Rosa Cristalizada escrita por flaviovini


Capítulo 14
Capítulo 13 - O Último Fragmento


Notas iniciais do capítulo

* Please......... comentários são tao dificeis assim ??? Morri!



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Capítulo 13 – O último fragmento

Decidimos que a Lua-de-Mel seria mesmo na França, apesar da guerra não ter cessado, isso porque, a força de vampiros era extremamente alta até mesmo para um acontecimento deste porte. Nenhum dos membros da família Cullen foi informado sobre o local, pois, Carlisle daria um jeito de manter-nos no Alasca, o que eu jamais permitiria, já que o trio de irmãs esperavam por um homem.

Já haviam se passado seis anos desde o começo da segunda guerra mundial, e a Alemanha, após muitas conquistas e domínios, estava começando a declinar. Pelo visto, o fim da guerra estava a ponto de ser determinado. De um lado havia as Potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e do outro as Potências Aliadas (Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética).

Era o final de maio e o clima de Primavera conseguia acalmar todo o ambiente que os humanos transformavam em Caus. Havia pouquíssimos animais naquelas localidades, o que deixava uma abstinência de sangue enorme, no entanto, tendo Emmett ao meu lado tudo seria maravilhoso.

Desta vez, Carlisle não conseguira uma casa para nós, já que era de extrema importância o sigilo sobre nossa localização. Sendo assim, Emmett e eu nos acomodamos em um casarão abandonado e muito bem mobiliado; o que me fez pensar que os humanos realmente eram frágeis, pois, abandonar uma casa de tal porte era algo assustador de se fazer. O perigo deveria ser demasiado ali e Emmett adorou mais ainda o lar ao chegar na mesma conclusão que eu.

Luxo era uma palavra simples e glamour não seria correto para descrever a estrutura do lugar. Eu me sentia como uma rainha, a casa havia chamado minha atenção como um enorme imã.

Emmett jogou nossas malas na enorme sala e sem perder tempo me levou para o quarto. O desejo era notável, e percebi que o motivo era a abstinência também de sexo, porque tendo um Clã desconhecido em casa e uma cabana minúscula com vários vampiros tornava essa parte um pouco complicada.

Suas mãos másculas deslizaram por mim, percorrendo e desenhando todo o meu corpo enquanto um intenso beijo esquentava meus lábios. Seus olhos examinavam casa pedacinho de mim e como resposta aos dele, os meus também analisavam-no.
Por mais estranho que pareça, a vontade e o desejo deixaram Emmett um pouco mais sério, e as piadinhas foram trocadas por um contato maior de pele.
E essa era uma faceta ainda desconhecida para mim.

“Temos que tomar muito cuidado” Emmett disse inesperadamente.

“Cuidado com o quê?” Ele me confundiu com o comentário.

“A casa já está em ruínas, imagina como ficará quando terminarmos?” Ele sorriu e levou toda a seriedade, dando lugar às piadinhas.

Tive que rir do comentário, porque realmente, pelo desejo que ele demonstrava a casa ficaria apenas em tijolos; ou areia.

“Ainda bem que somos os únicos na localidade, e temos diversas casas para ‘tomar conta’”. Entrei no seu joguinho.

“Sendo assim, será um prazer satisfazê-la Mon Cherry”.

Após o sotaque francês, Emmett beijou meu pescoço com leves mordidas para me arrepiar e deslizou as mãos pelas minhas costas, suavemente, com carinho e direcionando ondas de prazer para o meu corpo.
Delicadamente, o que era estranho para Emmett, ele tirou minha blusa e com meu auxilio a sua própria também.
Mais alguns minutos de carinho e já estávamos quase nus. Ele admirava meu corpo escultural e eu me deleitava vendo seus inúmeros e definidos músculos.
Nossos corpos eram perfeitos em sintonia, como uma única peça feita que por algum motivo foi partida e que enfim encontrara sua outra parte e agora podia ficar unida, unida para sempre, como deveria ser. Era assim que eu me sentia em relação a ele.
Beleza e força. Amor e desejo. Imortalidade. Eternidade. E para sempre Emmett...

Esses pensamentos giravam em minha mente enquanto ele beijava toda a extensão do meu corpo. Ele percebeu meu estado de satisfação e preparou-se para aumentá-lo.
Com as presas afiadas ele arranhou carinhosamente minha barriga e rasgou o único tecido que estava impedindo-me de estar totalmente nua.
Já sabia que era questão de tempo para começar a expor prazer, pois ele estava próximo demais do ponto de êxtase. Sua língua iniciou os movimentos circulares, como que para explorar melhor cada ponto e agarrei suas costas fortemente. Então, com menos sutileza, sua boca me fez gemer quando deliciosamente passeou pelos ‘países baixos’.
Ele mostrou um sorriso desconcertante e caminhou sua língua por um longo trajeto até alcançar novamente meus lábios. Repentinamente, ele abriu um pouco minhas pernas e colocou seu corpo por cima do meu, e com alguns movimentos pensados fez contato entre nossos corpos.
Senti-me vulnerável e satisfeita ao mesmo tempo. Emmett se encaixava perfeitamente, com certo incomodo sim, devido ao seu tamanho, mas de certa forma, éramos feitos um para o outro.
Ele continuou o ato de penetração lentamente para não me machucar e agilizava o ato de acordo com os meus gemidos, e gritos por vezes. Suas estocadas eram mais rápidas e mais fortes e era tão bom senti-lo dessa maneira. Assim como eu, ele também estava extasiado, o que tornava todo o clima mais fogoso.
Emmett arfava enquanto seu membro continuava com as estocadas, e suas mãos contornavam as formas de meus seios, por vezes ele mordia o centro, e outras me beijava para sentir meus gemidos por entre seus lábios.
As horas passavam, a casa estremecia, as paredes rachavam, e nunca parávamos. Aquilo era algo inexplicavelmente divino, e eu me sentia viciada em Emmett para me permitir usar a razão e frear de alguma forma o momento.

Ao todo, decidimos parar depois de três luas e após diversas posições, concordamos que por hora deveríamos nos preocupar com a alimentação e outra casa, pois essa já estava com todos os móveis quebrados e as paredes derrubadas. Idéia de Emmett querer utilizar todos os cômodos da casa para o ato sexual, ou então, quando já não existiam paredes, utilizar os móveis como apoio. E esse havia sido o resultado.

“Que pena, eu gostei tanto dessa casa” Revelei.

“Eu também, porque você acha que ficou desse jeito?” Ele riu.

Percorremos um longo caminho em busca de animais e encontramos alguns herbívoros nojentos. Foram necessários muitos deles para atenuar a brasa em minha garganta.

Mudávamos de região todo o tempo para conhecer todos os cantos da França, e decidimos nos estabilizar em Normandia. Já fazia uma semana que estávamos ali, e inúmeras casas haviam sido destruídas nas demais localidades. Por sorte, os humanos pensariam que tudo não passara do efeito da guerra.
Estávamos em um casebre desfrutando de momentos íntimos, quando percebemos um certo movimento quilômetros à distancia. Interrompemos o ato para verificar do que se tratava.

O cheiro já dizia prontamente o que era, mas queríamos saber o motivo da aproximação de tantos humanos.
Eram soldados, muitos soldados por sinal, estavam montando um grupo de ataque. Pelas características físicas de alguns rapazes, notei que eram Soviéticos, Norte-americanos e ingleses.
Nossa distancia era grande, então não chamaríamos muita atenção. Mas não poderíamos sair sem sermos notados, assim, Emmett e eu decidimos permanecer no casebre até que os humanos se retirassem.

Durante os dois dias que passaram, o numero de soldados aumentou significativamente. Isso dizia que a guerra já estava com um novo lugar determinado para a matança. Sabíamos que haviam soldados alemães nas redondezas, então, isso dizia que era uma tropa para ataque.
Sem dúvida, esse dia seria marcado na história humana. Dia 6 de junho de 1944 – Mais tarde conhecido como o ‘Dia D’ (Dia da Decisão).

Normandia começava a ficar pequena já que havia aproximadamente 176 mil soldados prontos para o ataque contra os nazistas.

Emmett queria participar das lutas; sabendo que venceria, contudo, o lado da razão teve grande peso na decisão. Porque muito sangue seria derramado, e sangue humano... Algo que ambos não estaríamos dispostos a ver ou sentir.

Cautelosamente, saímos do local e vigiávamos de longe o resultado que teria o conflito.

O que realmente me surpreendeu foram os soldados nazistas, um número muito grande de soldados realmente, porém nem todos em condições de lutar. Havia mulheres, idosos, crianças e outros integrantes da população que normalmente eram impedidos de participar desses acontecimentos.

Eu analisava de longe os rostinhos infantis, os olhares tristonhos e cansados de muitos deles. E resolvi por mim mesma permanecer naquele lugar, para poder auxiliar em alguma coisa. Interceder, porém sem ser notada e eu sabia que Emmett apoiaria qualquer decisão minha.

O massacre iniciou e os soldados mais hábeis ficaram à frente dos demais. Era um festival de horror e automaticamente interrompi a circulação de ar pelo meu sistema. Já seria bem difícil estar apenas vigiando, mito mais, sentindo o cheiro do liquido proibido. Notei que Emmett fazia o mesmo ao meu lado.

Tiros... Mortes... Bombas... Mortes... Gritos... Mortes... Choro... E mais mortes. Cadáveres por todos os lados e os soldados começaram a cobrir outras áreas. Notei que muitas crianças tentavam se esconder com olhares desesperados. Percebi um grupo de crianças loiras dos olhos claros e pele pálida, eram muito parecidos e mantinham-se abraçados. O maior voltava o corpo para proteger os três menores. Irmãos provavelmente. A mais nova deveria ter no máximo sete anos.

Muitos grupos tentaram se separar para proteção, mas eram aniquilados ao tentar fugir. Eu não agüentava mais, estava a ponto de partir, seria mais fácil fingir que nada disso acontecia, pois não havia uma maneira segura de ajudá-los. Seriamos expostos e os Volturi nos colocariam em uma guerra particular – também sem escapatória. E alguém que eu jamais poderia perder era Emmett. Ele era tudo o que eu tinha e tudo o que eu jamais poderia deixar.

Peguei sua mão e dei um leve aperto, ele entendeu que eu queria partir e analisamos toda a área para identificar um bom ponto de fuga.

Começamos a correr e fomos obrigados a parar depois de certa distância, porque ali também havia soldados. Um número bem menor, mas ainda assim estavam em luta.

Diversos homens estavam desarmados, porém resistiam duramente. Outros tentavam proteger aos amigos e acabavam tendo o mesmo fim.
Depois de algum tempo, vendo que estavam em desvantagem, um grupo com aproximadamente vinte soldados correram em nossa direção, mas foram perseguidos. Um tiro acertou o braço de Emmett, que retirou a bala sem esforço algum, como se fosse uma pétala de rosa.

“Melhor sairmos daqui” Ele alertou.

“Com certeza” Respondi e foi um erro.

Ao respondê-lo, liberei oxigênio para os meus pulmões no mesmo instante em que cinco soldados caiam pela floresta. O cheiro era tentador, voltei meu corpo para a direção indicada.

“Rose, não!” Emmett notou minha reação e me apertou em seus braços.

“Certo...” Automaticamente relaxei. Eu já havia lidado com esse cheiro muitas vezes em outras cidades, o fato dele estar tão forte pelas feridas não era nada. Eu já enfrentara isso com Emmett e superara, não seria agora que eu iria ter uma recaída.

O fluxo de ar me causava dor, mas me lembrava que humanos também sofriam e que eu era o mostro deles.
Ouvi mais alguns tiros e gritos daquele pequeno grupo enquanto corria e o vento trouxe um outro aroma.
Era algo indescritível. O melhor dos cheiros, algo digno dos Deuses. Eu precisava disso, eu necessitava disso.

Virei meu corpo para a direção do aroma e Emmett não foi capaz de me frear. Rosnei com sua aproximação. Ele não podia me negar aquilo. Era algo que nem eu mesma poderia lidar. Menos de um quilometro e eu obteria o aroma para mim.

Parei no lugar exato em que o cheiro exalava. Era de um homem, um homem bastante forte, estava de costas para mim e identifiquei o ferimento, ele segurava a barriga, o local onde as balas haviam passado. O sangue era muito vermelho e impossivelmente irresistível. Jamais na minha imortalidade havia desejado tanto um humano – ou o sangue dele.

Esse era o sangue mais doce, convidativo, provocante que já sentira.
Emmett tentou me bloquear.

“Rose, não faça isso, você vai se arrepender” Ele estava assustado.

“Se você realmente me ama, me deixe fazer isso” Respondi usando o único argumento que o faria permitir o ato cruel.

Emmett não tentou me impedir, me aproximei da minha presa sentindo o veneno encher minha boca, o prazer de ter aquele sangue deslizando por minha garganta era tudo o que eu me permitia pensar.
Antes de conseguir prender-me ao corpo o homem virou-se, ficando de frente para mim.

Ele era muito bonito, aparentava ter cerca de vinte sete ou vinte oito anos, era forte, de pele clara, mas um pouco queimada pelo sol. Seu cabelo era louro-escuro; quase castanho e seus olhos eram azuis demais, um oceano que transbordava lágrimas. Ele gemia de dor, seus olhos saiam de foco e voltavam. Ele ainda não tinha notado minha presença. Eu apreciava minha presa antes de acabar com seu sofrimento. Ele finalmente captou nossa presença e seus olhos se prenderam em mim.
Meus instintos ficaram congelados, Emmett gemeu de surpresa.

“Caramba... Ele parece com você” Disse abobado.

Realmente, havia diversos traços semelhantes entre nós. Seu rosto era quase dez anos mais velho, mas mesmo assim, notava-se a semelhança, as ondas no rosto, o formato do nariz, e o primordial, o contorno avermelhado nos olhos cor do céu.
Quem era esse homem? Minha mente tentava trabalhar enquanto minha garganta queimava.

“Ro-sa-lie?” Perguntou o desconhecido com muita dificuldade.

Ele me conhecia? Quem poderia ser este homem de olhos claros como o céu e cabelos claros, seu olhar era penetrante e ao mesmo tempo sincero. Usei minha mente para conseguir a resposta e meus lábios respondiam prontamente antes do meu cérebro me enviar o relatório completo.

“Philipe?” O nome escapou de minha boca.

“Eu sabia que aquela noite não foi apenas um sonho, você realmente estava lá. Viva! Eu te amo tanto...” Ele tagarelava enquanto tomava fôlego para soltar mais palavras, sendo interrompido pela dor.

“Você realmente se tornou um soldado! Um ótimo soldado! E o Rich? Mamãe? Papai?” Sabia que estava me expondo, mas queria saber o Maximo possível sobre a família que um dia havia sido minha.

“A guerra não têm limites... Todos eles acabaram...” Uma lágrima completou o que seus lábios não puderam responder.

“Eu sinto muito...” Minha família havia perdido a vida na guerra e agora eu via meu único pedaço de humanidade morrendo “Eu vou te ajudar”.

“Não! Já não há mais nada que você possa fazer Rose... Apenas saiba que você sempre foi uma pessoa maravilhosa e sempre será” Ele me lembrava e Emmett ouvia tudo em silêncio.

“Eu não quero te deixar...” Eu poderia transformá-lo, mas fraco como estava seria uma atitude inútil, e ainda por cima, com seu sangue doce eu tinha certeza que não iria conseguir.

Toda a humanidade que um dia eu sonhei reconquistar transformou-se em um simples sonho impossível. Minha família era um pouco do que um dia eu fui... Era... Porque tudo o que me restou foi meu irmão. O melhor soldado. Um bondoso e justo homem.
Meu coração em várias situações havia se fragmentado, partido, quebrado, porém Emmett conseguira recuperá-lo e deixá-lo saudável; contudo, essa era uma outra prova que sem dúvida eu não podia enfrentar. Visualizar o meu último fragmento falecer era matar Rosalie Hale, e o pior de tudo é que mesmo sendo forte, rápida e bonita eu não podia ajudá-lo de forma alguma. Eu não podia acabar com a dor e trazer a alegria para uma das pessoas que mais me proporcionaram o melhor.
Philly era carinhoso, corajoso, dedicado... Eram diversas qualidades para uma única pessoa. A vida era injusta para os bons...

Senti meu rosto enrijecer e se pudesse, certamente uma chuva de lágrimas deslizaria pela minha face. Ele passou a mão de leve em meu rosto, senti seu toque quente e ele tentou apoiar-se em uma árvore. Ajudei-o.

Philipe tirou um objeto do bolso que refletia demasiadamente no sol à pino.
Era um simples cubo, e minha visão me permitiu ver o impecável desenho dentro do cubinho. Uma Rosa Cristalizada.

“Eu nunca me esqueci de você” Ele apontou para o objeto ao qual eu tinha um igual que era presente dele próprio, feito por suas mãos.

Certamente uma Rosa Cristalizada me representava neste exato momento. Eu tinha certeza que à partir deste momento não existiria Rosalie Hale, pois não haveria mais nada que a manteria viva dentro de mim. Eu me despedia dela e de seu irmão ao mesmo tempo e lamentava profundamente a perda de ambos.
Permiti que ela sobrevivesse por meros minutos para manifestar-se e finalizar o momento triste que sucedia.

“Você foi e sempre será o anjo mais perfeito que existiu na terra” Revelei para meu irmãozinho já não tão pequeno.

“Não vale retirar as palavras da minha boca” Ele tentou rir, mas o esforço estava sendo demasiado.

“Queria poder fazer algo por você, tem alguma coisa que você queira? O que for?” Sentia meus olhos marejar, o que era impossível, então, era tudo fruto da minha imaginação. Vampiros não choram, são criaturas frias e sem sentimentos. Egoístas por natureza, sem amor próprio e sem alma.

“Tudo o que eu mais queria já se realizou... Ou melhor, está se realizando. Eu estou vendo a única pessoa que me fez falta durante onze anos” Philly respondeu com lágrimas deslizando por seu rosto de aspecto jovial.

“Eu sempre te amarei... Sempre... Sempre” Falei abraçando-o.

“Eu também... Eu também...” Ele suspirou e senti seu corpo relaxar.

Os minutos voaram e eu permaneci petrificada com meu irmão morto nos braços. O final da minha vida, o começo oficial da minha imortalidade. O último fragmento conseguiu extinguir-se por completo, e assim, Rosalie Lillian Hale foi aniquilada do meu corpo eterno. Todos os seus sentimentos foram congelados para jamais transparecerem. Tudo o que um dia havia sido sonho, agora se tornava pesadelo. Era o fim de uma vida de menina e o inicio de uma vida de mostro. Um círculo místico que causava dor.
Dor... Eu jurei pra mim mesma que jamais sentiria isso novamente. Eu causaria isso. Eu aprendi a lidar com o sofrimento. A felicidade era algo impossível, então, coloquei uma máscara caso fosse necessário para alguma companhia próxima a mim. Pois, desse dia em diante Rosalie Cullen seria o que foi transformada para ser. Uma criatura sem fins e que destruía tudo o que tocava. Já não havia mais motivo para nada, porém a morte não era uma opção para alguém imortal.

Levantei-me com meu novo corpo e meu novo rosto, lembrando pela última vez o momento exato em que o sol atingiu o brilho dos olhos azuis de anéis avermelhados, e no segundo seguinte desfocados. E um cubo cristalino que foi enterrado no mesmo local em que seu fabricante descansaria em paz.

Emmett nada disse durante todo o momento, mas ele sabia que nada seria igual. Ele sabia que os sentimentos bons estavam enterrados junto ao garoto e que os sentimentos ruins fluiriam livremente. Porém, seu amor jamais mudaria. Ele envolveu seus braços em volta de minha cintura para demonstrar que para ele nada importava, se pudesse ter sua anja para sempre.

“Ninguém jamais pode saber do que houve hoje. Evite todos os seus pensamentos relacionados à esse fato. Enterre tudo e seguiremos em frente, você é quem eu amo e isso basta” Falei bruscamente.

Realmente, não queria a pena de ninguém, eu aprenderia a viver sozinha, ou com Emmett. Minha vida sempre dependeu dele, desde o momento em que ele surgiu, e não seria justo fazer algo contra isso. Ele seria o único que conheceria tudo sobre mim, e o único em que eu me apoiaria, ou receberia o verdadeiro amor. Sentimento que agora parecia apenas ilusório.

Como uma bela caçadora, eu queria uma presa difícil, e o desejo de vingança pelo irmãozinho de Rosalie cresceu em meu peito. Essa guerra finalmente terminaria e eu queria saciar minha vontade de sangue.
Um soldado morre, uma garota sonhadora morre, e assim, alguém teria que pagar com a própria vida pelo ocorrido.

Retirei-me do local em que tudo acontecera e direcionei-me ao caminho que minha mente apontava como certo. Um destino de sangue. Um destino vermelho.

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Notas finais do capítulo

Coments sobre o livro Bjokas de alguem feliz que ja vai começar a facul.............



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