Life is Unexpected escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 18
Capítulo 17




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Pedro e Karina partiram no dia 27 pela manhã. Chegaram na Flórida no meio da tarde, graças ao fuso-horário. O rapaz havia alugado um carro, para que pudessem ter liberdade e mobilidade. Foram direto para o hotel e caíram na cama, exaustos e desacostumados com a mudança de horário.

Na manhã seguinte, Karina acordou com o que julgava ser a visão do paraíso. Se revirou na cama e se abraçou mais às cobertas, descobrindo enfim como era o famoso inverno americano. Pedro estava na janela, com as cortinas abertas, observando o parque ao fundo. Ele trajava apenas uma cueca e a loira suspirou diante da cena.

“Bom dia, minha esquentadinha mais linda do mundo.” Ele cantarolou, indo até ela e se deitando ao seu lado, enquanto a abraçava e beijava. “Dormiu bem?”

“Ainda não acostumei com o fuso-horário, mas consegui descansar.” Ela sorriu um pouco envergonhada e ele franziu o cenho. “Amor... Sua roupa.”

“Ah, eu estava tomando banho.” Ele deu de ombros.

“E você não vai se vestir?”

“Eu estou te incomodando?”

“Hã, não, quer dizer... Não, não está. Mas é estranho.” Ele riu da reação dela.

“Ka, eu não vou fazer nada que você não queira, você sabe.”

“Eu sei, Pe, mas é só que... Eu fico confusa, sabe? Se eu quero ou se eu não quero, sobre tudo o que eu sinto.” Ela suspirou, enroscando os dedos no lençol da cama. O rapaz riu, beijando a ponta do nariz arrebitado dela.

“Que tal pensarmos nisso depois? Temos um parque enorme nos esperando ali fora.”

Dizer que a Disney é o lugar mais maravilhoso do mundo é um eufemismo, mas é preciso dizer quantas vezes forem necessárias. Os dias que se seguiram com certeza ficariam marcados como alguns dos melhores da vida de Pedro e Karina, e mesmo décadas no futuro eles ainda teriam os detalhes gravados com precisão na memória.

O momento em que a loira experimentou cerveja amanteigada ou viu o castelo de Hogwarts pela primeira vez, a alegria de Pedro ao abraçar o Pateta, ou ainda quando os dois, simplesmente do nada, começaram a dançar uma valsa ao avistarem a Bela e a Fera. E diriam se lembrar também da noite da virada do ano no Magic Kingdom, onde assistiram uma das mais espetaculares queima de fogos que existe. Porém, isso não seria verdade.

Eles realmente haviam se programado para assistir a virada em meio aos outros turistas, comprado os ingressos e tudo, mas os planos acabaram se mudando de última hora. Após um dia “de folga”, já que queriam estar bem dispostos para a queima de fogos, se preparavam para jantar no restaurante do hotel.

Karina estava terminando de se arrumar no banheiro, trajando uma linda camiseta do Mickey e uma calça jeans nova. Tudo seria encoberto pelos casacos, obviamente, mas pelo menos estaria virando o ano com uma roupa gostava. Em sua cabeça, matutava uma ideia constante, mas tinha medo de colocá-la em prática.

“Esquentadinha... O jantar chegou.” Pedro bateu na porta e ela se surpreendeu, saindo do banheiro e encontrando duas bandejas sobre a cama com um sorridente rapaz ao lado. “Achei que seria mais gostoso e aconchegante se nós comêssemos aqui. Sabe, sem uma tonelada de casacos.”

“Adorei a ideia. Qual é meu, qual é seu?”

“Os dois são nossos. Pedi batatas fritas, dois hambúrgueres divididos em dois, porque são diferentes e nós dois gostamos dos dois. Pedi dois copões de Coca e uma sobremesa de dar água na boca.”

“Você me conhece muito bem, moleque.”

Dividiram os dois lanches, após enchê-los com salgadinhos com cheiro de chulé e batata frita. Se empanturraram com a sobremesa, mas como era de se esperar, começaram uma pequena guerra com a calda e o sorvete e, logo, Pedro havia colocado as bandejas no chão e os dois se embrenhavam nos lençóis.

O relógio correu, os minutos passaram, os fogos preencheram o céu, o ano novo chegou. O quarto foi preenchido por um silêncio cômodo, gostoso, quebrado apenas pelas batidas compassadas do coração de ambos.

“Perdemos a queima de fogos.” Comentou Pedro em voz baixa.

“A Bianca diz que quando beija o Duca vê fogos de artifício.”

“Olha, então vimos uma queima bem maior do que a do Magic Kingdom.”

“Você não presta, Ramos.”

“Nunca disse que prestava.”

O silêncio voltou logo depois, mas era confortável. Depois de um tempo, Pedro se levantou e caminhou até o banheiro, abrindo a torneira da banheira e deixando que ela começasse a encher. Voltou até a porta, encontrando Karina deitada de lado, curiosa, enrolada no lençol. Ele esticou o braço e ela sorriu, jogando a coberta longe e se dirigindo até ele.

Por dentro, tinha certeza que aquele seria um ótimo ano para ela e seu guitarrista animador de festas infantis, e torcia que fosse para as amigas também. Mas infelizmente, nossos desejos só podem ir até certo ponto, quando se chocam com os da outra pessoa.

Enquanto Jade entrou no novo ano com o pé direito, ansiosa com os preparativos do casamento e a busca por uma casa ou apartamento com Cobra, Mari ia se afundando cada vez mais nas sombras dos demônios de seu passado.

E assim se passaram os primeiros meses do ano e logo março havia chegado, trazendo o fim do versão e o início do outono, não que isso influenciasse muito no Rio de Janeiro. Nesse interim, a empresa só crescia e prosperava.

O escritório estava em polvorosa com a organização do primeiro casamento fora do estado. Haviam sido contratadas por um casal residente no Rio, mas com família no interior de São Paulo e que se casaria na cidade natal. Aquele era um passo gigantesco para a GND, e Karina não estava lidando muito bem com a pressão.

“Como esperam que eu imagine uma cerimônia em um lugar que eu não faço ideia de como é? Essa fotos não me dão dimensão, não me dão noção.” Ela bufava nervosa, andando pelo meio do escritório, ignorando sua sala e fuzilando os empregados. Jade gargalhou, parando à porta da sua própria sala e a observando.

“Tá com falta daquilo, Duarte?”

“Não, Gardel, to tendo de sobra, obrigada por perguntar. O que eu to com falta é de ideia.”

“K, tenta pensar em algo que a agrade a Nathalia, o resto a Maria e o Paulo adaptam ao lugar.” Mari gritou de sua própria sala, focada nos papeis em sua mesa. Maria era a principal decoradora da empresa e Paulo o novo cerimonialista contratado após a expansão do ano anterior, um gênio de 35 anos que havia as contratado para cuidar da festa de sua união com seu parceiro, Marcos. As três haviam se maravilhado com as ideias e os contatos que ele fizera, e ele logo havia sido contratado.

“É, loira, escuta a seleção que a Nathalia fez e deixa a imaginação fluir. Eu pensei em usarmos cores quentes, mas em uma tonalidade pastel, então isso já te ajuda.” Maria concordou com a patroa, e Karina bufou, caminhando para sua sala e colocando os fones de ouvido. Todos a encararam com apreensão, e só relaxaram quando ela começou a digitar freneticamente no computador.

Com a calmaria voltando a reinar, Jade retomou o que fazia antes de ir encher o saco da amiga. A ex-noiva de Cobra estava processando a empresa, as acusando de golpe. Nada no processo fazia sentido, nem as testemunhas ou os argumentos usados. Agora, cabia à João, recém-formado em direito, resolver o circo que o tico e influente sr. Borges formara para agradar a filhinha. E para a sorte de todos, o Spinelli tinha o que usar.

“Com licença?” Ella apareceu na porta do escritório, atraindo a atenção de todos. “Gente, o Jeff pediu para eu vir chamar todo mundo. Nós preparamos lasanha com a Annie e trouxemos para o almoço. O Cobra e o Pedro já estão lá, então sugiro que corram.”

“Se o moleque acabar com a lasanha, mato ele.” Rosnou Karina, largando o que estava fazendo e pulando da cadeira.

é magra de ruindade mesmo, né? Deus do céu.” Jade saiu de sua sala aos risos, encarando Mari. “Caipirinha, você não vem?”

“Não vou almoçar hoje, Jade. O contador da Garcia está no meu pé, querendo o relatório do casamento dela. Gasta quase R$100 mil em uma cerimônia e depois ainda manda contador torrar o saco.” A mulher respondeu, sem tirar os olhos da dezena de papéis.

“Quer que eu traga um pedaço para você?” Ella ofereceu com seu usual sorriso bondoso, sempre alheia as patadas de Mari.

“Claro, seria ótimo.”

“Presunto e queijo ou frango.”

“Pode ser um pouco de cada.”

“Claro, já trago com a Annie.”

“Obrigada.”

Ella saiu, seguindo os funcionários, e Mari voltou sua atenção total para o relatório. Jade e Karina ficaram olhando de uma para a outra, sem entender nada.

“Devemos nos preocupar?” Sussurrou a loira, recebendo uma jogada de ombros da antiga dançarina.

“Atualmente, não sei mais o que é normal ou não.”

No refeitório, os funcionários estavam reunidos em uma grande mesa, rindo e conversando. Cruzaram com Ella e Annie à porta, as duas levando a lasanha e um copo de suco para Mari. No balcão onde estavam as travessas, os três rapazes se empanturravam com seu terceiro pedaço.

“Vai acabar perdendo o que lhe resta do tanquinho, vagabundo.” Repreendeu Jade, arrancando o garfo da mão do noivo e apanhando um pedaço de lasanha. “Eca, tá amarga.”

“Amarga onde, minha dama? Essa lasanha tá uma delícia.”

“Você que é cão vagabundo e come o que vê na frente.”

“Eu comi vo...”

“Parou aí, que a censura do horário não permite.” Karina interrompeu a discussão, enquanto todos caiam na risada. “Jeffinho, querido da K... O que você fará hoje a noite?”

“Tá querendo meu corpo, K? Acho que o Pedro e a Ella não iriam gostar muito.”

“Por mais que eu te ache extremamente sexy, prefiro meu guitarrista desengonçado.”

“Hey.” Pedro protestou com a boca cheia de comida.

“Fica na sua, amor. Em todo o caso, você pode levar a baixinha para a sua casa hoje?” Os olhos de Pedro e Cobra brilharam ao ouvir isso. “Pelo amor de Deus, parem de pensar com a cabeça de baixo. Vocês dois também vão ficar nas suas respectivas casas hoje.”

“Por quê?” Exclamaram indignados, enquanto Jeff passava mal de rir.

“Para nós duas passarmos um tempo com a Mari.” Jade apanhou a ideia da amiga no ar e quis falar depressa, fazendo voar lasanha para todo o lado.

“Tá passando tempo demais com o vagabundo.” Pedro começou a tirar os pedaços do cabelo desgrenhado.

“Eu fico com ela sim, gente. E acho uma ótimo ideia vocês três ficarem um tempo junto, vai fazer bem para a Mari. A Bells tá reclamando muito, falando que a mãe tá estranha e ausente. Ela melhorou do final do ano, mas ainda tá estranha.” Concordou Jeff, se servindo de mais um pedaço.

“Não é só de nós duas que a Mari sente falta.” Karina não conteve o comentário ácido, mas Jeff fingiu ignorar.

“Bom, então vamos terminar logo, porque eu e o Cobra ainda temos que ir encontrar o nerd esquisito e tratar do processo da maluca da ex desse vagabundo.” Jade limpou o prato, surpreendendo os presentes.

“Quantos pedaços você comeu?”

“Cinco, guitarrista, por quê? Algum problema?”

“E aonde que vai tudo isso de lasanha, meu Deus?”

“Se não ficar quieto, a travessa vai para a sua cara.”

“É amor demais.” Suspirou Karina, virando seu copo de suco. “Vamos, moleque... Temos que ir no depósito conferir as coisas para a festa de sábado.”

O depósito ficava nos fundos da loja que Pedro herdara, que outrora havia sido um galpão gigante e vizinho, mas que eles haviam comprado no ano anterior e anexado ao prédio original. E a cada mês o depósito se enchia mais, graças ao trabalho de Maria e dos artistas que montavam as decorações temáticas. A da vez era o mundo dos piratas e o rapaz estava irritado com o fato de o papagaio falante estar quebrado.

“Eu sempre peço para checarem todos os itens. Isso aqui tá cheirando a refrigerante, certeza que teve criança que pegou e derrubou. Queimou os circuitos e não sei se dá tempo de arrumar. E esse papagaio é o diferencial.”

Ele estava sem camisa, já que o lugar era bastante abafado, e segurava uma prancheta. Os cabelos estavam colados no pescoço e ele caminhava de um lado para o outro, inspecionando tudo. Karina estava sentada ali perto, em uma carruagem da Cinderela, observando tudo admirada.

Desde a viagem no ano novo, pensava muito no relacionamento dos dois. Já havia conversado com Jade diversas vezes, já que ambas estavam no mesmo pé. Ela e Pedro sempre haviam sido e sempre seriam opostos completos, e isso era uma preocupação constante para a loira. Ele era extrovertido, brincalhão, sereno e gentil. Ela era mais fechada, briguenta, esquentada e às vezes um pouco rude. Só combinavam no quesito ciúmes, esse campo eles tiravam páreo duro.

Mas desde a ida à Disney começara a enxergar isso como uma espécie de yin e yang, os opostos que se completam perfeitamente. E isso a acalmou sobremaneira, tanto que ela e Pedro haviam passado a conversar de maneira mais séria sobre o futuro e começado a traçar metas e planos para um futuro não tão longínquo.

“Você vai contar para a Mari hoje?” Como que lendo sua mente, ele proferiu a pergunta que assolava sua mente. Ela negou com a cabeça enquanto ele se aproximava e ficava entre suas pernas.

“Ela ainda tá assimilando o noivado da Jade e tudo o mais, é melhor irmos em passos de bebê. E também, eu não vou me mudar semana que vem. Vou continuar na casa até o casamento do casal de cachorros da Disney, e depois começamos a cuidar de transformar aquele seu chiqueiro em uma casa para nós dois.”

“Mas ainda tem quase um ano para a Jade e o Cobra casarem.”

“Pedro, meu lindo, nós temos o resto das nossas vidas para passarmos juntos. Você sabe que eu não tenho pressa de amarrar nossos trapos, eu to gostando de como a nossa vida está. Eu já me saturei da vida doméstica, já poderia assinar um documento de união estável com a Jade e a Mari faz tempo, porque a única coisa que falta para virar um casamento é nós fazermos sexo.”

Ele teve que rir da comparação, enquanto a abraçava mais forte e beijava sua testa. Sabia que a namorada estava ansiosa para ir morar com ele, mas ela merecia curtir um pouco essa vida de “solteira”, mesmo namorando. Os últimos anos haviam sido de mãe e esposa, praticamente, e agora ela estava se libertando e se descobrindo na vida. Pensava até em deixar de vez os casamentos, ficando apenas nas festas infantis.

“Bom, vamos terminar o que precisamos aqui, guitarrista, porque eu ainda tenho que sair com as meninas.”

“Ah, minha esquentadinha... Nem um pouquinho de açúcar para o seu alazão?”

“Meu Deus, você tem que parar de assistir Shrek com a Annie, já tá repetindo as falas.” Ela riu, enquanto ele a puxava para o chão. “Mas tampa a cara do Barney, porque não vou fazer nada com ele olhando para nós dois.”

Quando a noite caiu, a casa das meninas estava anormalmente quieta. Anabella já havia passado por ali e tomado banho, e àquela altura já deveria estar jantando com Jeff e Ella, além de enchendo o saco deles para assistir Frozen.

Jade já estava pronta no sofá, jogando o videogame que Cobra havia dado para a sobrinha. Aquele jogo da Barbie era mais difícil do que gostava de admitir.

“Cadê a K?” Mari desceu colocando os brincos, trajando um vestido vermelho soltinho.

“Algum contratempo relacionado ao Barney. Quem vai entender.” A morena deu de ombros, relembrando a ligação de alguns minutos antes.

“Cheguei.” Karina entrou correndo, a roupa toda torta. “E a prol da curiosidade, o Barney sobreviveu sem danos irreparáveis. Eu acho.”

“Vai tomar banho e tirar esse cheiro de Pedro.” Mandou Mari, rindo enquanto via a amiga subir a escada.

“E depois eu quero saber o que você fez com o pobre dinossauro.” Gritou Jade.

“Você tem certeza que quer saber o que ela fez com o Barney?” Mari questionou.

“Sou curiosa, o que se pode fazer.”

Karina, como era esperado, ficou pronta em menos de dez minutos. Desceu as escadas pulando e cantarolando, no que Jade chamava de “alegria pós-sexo”.

“Vamos, vamos, vamos... Eu estou com fome e quero comer logo. E pedrinha, eu dirijo.”

“Não to afim de morrer não, loira, muito obrigada.”

“Deixa a maluca, Jade. Se a gente morrer, volta para puxar o pé dela.”

“Yeah, dirijo muito, tá ligada? Aliás, como onde vamos?” Karina apanhou a chave do carro, saltitando pela porta.

“Para qualquer lugar com comida... To varada de fome.”

“Eu fui em um boteco muito bom com o Pedro, que tem umas porções bem legais. E eu to com uma vontade absurda de comer batata frita.”

Obviamente não pediram só batata. Pediram frango à passarinha, calabresa acebolada e uma porção bem gorda de polenta. Para quebrar o pecado, uma saladinha básica, que quase não foi tocada. Tão logo as coisas chegaram, Jade começou a se empanturrar.

“Garota, você comeu meia lasanha no almoço e agora tá comendo que nem uma maluca. Você tá doente?” Perguntou Karina, estranhando já que Jade, mesmo após deixar o ballet, a morena seguia uma dieta saudável.

“Me deixa, Karina, eu to com fome.” Ela resmungou, enchendo a boca de comida. A loira franziu o cenho, a encarando.

“Jade Gardel, quando foi a sua última menstruação?” Soltou a pergunta de repente, fazendo as amigas se engasgarem com o que comiam. A dançarina riu nervosa e respondeu depressa.

“15 de janeiro.”

“Sua maluca, estamos no dia 28 de março.” Mari lembrou, fazendo as contas. “Faz dois meses e meio.”

“Que porcaria de problema vocês tem com camisinha, suas imbecis?” Karina encheu a boca de batata frita, frustrada e irritada. “Ou com pílula, adesivo, coito interrompido... Contracepção só é pecado para o Vaticano, por lei é permitido.”

Jade empalideceu instantaneamente, recebendo um olhar solidário das amigas. Karina suspirou, segurando a mão da morena e sorrindo para ela.

“Não vamos pensar nisso esta noite, tudo bem? Amanhã nós pensamos nisso, está bem?” Propôs a outrora lutadora, sorrindo amarelo.

Mas é claro que isso acabou com a noite. Comeram em meio à conversas forçadas, todas inquietas. Saíram de lá e foram para casa, conversando sobre assistir um filme. Faziam muito isso quando Annie era pequena e tinha insônia.

Se trocaram e preparam pipoca e brigadeiro. Jade enjoou com o cheiro da pipoca e comentou que era a primeira vez. Mari lembrou que poderia ser o nervoso, já que ela estava de boa com o brigadeiro. Por fim prometeu que passaria na farmácia pela manhã e compraria um teste de gravidez para ela.

O filme era divertido, uma comédia com Sandra Bullock e Melissa McCarthy. Como sempre, Jade se entediou depressa e acabou adormecendo no colo de Karina. Antes que o filme acabasse, a loira já havia embarcado também, as duas quase roncando.

Apenas Mari permaneceu acordada, sua cabeça borbulhando em pensamentos. Ela desligou a TV e ajeitou as duas no sofá cama, as cobrindo com o lençol e se deitando no canto direito, seu lugar usual. Desfrutou daquele momento de forma única, sabendo que não se repetiria muitas vezes.

Jade ressonava com a mão delicadamente sobre a barriga, em um gesto involuntário. Não sabia explicar, mas tinha certeza que a amiga estava grávida. Sabia que ela já tinha dado o próximo passo em sua vida, e tinha certeza que Karina também estava dando o seu.

Mas e ela? Quando daria o próximo passo? Se é que daria...


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Notas finais do capítulo

Oooooi gente, como vão? Tava com saudades de postar essa fic, porque eu tenho um amor muuuito profundo por ela. Estão gostando? Curtiram a Jade grávida? E Perina super tarado? E Mari... Ela tá difícil, eu sei. E vai piorar. Mas vocês vão gostar HahAHAHAHAH
See you soon ;*
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