Glass Eyes escrita por PsicodeliCahh


Capítulo 2
A casa na árvore


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo pessoas!
Desculpa por eu não ter postado antes, é que aconteceu um monte de coisas cabulosas tipo: Meu computador simplesmente pifar, morrer, encher de vírus, várias provas e trabalhos, eu ter que escrever na casa da minha amiga, e eu também tive que responder os comentários pelo celular, por isso as respostas ficaram curtas.
Mas enfim, capitulo 2 ta ai. Até as notas finais.



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– Porra! Eu vou me atrasar! – Exclamou Rebecca. Faltavam dez minutos para se reencontrar com Jack, um garoto que conhecera a dois dias atrás, e ela estava procurando, sem sucesso, um shorts jeans que usava para sair. – Onde esta aquela porcaria de... AI! – Ela chutou o que parecia ser um baú velho. Quando era pequena, costumava guardar fotos, cartas, e qualquer outra memória em um baú de madeira que ela guardava embaixo da cama, e, pensou que talvez enquanto estava procurando o shorts, havia movido ele sem perceber. Massageou os dedos e continuou procurando, até que...

– Becca! Aconteceu alguma coisa? Eu ouvi você gritar. Você esta bem? – Katherine, sua irmã mais velha, vivia preocupada com Becca desde seu incidente, que lhe custaram os olhos. Ela olhou em volta do quarto que estava uma bagunça total. – Você esta procurando alguma coisa? Eu posso te ajudar.

– Estou sim. E eu não acho meu shorts jeans. – Becca respondeu remexendo uma das gavetas de seu guarda roupa.

Katherine deu uma olhada rápida pelo quarto e achou o shorts pendurado em cima do espelho, pensou que sua irmã havia deixado lá para encontrar melhor, e acabou se esquecendo. – Seria esse em cima do espelho?

– Valeu Kath, não acredito que esqueci que tinha deixado ele ai. – Ela pegou e o vestiu rapidamente, arrumou o cabelo e pegou o celular que, como sempre, estava em cima de sua cômoda. – Ok, que horas são?

– Agora são 10h30min. Por quê? – Achou estranho Becca estar vestida como se fosse sair. Por que ela faria isso sem ao menos avisa-la? E também tinha um pouco de medo, pois, tinha acabado de descobrir que o ex-namorado de Becca (Que havia terminado com ela há três meses), tinha virado alcoólatra (Autora: Eu não sei como se escreve isso.), mas, Kath não havia contado para sua irmã ainda.

– Eu vou dar uma volta na cidade. Nada de mais. – Disse enquanto colocava os óculos de sol - Eu estou atrasada e preciso ir, até mais! – Ela saiu apressada de seu quarto e desceu as escadas, abriu a porta e saiu rapidamente para a frente de sua casa. Enquanto Katherine não sabia se a seguia ou a deixava ir. Confiava em Becca, e sabia que ela só iria dar uma volta, e, depois de um tempo, decidiu deixa-la sair, pois precisava de um tempo sozinha.

Mas Rebecca não estava sozinha...

= Na Mansão Creepy =

Jack andava rapidamente pelos corredores da mansão, não parava para conversar com ninguém, estava atrasado e não queria desapontar Becca justo no primeiro encontro e... NÃO! Isso não era um encontro! Ele tinha que parar de pensar nisso. É claro que ela nunca iria sequer aceitar namorar com ele, ainda mais se ela descobrisse quem ele realmente era, mas, por ora, poderiam ser somente amigos, não é?

Ele estava tão perdido em seus pensamentos que acabou esbarrando em alguém. Virou-se para ver quem era.

– Hey, E.J! Veja se olha por onde anda cara! Sem ofensas... – Um garoto com cabelos negros, olhos fundos que nem sequer piscavam, pele branca, e um grande sorrido cortado e sangrento olhava para Jack com uma cara confusa. – Eh... Você vai a algum lugar?

– Na verdade vou. E que... Masky me pediu para... Para checar as câmeras da cidade e... E eu estou atrasado, te vejo depois Jeff. – E saiu correndo pelo corredor que dava na porta da frente, abriu a porta rapidamente e adentrou no bosque, deixando Jeff the Killer sem entender por que diabos Jack estava tão apressado, afinal, eram somente câmeras. O que ele estava escondendo?

Jack finalmente chegou na rua da casa de Becca, e já conseguia vê-la esperando do lado de sua casa, ela usava uma camiseta branca com desenhos de penas coloridas caindo em um ombro junto com um top preto, um shorts jeans que passara uma hora e meia procurando, e seus dois itens indispensáveis... Seus óculos escuros, e seu All-Star Preto.

Respirou fundo e começou a andar em sua direção. De perto ela era ainda mais linda, mas sua expressão era vazia, como se estivesse revendo lembranças tristes... Mas não demorou muito para Becca perceber a presença de Jack e se afastar um pouco.

– É você Jack? – Perguntou com um tom um pouco assustado. Ela não podia vê-lo, então como poderia saber que era mesmo ele? E não um assassino ou coisa pior?

– Sou.

A expressão de Becca mudou de repente de assustada para seria. Ela ainda não confiava em sua resposta. - Então, se você é mesmo o Jack, como a gente se conheceu?

– Deixe-me ver, eu cai de uma arvore enquanto você passava, você tropeçou e caiu em cima de mim, e eu te acompanhei ate a sua casa. O resumo do resumo... – Isso foi o bastante para convencer Becca.

– Ah, que bom que você acertou. – Disse com alivio na voz. – Então, aonde vamos?

– Ehm... Bem... – Jack não tinha pensado nisso. Como iriam a algum lugar sem que as pessoas o vissem? “Vamos Jack, pense seu idiota! Pense!”. Logo uma idéia se formou em sua mente. – Só uma coisa antes de irmos... Você confia em mim?

– Claro! Por que não confiaria? – Perguntou sorrindo. Beca o conheceu há apenas alguns dias, mas sentia que poderia confiar nele, afinal, como Jack disse, se ele quisesse fazer alguma coisa de ruim, já teria feito.

– Então, vamos lá. – Ele segurou na mão dela e guiou para dentro do bosque.

À noite a floresta ficava escura demais para qualquer pessoa, mas, por sua falta de visão, Becca não se importava, na verdade, nem saberia para onde estava indo se não fosse pelos barulhos dos passos dos dois ao pisar nas folhas. Já Jack conseguia ver em praticamente qualquer lugar, então não fazia diferença se estivesse claro.

Eles finalmente pararam em um campo aberto ao lado de uma grande arvore com uma pagina colada no tronco (Aquela do jogo Slender). Jack soltou a mão da Rebecca e apoiou suas mãos nos ombros dela.

– Aqui não é lindo? – Perguntou, e ela o fitou com uma expressão de tristeza.

– Jack, você sabe que eu não posso ver.

Ele se aproximou mais de seu rosto – A beleza desse lugar não é visual. Somente escute com atenção. - disse em um tom baixo.

Com isso Becca começou a ouvir, o som do vento nas folhas fazia uma melodia suave, os grilos e sapos sincronizados faziam o ritmo e as corujas os vocais de uma canção que a muito tempo as pessoas deixaram de ouvir, e Jack tinha mostrado isso a ela... Ele era um bom amigo... Talvez até mais que isso... O que?!? NÃO! Tinha acabado de terminar um namoro! E MAIS! Acabou de conhecer ele! Não podia sair pegando um cara que acabou de conhecer!

– Chuva.

A voz de Jack a fez voltar de seus pensamentos. O que ele tinha dito?

– O que você disse? – Perguntou confusa.

– O ar esta abafado demais e parou de ventar, vai chover. – Ele respondeu olhando para os lados. – Mas acho que não vai dar tempo da gente chegar na sua casa. Droga!

– Não, calma. Em que lugar do bosque a gente esta?

– Bem no centro, por quê? – Perguntou inclinando a cabeça levemente para cima. Estava chuviscando.

– Tem uma casa na arvore que eu fiz com meus amigos quando era pequena, e eu acho que aguenta nós dois. Se não me engano ela fica ao leste. – Disse tomando uma direção. Oeste.

– Espera! Lado errado! Deixa que eu levo a gente lá. – Jack disse pegando novamente na mão dela para guiá-la.

– É melhor...

Eles chegaram a arvore onde a casa estava. Havia fitas rasgadas onde estavam excitas as palavras Não ultrapasse e algumas marcas no chão, uma pilha de lenha queimada que um dia fora uma fogueira e, no topo de uma arvore morta, uma casa de madeira com uma pequena escada.

Rebecca subiu primeiro, seguida por Jack, que começou a olhar em volta e perceber vários rabiscos nas paredes, ele chegou mais perto para ler melhor e reconheceu dois nomes...

Toby Rogers

Jeffrey Woods

Jack arregalou os olhos ao ler os nomes dos dois. Por que eles estavam lá? Será que tinham alguma relação com Becca? Se tinham... Como? E ela sabia no que eles se tornaram?

Continuava observando as palavras nas paredes quando a garota parou ao seu lado, ficaram em silencio por alguns segundos e enfim ele perguntou...

– Então, você... Você já ouviu falar de... De creepypastas ou... Outra coisa assim? – Ele não sabia como perguntar direito. E se ela não sabia sobre isso?

– É claro que eu já ouvi falar! Creepypastas são muito populares aqui na cidade! E eu amava quando a gente fazia um grupo aqui envolta da fogueira e contava a noite toda e... – O sorriso saiu de seu rosto. Mas ela não ficou triste, nem com raiva, nada... Sua expressão era vazia. – É uma pena que eu nunca mais vou poder fazer isso de novo. - M-mas vamos mudar de assunto, me fala qual é sua creepypasta favorita?

Jack nunca tinha pensado nisso, pois, quando se convive com elas, não da para “ter” uma creepypasta favorita, então disse o primeiro nome que veio em sua mente.

– Sei lá. Nina the Killer, talvez... Nunca pensei muito nisso, pra mim todas são boas. – (Autora: *capota* Não tinha outra melhor?!?) Nina sempre foi legal com ele, e mesmo quando não concordava com suas atitudes, ela o defendia, e agia estranho quando ele se aproximava de outras garotas como Jane ou Clockwork, e isso o fez questionar se ela realmente o via somente como amigo.

– Nossa! To vendo que eu vou ter que te apresentar para algumas das MINHAS creepypastas favoritas. Pode ser amanha de manha? Acho que lá pelas 8:30. É quando minha irmã sai para o trabalho. Vamos começar com... acho que... Ah! Já sei! Que tal Eyeless Jack? Acho que é e minha favorita por causa da nossa “semelhança”. Mas, tudo bem pra você?

Ele não sabia se tinha ouvido direito. Ele. Eyeless Jack. Era a creepypasta favorita dela? Não sabia se comemorava ou ficava ainda mais preocupado com isso. Demorou alguns minutos para responder. (Autora: *Imaginando o Jack com cara de paisagem* Risos Eternos!).

– Claro! Tudo ótimo. Então amanha as 8:30. Vou estar lá. – Jack fez uma pequena pausa para ouvir fora da casa – Olha! A chuva parou. É melhor você voltar para casa, esta ficando tarde.

– Eu acho que você tem razão. – Becca disse enquanto descia da casa na arvore – Você me acompanha até em casa?

– É claro. Você não acha que eu deixaria você se perder na floresta de novo, acha? – Ele perguntou descendo em seguida.

Eles passaram o caminho inteiro conversando sobre as creepypastas que ouviram e discutindo algumas teorias, e Jack ficou surpreso com o tanto que ela conhecia sobre cada um deles, não fazia idéia de onde ela soube de todas aqueles casos de assassinatos e gravações, pois ele mesmo já pesquisou varias vezes, mas nunca achou mais do que já conhecia.

– Nossa! Como você sabe de todas essas coisas? – Jack perguntou quando ela tinha acabado de contar sobre uma suposta gravação do Jeff the Killer em uma cidade próxima.

– Eu sei que não devia contar, mas meu pai trabalhava como policial aqui na região, e ele era especialista nesses tipos de casos, eu ainda tenho todas as informações guardadas. Por isso eu sei de tudo isso. – Ela respondeu enquanto saiam pela entrada do bosque.

Eles chagaram na casa de Becca e ela entrou, mas não depois de combinar todas as historias e teorias que iriam ver no próximo dia, e Jack voltou para a floresta.

Ele estava quase chegando na mansão quando ouviu uma voz feminina chamando seu nome.

– Jack?


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Notas finais do capítulo

Então gente, como ficou? Quem esta chamando o Jack? Por que os nomes do Jeff e Toby estão na casa na árvore? E que história trágica este lugar esconde?
Foi mal mas vão ter que esperar os próximos capítulos... *Risada maléfica*
Bye!



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