Problem Girl escrita por Tina


Capítulo 18
Com o coração na mão...


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?
Antes de vocês lerem, eu quero, já agora, pedir desculpas.
—Enjoy.



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(...)

–Hospital San Thiago em que posso ajudar?

O telefone escorregou da minha mão e se espatifou no chão, eu não conseguia me mexer, meu olhar estava fixo na parede, e por mais quente que estava, eu senti frio.

Hostil San Thiago? Onde Diabos você se meteu Scott?

Eu fiquei encarando a parede por diversos minutos, até que levantei rapidamente e corri até a biblioteca. Peguei um mapa e procurei pelo Hospital San Thiago na cidade em que eu estava, mas não achei nada... Peguei o mapa da cidade (mais parecida com uma vila) de Scott, a qual nós havíamos visitado quando fugimos da escola.

E ali estava, o único hospital da cidade: San Thiago.

Peguei o mapa e voltei correndo até o meu quarto, que estava vazio, sem sinal de Andressa, Carol e muito menos Wesley. Sem nem pensar direito, entrei no meu quarto e peguei minha mochila, ajuntei meu celular do chão e o montei novamente, finquei algumas roupas na mochila, junto com a carteira de motorista e documentos, e corri porta a fora.

Corri para os fundos da escola, joguei a mochila por cima do muro, e pulei para fora.

***

Acho que eu nunca havia dirigido tão rápido, o carro passava voando pelas placas de sinalização e por diversas cidades, eu não olhei, mas sabia que estava muito (muito) acima da velocidade limite.

Eu havia acabado de alugar o carro, e quase não tive dinheiro suficiente para isso, tive que pegar o carro mais barato (e podre) que havia. Eu sinceramente não sabia o porquê que eu estava indo com tanta pressa para esse hospital, afinal, eu e Scott não temos nada, mas naquele momento a única coisa que eu pensava, era em ver ele.

O céu começou a escurecer, mas eu não conseguiria parar em um hotel, por dois motivos: Primeiro por que eu não tinha mais nem um centavo e segundo que eu não conseguiria dormir sem ver Scott.

Eu tinha que achar ele, eu tinha que saber como ele estava, eu tinha que saber o que aconteceu, eu tinha que ver ele, estar com ele.

***

Estacionei em uma vaga na frente do hospital e desci correndo do carro, o hospital era pequeno, e estava quase vazio, quando entrei pela porta, vi Scott parado em um canto, de costas para mim.

Eu havia pensado que ele estava em algum quarto, doente, machucado, ou algo assim, mas quando entrei correndo por aquela porta, vi ele parado de pé em um canto. Senti a raiva ir para a minha cabeça e circular nas minha veias. Como ele poderia estar ali? Como ele poderia fazer isso comigo?

Fui pisando duro até ele e bati em suas costas.

–Como você pode fazer isso comigo... –eu parei de falar quando o cara se virou, ficando frente a frente comigo.

Não era o Scott, ele era idêntico a ele, mas não era ele, em vez dos conhecidos olhos azuis, havia dois olhos verdes, me encarando como se eu fosse louca (e talvez eu fosse).

–Desculpe... Pensei que você fosse outra pessoa... Vocês são parecidos... Desculpe. –disse eu constrangida para o cara, e quando comecei a me afastar ele segurou o meu braço, me impedindo de andar.

–Espere... Você procura o Scott? –disse o garoto de olhos verdes, ele era idêntico a ele, talvez um pouco mais velho, porém a mesma altura, porte físico, cabelos, menos os olhos.

–Sim... Você o conhece? –perguntei eu olhando desconfiada para ele.

–Sim. –respondeu ele. -Sou o irmão dele.

***

Okay... Ai está uma novidade: Irmão. Scott nunca havia falado sobre ele, na verdade Scott nunca falava de si mesmo, a única coisa que eu sabia sobre ele era o pai. Nada mais. Só sabia o sobrenome por causa da minha missão na sala do diretor. E só sabia onde ele estava por causa da minha expedição ao armário do diretor.

–Hãã... Eu não sabia que ele tinha um irmão. –disse eu com um sorriso constrangido para ele.

–Bem coisa do Scott isso... Não falar de si mesmo. Eu sou Jake, e você é....? –disse Jake estendendo a mão para mim.

–Alice. –eu apertei a mão dele.

–Como vocês se conhecem?

–Nós somos... Amigos da escola. –Sorri para ele e sentei em uma das cadeiras ao meu lado. –O que aconteceu com ele?

–Ele hum... Caiu da escada. –disse ele se sentando ao meu lado. Eu vi pelo tom de voz dele que havia mais nessa história, Scott era esperto, não caia de escadas por qualquer motivo...

–A quanto tempo ele está aqui? –perguntei para Jake.

–Desde o início das férias, ele caiu logo que chegou na minha casa... –Isso sim era estranho, Scott havia me dito que iria para a casa do primo...

–Ele está a dez dia aqui? –disse eu espantada e Jake viu que eu não sabia de nada.

–Alice... Ele está em coma.

***

–Coma?! Em qual quarto ele está? Eu preciso vê-lo! –disse eu entrando em pânico e levantado da cadeira, quase correndo pelo corredor. Jake segurou no meu braço, para me impedir de correr por ai.

–Ele está no quarto 223, mas só familiares podem entrar. –disse ele calmamente me puxando para a cadeira novamente, ele abriu a boca para falar novamente, mas foi interrompido por a voz de uma enfermeira em um dos alto falantes presos no teto do hospital:

–Doutor Jackson, por favor compareça ao quarto n° 223 imediatamente.... Doutor Jackson, compareça ao quarto n° 223 imediatamente!

***

Jake se levantou rapidamente e começou a andar de um lado para o outro rapidamente, passando as mãos nos cabelos e respirando com dificuldade, eu achei que ele iria ter um treco naquele mesmo momento. Ele ficou assim por mais de trinta minutos, até o médico veio falar conosco.

–Sr. Dylan? –disse o médico com um sorriso no rosto. –Ele acordou.

Jake parou de andar e olhou para o Dr. Jackson, como se não acreditasse no que ele estava falando. E então ele olhou para mim, sorrindo de orelha a orelha, me pegou nos braços e me girou ali mesmo, na sala de espera.

***

–Scott? –disse Jake entrando no quarto do irmão, Scott estava deitado na cama, o rosto todo machucado, perna quebrada, e um curativo enorme na cabeça. Scott sorriu para o irmão e eles se abraçaram, Scott fez uma careta de dor e Jake se afastou.

Só então Scott me viu ali, e seu sorriso falhou, eu me aproximei de sua cama e passei a mão nos seus cabelos, e sorri para ele.

–Pensei que tivesse perdido você. –E com isso ele me encarou confuso, até que ele falou:

–Quem é você?


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Notas finais do capítulo

Não me matem, por favor... Comentem! E até o próximo.