Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 25
One new friendship


Notas iniciais do capítulo

OLÁ OLÁ OLÁ PESSOAL! Bom, como eu tinha avisado no capitulo do dia 22, meu pc estava quebrado e como foi época de festa, preguiça e essas coisas eu só consegui ele de volta essa semana.
O capitulo está aí e eu espero que vocês gostem ok? Não é nada demais, só um capitulo de desenrolada básica para novos acontecimentos, mas mesmo assim espero que vocês gostem...
Bom, é isso... Aproveitem o capitulo e não esqueçam de dizer o que acharam...
Kissus' && Boa Leitura a todos!
Até a próxima...



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POV Poppy

Perguntei o mais friamente possível enquanto andava pelo apartamento.

– Preciso conversar com você

Ela disse com a voz um pouco falha e eu e perguntei se isso era medo de mais uma surra minha. O pensamento quase me fez sorrir. Eu me sentei no sofá e ela se sentou na poltrona a minha frente.

– Eu pensei que nossa ultima "conversa" eu havia sido bem clara em não querer ver você de novo!

– Eu sei... E prometo que vou respeitar isso depois que você me ouvir!

– E por que eu ouviria você?

– Por que existem coisas que você precisa saber e que eu preciso dizer e você pode até me dar outra surra, eu não me importo! Mas só vou sair daqui quando você me ouvir!

Ela mudou o tom de voz e falou comigo com aquele tom de advogada que mamãe sempre usava. Eu respirei fundo, sabia que ela só me deixaria em paz depois que eu a escutasse então não tive outra opção a não ser ceder e conversar com ela.

– Você tem quinze minutos!

Ela assentiu e respirou antes de começar a falar.

– Primeiro eu queria te pedir perdão. Eu sei que isso não muda as coisas, mas é o mínimo que posso fazer.

Eu não esbocei nenhuma reação, apenas e encarei e ela respirou fundo outra vez.

– Segundo, eu queria dizer que eu tive a ideia de armar tudo isso e não o Jayden!

Eu sorri. Agora todos o defenderiam?

– Vai defender ele também? Por que pelo que eu vi no vídeo você não precisou de muito para convencê-lo então...

– Você que pensa! Você pode ter visto ele me responder que sim no vídeo, mas não viu os olhos dele!

Ela parou um pouco e parecia se lembrar de algo.

– Jay sempre foi muito estranho sabe? Cheio de segredos que nunca contou para ninguém, mas que quem realmente é amigo dele sabe que existem. Na semana que iria fazer a proposta a ele, toda vez que o via ele está falando no celular ou mandando mensagens para alguém com aquele olhar serio e distante dele e por mais que eu tentasse coloca-lo contra parede ele nunca se abria.

Parei para pensar nas palavras dela e logo meu pensamento voou para a mãe de Jayden, ele só podia estar assim por ela. Voltei a prestar atenção na voz de Casey.

– No dia que fiz o pedido ele negou na hora e eu vi nos olhos dele que ele não iria aceitar. Mas ai o celular dele tocou e depois de um tempo mexendo no mesmo, ele olhou para mim com determinação e disse que aceitaria, mas eu te juro que aquela foi a primeira vez que eu vi Jayden demonstrar medo no olhar. Ele estava apavorado.

Ele só podia estar assim por conta de Maya. Eu conhecia pouco Jayden, mas sabia que quando o assunto era a mãe ele assumia outra personalidade e fazia de tudo por ela.

– E ele não te disse o porquê aceitou?

– Não, mas eu tenho quase certeza que foi por esse assunto misterioso dele!

Eu dei de ombros como se aquilo não fosse nenhum pouco importante para mim.

– E o que você achou que eu faria ao saber disso? O desculparia por ter algum segredo?

Ela pareceu se controlar para não gritar e respirou fundo antes de falar.

– Não! Eu só queria que você soubesse que ele fez isso por algo sério e não por uma frescura como eu fiz!

– Então você admite que fez isso por causa desse seu preconceitozinho de merda?

Perguntei com um sorriso debochado no rosto, Casey continuou séria.

– Sim Poppy, admito e peço perdão a você de novo por isso!

– Não espere um abraço por isso!

Ela respirou mais fundo dessa vez, como se tentasse se controlar e andou até onde eu estava sentada e parou bem na minha frente.

– Eu não espero, na verdade a única coisa que espero de você é que você pense no que tem que fazer!

– E o que você acha que é? Perdoar ele por isso? Nada tira a culpa dele!

– Quer saber? Eu vejo nos seus olhos que você sabe o motivo dele ter aceitado minha oferta e se eu estiver certa, significa que ele confiou em você para saber o segredo dele, mas se nem assim você o perdoa ou pelo menos o ouve eu acho que é VOCÊ quem não merece o Jay! Talvez, todos nos estejamos enganados em achar que você goste dele de verdade, talvez você só esteja com seu precioso orgulho ferido!

Eu me segurei para não pular no pescoço dela.

– Não se atreva a dizer o que acha que eu sinto ou deixo de sentir, você não tem esse direito!

– Eu sei o que você está demonstrando. Uma garota fresca com orgulho ferido.

Ela respirou fundo novamente.

– Escuta irmãzinha, eu sei que a vida pisa na gente de varias maneiras, mas não é só o tamanho da queda que levamos que importa! Ás vezes a gente tem que levantar mesmo machucado e lutar pelo que queremos, mas se você não quer o Jayden, pode ficar ai mofando com seu orgulho ou então abrindo as pernas para o seu vizinho!

Ela falou e quando eu levantei a mão para bater em seu rosto ela segurou meu punho.

– Dessa vez não!

Então ela me deu as costas e foi até a porta, mas antes de sair ela se virou para mim e depois de uns segundos me encarando ela disse.

– Ah, e só para você saber, o cara que você acha “só ter te magoado e não se importado com você” parou de receber meus cheques a mais de três meses e pagou cada centavo que dei a ele antes por isso!

Falando isso ela fechou a porta e se foi, me deixando ali cheia de duvidas e perguntas não respondidas. Eu fiquei um tempo sentada até que me bateu uma vontade louca de sair dali, o apartamento parecia pequeno e sufocante demais para mim. Peguei minha bolsa e as chaves e sai do apartamento sem um rumo certo a seguir. Até que enquanto dirigia meus olhos encontraram uma criaturinha loira e miúda andando naquela noite fria.

Quando o farol do carro bateu no rosto dela, ela colocou a mão sobre o mesmo e me olhou quando eu parei. Olhei para a mesma menina que quase atropelei há semanas atrás e por algum motivo eu sorri. Eu acho que gosto dela!

– Hey, está frio ai fora, que tal a gente ir tomar um cappuccino?

Ela pareceu incerta e olhou para os lados como se procurasse por algo e eu me perguntei se era do senhor da outra vez que ele tinha medo.

– Eu não sei se devo!

Ela disse com a voz fina e baixa.

– Ah, mas é claro que deve! Você me ajudou na outra vez, me deixe te ajudar agora!

Ela ficou me olhando e enquanto segurava as duas mãos juntas em uma tentativa nervosa de se esquentar.

– Mas eu estou toda suja, vou sujar seu carro!

Eu sorri e revirei os olhos. – Bom, se ele não ficar sujo o Danny fica sem emprego, então pode ir entrando...

Desci do carro e peguei sua mãozinha pequena que estava um gelo só. A guiei para o outro lado do carro e abri a porta a ajudando a entrar, depois dei a volta no mesmo e entrei dando partida.

– Quem é Danny? Ele gosta de sujeira?

Ela perguntou enquanto eu dirigia e eu sorri a olhando rapidamente.

– Danny é um amigo meu que cuida do meu carro, e sim, ele ama quando meu carro está sujo!

– Que estranho!

Foi tudo que ela disse. O silencio dominou o local e eu procurei uma maneira de quebra-lo.

– Você ainda não me disse seu nome!

Falei e a encarei enquanto esperava o farol abrir.

– É Louise

– Um lindo nome

Ela deu um sorrisinho simpático e me encarou.

– E o seu nome, qual é?

– Bom, eu me chamo Poppy, é um nome meio estranho, mas eu gosto dele.

– Eu achei legal!

Ela sorriu e eu sorri para a mesma. Estacionei o carro em frente ao Starbucks e desci do mesmo, mas quando comecei a andar vi que Louise continuou imóvel dentro do mesmo. Andei até o seu lado do carro e a encarei.

– Qual o problema? Você não gosta daqui?

Ela deu de ombros e olhou para os lados e depois encarou o local.

– Não é isso... É que eu nunca pude entrar o moço ai briga e as pessoas me olham estranho!

Senti um aperto quando ela disse isso. Ninguém merece passar por isso, ainda mais uma criança doce como ela. Abri a porta e tirei o cinto dela e depois a peguei no colo tirando-a do carro e depois a colocando no chão e ficando da sua altura.

– Escuta, nós vamos entrar e se alguém olhar estranho para você deixe comigo!

Ela me olhou cheia de duvidas.

– Promete?

– Prometo!

Ela segurou minha mão e entremos, o segurança olhou para ela e pareceu reconhecê-la, mas Louise resolveu o ignorar e como ele viu que ela estava comigo, disfarçou indo andar para o outro lado. Nós entramos no local e escolhemos uma mesa no canto da lanchonete e esperamos alguém vir nos atender. Quando uma garota com uma cara de enjoada e mascando chicletes chegou ela olhou para Louise com uma cara ridícula de nojo que fez meu sangue ferver e Louise se encolher.

– O que desejam?

– Eu quero um pudim e você izzie?

Ela deu de ombros, desanimada. Um chocolate quente. A garçonete continuou a olhando como se ela tivesse alguma doença.

– Já trago o seu pedido!

Ela saiu e entrou para o que eu achei ser a cozinha do lugar. Fiquei o tempo em que esperávamos tentando conversar com Louise, mas ela estava desanimada. Quando a garçonete trouxe nossos pedidos colocou-os na mesa de qualquer jeito e saiu. Quando ela se virou eu mordi um pedaço do pudim e engoli o mais rápido possível.

– Hey, menina, vem cá!

A garota parou e voltou.

– Algum problema?

– Todos! Você comeu o meu pudim!

– Não comi não!

– Comeu sim, olha essa mordida aqui?

– Foi você!

– Claro que não! Se você queria um era só pedir, não precisava comer O MEU PUDIM!

A garota me olhava como se eu fosse louca e eu segurava a vontade de rir. Louise disfarçava tomando seu chocolate e escondendo o sorriso por trás da caneca.

– Eu não comi! Você é louca!

– AH ENTÃO ALÉM DE COMER O MEU PUDIM VOCÊ ME OFENDE?

Logo as poucas pessoas que estavam ali começaram a nos olhar e o resto da menina ficou vermelho.

– EU NÃO COMI!

– COMEU SIM E NEM PENSA QUE EU VOU PAGAR POR ISSO!

Quando ela abriu a boca para protestar um homem baixinho e barrigudo apareceu com um olhar sério.

– O que está acontecendo aqui? Jessica, qual o problema?

Ele perguntou para a garota que ficou mais nervosa do que já estava.

– Nada senhor Evans, essa lou...

Ela não terminou a frase depois do olhar mortal que o tal senhor Evans lançou a ela.

– A senhorita ai disse que eu comi o pedido dela, mas eu não comi!

– Muito bem.

Ele me olhou e seu olhar se suavizou um pouco.

– Senhorita, a senhora tem certeza que não foi você mesma quem comeu?

– Claro que tenho! Essa sua funcionaria desatenta e mal-educada trouxe meu pedido comigo, você acha que eu estaria brigando se eu mesma tivesse comigo ele?

– Claro que sim, assim você não pagaria!

A vadiazinha falou e eu a olhei feio, na mesma hora peguei a carteiras e tirei as notas da mesma.

– Eu não preciso fazer essas coisas, sua nojenta comedora de pedidos!

– Tudo bem... Tudo bem... Senhora eu trarei outro pedido ok?

– É o mínimo depois de eu ter sido tão maltratada por essa ai!

Falei fazendo um pouco de drama e o homem olhou serio para a garota.

– Me perdoe por isso, sim? Sente-se que logo outro atendente trará seu pedido!

Ele me lançou um sorriso profissional e depois se virou as costas puxando a garota com ele e brigando com ela pelo caminho. Quando eles se afastaram, eu encarei Louise e ela começou a rir e eu não pude deixar de acompanha-la já que o som da sua risada era algo contagiante.

– Você é má Poppy!

Eu apenas sorri e pisquei para ela que com um sorriso no rosto voltou a beber seu chocolate.


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