Mar de Surpresas escrita por Princesa Drubrinsky


Capítulo 18
18 Lágrimas.




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As chaves do meu carro agora estavam nas mãos de Clint Barton, pois eu estava sem condições de dirigir até minha casa, sentada no banco traseiro e com os olhos fixos em minha filha eu só conseguia pensar em um única coisa, o quanto Angel esteve em perigo esta manha, Clint preocupado a todo instante olhava para nos duas no banco de trás.

–Bela está tudo bem? Perguntou Clint parando no sinal.

–Eu acho que estou bem! Respondi sentindo todo o meu corpo tremer.

A ideia de perder Angel naquela cafeteria me apavorava, meu corpo termia e eu podia sentir lagrimas quentes queimando minha garganta, agora que estava em silencio consegui avaliar a situação anterior a morte era certa, Angel poderia estar morta ou eu poderia estar morta, e minha pequena filha poderia ser uma criança órfão nesse momento, o medo tomou minha consciência, e notando que Angel estava apavorada e traumatizada, minha única reação foi chorar.

Os soluços e as lágrimas eram incontroláveis, no entanto eu não poderia demonstrar minha fraqueza diante dos olhos de Angel, Clint que agora dirigia em uma rua um pouco mais deserta acelerou o carro correndo o mais depressa possível, ele tentava de todas as formas manter minha concentração perguntando para mim a localização da minha casa, e qual era o caminho mais curto para chegar lá.

O estacionamento do meu prédio, estava como sempre escuro e ao estacionar o carro Barton abriu as portas para mim gentilmente e tomou Angel em seus braços, a menina choramingava agarrada ao pescoço do pai, as luzes fortes do elevador mostravam nitidamente meu rosto preocupado e meu olhar lacrimejante, Clint que segurava Angel firme nos braços mantinha os olhos cativos em mim, o seu rosto preocupado e pensativo o fazia parecer mais velho do que ele é realmente.

–Esse é o meu apartamento! Falei pegando a chave e abrindo a porta.

–Muito bonito! Exclamou Clint olhando para todos os lados. –Fique aqui minha filha! Ele colocou Angel sobre o sofá da sala.

–Bom já está na hora do almoço, vou fazer algo para comer! Suspirei ao dizer. – O que você quer para comer no almoço Angel? Perguntei ajoelhando-me na frente dela.

E Angel não respondeu nada,ela continuava imóvel no mesmo local onde Clint havia a deixado, com grandes olhos azuis arregalados Angel olhava-me pronta para chorar novamente; Clint Barton que estava paralisado em pé ao meu lado, ficou sem reação com o coração apertado por não poder fazer nada pela filha, e pela primeira vez em muito tempo seus olhos encheram-se de lagrimas.

–Não tem nada que possamos fazer para acalma-la? Perguntou Clint.

–Eu vou dar o almoço a ela e depois tentar coloca-la para dormir! Respondi beijando a testa da garota.

E ele com o coração destroçado, sentou-se ao lado da filha e a puxou para perto apertando a cuidadosamente contra seu próprio peito, beijando o topo da cabeça da garota em quanto sentia lagrimas descerem sobre o rosto pálido da criança, em quanto isso eu estava na cozinha, chorando baixinho sentindo a dor da pobre criança, distraída e descuidada fiz o almoço mais rápido possível, queimando as pontas dos meus dedos nas panelas quentes.

–Angel e Clint o almoço está pronto! Anunciei com a voz falha.

O suco de laranja que eu havia preparado estava muito bom e isso animou um pouco a pequena Angel, eu percebendo que ela havia gostado há servi um pouco mais e complementei com algumas gotas de remédio calmante que a faria adormecer, e depois de algumas horas em quanto Clint e ela assistiam desenho o remédio fez efeito deixando a menina adormecida no colo do gavião.

–Funcionou, nossa filha adormeceu! Sussurrou Clint olhando para ela. –Onde eu a coloco para dormir? Perguntou ele olhando para todos os lados.

–No segundo quanto à direita do corredor! Respondi lavando a louça.

E depois de alguns minutos mexendo no quarto da criança, voltou Clint para a cozinha e pegou o pano para secar a louça já lavada, anda com os olhos fixos em mim e com o rosto preocupado, ele analisava cada centímetro do meu corpo percebendo a nossa situação intima e constrangedora, pois em meio ao tumulto ele havia emprestado-me a camisa que vestia, devido a minha falta de roupas, e naquele momento estávamos Clint com os músculos a mostra, e eu com uma camisa que mal cobria meu traseiro.

–Eu... Eu preciso me trocar, tomar um banho! Falei ao notar a proximidade entre nos dois.

E ele tentando esconder um sorriso travesso afastou-se, dando-me passagem para seguir ate meu quarto, agora vestida com uma calça jeans preta, e uma blusa azul celeste meia manga, voltei para a sala, trazendo a camisa de Clint comigo e entregando para ele, joguei-me no sofá ao lado dele e comecei a chorar.

–Eu matei um homem! Sussurrei com as mãos sobre a cabeça. –Eles traumatizaram a nossa filha!

–Nossa filha vai ficar bem! Disse Clint pegando em meu queixo fazendo-me olhar em seus olhos. –Isso não vai passar de um simples sonho ruim para ela!

As lagrimas em meus olhos embaçavam a minha visão e Clint as enxugava cuidadosamente, a sua respiração estava pesada, seu halito quente causava arrepios a minha pele gelada, e então os lábios macios de Clint Barton possuíram os meus, e o beijo que a muito tempo eu esperava aconteceu.


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Notas finais do capítulo

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