My Immortal escrita por Satine


Capítulo 37
Um primeiro encontro normal com Tom Riddle




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POV Tom

Olhei-me frente ao espelho, as vestes elegantes, o cabelo alinhado, o perfume, eu estava irresistível, seria uma noite especial, Elizabeth gostaria. Ouço duas batidas na porta antes de Hylla entrar e me olhar dos pés à cabeça.

– Uhmmm alguém tem um encontro. – ela diz toda animada, eu apenas franzi a testa.

– O que está dizendo? É só a Elizabeth.

– Você vai levar ela para jantar, vai buscar ela na casa dela e pedir a permissão para os Potter... É um encontro Tom, e dos mais piegas e tradicionais, sua cara, embora eu ache que sua cara é mais não ir a encontros.

Concordei com ela nisso, enquanto Hylla tirava minha gravata.

– Muito formal, mas leva flores, pra Lily Potter, para Elizabeth uma rosa basta.

– Levar flores para a sangue ruim? Por que eu faria isto?

– Ela é a mãe da Elizabeth, mostra respeito e se quer ficar com a filha dela, terá que parar de chama-la assim. O que seria de você sem mim.

– Faz sentido, eu já vou então, aliás, não quero aquele cachorro com as patas em você. – digo me referindo a Sirius Black, Hylla só revirou os olhos e eu saí da mansão, cuidando para materializar um buque de lírios e apenas uma rosa branca para minha princesa.

Aparatei para Godric’s Hollow e fui atendido por Lily que me recebeu com um sorriso forçado, a sangue ruim ainda não gostava de mim, mesmo que eu estivesse fazendo todo o esforço do mundo para não ligar para seu sangue impuro.

– Boa noite Sra. Potter, vim buscar Elizabeth, ela está pronta?

Ela semicerrou os olhos e com relutância abriu espaço para que eu pudesse entrar na modesta e arrumada casa dos Potter.

– Oh eu lhe trouxe isto, como um pedido de desculpas por todo o... Mal-entendido. – digo mecanicamente e lhe entregando os lírios, ela pegou as flores ainda carrancuda.

– Não tem veneno aqui, eu espero. – ela diz colocando as flores em um canto qualquer da casa e se virando para mim com um olhar intimidador. – Vai ter que reconquistar a nossa confiança e não vai ser fácil Riddle, uma recaída, uma lágrima da minha filha e dou um jeito de você nunca mais vê-la, nem que eu tenha que me mudar para o Brasil.

Ela terminou a bronca com um sorriso forçado e fingiu que nada tinha acontecido quando Elizabeth apareceu.

– Tudo bem aqui? – perguntou a morena hesitante, ela estava deslumbrante em um vestido negro que ia até um pouco acima do joelho.

– Sim querida, não volte muito tarde e por Merlin tenha cuidado. – disse a Sra. Potter se despedindo de Elizabeth.

Saímos de sua casa e a morena estranhamente começou a falar sem parar:

– Você podia ter me dito aonde pretende me levar, eu não fazia ideia se colocava algo simples ou sofisticado, aliás, eu não tenho muitas peças de roupas chiques no meu guarda roupa, a julgar por Olívia você não me levaria a um lugar onde se pudesse usar jeans e all star velho, eu poderia materializar, mas... – a interrompi com um beijo calmo que estava ansioso para lhe dar.

– O que deu em você? – perguntei arqueando uma sobrancelha a ponto de rir dela, ela me bateu.

– Você pode dizer que eu estou bonita? Obrigada, eu só fiquei nervosa com essa ideia de encontro.

– Que bobinha, você está linda e eu teria dito se tivesse me dado tempo, isto é para você, vamos a um restaurante e depois... infelizmente você não poderá cumprir a promessa de chegar cedo em casa. – lhe entreguei a rosa branca e lhe dei a mão para aparatarmos.

Era um restaurante bruxo francês, eu era muito conhecido ali como o jovem e brilhante Tom Riddle que trabalhou no ministério da magia francês, se eles soubessem que também fui Voldemort, eu teria problemas, mas gostava do perigo e eles não desconfiaram, mantinha bem a minha máscara.

POV Elizabeth

Depois de jantarmos passeamos em uma praça que havia na frente do restaurante, era um tipo de Central Park que eu já tinha visto em fotos, mas haviam fantasmas passeando para lá e para cá, o que deixava a noite bonita com o brilho perolado deles.

Apesar da noite perfeita algo me incomodava, pela primeira vez achava que eu tinha sido muito precipitada ao me transformar em Imortal, eu nunca envelheceria, eu nunca teria minha família, provavelmente teria de me mudar quando as pessoas começassem a desconfiar e aquilo estava me chateando, afinal pela primeira vez eu me sentia amada pela minha família e também os amava e os aceitava apesar de toda a diferença, eu não era mais só a bastarda.

– Está muito quieta. – ele disse sem olhar para mim quando paramos em cima de uma ponte, onde por baixo passava um rio.

– A gente vai ter que ir embora, quando perceberem que não estamos envelhecendo, não poderemos ter uma vida comum, casamento, filhos, termos um encontro normal já algo de se orgulhar. – digo rindo. – Eu quero isto. Deixa pra lá, você não entende.

– Eu não entendo que você é uma menininha boazinha e comum por baixo de toda essa maquiagem preta? – ele diz e eu bato em seu braço com força, ele faz uma careta e quase ri. – Eu te conheço mais do que pensa Elizabeth Snape.

– A conhece é? – arqueio uma sobrancelha duvidando dele. – E eu não sou uma menininha boazinha.

– Somos bruxos Princesa Mestiça e você ainda diz que é a melhor das poções, tem uma que causa o envelhecimento, não é mesmo?

Permito que minha boca se abra em um perfeito O, como não tinha pensado nisto antes?

– Você é... Irritantemente um gênio, Riddle.

– Eu sei.

Tom contou-me como foi seu julgamento no Ministério da Magia. Kingsley Shecklebolt escolhido como ministro fora o responsável pelo julgamento e fora um julgamento longo com várias acusações, o que o salvou foi nunca ter atacado a Inglaterra e ter derrotado Grindelwald, por fim para sua grande surpresa Shecklebolt o inocentou com uma condição: estava a serviço do Ministério da Magia no departamento de aurores, segundo ele “apenas um bruxo que realmente conhece a magia negra pode lutar contra ela”.


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