Quando Chaves chegou com Seu Madruga em Acapulco, sem suas fantasias de heróis, é claro, os patrulheiros e os Mister's ficaram completamente maravilhados com o lugar, um hotel super grande, uma piscina grande e um restaurante chique, era uma das coisas mais lindas que eles já tinham visto na vida, o que eles não sabiam é que aquelas férias não acabariam tão cedo assim.

Wario e Waluigi haviam usado a mesma tática que o Faraó usou com Salazar para escapar da prisão, pois eles estavam no mesmo presídio, mas em celas e separadas, então, eles aproveitaram o refeitório da prisão para bolar um plano para escaparem.

–Faz o seguinte Waluigi, eu vou provocar aquele cara ali e fazer ele lutar comigo, então quando os seguranças forem apartar a briga, você aproveita e foge para a sala onde o carcereiro guarda as chaves e pega elas, quando eu for levado pelos seguranças, vou golpeá-los e fugir até a porta de entrada, me espera lá e quando eu chegar, a gente foge junto.- disse Wario.

–Beleza, vai lá. Mas toma cuidado, aquele cara é bom de briga.

–Não se preocupe.

Então, assim foi, Wario chegou no lugar onde o tal rapaz comia tranquilamente, o homem tinha a cabeça raspada, braços enormes do tamanho de um ventilador de pé, tatuagens por todo o corpo, parecia um lutador de UFC ou MMA, mesmo assim, ele foi lá e se inclinou um pouco na mesa onde o brutamontes se encontrava, depois, cuspiu catarro na comida dele, o cara olhou pra ele com uma expressão de ódio, pudera, ele não havia feito nada para Wario, mas mesmo assim, ele se enfureceu, derrubou a mesa e partiu pra cima de Wario com bastante raiva, que se defendeu com a bandeja dele, dando vários golpes, embora eles não fossem o suficiente pra derrotar aquele cara, na mesma hora em que os dois rolaram no chão, Waluigi saiu de fininho, passou pela porta do refeitório e viu que o carcereiro estava no seu lugar, a solução foi pegar um balde e tascar-lhe um golpe em sua cabeça, o homem desmaiou quase na hora, mas quando ficou inconsciente, Waluigi pegou as chaves e esperou Wario, mas ele não podia ficar lá por muito tempo, o carcereiro poderia acordar a qualquer momento, se ele acordasse, não teria como fugir mais. Foram duros os minutos da ausência de Wario, foi um alívio quando ele apareceu com a roupa toda rasgada, o rosto inchado e ensanguentado, a única coisa boa é que ele estava sem as algemas, então, eles pegaram as chaves e abriram a porta, a sensação de liberdade era tão boa que eles correram como nunca correram antes, então, eles acabaram chegando ao esconderijo do Faraó, agora falecido, o que deu certa tranquilidade para eles, que pretendiam levar uma vida honesta, trabalhando disfarçados de vendedores, talvez mudando o visual e ficando irreconhecíveis fosse uma boa ideia, mas antes, iriam coletar coisas do Faraó para venderem, pegara quase tudo, mas quando iam pegar a bola de cristal, puderam observar os patrulheiros se divertindo na praia, na mesma hora, Wario teve uma ideia.

–Aí, Waluigi, venha ver isso.

–Mas que boa ideia Wario, venderemos coisas lá na praia!!!

–Sim, mas enquanto estivermos vendendo coisas, nós vamos atormentar a vida desses patrulheiros, pois assim eles vão pagar com a mesma moeda.

–Como?

–Vamos tentar estragar as férias deles.

–Sim, mas de que jeito?

–Eu explico, o plano é esse.

Enquanto eles estão preparando tudo pra irem até Acapulco, os patrulheiros estão se divertindo como nunca lá no hotel, no restaurante, Chiquinha pergunta à Luiza.

–E aí? O que está achando?

–Muito lindo, é melhor passar as férias aqui do que lá no QG, não é mesmo Cirilo?

–Sem dúvida. Lá não se pode fazer nada, aqui pode fazer tudo.- disse Cirilo, todo empolgado.

O Natal havia sido bem divertido pra eles, não ganharam presentes nem nada, mas pelo menos puderam se divertir, Wario e Waluigi chegaram à Acapulco um dia depois do Natal, durante o tempo entre as duas datas especiais, todas as noites, todos iam até a beira da praia para verem o pôr-do-sol.

–É muito bonito.- disse Marcelina.

–Quem teve essa ideia?- perguntou Alícia.

–O Mário.- disse Paulo.

Então, Marcelina, que já não falava com Mário há muito tempo por causa daquela briga, foi até ele e o abraçou.

–Adorei a sua ideia.- disse Marcelina.

–Posso contar um segredo?

–Pode.

–Eu só tive essa ideia porque esse sempre foi o meu sonho.

–Que bom que você teve a sorte de realizá-lo.

–Mas não seria a mesma coisa se não tivesse com você.

–O que você disse?

–É isso mesmo, eu sempre sonhei em assistir ao pôr-do-sol abraçado assim com você. Sabe, eu fui muito injusto com você, realmente você tava certa, erramos com o Cirilo e deixamos nos levar pela cabeça do Faraó, não queria ter brigado com você. ME perdoa?

–Mas é claro, seu bobinho!!!- ela disse, sorrindo, o abraçando e os dois se beijam apaixonadamente, enquanto os outros faziam o mesmo, dentro de alguns segundos, todos ali estavam sendo um casal, Maria Joaquina e Daniel, Paulo e Alícia, Carmen e Jaime e Cirilo e Luiza, todos foram absorvidos pela magia da noite e ficaram ali, observando o anoitecer em clima de romance a noite toda, até que Chaves, junto com Chiquinha, Seu Madruga e Alejandra, começam a cantar:

Quantas vezes como agora
A reunião se estendeu
Até que chegou a aurora
E nos surpreendeu

As estrelas testemunham
Nosso amor e semelhança
Boa noite, meus amigos
Boa noite, vizinhança

Prometemos despedirmos
Sem dizer "adeus" jamais
Pois haveremos de nos reunirmos
Muitas vezes mais!

Quantas vezes como agora
A reunião se estendeu
Até que chegou a aurora
E nos surpreendeu

As estrelas testemunham
Nosso amor e semelhança
Boa noite, meus amigos
Boa noite, vizinhança

Prometemos despedirmos
Sem dizer "adeus" jamais
Pois haveremos de nos reunirmos
Muitas, muitas vezes mais!"

Depois de alguns minutos, todos estavam cantando junto com eles, o clima era de festa, tudo isso deixou eles cansados, então eles foram dormir esperando para o dia seguinte.