Pov Link Lincoln

Todos íamos viajar! Imagine só a alegria do Lata Velha em saber disso. E esse era o problema; ninguém queria usar meu carrinho... "Túneis Conjuradores, são de mais rápido acesso, e menos propícios à acidentes, blá blá blá" dizia Liv. Quero só ver, quando dermos de cara com a Gangue do Sangue, ou um demônio de novo.

Já estava com as malas prontas. Na verdade a mala, pois eu sabia que não ia precisar de muita coisa. Pensei em ficar enrolando lá em casa, fazendo nada. Mas estava ansioso demais para fazer isso; e resolvo então, ir para casa de Ethan.

O dia hoje estava ameno; nada de eventos sobrenaturais das trevas; dirigi rapidamente, cantando alto, seguindo a nova Demo da minha banda; que também tocava alto no som do carro. Cheguei em frente à casa dele; e pude ouvir, mesmo com o som daquela altura. Amma, como sempre, querendo nos manter seguros.

Seria uma hora ruim, para entrar agora? Talvez sim; pela porta da frente; mas ainda existia, a janela do quarto de Ethan. Eu dou a volta na casa; me apoio nas ondulações da parede, para subir; até que consigo; logo começo a abrir a janela. E enquanto abria; ele fazia mímicas do lado de dentro, e dizia:

—Shh! - Ethan estava fazendo sinais negativos com as mãos. Enquanto terminava de arrumar, também a mala dele.

—Calma, calma. - eu continuava a abrir. E podia ouvir os gritos de Amma "Ethan Wate! Se me disser que ainda está com essa ideia maluca, nessa sua cabeça dura; eu lhe arranco os miolos!". Eu não podia conter o riso; enquanto Ethan me lançava um olhar de reprovação, e quase ria também.

E ela continuava, e continuava. Até que a porta se abre; batendo contra a parede, de tão forte que fora aberta; bem na hora em que eu pulei a janela. E era Amma. Sua fisionomia não estava nada agradável. Muito pelo contrário. Ela estava tão furiosa,que se pudesse, nos trancaria em casa pelo resto de nossas vidas!

Eu olhei para Ethan, que me encarou por um segundo; e voltou seu olhar para Amma, assim como eu. Então ela começou:

—Sr. Lincoln. - ela estava me encarando, com as mãos na cintura.

—Oi Amma. - eu sorri, acenando com as mãos desesperada e apressadamente.

—Amma... é... - Ethan começou a dizer, porém logo foi cortado.

—Espero que tenha um bom motivo. - seu olhar era amedontrador; e se pendia; além de em nós; mais precisamente na mala de Ethan, aberta e coberta de coisas, sobre a cama.

—Eu devia ter te contado... - ele olhou brevemente para mim, que assenti; provavelmente ele estava falando sobre as visões.

—Contado, o quê? - ela cruzou os braços.

—Eu e Lena... Bem, eu e ela... - os olhos de Amma, estavam negros e faziam com que nós não conseguíssemos, parar de ter medo. - As visões voltaram. - disse ele por fim.

—Que tipos de visões. - parece que ela, finalmente percebeu que o assunto era sério.

—As visões que costumávamos ter juntos. A diferença, é que desta vez; elas parecem ser mais perigosas do que prevíamos. - ele estava sério.

—Como disse, Ethan Wate? - acho que ela estava brava, por termos escondido isso dela. - Mais perigosas? - ajustou os braços cruzados.

—É... Sim, Amma. - parece que o mesmo se aliviou, à dizer. - Sarafine, Abraham. - os olhos dela se arregalaram. - E um exército.

Eu achei que a velha fosse ter um ataque cardíaco! Ela se encostou na parede ao seu lado; e foi se apoiando nela, até se recompôr. Ethan a segurou como pode, e eu me aproximei também. Logo, ela conseguiu dizer:

—Um exército de Conjuradores das Trevas? - perguntou com a voz fraca.

—Não só, Conjuradores das Trevas, nem demônios. - disse Ethan a encarando. - Mas seres muito mais poderosos, e... os quais nós não conseguinos identificar.

—Já procuraram nos livros antigos, da biblioteca de Mirian? - perguntou uma voz, que eu reconheceria até no túmulo. A de Macon.

Ele estava de pé atrás de nós; com seu terno cinza, e uma bengala. O cabelo estava mais arrumado que o normal. Parece ter assustado à todos; porém eu só pude rir debochadamente... Ele e suas entradas triunfantes.

—E então, já procuraram? - Macon andava pelo quarto; assim sobressaindo o som de sua bengala, a qual batia sutilmente contra o chão de madeira. E ele logo que para, olha diretamente para Ethan.

—Sim. - ele diz meio confuso, por Macon saber. - Eu e Lena procuramos na biblioteca toda; sem contar que Liv e John tem passado noites em claro, no Lunae Libri.

—Como se eu não soubesse. - ele ainda o encarava. Parece que Ethan não estava entendendo; e muito menos, eu. - Ethan. - dá um sorriso. - Pensei que já tivesse aprendido. - volta a bater a bengala no chão, enquanto andava. - Não dá para esconder as coisas de mim, por muito tempo. - voltou a lhe encarar.

—Lena... - ele disse olhando pensativo para o chão.

—Por favor, deixe minha sobrinha fora disso. - Ethan voltou à olha-lo. - Ela não me disse nada.

—Espera. - parece que o garoto havia pensado em algo. - Link, você não comentou nada à respeito com Ridley, não é? - todos voltaram seus olhares para mim.

—Bem... - ele me pegou de surpresa. Mas não tinha como negar nada à minha querida Ridley. - Talvez algumas coisas. - Ethan reclama, esboçando uma reação de reprovação. - Mas nada demais! - logo me corrijo.

Percebo que Macon sorri; e Etham fica furioso. Amma permanecia anestesiada, pensando talvez no "Exército de seres não Identifocados"; o qual eu estava ansioso para conhecer. E antes que ele pudesse vir até mim; escutamos a campanhia. Todos nos olhamos por um momento; e Amma diz, a qual volta a si:

—Irei atender. E por favor Ethan, nada de sair de casa sem que eu saiba. - ele assentiu, - E ouça. - ela se aproxima novamente. - Nunca mais me esconda uma coisas dessas, ouviu? Nunca. - existia algo de estranho em seu olhar.

—Claro. Me desculpe Amma. - ele disse querendo sorrir; porém com medo da reação oposta dela.

Só sei que agora; o clima ia ficar tenso. Ethan com raiva de mim, Macon com raiva de Ethan, e eu... Acho melhor prestar atenção nas vozes lá de baixo. Podia perceber a tensão de Amma a caminho de abrir a porta; e pelo repugnante cheiro; ela deve ter pego um de seus amuletos, e ervas antes de atender. Mas, assim que as vozes começaram a surgir; ela recoou; pois sabia quem eram; e eu também.

Aquelas eram realmente inconfundíveis. Percebo que Macon e Ethan me olhavam; talvez sabiam o que eu estava fazendo, e estavam ansiosos com a resposta. Macon nem tanto, pois ele podia fazer a mesma coisa, pelo o que eu sabia. Foi quando eu soltei:

—São Liv, e John. - Ethan ficou aliviado. - Ah! E Lena. - eu disse; fazendo com que Ethan corresse em disparada, escada à baixo.

Não queria de jeito nenhum ficar ali sozinho com Macon; por isso, nem esperei que o mesmo começasse a dizer algo; e sai correndo também:

—Ei! Espere Ethan! - o segui pela escada. E de repente, por puro presentimento; eu parei na metade dela, com um enorme sorriso 'bobo' nos lábios.

Pois pude sentir; o doce cheiro de pirulitos.

~*~

Pov Hermione Granger

Seria mais viável se usássemos o modo normal de viajar. Porém duvido muito que isso possa ser possível.

Eu já havia colocado tudo o que precisava, em minha pequena bolça mágica. A qual arranjei uma igualzinha para Gina. Depois que nos tornamos oficialmente uma família, ficamos ainda mais, amigas!

Essa viagem, com toda certeza, traria respostas. Eu estava convicta disto; podia sentir. Porém, também sentia muito medo; pois algo de ruim estaria por vir, era óbvio! E a própria marca negra disse isso.

Enquanto permanecia pensativa, sentada em minha cama, com a porta aberta; nem percebo, porém uma voz atrás de mim diz:

—O que houve? - era uma voz grossa; na verdade parecia mais uma pessoa com a voz normal, forçando uma voz grossa.

Olhei para trás, e não vi ninguém. Só notei que, o lençol da minha cama, estava amassado ao meu lado; como se alguém tivesse sentado lá. E então entendi:

—Sei que é você, Harry! - tirei a capa de invisibilidade dele e sorri.

—Você sempre sabe. - ele sorriu, e disse com a voz normal.

Rimos, e ficamos em silêncio durante um tempo. Até que ele se manifestou:

—Hermione, o que está acontecendo. - eu o olho, seus olhos eram compreensíveis.

—Estou ansiosa, só isso. - respondo rapidamente, sorrindo.

—E o que mais? - não podia esconder nada dele; pois simplesmente, ele sempre descobria.

—Harry. - me viro para ele; teríamos uma conversa séria. - Não acha isto estranho?

—O quê? - ele não entendia; ou apenas só queria me ouvir dizer.

—Estamos seguindo algo, que veio junto com a marca negra. - digo.

—E quando é, que fugimos do perigo? - ele sorri; era uma pergunta retórica.

—Sei disso... Mas desta vez parece ser diferente; parece ser mais perigoso do que pensamos. - consigo expressar quase tudo o que me afligia.

—Escute. - ele disse preciso; e eu o fitava. - Sempre lutamos contra coisas perigosas, não é? - eu assento. - Mas, sempre saímos vitoriosos, pois possuímos um ao outro. - ele sorriu, e eu também.

Aquilo me deu um certo alívio. Estaríamos todos juntos, viesse o que viesse!

Nisso, Rony aparece na porta:

—Vocês dois, estão prontos? - diz querendo sorrir; eu assento sorrindo, e Harry diz:

—Claro. - ele também sorria. E então se levantou, me lançando um olhar, para que eu não me preocupasse.

E eu me levantei em seguida. Fui atrás deles; depois pude sentir que Gina estava trás de mim, e então sorri para ela. Todos seguiam para fora de casa; logicamente pensei que fóssemos novamente de encontro à bota. Porém, lá estava; o carro voador. O Sr. Weasley havia arranjado outro, só espero que desta vez Rony se lembre de ativar a invisibilidade.

Logo, sou abordada:

—Tome, querida. - era a doce e calma voz, da Sra. Weasley. - Para a viagem. - ela me entregou uma sacola, que provavelmente estava cheia de suas delícias.

—Obrigada. - digo à sorrir.

—E por favor; me prometa que todos voltarão em segurança. - seus olhos eram esperançosos e ao mesmo tempo desesperado e aflitos.

—Eu prometo. - era realmente uma promessa; até para mim.

Eu dou um último abraço nela; quando Gina toca em meus ombros por trás e diz:

—Vamos, Mione? - não era uma pergunta; eu a olho, e depois digo me virando para a Sr. Weasley novamente.

—Tchau. - eu dou adeus para todos. E saio junto à Gina.

Como íamos, somente eu, Rony, Harry e Gina; conseguíamos nos espremer dentro do carro. Rony dirigindo, e Harry no banco de carona, enquanto eu e Gina dividíamos e banco de trás com as malas dos dois; já que eles não quiseram uma cópia da minha bolça.

Logo eu começo, precisava ter certeza de que tudo estava em ordem:

—Tem certeza que sabe o caminho Rony? - pergunto duvidosa.

—Confie em mim. - indaga o mesmo, girando a chave na ignição, fazendo o motor grunir.

—Na verdade, confie em mim. - diz Harry, erguendo o mapa para que eu visse.

Ainda bem que era ele quem o leria.

E logo nós começamos a voar. Eu gostava de voar; me sentia livre de certa forma, e em paz. Poré,  era um pouco difícil, com Rony falando sobre coisas banais. E assim que subimos, a família do Ro... Quer dizer, a minha família, agora; começava a acenar; e então, eu e todos (menos Rony, pois estava dirigindo) que estavam dentro do carro, começamos à fazer o mesmo.

Seria uma viagem longa; com um destino inesperado. E eu não podia esperar.