Generation of Feelings - interativa escrita por Princess Jujuba


Capítulo 2
A flor de cerejeira


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Estou feliz por ter conseguido postar hoje. Vou sempre tentar postar frequentemente, mas não garanto nada.
Esse capítulo não é narrado pela Penny, e sim por outra personagem. Vou tentar não fazer esses lances de [P.O.V. FULANO] logo no início, apenas no meio e se for realmente necessário, então aconselho a todos olharem aqui de quem é o capítulo.
Sem mais delongas, apresento-lhes o segundo capítulo de GoF:



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Chego à grande casa, uma das maiores da cidade. Logo ao passar pela porta tiro o capacete, sem medo de ser intoxicada, o campo de proteção em volta da casa com ar não tóxico cuida disso pra mim. Depois disso é estranho. Não há ninguém para dizer “cheguei!”, nenhum pai para perguntar onde estava eu estava e por que demorei. Nenhum irmão chega comigo ou me abraça logo que passo pela porta. Não há nenhum cheiro de comida recém-feita com muito carinho de mãe. Não há nada além do silêncio e da escuridão da enorme casa.

Sou Alexandra Moona, 14 anos, sem pai, mãe ou irmão, por culpa da maldita Guerra. Uma garota comum que vive por si mesma. É essa sou eu.

Já sem minha armadura, pego os cartões de memória de um compartimento dentro da mesma. É nesses cartões de memória que fica tudo que aprendemos na escola, cada cartão uma matéria.

Os levo até meu quarto, para guarda-los na caixinha que tenho especialmente para isso. Os coloco lá dentro e penso em sair para ir ao Museu das Plantas, ver a linda cerejeira que tem lá. Eu amo cerejeiras, mesmo essa sendo a única da cidade. As plantas desapareceram há um bom tempo, e só quem é muito rico (mais que eu, até mesmo) pode cultiva-las, árvores frutíferas ou não, legumes, verduras, flores... Entretanto, temos um museu, especialmente para elas, todos os tipos de plantas. A gentil mulher que administra e cuida do museu me conhece bem, e era amiga da minha mãe, então me deixa passar tardes inteiras entre as árvores, em especial a cerejeira, que está nas vésperas de florescer e eu amo, acima de todas as outras, suas flores.

A possibilidade de fazer isso é real agora. Vou até minha cômoda para ver uma roupa quando vejo, em cima da mesma, uma carta. É estranho, nunca vi uma carta de verdade. Abro o envelope devagar e tiro o papel lá de dentro.

“Cara Alexandra Moona,

Eu sou um velho, e em breve morrerei, se não pela Guerra, por causas naturais e, como missão de vida, resolvi deixar a verdade que sei na mão de 11 jovens.

Pegue o pendrive que se encontra dentro do envelope e assista a tudo.”

Faço o que a carta manda, pego o pendrive e conecto em meu computador. Um pequeno vídeo começa a passar e, confesso, algumas lágrimas me escorrem pela face.

O vídeo mostra um mundo, talvez a 900 ou 1000 anos antes, um mundo sem as tecnologias de hoje, mas um mundo... feliz. Há famílias caminhando juntas, e não há resquícios de Guerra. Há lindas plantas e árvores por onde se olhar. Tão lindo. Tão... puro!

Uma palavra segue depois de tudo.

Sentimentos.

Sei do que se trata, minha mãe falava que talvez eu fosse a única pessoa nesse mundo que conhece o que isso significa, que os possuísse. Minha mãe também dizia que era por eu ser pura de coração, como uma criança. Ela me explicava que perdemos a capacidade de sentir há um bom tempo, que apenas bebês sentiam, mas que mesmo assim era tão limitado...

Ela dizia que fazemos amizades e nos casamos e temos filhos como se fosse uma obrigação. Ninguém ama de verdade. Ninguém tem essa capacidade. Ninguém sorri, ninguém chora (a não ser que seja de dor). Ela sempre disse que eu era diferente, que eu conseguia fazer tudo isso espontaneamente.

Depois que a palavra desapareceu, uma outra carta surgiu em minha tela.

“Cara Alexandra Moona,

Entende agora o que digo ser a verdade? Esse era o mundo 1000 anos atrás. Os adultos lhe escondem isso, por medo, provavelmente, mas agora chegou a hora deles tremerem de verdade. Com essa informação você e mais 10 jovens, os Escolhidos, irão reverter a situação que o mundo se encontra. Irão sentir e espalhar os sentimentos. Sei que você é uma anomalia genética, pois você sente. Você é uma evolução. Pegue o cartão de memória dentro do envelope e o conecte em seu capacete, ele a ajudará a encontrar os outros Escolhidos.

Os sentimentos que os outros 10 encontrarão são os seguintes:

Alegria

Amor

Beleza

Sabedoria

Coragem

Esperança

Justiça

Paz

Solidariedade

União

Mas o seu, é um dos mais puros, você, Alexandra Moona, é a Inocência.”


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Notas finais do capítulo

Alexandra Moona: http://coolspotters.com/files/photos/1118426/georgie-henley-profile.jpg?1383378037

O capítulo ficou pequeno, desculpem. No próximo vou tentar apresentar mais de um personagem por capítulo (para não gastar 10 capítulos só com isso).
É isso.
Até mais, gente.