POV Poppy

Eu não sei bem por quanto tempo nós ficamos aqui, o que eu sei é que quando eu já estava quase dormindo, entrando no maravilhoso mundo da inconsciência, Dorian deu um pulo da cama, fazendo com que eu me assustasse e quase caísse da mesma, o que para minha sorte, não aconteceu.

– Você está louca?

Perguntei enquanto a encarava, mas ela me ignorou, levantou da cama e depois andou de um lado para o outro. Eu apenas a encarava confusa. – Dorian, você tá bem?

– Você tem limão?

Franzi a sobrancelhas por sua pergunta sem cabimento. – Acho que... Tenho? Por quê?

– Por que nós vamos beber!

Foi tudo que ela disse antes de abrir a porta do quarto e sair do mesmo. Eu encarei a porta sem entender nada, até que resolvi levantar e ver o que aquela louca estava fazendo. Quando cheguei à cozinha, a luz estava acesa e ela andava por todo o cômodo pegando varias garrafas de todas as bebidas que tínhamos em casa.

– Você vai beber tudo isso?

Eu perguntei e ela nem se que me olhou, continuou procurando alguma coisa ali, enquanto me respondia. – Não, NÓS vamos beber tudo isso!

Ela enfatizou o nós e depois continuou a procurar as coisas como se eu não estivesse ali, apenas suspirei e fiquei a olhando antes de falar. Ela estava fugindo.

– Dori... Olha, eu sei que você está triste e não faço ideia do que houve e se não me quiser me contar tudo bem... Mas beber até cair não é o caminho pra superar isso!

Ela estava de costas para mim abrindo o armário, mas parou bruscamente ao ouvir minhas palavras. Ficou assim por uns cinco segundos, pelo que pude contar e depois, apenas virou um pouco o rosto para mim, mas sem me olhar totalmente e falou com a voz meio estrangulada, por conta do choro que a mesma segurava.

– Nós nos beijamos...

Meu choque foi tão grande ao ouvir aquelas palavras que eu não consegui dizer nada, apenas a encarei, ouvindo o que ela tinha para dizer.

– Nós nos beijamos e foi o beijo mais incrível da minha vida! ... Teve tudo que eu sempre quis e um pouco mais. Eu senti alegria, fogo, e medo. Eu nem sabia que era ele e senti medo.

Ela olhou para o armário de novo, e eu soube que ela estava chorando, mas não só pela voz da mesma, mas pelo soluço que a mesma soltou.

– Eu senti medo, por que estava tudo tão perfeito que eu poderia viver aquele momento para sempre... Mas ai a merda do jogo acabou e...

– Quando vocês se viram entraram em pânico.

Eu falei já imaginando tudo.

– Sim, e aquele imbecil... Ele ficou se vangloriando por eu ter o beijado. Porra eu sei que fui quem o beijei, eu não precisava que ele me fizesse sentir mais envergonhada do que eu já estava! ... Eu só queria fechar os olhos e esquecer ou então beija-lo de novo.

Ela disse a ultima parte baixinho e depois ficou ali, parada e calada, perdida em seus pensamentos. E eu fiz a única coisa que me restava fazer. Fui até ela e a abracei o mais forte que podia e ela apenas retribuiu.

– Eu sinto muito.

Ela suspirou e se desvencilhou do meu abraço. Voltou sua atenção para os armários pegando uma das maiores jarras que tínhamos, eu apenas a observei.

– Sabe? Eu não vou chorar por ele... Você me conhece, eu nunca corri atrás de ninguém nem sofri demais por ninguém e se ele é um imbecil. Que seja, mas lá na puta que pariu! Bem distante de mim!

Ela me olhou e me deu seu sorriso mais brilhante.

– Isso mesmo, por que ele pode ser meu amigo. Mas eu sei que é um idiota e você já é idiota também, os dois em uma relação não daria certo!

Eu ri e ela me olhou feio jogando um pote que estava em seu lado em cima de mim, eu consegui desviar do mesmo e depois a encarei. – Quer me matar?

– Não, só fazer você calar a boca já é o suficiente para mim. Agora senta ai e se prepare para o melhor drink da sua vida!

– Se for você quem vai fazer, eu fico na ideia de ser o pior!

Ela me olhou feio e eu sorri indo me sentar. Ela começou a abrir todas as garrafas e eu apenas a olhava, depois que ela misturou vodka, vinho, caipirinha, uísque, conhaque e não sei o que diabos ali dentro, eu comecei a olha-la assustada.

– Você está querendo deixar alguém em coma alcoólico?

Ela me olhou e ao ver minha cara sorriu. – Sim, nós duas!

– Eu não vou beber isso!

– Vai sim... Pode acreditar, parece assustador, mas é uma delicia. Eu fazia isso o tempo todo antes!

– Alcoólatra!

– Quero ver, se vai dizer isso depois que beber!

– Já disse que não vou beber!

***

– CARACA! ISSO AQUI É INCRIVEL!

Eu gritei depois do quarto copo da bebida maluca, criada pela minha amiga cachaceira. Dorian gargalhou pelo meu entusiasmo.

– Eu disse a você!

– Onde aprendeu a fazer?

– Sozinha, com uma enorme dose de tédio e cinco quilos de um coração partido. Eu criei essa obra prima!

Ela falou orgulhosa enquanto levantada o copo com o liquido de cor diferente por conta de todas as misturas. Quando ela foi se sentar novamente, errou o banco e caiu de bunda no chão me fazendo rir. Ela levantou do chão fazendo um biquinho engraçado, que só fez com que eu sorrisse mais.

– Não é para rir sua vadia. Está doendo!

– Eu sei. Só que não consigo parar!

Eu continuava rindo sobre o efeito daquela bebida, mas ao contrario de antes, Dori não ria mais. Ela me olhou com os olhos vermelhos e falou com a voz enrolada pelo choro e por conta da bebida. – Está doendo!

Então eu parei de sorrir, por que sabia que não era mais ao tombo que ela se referia. Ela sentou ao meu lado e começou a chorar, apoiando o rosto nas mãos enquanto falava.

– Ele disse que eu era só mais uma... Que eu não era diferente de nenhuma das outras vadias com quem ele ficou a noite toda!

Então seu choro aumentou. – Como posso gostar de alguém tão idiota? Que me vê como uma qualquer? Como posso ser estúpida a esse ponto?

Eu a encarava, perplexa e sem saber o que dizer para consola-la, eu segurei sua mão e tirei os cabelos do rosto da mesma. E ela continuou ali chorando, e tudo que eu podia pensar, era que doía demais vê-la assim, e em como Tripp havia despertado uma raiva louca em mim agora.

– Não ligue para isso... Ele é só mais um filho da puta que não merece suas lagrimas!

– Eu sei...

Ela disse limpando o rosto. – E é por isso, que a partir de hoje, ele está morto para mim!

POV Casey

Entrei em casa tentando seu o mais cuidadosa possível para não acordar ninguém. Minha mãe ficava uma fera quando eu dormia fora e ainda chegava fazendo barulho. Por mais que eu acreditasse que ela ainda não havia chegado, resolvi não arriscar. Mas meu cuidado foi em vão, já que meu celular resolveu tocar escandalosamente alto. Peguei o mesmo desesperada, o fazendo para de tocar e sorri ao ler a mensagem de Dustin. Ele havia sido tão perfeito noite passada, que foi impossível não perdoa-lo. Ele me ajudou a entender algumas coisas, mas não concordou com a ideia de eu arrumar um namorado para Poppy, disse que ela podia se magoar com isso. Mas era só ela não saber de nada, que estava tudo certo. Resolvi deixar para pensar nisso depois e quando estava rumo à escada, quase subindo a mesma, a luz da cozinha acesa, chamou minha atenção. Quando entrei no cômodo, o mesmo estava uma bagunça, com garrafas para todos os lados, copos e duas loucas dormindo em cima do balcão. Sorri e pensei em dar um susto nelas, mas eu provavelmente apanharia e duas contra uma era demais. Então apenas me aproximei da minha irmã e chamei a mesma.

– Poppy... Poppy, acorde!

Quando toquei no ombro da mesma, ela levantou com tudo falando como uma doida. – EU QUERO OUTRO BEIJO!

Eu sorri. – Eu não vou beijar você!

Falei e a mesma me encarou confusa e finalmente abrindo os olhos.

– Casey?

– Então você anda querendo beijar alguém é?

Perguntou e sorri quando as bochechas da mesma ficaram vermelhas e ela revirou os olhos.

– Que horas são?

– Sete e meia. Quem você queria beijar?

– Ninguém!

– Mentira!

Ela revirou os olhos e bufou. – Dá pra deixar isso para depois e me ajudar agora?

– Tá, mas vou querer saber de tudo depois.

– Tá, tá.

– O que quer que eu faça?

– Quando eu sair pegue Dorian e a leve para o quarto. Cuide dela e não a deixe sair até eu chegar!

Ela falou enquanto andava pela cozinha e pegava as chaves do seu carro.

– Aonde você vai?

– Resolver um problema!

– Que problema?

– Não posso explicar agora. Só faça o que te pedi.

Ela disse enquanto saia em direção à porta.

– Mas Poppy, você está de pijama!

– Foda-se, Não preciso me arrumar para bater em alguém!

Foram as únicas palavras que ela disse antes de sair e bater a porta. Fiz o que ela pediu e ajudei a ir para o quarto e depois fui para o meu tomar um banho e esperar aquela louca chegar.

POV Poppy

Dirigi o mais rápido possível e quando cheguei ao meu destino, estacionei o carro de qualquer jeito. O porteiro me deixou subir sem avisar já que me conhecia há muito tempo. Passei pelo mesmo e corri para o elevador, entrei e apertei meu andar. E aquele foi o único momento do meu dia em que me arrependi de não ter ouvido Casey, pois um cara super gato entrou no mesmo comigo e me olhou com um sorriso engraçado ao olhar meu pijama, eu acabei ficando com vergonha e comecei a assobiar para me distrair. Quando cheguei ao meu andar, pulei para fora do elevador, mas como não era meu dia de sorte, o bonitão saiu também, e andou atrás de mim, fazendo eu me sentir mais do que desconfortável. Mas quando cheguei em frente ao 18B, esqueci totalmente o bonitão e comecei a apertar a campainha desesperadamente. Do outro lado da porta pude ouvir o idiota me xingar, ótimo, mas um pretexto para acabar com ele.

– Mas que Po...

Assim que Tripp abriu a porta, eu nem deixei que o mesmo terminasse a frase, lhe dei um belo de um soco no rosto que fez o mesmo ficar tonto. E como ele ainda estava com os olhos um pouco fechados, e ficou surpreso pelo ataque, o mesmo veio para cima de mim também e quando eu achei que seria esmagada por aquele saco de músculos, alguém me puxou e entrou em mim frente, empurrando Tripp.

– Epa, vamos com calma ai amigo!

O bonitão falou e eu não pude ver a cara de Tripp, pois o corpo do homem a minha frente tapava tudo e não me permitia ver nada, Tudo que ouvi foi Tripp perguntar.

– Calma? Você me bate e me pede calma?

Eu bufei e sai de trás do grandão. – Não foi ele que te bateu idiota, fui eu!

O olhar de Tripp caiu em mim e ele franziu o cenho enquanto levava a mão ao rosto. – Caralho Poppy, por que fez isso?

– Por quê?

Meu sangue ferveu ao ouvir sua pergunta. - Por que você é um idiota filho da puta!

Sem me controlar eu pulei em cima dele e comecei a dar tapas e socos nele, ele não reagiu dessa vez, apenas me mandava parar e tentava se proteger do ataque. Eu teria ficado ali batendo nele por um bom tempo, se meu corpo não tivesse sido tirado do chão, por alguém mais alto e quente do que eu. Tentei me debater para me soltar daqueles braços fortes, mas foi inútil.

– Que merda! Dá para você me soltar?

Perguntei virando meu roso para o homem que ainda me segurava.

– Vai parar de atacar todo mundo?

– Se não me soltar o próximo será você!

Ele deu uma risada rouca. – Eu adoraria ser atado por você, ainda mais com esse pijama!

Senti meu rosto queimar e comecei a me mexer de novo.

– Me solta logo seu babaca!

– Pode soltar ela Nico!

Tripp falou e o homem o olhou e depois me encarou de novo e então me colocou no chão. O que foi um alivio. Andei até Tripp e o mesmo apenas me encarava serio, ele sabia por que daquilo, eu via nos seus olhos que ele sabia.

– Isso, não foi nada, comparado o que eu farei se magoar ele novamente. Por que você é meu amigo e eu te amo, mas eu juro por Deus que contrato uma montanha de caras para quebrar a sua cara se você a ofender daquele jeito de novo!

Ele não disse uma palavra sequer, apenas me encarou, eu lhei dei as costas e fui embora e assim que entrei no elevador, o bonitão que me segurou me olhava com um sorriso no rosto e me mandou um beijo no ar. Eu queria rir, mas a única coisa que fiz foi mostra-lhe o dedo do meio fazendo o mesmo sorrir mais ainda antes das portas se fecharem.

Fui para casa dirigindo normalmente agora, quando entrei na mesma estava tomada pelo silencio. Subi para meu quarto e encontrei Dorian e Casey dormindo na minha cama.

– São duas folgadas mesmo!

Resmunguei antes de ir para o banheiro e tomar um banho. Quando sai de lá, coloquei um short e uma camiseta branca e prendi o cabelo, estava com uma puta dor de cabeça que só piorou depois da briga. Então, fui atrás de um remédio e depois de comida. Estava saboreando minhas batatas fritas, quando a campainha tocou e eu xinguei mentalmente o filho de uma égua que a tocou. Quando abri a porta, dei de cara com um Dustin sorridente me encarando.

– Oi Poppy!

– Oi Dustin.

Falei um pouco desanimada e o mesmo riu. – Ressaca?

– Sim, e das bravas! Está atrás da minha irmã certo?

– Sim, vim chama-la para ir à praia com uns amigos meus.

Ele apontou para o carro parado em frente da casa e pude ver algumas pessoas dentro do mesmo conversando, mas não dei muita atenção.

– Ela está no meu quarto dormindo. Pode subir e acorda-la e eu te dou uma batata, se derrubar ela e Dorian da cama por mim!

Ele sorriu e fez um sinal positivo antes de subir as escadas. Como estava com calor, peguei minhas batatas e meu refrigerante e fui me sentar na varanda. Peguei os óculos escuros que estavam largados na mesa e coloquei no rosto para me proteger do sol. Assim que sai de casa, pude ouvir os amigos de Dustin conversarem e rirem um pouco mais a frente de onde eu estava. Apenas os ignorei e continuei comendo, mas alguma coisa chamou minha atenção. Um deles estava no celular e parecia bravo, ele discutia com alguém, e eu sei que era feio ficar olhando para as pessoas assim, mas ele realmente chamou minha atenção. O vento batia e em seus cabelos pretos e os levava para trás e eu quis mexer neles, eu queria ver seus olhos por trás dos óculos escuros. Então, sem o meu controle, enquanto encarava o homem a minha frente minha mente voou para a noite passada e para aquele beijo que dei em um completo estranho. E eu fiquei pensando em como eu me senti bem com ele, mesmo sem nunca o tendo visto e em como eu queria vê-lo e até beija-lo novamente. O grito de Casey me tirou do transe.

– Eu não acredito que você o mandou fazer aquilo!

Ela flou com a mão na cintura e me olhando brava. Eu sorri e encarei Dustin ao seu lado que sorria.

– Você realmente a jogou da cama?

– Sim, quem resistiria a uma oferta como a sua?

Ele perguntou como se fosse obvio e eu sorri enquanto Casey nos olhava indignada. Dei meu pacote de batatas para o mesmo se sorriu e não demorou em começar a comê-las.

– Foi ótimo fazer negocio com você! Se quiser o vídeo da queda, me peça depois!

Eu sorri. – Você filmou? Mas é claro que quero!

– Te mando ele mais tarde! Tchau!

Ele disse e saiu em direção aos seus amigos ainda comendo, eu olhei para a direção aonde ela ia e fiquei surpresa ao ver o cara que eu encarava há minutos atrás, olhando para mim. Eu ainda não podia ver seus olhos, mas senti algo estranho enquanto o encarava também.

– Pops?

Encarei Casey que me olhava impaciente.

– Sim?

– Avise a mamãe que fui para praia e só volto domingo à noite.

– Tá, pode deixar!

Ela sorriu e me abraçou. – Te vejo no domingo!

– Até lá.

Ela saiu correndo e eu fiquei encarando a mesma enquanto ela corria e para minha surpresa corria na direção do cara que eu encarei. Ela gritou o nome dele antes de pular no colo do mesmo e sorrir.

– JAAAAAAYDEN!

Ele a pegou no colo, mas enquanto abraçava-a ela, eu sentia seu olhar em mim. Aquilo me deixou mais estranha que o normal, então resolvi sair dali. Entrei em casa e bati a porta.

POV Casey

Abracei Jayden, mas assim que o soltei, senti que ele estava estranho.

– O que foi?

Perguntei enquanto ele ainda olhava para algo alem de mim, mais especificamente, para a porta da minha casa.

– Nada, só pensei em algo idiota!

Perguntei um pouco curiosa - No que?

– Nada importante, vamos embora!

Ele entrou no carro e eu fiz o mesmo entrando e me sentando ao lado de Dustin que ainda comia suas batatas, eu roubei uma dele e o mesmo apenas me olhou antes de falar com uma falsa chateação.

– Você o agarra e depois vem roubar minhas batatas? ... Você não vale nada mulher!

Nós rimos. – Você me jogou da cama pelo saco de batatas da minha irmã, acho que posso rouba-las já que ganhou as minhas custas!

– Você poderia, mas depois de abraçar esse idiota ai, não pode mais!

– Não liga não amor, meu corpo ainda é seu!

Jayden falou olhando para Dustin pelo retrovisor e piscando para o mesmo que sorriu e falou divertido.

– Quando chegarmos à praia, você não me escapa moreno!

– Mal posso esperar!

Eles riram como todos nós ali.

– Vocês são nojentos.

– Deixe de invejar o nosso amor Casandra!

– Idiota!

POV Poppy

Meu final de semana foi resumido em comer e assistir filmes com Dorian, que estava muito melhor e até queria ir para a balada novamente, mas eu estava com muita preguiça para isso.

Quando o Domingo chegou ela foi para sua casa depois de passar à tarde comigo. Tripp não deu sinal de vida, o que era bom, mas também era ruim, pois eu sentia falta do infeliz. Eu dormi cedo no domingo e acabei não vendo quando Casey chegou e também não vendo a mesma de manhã, já que por dormir cedo, acordei mais cedo e saí de casa mais cedo também. Antes de ir para a faculdade, resolvi comprar um café e depois passar na casa de Dorian que ela estava sem seu carro naquela semana. Assim que cheguei em frente ao seu prédio, ela estava saindo do mesmo e correu até mim entrando no carro.

– Bom Dia!

– Bom Dia! Como estamos hoje?

– Animadas! Não vejo a hora de ir para meu amado estagio criar meus amados modelos incríveis!

Ela falou enquanto olhava pela janela e tomava um gole do cappuccino que eu havia trago para mesma.

– Fico feliz, você parece bem entusiasmada!

– Eu sei, mas não tem como me sentir diferente! Aquilo é um sonho para mim!

Eu sorri pela sua empolgação. – Eu sei que é.

Nós conversamos o caminho todo e quando chegamos ao estacionamento da faculdade, eu senti os olhares de todos irem para o meu carro. Dori também percebeu, pois franziu o cenho e depois me encarou.

– O que eles estão olhando?

Dei de ombros achando aquilo estranho. – Sei lá, mas é alguma coisa com a gente!

– Você se esqueceu de lavar o carro de novo?

Ela me perguntou e eu a olhei feio. – Claro que não, você viu que ele está limpinho!

– Então que se dane! Esse povo é louco!

Ele disse e depois de estacionar e sairmos do carro, os olhares daqueles idiotas nos seguiam, enquanto andávamos pelo estacionamento até chegar aos corredores, ainda sendo seguidas pelos olhares.

– O que é que vocês estão olhando vadias? Querem uma foto?

Dorian perguntou já irritada para um grupo de garotas que nos olhavam e sussurravam algo. Ela me encarou.

– O que esses imbecis tanto falam hein?

– Eu não faço ideia, mas isso está começando a me irritar também!

Continuamos a andar e xingar as pessoas que nos encaravam, até Mike, o garoto mais nojento e pervertido do campos parar na nossa frente com um sorriso de lado no rosto.

– Bom Dia meninas!

Ele falou enquanto nos fazia parar de andar, por sua aparição repentina. Eu revirei os olhos antes de respondê-lo.

– Estamos sem paciência hoje Mike!

– Isso mesmo... Então se não quiser levar um chute nessa sua bundinha branca, é melhor sair da nossa frente!

Dorian falou e ele a encarou ainda sorrindo e depois levantou as mãos em sinal de rendição.

– Eu só queria fazer um convite a vocês duas.

– Que convite?

Dorian perguntou mais impaciente ainda.

– Agora que vocês assumiram o namoro e tudo mais... Que tal participarem de uma festinha comigo?

Eu o encarei brava. – Oficializamos o que?

– O namoro de vocês! Eu admito que não fiquei surpreso, e fiquei um pouco em duvida, mas depois das fotos tudo ficou claro.

– Fotos? De que fotos você está falando Mike?

Dorian perguntou brava enquanto se aproximava dele, que por instinto deu um passo para trás.

– Essas!

Ele enfiou a mão no bolso e pegou o celular e depois de abrir uma mensagem no mesmo, nos mostrou o conteúdo dela, que eram varias fotos, ou melhor, montagens minha e de Dorian se beijando, mordendo a boca da outra e alguns eram apenas normais, que tiramos ao decorrer de nossa amizade. Mais o que chamou minha atenção, foi o que estava escrito na mensagem junto com as fotos. “Deem os parabéns ao casal mais fofo e polimico do ano!”

– Então, vocês topam? Prometo que será uma noite memorável!

Depois de ver aquelas fotos e ouvir aquilo, eu peguei o celular da mão dele e joguei longe e quando eu pensei em dar uns tapas naquele idiota, alguém foi mais rápido e o pegou pelo colarinho e prensando em um dos armários. As meninas que estavam perto, deram um gritinho de surpresa ao ver Tripp arrastar Mike assim.

– A única coisa memorável aqui, será a surra que eu vou dar em você, se não sumir da minha frente em dois segundos!

Ele falou e depois soltou Mike que correu para longe dali. Dorian e eu apenas encarávamos a cena sem saber o que dizer. Tripp arrumou sua camisa e depois nos encarou.

– Você já está sabendo?

Eu perguntei e ele apenas assentiu e eu perguntei novamente. – Quem mais sabe?

– A faculdade inteira!

– Poppy, eu vou descobrir quem fez isso e depois falo com você!

Dorian disse antes de sair sem nem ao menos olhar para Tripp. Depois que ela se afastou ele suspirou e me encarou.

– Ela está realmente brava comigo, não é?

– Mas do que você imagina!

– O que eu faço?

– Peça desculpas!

Ele ficou em silencio por alguns segundos e depois - Vou tentar!

O sinal da primeira aula tocou e eu fui para a mesma, mas assim que entrei na sala todos me olharam. Uma garota que sentava ao meu lado, ao me ver chegar levantou e falou para sua amiga.

– Vou sair daqui, vai que ela me agarra!

Ela e mais algumas pessoas na sala riram e me encararam, eu fechei a mão para não voar em cima da vadia, e depois sorri e encarando.

– Escuta aqui florzinha. Se eu fosse mesmo lésbica e quisesse agarrar alguma garota aqui, Com toda a certeza, não seria uma piranha como você!

Ela fechou a cara e se sentou depois de todos ali rirem e gritarem um, “bem feito” para ela.

O resto do dia se passou aqui, com piadas e mais piadas para cima de Dorian e de mim. Eu tive que segura-lá para que ela não batesse em algumas garotas e depois nós duas tivemos que segurar Tripp que vez ou outra ia para cima de algum garoto que se aproximava de nós duas para nos fazer propostas indecentes.

POV Casey

Eu estava indignada com os boatos que rolavam por aquela faculdade. Já havia brigado com algumas garotas que veio me perguntar sobre o “namoro” de Dorian e minha irmã. Aquilo estava me tirando o serio, eu passei a manhã toda ouvindo piadinhas e soube que para Poppy e Dorian não foi diferente, pelo contrario, para elas as coisas foram até pior.

Eu andava pelos corredores, até que vi a pessoa que fez uma ideia acender na minha mente. Sai andando na direção dele, que conversava com uns amigos dele. Ao me aproximar, nem me importei em cumprimentar ninguém, peguei Jayden pelo braço e o arrastei dali o puxando para dentro de umas das varias salas vazias que havia ali.

– Está ficando doida?

Ele perguntou enquanto me encarava.

– Você já sabe o que está acontecendo?

Perguntei, mas era obvia a sua resposta, todos ali sabiam da fofoca do ano.

– Sobre o namoro da sua irmã com a azulzinha? Sei sim. Mas para ser sincero, não quero saber disso não. Já estou cheio dos meus próprios problemas ok?

– O que houve?

– Houve que eu preciso de dinheiro, foi isso que houve!

E foi depois dessa frase, que eu consegui pensar para a solução dos meus problemas!