo? – Falei enquanto empurrei a porta entrando e ela ficou atônita, e o marido se levantou da cadeira.

– O que acha que está fazendo? – Ela perguntou puxando meu pulso.

– Senhora, se você não soltar meu pulso, vou esquecer que sou uma agente federal e vou perder minha cabeça – Eu ameacei e ela largou.

–Você já esteve aqui, o que faz aqui de novo? – Perguntou o marido.

– Estavam abalados quando sai daqui, o que aconteceu? – Perguntei um tanto irônica.

– Isso não é da sua conta, garotinha – A mulher novamente ríspida respondeu.

– Lize – Escutei Spencer bem baixinho no meu ouvido, eu apenas concordei com a cabeça.

– Senhora, temos um mandado, iremos revistar sua casa – Falei mostrando o papel para ela, nossa sorte foi que Hotch conseguiu ele para nós. Ela pegou de má vontade e leu, e entregou para o marido com uma cara de raiva.

Eles ficaram calados e olhando para nossa cara.

– Com licença – Falei subindo deixando Spencer lá e entrando no quarto de Elena, mesma coisa. Mas vi que certas coisas estavam desaparecidas. Havia alguns quadros que não estão mais lá, e claro, alguns papéis, provavelmente. Não sei dizer de cara, mas o que eu procuro mesmo é a foto que a mãe de Elena tomou das minhas mãos, preciso saber mais de Giovana. Então, comecei a vasculhar a parte dos livros onde eu havia achado o armário antes, estranho... Não estava ali, então comecei a vasculhar nos armários, e tinha ali uma gaveta em particular, mas não era uma gaveta e sim, um cofre.

Sentei-me perto do cofre e tentei algumas datas.

Me veio certas memórias do diário, então lembrei de uma data em particular. O melhor dia da vida de Elena, a mãe não fazia a mínima ideia do que se tratava, eu acredito, então apenas sabia da senha.

Então eu decidi arriscar, tomei minha chance e acertei. Então aquela era a data, abri o diário numa página em particular, me tomou uma grande atenção.

Falava da mesma coisa que Giovana me disse no telefone, dos encontros secretos delas debaixo da arquibancada da quadra da escola. Okay, passei a página novamente e vi algo interessante, sobre a mãe de Elena.

Falava aqui da reação da mãe dela quando descobriu da filha, okay, isso definitivamente não é bom. Falava daqui do quão a mãe foi abusiva na infância, e do quanto ela e o pai eram violentos. Senti a presença de alguém atrás de mim, Spencer. Eu me levantei, praticamente joguei o diário em cima dele e procurei no meu bolso, estava sem celular, Spencer estava lendo ainda confuso então fui até o bolso da sua calça e peguei o seu celular. Ele me olhou ainda mais confuso.

– Desculpe, apenas leia. Você vai entender, é importante – Falei apressada, ele apenas concordou e continuou a ler.

– Garcia, a escola onde Elena conheceu Giovana ainda é aberta? – Perguntei.

– Não, baby. Já chequei. Lá faliu, e então é nada até agora, só um prédio jogado – Ela respondeu. – Okay, obrigada Garcia – Falei.

– Sem problemas, baby – Ela falou.

Eu desliguei e liguei rapidamente para Hotch.

– Hotch, temos uma boa pista de onde Giovana possa estar – Eu falei. – A antiga escola onde ela e Elena se conheceram – Eu falei. – Estou enviando as coordenadas – Avisei e ele concordou.

– Emily e Morgan falaram com a mãe da segunda vitima – Ele comentou. – Eles apenas se recordaram agora da família de Elena.

Olhei para Spencer enquanto Hotch falava, ele olhava para mim, apreensivo. Eu estendi o celular para ele, sei que ele queria falar.

– Hotch, iremos prender os pais de Elena – Ele avisou sério. – Eles são responsáveis pelo assassinato de Elena, mande umas viaturas imediatamente para cá – Ele continuou e eu apenas abaixei a cabeça, eu tive minhas dúvidas na hora que li, mas Spencer confirmando isso... É a verdade.

Seguramos no diário de Elena e descemos. Os pais continuavam lá.

– Senhor, senhora... Vocês estão presos pelo assassinato de Elena – Eu falei e eles fingiram sua melhor atuação.

– Mas por quê? – A mãe perguntou enquanto eu a algemava.

O pai pulou em cima de mim, foi tudo muito rápido, caímos no chão enquanto Spencer segurava a mulher, com minha mão livre dei um soco na sua orelha e ele caiu para o outro lado, me levantei enquanto ele se levantava e tentava novamente pular em cima de mim, me sustentei e então dei um soco nas suas partes intimas, ele caiu ajoelhado, depois outro soco em seu rosto e ele caiu no chão, pulei em cima das suas costas e o algemei.

– Senhores, vocês estão sendo presos pelo assassinato de Elena, vulgo sua filha, vocês têm o direito de permanecer calados, tudo o que disserem poderá e deverá ser usado contra vocês no tribunal. Vocês têm o direito de ter um advogado presente durante qualquer interrogatório. Se vocês não puderem pagar um advogado, um defensor público lhes será indicado – Eu li seus direitos. Enquanto escutei a sirene dos policiais na porta já, eles abriram a porta e levavam a mulher, enquanto eu levantava o homem. – Vocês entenderam o que eu disse? – Perguntei apertando ainda mais a algemada. Estava com nojo daquelas pessoas. Por tão pouco mataram uma pessoa que pelo menos deveria ter o mínimo de importância. O pai apenas concordou com a cabeça enquanto o policial levava ele para a viatura. Spencer veio para o meu lado.

– Meu Deus, eu queria ter feito algo. Me desculpe – Ele falou analisando meu rosto, eu apenas o olhei e depois tombei a cabeça para o lado, os dedos de Spencer mexiam cada parte do meu rosto.

– Não preciso, Reid. Sei me virar – Falei e ele sorriu.

– E muito bem – Ele respondeu e foi a minha vez de sorrir. – Preciso cuidar desses seus ferimentos, o cara era um monstro – Ele falou enquanto já me posicionava para sentar.

– Não, não temos tempo, precisamos ir para a escola ajudar – Eu falei e ele concordou.

– Mas antes posso pelo menos cuidar de você? – Ele perguntou e eu o olhei, estava confusa. Não entendi o sentido daquela pergunta e acredito que nunca vou perguntar por que quando eu o olhei, Spencer abaixou a cabeça.

– Vamos, Reid. Você pode fazer isso depois – Falei me apoiando nele para me levantar, ele me ajudou e tivemos uma pequena discussão antes de chegarmos no carro porque ele queria que eu pelo menos aceitasse a ajuda dele para andar e eu disse que estava bem.

Mas finalmente chegamos na escola, parecia um nada o bairro, e quando chegamos lá na frente tinha vários carros de policia e eu desci do carro rapidamente e corri o mais rápido que pude para o campo.

Vi a cena. A tal Giovana estava em cima da arquibancada com as garotas, ela segurava uma arma em cada mão apontando para cada uma da cabeça das garotas. Isso agora não tinha mais a ver com padrões, tinha a ver com vingança. Nunca foi sobre ser uma psicopata, foram saudades.

JJ tentava conversar com ela, mas ela não aceitava então eu me aproximei de Hotch para ver se ele me situava, então foi ai que escutei meu nome.

– Elizabeth Stonem, finalmente você apareceu – Giovana falou meu nome e ecoou no local, todos os olhos em mim, vi que era eu que precisava fazer algo.

– Giovana, o que está fazendo? – Perguntei enquanto cheguei à ponta da arquibancada. – Solte as garotas – Falei e ela negou.

– Sabe aquela conversa que estávamos tendo mais cedo? – Ela perguntou e eu tentei desvendar de qual parte ela queria que eu falasse. – Sabe? – Ela gritou alto e eu vi suas mãos apertarem mais forte a arma e as meninas gritarem. – Sobre amor –Ela falou amarga.

– O que há sobre o amor, Giovana? – Perguntei.

– Você já amou? – Ela gritou e eu não soube responder. – Me responda! – Ela gritou colocando ainda mais força no gatilho.

– Não, eu nunca amei – Eu falei e ela riu sarcástica.

– Pois não faça, amor é uma droga – Ela falou e eu concordei.

– Você não é louca, Giovana. Abaixe a arma – Falei e ela começou a chorar. – Isso nunca foi sobre você gostar de matar, isso é sobre Elena, não é? Prendemos os pais dela, nós entendemos – Falei e escutei a voz de Hotch perguntando o que eu estava fazendo, eu apenas o olhei e neguei com o rosto. Eu também gostaria de saber o que estou fazendo, não tenho nem arma comigo, estou apenas sendo corajosa.

– E o que vai significar isso? Vocês não vão trazer Elena de volta! Nada vai a fazer voltar – Ela já chorava.

– Isso nunca foi sobre um padrão de matança, isso é sobre saudades. Droga, Giovana. Abaixe a arma que isso também não vai trazê-la de volta – Eu gritei.

– Nunca foi um padrão, mas depois que você mata uma vez, você não pode parar... É como uma droga, apenas te consome. E depois da Elena... Nada me faz tão mal, não consigo parar – Ela gritou desesperada chorando.

Ela agora era uma psicopata. Mas não a consideraria um assassino em série.

Comecei subindo na arquibancada, um degrau por vez enquanto ela chorava ainda mais com as mãos no gatilho, as duas garotas estavam desesperadas.

– Sei que você quer jogar a culpa em alguém, ou pelo menos alguém para preencher esse vazio porque Elena se foi e ela não vai voltar, e você matou todas essas garotas porque elas se parecem com ela, não é mesmo? – Eu falava enquanto subia ainda mais.

– Toda minha vida tentei preencher o vazio que ela fazia, mas era ela... Só ela, não tem como.

–Não é culpa dessas garotas, Giovana. Elas não podem ser a Elena, ela era única. Você precisa aprender a viver com isso – Falei enquanto cheguei ao mesmo degrau que ela, e cheguei à metade do caminho. – Coloque a arma no chão, eu posso te ajudar – Eu falei erguendo minha mão.

– Não posso perde-la mais uma vez, tenho que terminar isso. Por ela – Ela falou.

– Elena não ficaria feliz em saber disso, Giovana. Apenas deixe-as ir, eu posso ajuda-la – Eu falei. Ela parou e parecia pensar por um momento e apenas jogou as garotas para cima de mim e elas me abraçaram, vi que tinha alguns policiais ali perto, falei pra as meninas irem lá.

Quando me virei, Giovana estava na ponta da arquibancada e estávamos bem alto.

– Giovana, eu posso ajuda-la. Eu sei que dói, mas pode melhorar. Você vai ficar bem, vai tudo terminar bem – Eu falei e ela sorriu.

– Me desculpe, eu não sei o que estou fazendo – Ela falou chorando ainda mais.

– Apenas venha comigo, posso ajudar você – Falei e ela negou.

– Eu vou encontra-la agora, tudo começou aqui e é aqui que vai terminar – Ela murmurou e eu não entendi na hora, mas quando pude perceber, ela deu um tiro no seu próprio peito e se jogou, eu tentei correr para segurá-la, mas já era tarde. Ela já estava no chão.

Olhei para o chão e pude ver uma pessoa quebrada, em milhões de pedaços. Eu por um lado entendia, o desespero, a matança, tudo... Ela queria apenas lembrar da Elena. Era a melhor parte dela, mas foi tomada dela, eu entendo sua revolta. Não faria nada assim, mas ela foi compreendida, coloquei minhas mãos na cabeça e o sentimento de culpa me atingiu e eu não sei porquê, fiz tudo por aquela menina, mas eu também entendo o sentimento de querer desistir de tudo, apenas morrer.

Fechei os olhos por 4 segundos e preferia que eu tivesse feito algo de bom para vida dessa garota.

HORAS DEPOIS

Cá estava eu, sentada no capô de um carro de policial enquanto Hotch resolvia tudo com o time, a luz estava incrivelmente linda hoje e como sempre ninguém nunca para um minuto apenas para observá-la. Senti alguém se sentando ao meu lado, quando olhei, era Spencer.

– Hey – Ele falou.

– E ai, Reid – Eu cumprimentei e ele riu.

–Você está bem? – Ele perguntou olhando para os meus olhos.

– Foi um dia difícil – Respondi.

– Você não teve culpa, Lize. Não se culpe tanto – Ele parecia me conhecer naquele momento, mas sei que não sabe o que se passa na minha cabeça.

–Foi ruim – Eu falei dando de ombros e ele concordou.

– Sabe, poderíamos falar disso num café novo que lançou ali perto da praça – Spencer falou olhando para mim e eu sorri enquanto o olhava.

– Você está me chamando para sair? – Eu brinquei e ele abaixou a cabeça envergonhado. – Okay, talvez – Eu falei e ele sorriu para mim, sabe que eu iria.

– Tenho uma pergunta para você, Stonem – Ele falou.

– Lance – Eu murmurei enquanto olhava para a lua.

– Você disse para eu perguntar depois, mas... Você vai ficar aqui? – Ele perguntou.

– Por agora – Eu respondi e ele abriu um grande sorriso.

– Boa resposta – Ele falou ainda sorriso e olhando para mim.

– Boa pergunta, Reid – Eu retruquei e ele sorriu ainda mais.

Ficamos ali, apenas sentados juntos olhando para a lua e pensando em coisas completamente opostas, mas a companhia de Spencer não era ruim, ou constrangedora ou até mesmo desconfortável, ele tinha um silêncio bom, era bom ficar em silêncio com ele.

Sentia que de vez em quando ele olhava para mim e sorria para baixo depois, não sei por que deixei isso continuando, poderia ter evitado, mas não fiz. Sei que vou me arrepender disso depois, mas já tenho tanto para me arrepender, vou colocar isso na lista.

JJ chegou a mim e falou que estávamos indo para o hotel e eu concordei.

– Estou indo – Respondi enquanto ela concordou arqueando as sobrancelhas e sorrindo sugestivamente para mim e Reid. Idiota, pensei comigo. Virei-me para Reid, e ele estava sorrindo constrangido. – Boa noite, Doutor Spencer Reid – Falei e ele franziu mais uma vez o cenho.

– Boa noite, Elizabeth Stonem – Ele falou e foi a minha vez de sorrir e bater continência indo atrás de JJ que me esperava no carro e eu entrei. Iria provavelmente cair na cama, foram dias longos. Mas é uma mensagem importante de casos diferentes, a saudades mata. O preconceito mata, tudo nos mata hoje em dia, mas o que nos mata de verdade é o amor. Ele entra de fininho e nos corrói por dentro até não existir mais nada de você. Era isso o que o amor era? Pois, não quero. Esse era o pensamento que eu deveria manter, mas sei que tudo pode ser mudado, inclusive minhas ideias malucas.


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Notas finais do capítulo

amo vocês! Felicidade eterna de ter vocês aqui!



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