A nova Geração Brasil escrita por Cíntia


Capítulo 32
Doente


Notas iniciais do capítulo

Meninas, tá demorando, eu sei. Mas enfim saiu o capítulo. Meu tempo anda muito corrido.Adorei os seus comentários no último capítulo, muito obrigada! Quem não comentou e está acompanhando a história, peço que comentem também, pois isso me ajuda a escrever. Sou movida a feedbacks e comentários sempre me incentivam! Espero que gostem desse capítulo.



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Por Jonas

Após a matéria bombástica que havia saído, eu já tinha falado com Pam e Megan. Convenci a minha esposa de que eu precisava ficar uns dias a sós com um curandeiro para tentar encontrar uma cura, e que ela deveria prosseguir com sua viagem nos Estados Unidos, mantendo os seus planos de participar de uma convenção do “Galáxia Andrômeda”. Esse tempo não faria muita diferença no meu estado, ao contrário, só serviria para colocarmos as ideias no lugar, e quem sabe eu até voltasse curado. Se não, depois nós conversaríamos sobre os aspectos mais sérios disso tudo.

Já com Megan, foi mais difícil lidar. Ela insistiu, queria explicações, a minha presença, que eu fosse atrás de “médicos de verdade”, sendo que para as coisas funcionarem do jeito que eu imaginava, depois daquela notícia, eu tinha que desaparecer por um tempo. Assim, com muito custo, e até agindo de maneira insensível, afirmei que passaria um tempo longe e que depois nós conversaríamos melhor sobre aquilo.

Eu estava prestes a desligar o telefone, quando ele tocou mais uma vez. Era Verônica. Respirei fundo. Talvez, não devesse atender, isso seria o melhor para os meus planos. Mas se eu não atendesse, não descansaria pensando nas possibilidades, na voz dela, na sua reação ao saber da minha doença, imaginava que ela ligava por isso.

– Verônica... – atendi, falando o nome dela de maneira suave.

– Jonas ... – parecia haver certo pesar em sua voz, assim tive certeza que ela já havia lido sobre mim.

– As coisas estão bem complicadas agora. Não vou poder falar por muito tempo. Tenho que fazer uma viagem... O que você quer?- resolvi ser duro.

– Eu estava fazendo o seu perfil. Deveria ter informações exclusivas. E você não falou nada sobre a sua doença? – ela realmente parecia ofendida.

– Foi uma informação que vazou contra a minha vontade... E foi você mesma que desistiu de fazer o meu perfil...

– Quer dizer que é verdade? Você está mesmo doente?

– Quem está perguntando? A jornalista ou a mulher?

– Tem como separar? Jonas, por favor... Você sabe porque eu decidi parar com as entrevistas... O que acontecia com a gente não tava certo!

– Sim, é verdade, eu estou doente! Agora, Verônica, eu tenho mesmo que ir embora. – falei tentando me despedir.

– Não! Eu preciso falar pessoalmente com você... E se ... Jonas Marra, se precisar, vou mover céus e terras, mas vou descobrir onde você está. – apesar de gaguejar um pouco, ela disse de maneira quase ameaçadora. Na verdade, ela não precisava de muito para me convencer, eu também tinha que vê-la.

– Está bem. Vou te passar uma mensagem com o endereço daqui!

Por Verônica

Eu estava muito preocupada e aquela conversa com Jonas, só me deixava mais confusa e nervosa. Olhava em seu rosto, tentava parecer firme, mas me derretia por dentro, aquele homem visionário, tão inteligente e jovem, não podia correr esse risco, não podia morrer de uma hora para outra:

– ...Então você tem um aneurisma numa região inoperável- resumi o que tinha escutado.

– Pelo menos foi o que constatou o médico da Marra. Ele foi descoberto precocemente, mas a verdade, é que com o estilo de vida que eu levo, pode piorar e explodir a qualquer momento, ou então daqui há vários anos. Não sei, sei lá. Talvez eu morra aos 100 com esse aneurisma intacto.

– Foi por isso que você voltou ao Brasil e decidiu escolher um sucessor?

– Esse é um dos motivos. Preciso diminuir o meu ritmo, encarar o meu passado, e preparar um futuro para a Marra.

– Entendo... – a verdade é que não sei se entendia mesmo, eu preferia que tudo não passasse de um boato mentiroso, só que não era – Mas um curandeiro, Jonas? Curandeiro!

– Quando a medicina convencional falha, temos que procurar a alternativa. E eu não tenho outra opção. – ele disse de maneira triste, o que me deixou bem comovida!

– Você podia ter me contato! Seria um furo para mim como jornalista, mas eu não...

– Eu sei, Verônica, confio em você. Mas eu sou Jonas Marra, o poderoso dono de uma das maiores empresas do vale do Silício, aposto que para muito gente é como se eu fosse invulnerável, não queria ser digno de pena, ainda mais para a mulher que me deixa louco. Eu só queria viver os meus dias sem barreiras, aproveitar como se não houvesse amanhã, porque a verdade é que realmente no meu caso pode não ter- ele me olhava de maneira doce, se aproximou de mim e segurou a minha mão de modo delicado, dada a situação, não o repeli, não podia nem queria fazer isso. Ao contrário, queria cuidar dele, abraçá-lo.

– E você vai para Brasília?

– Para perto de lá. Um lugar de cura e meditação! Eu já devia ter partido – ele sorriu carinhoso, acariciou o meu rosto e se virou. Estava indo embora.

Mas não foi, como um furacão, ele voltou cheio de fúria, e me beijou. Seus lábios apertaram os meus com gana, sua língua invadiu a minha boca, seus braços me puxavam e me dominavam com força. Mesmo que eu não quisesse, não tinha como fugir. Me entreguei, era como se ele fosse um homem condenado a morte, e eu não podia negar esse momento a ele ou a mim, antes já era difícil resistir, e a possibilidade de perdê-lo, só fazia o meu desejo de ficar com ele aumentar.

Após algum tempo, afastamos nossas bocas e ele falou ofegante:

– Eu não quero mais abrir mão de nada na minha vida! Vem comigo, Verônica! Vem!

– Jonas, nesse momento, você devia ter a sua mulher ao seu lado, não eu! –agia de maneira sensata.

– Você não entende... A Pam ... ela não... As coisas não são assim entre a gente! Não consigo falar certos assuntos com ela. É você que eu quero agora! Eu preciso de você! – ele disse intenso.

– Entendo. Eu e você temos essa ... atração pelo outro, essa loucura. Eu sou uma novidade. Mas a gente já teve os nossos momentos ... Você devia seguir em frente, ficar com a sua família, e não ... – argumentei com muita dor em meu coração, pois tinha consciência que meus sentimentos não eram vulgares do modo que transparecia em minhas palavras, e desejava que os dele também não fossem.

– Está bem. Mas não agora, a gente segue em frente depois dessa viagem. Eu preciso. Não negue, Verônica, você também precisa desses momentos! Vai ser um tempo onde poderemos aproveitar a companhia do outro, matar essa vontade que sentimos, um tempo só nosso, e de certa forma, de despedida.

– E o meu filho, Jonas? E o meu trabalho? Eu sou uma reles mortal com responsabilidades!

– Vicente fica com Davi, aposto que por um tempo, vão adorar ficar só os garotos! E o seu trabalho, diga a sua chefe que está fazendo entrevistas com Jonas Marra, prometo que você vai voltar com informações que impressionará qualquer um. Então, Verônica, vem comigo?


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Não deixem de comentar, curtir e participar, isso sempre me estimula e me faz não desistir de escrever, mesmo quando o tempo está corrido assim!
Eu criei uma comunidade no face e quem puder e gostar curta lá kkk, toda vez que postar um novo capítulo vou anunciar lá: https://www.facebook.com/pages/Fanfictions-e-Blogs-do-Brasil/790276094387610
Também estou escrevendo outra história: www.oprecodeumolhar.com.br. E se quiserem ler e comentar, me deixariam muito feliz.
Até o próximo...