A mansão era linda e imponente, ao estilo Chateau Villet, com um jardim extenso ladeado por dois lagos e uma floresta. Era ali que eles tinham fundado seu império, que ela tinha se tornado Sra. Riddle depois que a esquisita Elizabeth tinha sumido de suas vidas e assim que se formaram em Hogwarts e se mudaram para a França.
Ali ele tinha conquistado a todos, bruxos e trouxas, com sua inteligência, dizendo aos trouxas inúteis que era apenas um jovem cuidando dos negócios da famosa família Riddle, enquanto à noite reunia seus servos e começava seu reinado de terror e convencia cada vez mais bruxos de que deviam eliminar os trouxas e aqueles indignos de estudar magia, ele sequer precisava sujar suas mãos, outros faziam todo o trabalho e ela o ajudava a manter seu teatrinho, ninguém desconfiava.
Ela sorriu, tinha sido muito esperta em ir atrás dele, até mesmo tinha o convencido a lhe dar o elixir, agora ali estava ela, Olivia Hornby, ainda com a aparência de uma jovem de dezoito anos, loira de cabelos longos e doces olhos azuis.
Hornby parou de escovar o cabelo frente ao espelho quando ouviu batidas na porta.
– Entre.
– Com licença, milady. - era Avery. - Não acha que ele já deveria ter mandado alguma noticia?
– O que quer dizer com isto?
– Bem, ele partiu para Londres já faz algum tempo, disse que ia tomar Hogwarts, mas... Talvez seja perigoso, afinal Dumbledore é o diretor.
Olivia revirou os olhos.
– Ele é Lord Voldemort, imbecil. - gritou impaciente. - Chame Bellatrix.
Hornby voltou a olhar para o espelho, mas na verdade sua mente divagava e seus olhos estavam perdidos, há muito tempo, ela tinha suspeitas, Elizabeth Tyler era diferente de qualquer garota daquele tempo e se ela não pertencesse à 1943? E se suas suspeitas estivessem corretas e houvesse outro motivo que não fosse Dumbledore, para Tom estar demorando tanto a voltar ou dar algum sinal de vida?
Bellatrix demorou um pouco para chegar, ali estava outra de quem Hornby não gostava, mas aturava, afinal era uma boa serva.
– O que é? - perguntou a morena petulante.
– É assim que se dirige à sua Lady. - provocou Olivia.
– Você não é minha Lady, sirvo ao Lorde das Trevas e não a você.
– Sua... Tudo bem, eu preciso que vá falar com Tom, ando preocupada com sua demora.
– Ta. - disse Bellatrix indiferente, iria quando pudesse, agora, pretendia curtir um pouco mais da França com seu marido Rodolphus.
[...]

POV Tom

Eu odiava pensar que minha princesa estava agora junto de Malfoy, mas isto me lembrara o que eu estava fazendo ali. Comecei então a me reunir com alguns alunos mais talentosos e fáceis de persuadir, aprendera aquilo com Slughorn, mas é claro que suas reuniões seriam bem mais interessantes que as de meu antigo professor. E nas horas vagas eu ia até a sala precisa onde consertava o armário sumidouro para tomar Hogwarts com meus comensais da morte e matar o velho. Não vai ser dificil, eu pensava, afinal estava fazendo tudo aquilo debaixo de seu nariz e ele sequer percebia.

Apesar disto, eu não a deixaria com o Malfoy assim tão fácil, ela não se lembrava, então eu teria que lembrá-la de que ela era minha. Desde então passei a ser mais rigoroso com ela, lhe fazendo apenas as perguntas mais difíceis e pegando pesado nas aulas práticas, se ela não soubesse responder a uma de minhas perguntas, tirava pontos de sua casa e sempre lhe passava mais deveres que os outros alunos.

POV Elizabeth

Era apenas mais um dia e mais uma aula de DCAT, as aulas que se tornaram um pesadelo para mim, por algum motivo, o professor Riddle que antes era meu preferido, parecia mais severo comigo, até injusto e isto estava me afastando dele.
– Quer dizer então que você e o Malfoy estão juntos? - sussurrou Gina ao meu lado e eu assenti tentando não me perder no que o professor dizia. A Weasley já tinha se perdido a muito tempo e decidiu parar de fazer suas anotações. - Foi o Harry quem me contou, aliás, ele não está nada feliz com isso, como sua amiga, estou magoada de você não ter me falado nada.
Sorri e murmurei um desculpe para uma falsa brava Gina Weasley ao meu lado.
– Se parassem de tagarelar e falar sobre garotos, tenho certeza que teriam ido melhor em suas N.O.M.s, senhoritas. - o professor chamou nossa atenção.
– Desculpe, professor.
Nós não falamos mais nada, ou melhor, Gina, já que era ela quem estava tagarelando.
– Para a próxima aula quero duas páginas sobre as maldições imperdoáveis e já que estava tagarelando durante a aula, deverá me trazer quatro, Srta. Snape. - ele diz sentando-se em sua mesa e acariciando Nagini.
Todos os alunos começaram a sair, ninguém se atrevia a falar nada, mas eu já estava farta de ser punida mesmo sem ter feito nada.
– Por quê? - perguntei levantando de meu lugar. - Por que tenho mais deveres que os outros?
– Ah deixe-me ver... - ele fez uma falsa expressão pensativa antes de sorrir debochado. - Porque eu mandei.
– Liz... - Gina me chamou.
– Pode ir Gina. - digo e ela sai hesitante. - Não está sendo profissional, professor. Se continuar assim, te denuncio para o diretor, ele está de olho em você, pensa que eu não percebo? - eu semicerrei os olhos e cruzei os braços. - Mas o que o senhor fez para estar na mira de Alvo Dumbledore? O que esconde?
Meu olhar era desafiador, eu não queria mais que ele me tratasse daquele jeito, mas agora eu estava ameaçando ele, essa minha mania de passar dos limites. Para a minha surpresa, seu lábio se curvou em um sorriso.
– Isso não lhe diz respeito. Quatro páginas.
– Argh. - resmungo perplexa, mas rumo para a saída da sala.
– Ah e... - parei sem me virar para ele. - Detenção hoje a noite, para aprender a não ser tão atrevida.

Eu saí da sala aborrecida, se continuasse ali ainda ia conseguir tirar pontos de minha casa, ele me tirava do sério, era um mandão orgulhoso e era mau e apesar disso tudo, como podia me atrair tanto?