Pov Tyson

Havia um bom motivo, para sairmos do Acampamento à essa hora. Bom, eu não estava nem um pouquinho à fim de me envolver em uma aventura hoje... Mas, por incrível que pareça, os três heróis, vieram pedir minha ajuda.

Estávamos tentando sair, já faziam duas foras! Porém, parece que Quíron está muito preocupado hoje; o que o fazia permanecer acordado. É quando Percy resolve tomar uma decisão:

–Ah, já chega! - ele se levanta de trás do arbusto, onde estávamos.

–O que você está fazendo? - Anabeth, lança um olhar nada legal.

–Vou falar com ele. - meu irmão, disse convicto.

–Vai fazer o quê? Está querendo deixar que uma Guerra aconteça? - Grover o repreendeu, enquanto eu observava atentemente seus mimi chifres, que não creciam.

Uma pausa ia se inicia; é quando Anabeth se pronuncia. E para a minha surpresa, ela diz:

–O que acha, Tyson? - eu me engasgo, com o néctar que estava bebendo.

–Sobre o quê? - sério, eu não entendi o que Percy estava querendo fazer.

Percebo que Grover, e a mocinha sabe-tudo, reviram os olhos; enquanto meu irmão, tenta me explicar o que estava acontecendo:

–Quero convencer Quíron, a nos deixar sair em uma missão. - ele estava sério.

–Ah... Ótimo! - digo entusiasmado. - O máximo que pode ouvir, é um não.

–É exatamente isso, que não podemos ouvir! Não há como, não correr perigo se pedirmos à ele; pois existe essa possibilidade. - disse a sabe-tudo. - E você sabe o que pode acontecer, se sairmos depois de sua ordem.

–A Anabeth, tá certa. - Percy indaga, voltando à encarar Quíron, e já sentado atrás do arbusto. Porquê ele sempre diz isto?

Então, nós resolvemos sair escondidos; de novo. Mas antes que nos levantássemos, e comessásemos à andar por entre a floresta. Eu dou um alto arroto. Imprevisível, eu diria; surpreendeu até à mim; porém eu estava orgulhoso, bati meu recorde de altura. Mas parece que somente eu estava feliz; pois percebo que todos me olhavam, quase me fuzilando. E antes que eu pudesse perceber; o metade homem, e metade cavalo; estava bem atrás de mim.

Logo eu me viro; e sorrio, dizendo:

–Oi Quíron. - levanto a sobrancelha. - Bela noite, não é? - sua expressão me dava arrepios. - O que aconteceu? Não está com sono está noite?

E antes que eu pudesse inventar mais coisas; para continuarmos à fugir; Anabeth começa a dizer:

–Quíron, eu posso explicar. - ela me empurra para trás, ficando bem de frente para ele.

–Tomara que tenham, uma boa explicação. - seus olhos eram brincalhões, porém sua postura; nada boa.

–Nós iríamos pedir sua permissão. - começa Percy. - Mas ficamos com receio, de que não nos deixasse ir.

–E se não deixasse. - continua Quíron. - Vocês iriam da mesma forma. - sua fisionomia era debochada.

–Isso significa, que podemos ir? - pergunta Grover; o qual parecia tão confuso quanto eu.

–Não. - fala Quíron seco, para nossa infelicidade.

Todos parecem ter ficado decepcionados; porém ninguém disse nada. Logo, quando o silêncio já iria parecer uma eternidade; Quíron se pronuncia:

–Mas. - chama a atenção de todos. - Eu nunca estive aqui, está bem. - ele sorri, quase se virando.

–Sério? Isto é sério? - Percy parecia feliz; porém eu não estava entendendo...

–Quíron. - Grover se aproxima, colocando as mãos sobre os ombros dele. - Você é demais.

–Posso esquecer o que disse eu disse segundos atrás, se não tirar as mãos dai Sr. Underwood. - Quíron estava sério; e rapidamente, o de duas patas; tira as mãos dos ombros dele, num susto.

–Muito obrigada. - indaga Anabeth sorrindo.

O cavalinho sorri para nós; e sai. Será que eu era o único que não estava entendendo? Ótimo. Todos, então; começam à correr, em direção à saída. Atitude muito estranha, se contarmos que Quíron estava aqui segundos atrás. Mas logo, eu resolvi os seguir.

E enquanto continuávamos correndo; eu não aguento de curiosidade:

–E para onde estamos indo? - pergunto atrás de todos; os quais se viram lentamente.

–Sério? - Anabeth estava sendo irônica.

–Já conversamon sobre isso, Tyson. - Percy continuava calmo, até agora pelo menos.

–Mas... E Quíron? - eu ainda estava confuso.

–Eu não acredito. Eu não acredito! - Grover disse nervoso, enquanto se virava para continuar à correr. Logo todos começam fazer o mesmo; sendo assim, eu vou atrás novamente.

–Tudo bem. - digo, mas alguma coisa me dizia, que eles não estavam me ouvindo.

~*~

Pov Isabelle Lightwood

Adagas, facas, fações, espadas e... Claro, o meu canivete; como posso me esquecer dele!

Eu estava colocando mil dessas coisas entre meus repartimentos; nas botas, cinto e debaixo das roupas. Pois eu sabia que o que iríamos enfrentar, não era nada inofensivo.

Nisso, escuto a porta se abrir; lentamente. E num susto, pois estava sozinha; eu me viro com uma Adaga da mão, pronta para atacar. Mas, para a minha surpresa; não era ninguén, além de Simon Lewis. Por quem, eu de alguma maneira; acabei de apaixonando.

Ele leva um susto, e se protege dando um passo para trás, e cobrindo a cabeça com as mãos. Porém eu intervenho:

–Me desculpa. - digo. - Pensei que fosse outra pessoa. - começo a lentamente; me aproximar.

–Ah... - ele se recompõe; e tropeça enquando dava outro passo, desta vez para frente. - Tudo bem. - consegue finalmente permanecer de pé; enquanto eu o olhava sorrindo.

Ele começou a coçar a nuca envergonhado. E eu resolvo, entrar novamente no meu quarto; percebo que ele me segue, então começo à dizer:

–Jace e Clary, já estão preparados? - digo, enquanto analisava uma faca pequena lentamente; e a colocava dentro da minha bota.

–Eu espero que sim... -diz de cabeça baixa; e um pouco receoso. Algo me dizia, que ele queria falar alguma coisa.

–O que foi, Simon. - eu paro tudo o que estava fazendo; o olho diretamente para ele.

–Não é nada. Não é... - continua com uma fisionomia estranha.

–Eu sei que está escondendo alguma coisa. - digo.

Espero, até que ele falasse. Porém, após várias tentativas garguejando, eu lhe lanço um olhar, erguendo as sobrancelhas; ato demonstrando para que o mesmo continuasse logo, ou eu usaria aquela Adaga nele de verdade, desta vez.

E enfim, ele consegue dizer:

–Isabelle. - se aproxima pouco, e olha em meus olhos. - Estou preocupado. - eu o compreendia; só não sabia especificamente, com o quê.

–Todos estamos. - eu digo, quase que com um sorriso compreensivo.

–Eu sei, só que... - desvia seus olhos dos meus; e apoia a cabeça sobre a mão, aflito.

–O que, foi Simon? - disse calma.

–Isabelle. - ele continua. - Eu sei que se eu disser; voce vai dizer que sabe cuidar de si mesma; e que não precisa de ajuda; e nem eu, nem ninguém precisa se preocupar... Mas... Eu não consigo. Simplesmente, não consigo! Estou muito preocupado com você. - seu olhar era desesperador. Talvez o incidente desta semana, tenha lhe afligido profundamente.

–Simon. - eu passo as mãos delicadamente, por entres seus cabelos rebeldes. - Como sabia, o que eu ia dizer? - era uma pergunta retórica, com um pouco de ironismo.

–Se não existe como te fazer mudar de ideia. - eu nego com a cabeça; esperando sua proposta. - Ao menos, me deixe se preocupar com você. - implorava.

Eu rio, e olho para o chão. Assim como todos sabiam que eu não mudaria de ideia; eu também sabia que não tinha como Simon não se preocupar comigo; mesmo lhe demonstrando várias, e várias vezes; que eu sei me cuidar. E esse acidente; pode não ter acabado muito bem, porém é uma prova concreta disso.

Não podia dizer mais nada. Não era falta de confiança da parte dele; o mesmo apenas devia me amar, quase como eu o amava. Então eu fico na ponta dos pés, e lhe dou um beijo suavemente. Parece que ele se surpreende; porém deve ter achado bom, pelo o que diz seu sorrisinho. E ele logo começa:

–Nada te faria mudar de ideia, não é? - susurra; estávamos bem próximos, e eu já havia contornado seu pescoço, com meus braços.

–A não ser, que a situação fosse contrária. - digo o provocando.

–Eu não ficaria aqui. Não iria de deixar ir sozinha! - seus olhos estavam fechados.

–Mas. Se fosse você o machucado; eu não te deixaria ir, com certeza. - percebo que ele sorria; enquanto eu também mantinha os olhos quase que fechados. - Além de te convencer a me deixar ficar aqui com você; e de sair quando estivesse dormindo, para ajudar os outros à salvar o mundo.

–Uma ótima ideia. Não seria uma boa saída, aplica-la nessas circunstâncias? - continua o mesmo.

–Neste caso, não. - respondo; e o beijo novamente.

Nisto; aparece meu irmão na porta. Como era eu que estava de frente para ela; fui eu quem viu primeiro. Logo empurro Simon de perto de mim; e me aproximo de Alec ; o qual estava diríamos que com repulsa, e ao mesmo tempo, um sorriso nos lábios. E ele diz:

–Estão todos prontos. - eu assento, e olho para Simon. - Menos Magnus. Ele não pode ir conosco. - eu olho para Simon novamente; sorrindo, e ele também sorri; querendo me dizer: 'tá vendo?' – E eu irei ficar aqui, com ele. - Simon me cutuca disfarçadamente.

–Ótimo. Estamos à caminho. - eu caminho para mais perto da porta, e Simon faz o mesmo.

–Perfeito. - diz ele, se virando. - Ah! - ele volta, parece que se lembra de alguma coisa. - A prpósito; fechem a porta da próxima vez. - sorri.

Eu reviro os olhos; e Simon cora. E então nós vamos. Partimos para a nossa viagem, com um inesperado e perigoso destino. O qual, eu estava mesmo, com muita vontade de conhecer.

~*~

Pov Peeta Mellark

Na minha apnião; não seria viável partir. Mas, seguindo minhas intuições; podia sentir que o que estaria por vir; não era nada bom, e muito perigoso. Todos podiam morrer! E eu não seria o culpado disso, só por querer ficar aqui.

Por isso; na, ao mesmo tempo longa, e curta; reunião; resolvi ficar ao lado de Gale; pela primeira vez. Katniss não aceitava que fóssemos. Nem ela, nem todos. Mas; graças aos meu dotes, convenci todo mundo para que fóssemos. Porém, os únicos seriam: Eu, Katniss , Gale, Finnick, e Johanna. E nós estávamos na caçamba de um caminhão agora.

O caminho que percorreríamos até um aeroporto; seria curto, porém com muitas pedras e buracos. Todos estavam calados e pensativos; prendendo a atenção em coisas distintas e sem importância. Tentar animá-los, seria difícil.

Eu não consigo pensar em nada. Mas, começo a declamar um poema, que ouvia no rádio de minha vó quando criança:

–Se soubéssemos o futuro; seria fácil demais. Se nos recordarmos do passado; muitas vezes seria absolutamente triste. Mas se vivermos o presente, mesmo em situações difíceis; se tivermos esperança, perseverança, amizade e amor; podemos passar por qualquer coisa. - eu continuava a olhar a estrada. E nem percebo os olhares que pendiam à mim.

–O que exatamente foi isso? - pergunta Johanna, a qual parecia surpresa.

–Um poema atigo. - falo, continuando com o olhar virado para frente.

–É lindo Peeta. - era Katniss, eu percebo que ela sorria; pois olhara para ela, com o mesmo sorriso.

Continuamos sem falar nada depois disso. Só espero que no avião, não fiquemos tão desânimados. Porém até mesmo eu, estava. Conseguem perceber, não é? Pois eu estou; não diria desânimado por completo, nem com receio. Mas eu sabia, podia sentir o quão forte seria esta "luta". Talvez sem sobreviventes.

Continuava perdido em pensamentos; até que percebo, que o caminhão estava parando, e que nós havíamos chegado ao nosso destino. Sinto uma última trombada; por termos passado por outro buraco, e logo o caminhão nos lança para frente, nos obrigando à usar nossa força contrária. E então, paramos.

Andamos pelo 'aeroporto' temporário; como se estivéssemos presos por correntes, que nos arrastavam exaustos. Seria fácil pegar um avião; pois em dias como estes, não eram precisos meios burocráticos para se conseguir alguma coisa.

Era tudo meio robótico; eu sabia exatamente o que tinha que fazer, mas não precisava necessariamente pensar no que estava fazendo. Sendo assim, devia ter feito todo o necessário, para estar dentro do avião agora; e só conseguia pensar em...

Talvez sem sobreviventes. Talvez sem sobreviventes. Talvez sem sobreviventes.