Glass Eyes escrita por PsicodeliCahh


Capítulo 4
Relembrando o Passado


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Me desculpem por ter demorado tanto pra atualizar, por favor, me desculpem mesmo.
Teve noites que eu não consegui nem dormir tentando escrever o máximo possível, mas não era porque eu não sabia o que escrever, o problema era que eu não sabia COMO escrever. Mas tudo bem, tem capitulo novo ai e eu espero que gostem.
P.S: Eu estou planejando algumas coisas para facilitar minha comunicação com vocês, mas eu vou entrar em detalhes só nas notas finais.



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Jack acordou com o barulho do despertador que havia programado noite passada. Sentou-se na cama ainda sonolento e passou a mão pelo rosto, sentindo o excesso da substancia negra que havia em suas orbitas vazias escorrendo até o queixo. Ele se sentia incomodado com isso, então foi tomar um banho.

Ao entrar no banheiro ele se olhou no espelho, sua pele era cinza e seus cabelos bagunçados castanho escuros, mas não era isso que o incomodava. Jack tocou levemente as bordas das suas orbitas, foi adentrando com dois de seus dedos sentindo aquele liquido negro, frio e pegajoso, mas parou quando sentiu um pedaço de metal no fim de sua cavidade ocular.

– Mas o que... – De repente sua mente ficou em branco e ele desmaiou.

Ele acordou em um quarto totalmente branco com uma luz intensa, que o deixava cego, o que achou estranho, pois seus olhos se ajustavam rapidamente em qualquer ambiente. Foi levar seus braços para se proteger da luz, mas notou que eles estavam presos, e a mesma coisa com suas pernas por tiras de couro que saiam da maca em que estava deitado. Tentou lutar para se soltar, mas concluiu que era inútil, então começou a olhar ao redor, fixando um olhar de surpresa e confusão em um grande espelho que estava na parede a sua esquerda.

Ele estava vendo seu próprio reflexo, mas ao mesmo tempo não era ele, bem na verdade era ele, só que mais novo e era como se estivesse “normal”, antes de se tornar Eyeless Jack. Seus cabelos estavam mais claros e sua pele era pálida, como se não tivesse um refeição decente há semanas, mas o que mais chamou sua atenção foram seus olhos. Castanhos com um leve tom de verde, mais como um tom mesclado. Eram seus olhos... Seus olhos de verdade...

Jack foi tirado de seu transe pela porta sendo aberta, de onde entrou um homem alto, usando um jaleco e uma mascara, e estava segurando uma bandeja com duas seringas cheias de um liquido escuro, e vários instrumentos de cirurgia, colocando-a em uma mesa ao lado da maca e pegou um pequeno microfone.

– O paciente esta pronto para receber o soro. Vamos começar agora o experimento 84-C. (Autora: Alguém conhece a creepypasta “Experimento 84-B”?) – Ele pôs o microfone de lado e virou-se para Jack. – Agora Sr. Summers, seja um bom menino e fique quieto. Não queremos nenhum imprevisto, queremos?

– Quem é você? Me deixe ir! – Jack não entendia nada do que estava acontecendo ao seu redor, ele estava confuso e assustado. Como havia parado naquele lugar? Quem era aquele homem? Ele não sabia de absolutamente nada.

– Te deixar ir? Oh, não não não não... Nos ainda temos vários experimentos para fazer, mas não se preocupe, não vai doer nada. – O doutor pegou umas das seringas de cima da bandeja e com a outra mão segurou o rosto de Jack, apontando a seringa para seu olho direito, então foi aproximando devagar até a agulha atravessar o olho de Jack, e a esvaziou em sua cavidade ocular.

Ele sentiu uma dor instantânea, agonizante e insuportável não só em seu olho, mas em sua cabeça inteira, e mesmo assim se recusou a gritar, somente soltar alguns gemidos quase inaudíveis. Com o olho esquerdo lacrimejando de dor ainda pode ver a seringa ser retirada coberta com um liquido espesso e carmesim. Seu sangue.

De repente sentiu uma descarga enorme de adrenalina, seu corpo inteiro começou a tremer descontroladamente, e todos os seus músculos começaram a arder em chamas. Isso pareceu preocupar o doutor, pois ele pegou rapidamente o microfone e disse alguma coisa que Jack não conseguiu entender por causa da dor. Não demorou muito para mais dois homens aparecerem no quarto, Jack sentir mais um furo de agulha, mas dessa vez em seu braço, e sua mente apagar novamente.

Somente escuridão...

Ele acordou com um salto no chão do banheiro, sua respiração estava desregulada e ofegante, suor frio escorria pelo seu rosto, e parecia que seu coração iria pular para fora do peito. Respirou fundo para se acalmar e levantou-se com dificuldade, se segurando na borda da pia. Suas pernas estavam tremulas e seu corpo inteiro doía, não conseguia formar pensamentos sólidos.

Abriu a torneira da pia e lavou o rosto, sentindo aquele liquido negro escorrer entre seus dedos.

– Nojento. Isso é nojento. Eu sou nojento... Merda. Por que eu continuo fazendo isso comigo? – Tinha que parar de fazer isso, ele sabia que só iria piorar sua situação. Tirou suas roupas e ligou o chuveiro na água quente para tentar aliviar a dor em seu corpo.

Começou a pensar naquela sala branca e em seu reflexo, seria uma parte do seu passado? Ou sua mente estava criando tudo aquilo? Era tudo tão real... Devia estar ficando paranoico com isso. Mesmo assim não descartou a ideia, e talvez Rebecca poderia ajudar, ela com certeza deve ter alguma coisa sobre seu passado.

Droga! Havia se esquecido do horário!

Terminou o banho e vestiu-se rapidamente, pegou o celular e deu um salto. 9:40. Estava mais de uma hora atrasado.

– Porra! Por que eu não consigo chegar na hora? Ah! é porque quando é alguma coisa importante... EU DESMAIO! – Ele respondia a si mesmo sarcasticamente enquanto ia a toda velocidade em direção as escadas, pulando os degraus que levavam para o hall da mansão.

Corria pela floresta em direção à casa da Rebecca enquanto pensava em uma desculpa por ter chegado atrasado, não poderia simplesmente dizer: “Me desculpe pela demora, é que eu desmaiei e tive um sonho sobre o meu passado. Ah! E por falar nisso, eu não me lembro de nada sobre mim, eu só sei que sou um assassino sem olhos que come órgãos, e também sei que sou sua creepypasta favorita, Eyeless Jack. Então, você ta zangada por eu ter chegado atrasado?”. Qualquer um ligaria para a policia dizendo que tem um louco invadindo sua casa, ou, se a pessoa falar que uma creepypasta entrou em sua casa, a policia provavelmente vai internar o cidadão e prender o idiota por invasão a domicilio, então, Jack achou melhor riscar essa ideia.

Chegou ao fim do bosque, e só precisava atravessar a rua para chegar ao seu destino, mas tinha um problema...

Era dia...

“Dia” só significa uma coisa para creepypastas (principalmente Proxys). PROIBIDO DE SAIR DA MANSÃO. Bem, não exatamente. Tinham aquelas exceções tipo: Missões, consertos urgentes nas câmeras, um compromisso com uma garota onde você esta atrasadamente atrasado, e por ai vai... Isso sempre depende da situação...

Jack resolveu arriscar, cobriu a cabeça com o capuz de seu moletom, e quando não havia ninguém olhando, saiu em disparada para o fundo da casa e se escondeu ao lado da porta que estava aberta, fazendo com que saísse um cheiro doce da casa... Espera... Oque?!?

Ele podia ouvir Becca conversando com alguém, então foi se aproximando lentamente, para ver a garota ainda de pijama, conversando no telefone e fazendo panquecas... AO MESMO TEMPO!!!

“OK... Acalme-se. Só porque ela não pode enxergar não quer dizer que ela também não pode fazer varias coisas ao mesmo tempo.” Pensou para si mesmo e começou a prestar mais atenção a conversa, podendo ouvir o que a pessoa falava para Becca.

(“Autora: As conversas ao telefone e via mensagem vão ter o nome da pessoa antes da fala, e se não tiver sido revelado, vai aparecer assim: “???”.).

Rebecca: Entendeu?

???: Ahn... Mais ou menos. Isso ta muito complicado Becca! Não da pra resumir?

Rebecca: Danielle!!! Eu não vou fazer esse discurso de novo! Escolhe outra pro seu blog!

Danielle: Ok, que tal sobre os Proxys? Eu não tenho muita informação sobre eles. Por favor, diz que sim. SIIIIIIIIIIM???

Rebecca: Ta bom, Por onde eu começo? Eu também não sei muito sobre eles... Ta. Os Proxys são como servos, especificamente os servos do SlenderMan, e eles tem varias funções e posições, são enviados em missões pelo mundo e dizem que eles também recrutam creepypastas para treinar e mais tarde se tornarem Proxys, mas eu acho que isso é só um boato... Os mais conhecidos pela mídia são: Masky, Hoodie e Ticci-Toby, sendo Masky o que mais se esforça para atender seu mestre, e também dizem que os Proxys tem um grande papel no processo para se tornar um deles, mas ninguém tem provas solidas disso, já que todos que tentaram descobrir foram mortos, e nem me pergunte como virar um Proxy porque eu não sei. E também é obvio que tiveram casos de fangirls que cometeram crimes terríveis para “agradar o TioSlendy e poder ser um Proxy” o que eu acho ridículo e infantil. (Autora: Nada contra fangirls, eu mesma sou uma hehehe...). E o que eu devia ter falado no começo, os Proxys tiveram sua primeira aparição na serie do YouTube chamada “Marble Hornets” onde já conseguimos descobrir o nome dos dois famosos Proxys, sendo Masky na verdade Timothy, ou Tim, e o Hoodie, Brian. E como um monte de gente que deve ter assistido a serie sabe, eles eram amigos antes mesmo de se tornarem Proxys...

Jack estava impressionado com o tanto que Rebecca sabia sobre creepypastas, mas também tinha medo de que isso atraísse a atenção do Slender, e a ultima coisa que ele queria era Becca na mira dele.

Rebecca: ...Entendeu?

Danielle: Alto e claro. Valeu por me dar todas essas informações, Becca. Você é a melhor.

Rebecca: Que nada. Eu só espero não entrar na lista negra das fangirls por destruir o sonho delas, hahaha!

Danielle: Mas não da para não ser uma, e eu acho que até você deve ter pelo menos UM CreepyBoyMagia. (Autora: Não liguem para os nomes que eu invento. XD).

Rebecca: Nope!

Danielle: Ah! Não vai fica assim não que eu sei que você tem sim! Fala!

Rebecca: Tchau Danielle.

Danielle: Não! Esp-

Rebecca desligou o telefone e começou a se concentrar mais nas panquecas, orientando-se pelo cheiro, mas ouviu um barulho vindo da porta dos fundos.

– Quem esta ai? – Ela perguntou aproximando-se da porta e ainda segurando a frigideira.

– Sou eu, Jack.

– A-Ah! Jack, entre! Eu... Não pensei que você viria mesmo tão cedo. Por isso eu... Eu ainda to com meu pijama, e fazendo meu café da manha... Alias você quer me fazer companhia? Acho que eu fiz panquecas demais. – Becca riu nervosamente e seu rosto atingiu um leve tom rosado. Jack notou a reação da garota e deixou escapar um sorriso.

– Tudo bem, se você quiser ir se trocar eu espero aq-

– Pfffffff! Que nada! Agora que você já me viu com esse pijama sexy nem adianta mais, haha! – Brincou enquanto desligava o fogão e colocava o prato de panquecas na mesa. – Então, você vai querer panquecas ou...?

– Ah! Não, valeu. Eu não to com fome agora, mas talvez na próxima. – Jack mentiu.

– Ok. Mais pra mim. – Becca fez uma pausa antes de prosseguir. – Mas meu café pode esperar que antes a gente vai ver o motivo pelo qual eu te chamei aqui.

Ela saiu da cozinha e voltou depois de alguns minutos segurando vários papeis e jornais, colocando-os em cima da mesa.

– Esses são todos os casos relacionados ao Eyeless Jack que meu pai assumiu, e eu consegui as informações da aparência, e de como ele ataca, e é claro, sua primeira localização oficial... E talvez onde ele surgiu, mas ainda não esta claro, então eu não posso confirmar. – Rebecca começou a espalhar os papeis, passando suavemente os dedos sobre cada um antes de colocar de lado.

Jack pegou ou deles, lendo sobre uma aparição sua no bairro ao lado, mas desviou sua atenção quando Rebecca continuou.

– E, achando muito estranho, eu descobri que a creepypasta original dele foi o primeiro caso relatado aqui na região, o que me fez pensar se a pessoa que criou o Eyeless morava, ou ainda mora, aqui perto.

Ela ficou em silencio, pensando em tudo o que acabou de falar, ate Jack quebrar o silencio.

– Mas, qual seria a aparência do Eyeless Jack exatamente? – Ele queria saber como Rebecca o via.

– Bem... Considerando todos os retratos falados e fotos, ele teria entre 18 a 23 anos, pele escura e cinzenta, cabelos negros, e como na creepypasta, ele estaria usando um moletom preto, calca jeans e uma mascara azul escura, com orbitas vazias e com uma substancia negra escorrendo... E agora o mais difícil de descrever... A boca, que em cada relato era de algum modo diferente, talvez contenha dentes pontiagudos e uma língua longa e negra, e não podemos esquecer daquele liquido preto escorrendo também, e eu acho que é isso. E você? – Becca disse pensativa.

– Uhm... Eu acho que ele tem cabelos castanhos, e o porque da boca ser diferente e que talvez ele possa mudar a forma, tornando os dentes normais ou pontiagudos e mudando o comprimento da língua, mas ele não pode evitar que o liquido negro saia dos olhos e boca. – Jack disse olhando para algumas fotos, procurando por pistas de alguma coisa do seu passado, mas sem sucesso.

– Nossa! Como você chegou a isso?

– Não sei. Foi só uma ideia... – Ele mentiu outra vez. Não poderia dizer a verdade, pelo menos não agora.

– Jack, se isso foi só ideia sua, nos vamos nos dar muito bem. – Rebecca exclamou com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Agora vão começar as investigações sobre o passado do Jack, e com certeza vai rolar um clima durante esse tempo, hehehehe.
E como eu falei nas notas iniciais, eu vou tentar facilitar a comunicação com vocês por um grupo no WhatsApp. Voces decidem, quem quiser coloca o numero nos comentários (eu não sei se é proibido no site então...).
Ate a próxima, bye!