Chamem os Bombeiros escrita por Juliana Rizzutinho


Capítulo 35
Perfídia


Notas iniciais do capítulo

Bora para história que a batata vai esquentar!



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— Saindo daqui, a gente dá uma passada na loja para experimentar as roupas, tudo bem? – me indaga.

— Hum, hum! Estou ansiosa. – digo.

— Eu também. – e me presenteia com um sorriso.

A barba do Júlio voltou a crescer, mas ele prometeu que assim que formos fazer o cosplay, raspa de novo. Se me perguntarem se o prefiro com ou sem barba não saberei responder. Apesar de que sem barba, ele fica com cara de moleque.

Estamos de mãos dadas, nos dirigindo para o elevador no jornal. Parece que o dia vai ser movimentado, porque o chefe pediu para chegarmos um pouco mais cedo. E sabe aquele dia que acontece tudo ao mesmo tempo? Pois é, hoje está assim.

O pessoal vai chegando na sala para reunião de pauta. Mas eis que entra na sala... Maldita, por que não ficou longe para sempre?

— Bom-dia a todos – diz a Melissa.

— Argh! A sapato cheiroso voltou? –me indaga o Felipe com a mesma expressão que o Brendan Jordan fez naquele vídeo que é interrompido enquanto divava.

A periguete do Tatuapé estava de férias e tudo transcorreu muito bem. Sem tretas malignas, sem fofoca, sem competição. E aí está ela, com escova feita, ressentindo a um perfume importado fortíssimo. Uma coisa que me intriga: por que o chefe a mantém? E enquanto penso nisso, ouço:

— Booooom-dia! – o chefe nos cumprimenta.

A reunião de pauta transcorre que é uma beleza. Parece como qualquer outra, piadas, café, observações entre nós, até que...

— E a Giovanna vai cobrir com o Alan a assembleia dos professores que vai acontecer no vão do Masp. Fiquem atentos, porque é quase certeza que eles votarão pela greve.

E do nada, o chefe pisca para o Murilo. Mas esse detalhe é menos importante do que a notícia que acabei de escutar.

— Mas por que você não pode ir comigo? – pergunto baixinho para o Júlio.

Ele levanta os ombros com “não sei” e completa:

— Vai ver que ele não quer nos privilegiar, né?

— Poxa, também não é assim! – revido chateada.

O Júlio suspira desolado. Droga, logo hoje que cogitamos comer donburi em uma rede de fast-food japonês. Quando me levanto e passo pela Melissa, ouço quase como um sussurro.

— Não vai com o príncipe hoje?

Viro e a encaro. Qual é? Dá vontade de gritar: “Perdeu, paulista! Agora o boy é meu!”. Menina asquerosa! A meço de baixo para cima rapidamente e continuo indo em direção ao Alan.

— Opa! Será que o Julião irá ficar chateado? – indaga o repórter e fotógrafo.

Me volto para trás e o encontro com olhar tristonho. O Alan procura na lista com qual motorista iremos. Tomará que seja o Jura ao menos.

— É! Estamos com sorte. – ele me diz.

— O que foi, Alan?

— Iremos com o Coelho.

Minha vontade é de falar: “Agora posso cortar os pulsos?”.

*****

Depois de um bom tempo (porque o senso de direção do Coelho é tão afiado quanto o de um cego no meio de um tiroteio), chegamos ao vão do Masp. A movimentação é grande, porque já tem muita gente dos sindicatos, sobretudo do Apeosesp, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo. Pela proporção do evento, parece que a coisa vai pegar fogo.

Com os olhos, procuro algum lugar onde podemos ficar, acompanhar a assembleia e que o fotógrafo tenha mais facilidade para tirar as fotos.

— Alan, olha lá! – aponto. – Ali fica melhor para...

Mas ele não me deixa completar a frase. Repentinamente pega na minha mão e me conduz até um local que indiquei. Tenho amizade com todo mundo da redação, mas essa coisa de pegar na mão e me conduzir, sempre foi feitio do Júlio. Antes mesmo de namorarmos o povo dizia que éramos a “dupla perfeita”. Corrigindo, éramos, não, somos e em todos os sentidos.

Porém, mesmo que foi um gesto banal do Alan, fico tensa. Não tenho tanta intimidade para isso. Parece que ele percebe como me sinto, se vira para trás e diz:

— Relaxa, vai dar tudo certo – e dá uma piscada.

Ok, não posso negar, o Alan é bonito. Tem os cabelos longos, bem cuidados, a barba bem tratada, e lembra um pouco o Jared Leto, na sua época Jesus Cristo. Há certa disputa entre as meninas por ele, mas o fotógrafo nunca foi de dar muita bola.

Mesmo assim, quando acontece uma coisa dessas fico sem-jeito e para piorar, se estou nervosa dou sempre um sorriso amarelo. Gostaria de ser mais grossa nesses momentos.

Enquanto o pessoal chega, uma infestação de bandeiras, gente e caminhão de som lota a Paulista. Aproveito para pegar algumas informações e acabo sabendo que os professores querem um reajuste de 75% e o governador Geraldo Alckmin só acenou com 45%. Tomo nota de algumas indicações e o Alan me pergunta:

— Com fome?

— Não! Mais tarde podemos comer algo. Tomei um café reforçado. E você?

— Não também! Mas cairia bem um dunbori que vende por aqui perto. É de uma rede de fast-food japonesa, sabe?

— Sei! – digo quase seca. – Já comi lá e é muito bom. Aliás, eu e ...

— Ah sim, o barbudinho, como diz o pessoal. – e o seu tom de sarcasmo se mantém. - Vocês têm cara que comem muita comida japonesa. Apesar de que nenhum seja descendente, não é?

O quê? O que ele tem a ver com isso? E outra, como o Alan sabia que gostaríamos de almoçar justamente dunbori? Fico intrigada, mas mantenho a linha. Achei um comentário desnecessário.

— Mudando de assunto, você acha justo tudo isso de aumento que os professores querem ganhar? – me indaga.

— Claro que sim! – digo convicta. – Afinal, quer categoria que deveria ganhar tão bem quanto um médico ou advogado? São os professores! Eles têm um papel importante na educação.

— Alguém da sua família leciona, Gi?

Hum? E o Alan me pergunta sem um pingo de ironia na voz. Parece algo como curiosidade, podemos dizer assim.

— Que saiba, não. Por quê?

— Bem, eu tenho uma parente que leciona. – me revela. – E acredito que o pouco que ela ganha não merece.

— Mas por quê? – pergunto indignada.

Ele dá de ombros e me responde:

— Porque é uma tremenda preguiçosa, tem seus privilégios e...

— Alan, você não acha que está sendo um pouco generalista?

Ele apenas me olha, esboça um sorriso do lado e fala:

— Bem que sempre a achei uma idealista.

E na boa? Depois dessa fico com uma cara carrancuda e mantenho o olhar.

— Não fique brava, Gi. Isso nem sempre é um defeito. Para determinados homens, é algo gracioso. Agora entendo porque o Júlio caiu de amores por você. Sortudo ele!

Viro o meu rosto procurando algo para focar. Procurar algum participante, talvez? É isso! Assim posso me afastar do Alan. Carinha presunçoso!

E no meio do rodomoinho, o Coelho aparece:

— Tudo certinho?

E o fotógrafo mostra o quanto ele é educado.

— Ei, Coelho! Você sabe que nem sempre o motorista deve acompanhar o trabalho, não?

— Eu... Eu...

— Alan, qual é o problema do Coelho ficar aqui? – retruco. Agora fiquei realmente brava. Ele não é tão agradável como o Jura, ou recatado como o Cristovão, mas caspita, o que esse cara pensa que é?

— Opa, não tá mais aqui quem falou! – diz enquanto deixa as mãos espalmadas. – Só acho duas coisas...

— E quais seriam? – pergunto e cruzo os braços.

O clima fica realmente tenso, mas o Alan é que se apresenta mais relaxado.

— Primeiro, tem que ver se o pessoal dá produção vai ressarcir o preço do estacionamento.

— Irão, sim! Posso conversar com eles! Próximo! – continuo na mesma posição de ataque, sendo que sou observada pelo motorista com cara de cachorro perdido em dia de chuva.

— Segundo... Prefiro trabalhar com você a sós!

— Você está me cantando, Alan? – digo rasgando e sem pensar.

Pelo canto dos olhos, vejo o Coelho engolindo a seco. E o maledeto do sósia do Jared Leto, depois de uma pneumonia, me oferece mais um sorriso de canto de boca e fala:

— Longe disso! Quero ser agradável com você... Afinal, eu sei...

— Que eu e o Júlio estamos namorando, né? E te digo mais, não estou dando tanta liberdade para falar um monte de abobrinha.

Infelizmente, minha fala é entrecortada por conta do dirigente da assembleia anunciar a abertura da mesma. Aliás, ele não fala, grita no microfone.

— Boa-tarde para todos aqui presentes. – diz. – Vamos começar...

O Alan me cutuca e me aponta se poderíamos ir mais adiante. Retruco em alto e bom som perto de outro repórter do jornal concorrente:

— Está ótimo aqui!

Não tenho certeza absoluta, mas acho que o Coelho dispara:

— É o amigão caiu do cavalo! Vai mexer com uma das mais encrenqueiras...

E o que ele queria? Que enrolasse meus braços no pescoço do fotógrafo e dissesse: “Adoro você”? E mal agradecido! Ainda o defendi! Senhorzinho presunçoso!

*****

Estou eu e a Bárbara em campo. Não sei o porquê, mas me sinto confuso, ressabiado. Não é pela companhia da minha colega. Sabe quando você sente algo estranho com alguém que você gosta? É assim que me sinto.

— Júlio, tudo bem? – a Bárbara me pergunta.

Parece que sou acordado de um sonho. A encaro e a garota fica esperando a minha resposta.

— Sim.

— Tudo bem, mesmo? Porque você não é e nem costuma ficar tão avoado.

— Me desculpe.

— O que foi?

— Não sei. Estou com mau pressentimento.

— Ai, ai. Do quê?

— Não sei explicar. – revelo. – Só sei que essa sensação tem incomodado.

— Vai ver que você está cansado. Quer dar uma parada?

— Não. Tudo bem!

— Júlio, quanto mais você encuca, aí sim alguma coisa ruim acontece, né?

— Tem razão.

— E oh, notícia ruim vem a cavalo, concorda?

Pior que ela tem razão. Se realmente tivesse acontecido algo ruim, com certeza estaria sabendo. Ou não?

****

Enquanto voltamos para a redação, adianto boa parte do texto no celular e o envio para para Aline pelo whatsApp. Em uma mensagem, ela me avisa:

“Gi, fica fria! Já mando brasa aqui e fechamos o texto assim que você chegar! ;)”

“Beijos :*”.

— Mensagem do namorado?

Quase respondo: “Te interessa?”. Mas tudo que falo é:

— Não! A Aline vai adiantar a reportagem.

— Vida boa desses redatores... É o povo que coleta o que conseguimos, escreve e assina...

— Na maioria das vezes, EU assino a matéria! Ou ao menos sou coautora.

— É mesmo? – me indaga com desdém.

— É!

— Hum, então você é caso raro, Gi!

“É... sou especial, seu babaca”. Respiro fundo e viro meu rosto do lado. Logo depois chega outra mensagem pelo whatsApp.

Quando vejo é do Júlio. E tem mais algumas.

“Gi, está tudo bem com você?”.

“Não sei, amorzinho, mas estou com mau pressentimento. Me dá um toque quando der?”.

E segue outras, até que...

“Gi, não aconteceu nada, mesmo, né? Sei que é difícil o sinal no Masp, mas...Me dá um toque quando estiver chegando?”.

E aí sim, mando a minha mensagem.

“Estou voltando sã e salva! E para você ♥”.

Passa alguns minutinhos e recebo.

“Ufa! Nossa, fiquei o dia inteiro apreensivo e preocupado. Liguei até para casa dos meus pais, acredita?”.

“Jú, está tudo bem! Daqui a pouquinho podemos nos encontrar, voltamos juntos e vamos experimentar nossos cosplays *___*”

“É verdade!^^”.

Nisso percebo que chegamos no jornal. E o mais estranho... O Alan não me deu mais um pio.

Subo até a redação e arremato o texto final com a Aline.

— Tá perfeito, Li!

— Modéstia a parte, escrevo muito bem! – e pisca.

— Vá catar coquinho!

A redatora ri e aí fala:

— Vai, Gi! O Júlio já ligou duas vezes para cá se você ainda está aí.

— Posso mesmo?

— Claro! – ela olha para o relógio e me diz: - Daqui a pouco meu amor vem me buscar. Merecemos descanso, garota.

— É verdade. – concordo.

Desço até o estacionamento, mas o Júlio ainda não está lá. Encosto perto da Vespa e o espero.

— Ei! Você ainda está aqui?

Para finalizar meu dia, quem volto a ver?

— Alan, você já deveria ter ido.

— Fotógrafos cuidam de suas fotos como fossem seus filhos. Se eles não forem bem tratados, nos enfurecemos...

— Você não acha que está se achando muito, não?

Quando me dou conta, ele está próximo. Muito mais próximo do que o permitido.

— Seus cabelos são lindos, sabia?

Dou uma risadinha sem-graça, e não muito à vontade, respondo.

— Obriga...

Mal acabo de agradecer, sinto a sua mão apanhando uma mecha dos meus cabelos. Ele os puxa mais para perto e fala com uma voz abafada:

— E tem um cheiro tão bom...

Fico paralisada, e não sei o que me dá mantenho um sorriso sem-graça. “Giovanna, o empurre e mande para puta que pariu”.

E repentinamente, ele os beija.

— O que significa isso?

Viro assusta e vejo... o Júlio com olhar fuzilando para nós dois.

— Eu... eu... Júlio!

— Só beijei os cabelos dela, o que tem demais?

— Gi! Como... como você SE ATREVE?

Na altura do campeonato já empurrei o Alan, que mantém os meus cabelos em sua mão e sinto um puxão.

— Alan, seu filho da puta! Larga dela!

— Mas ela me deu bola...

— Como que é?

Fico tão sem ação, tão enlouquecida e ouço o Júlio.

— Não sei se ela te deu bola, mas...E por que você estava com sorrisinho idiota no rosto, Giovanna?

— Júlio, você está louco? Ele ficou me cantando no campo o tempo todo! Pode perguntar para o Coelho!

— Você vai me dizer que devo confiar logo no Coelho? E que moral ele tem se nem sabe qual é o endereço da própria casa?

— Júlio! Júlio, vamos conversar!

— Não tenho nada para conversar com você! – ele grita.

— Bem, olha quem fala... Experimentou o caldo da Melissa! É você que não tem moral nenhuma. – diz o Alan com desdém.

De relance, me lembro dele olhando a bunda da periguete bem no dia da votação a presidente do primeiro turno.

— Seu escroto! Então você a comeu mesmo?

— Um erro não justifica o OUTRO!

— VOCÊ A COMEU!

— Nem estava namorando com você!

— Escroto! Nojento! SEU PULHA! E ao mesmo tempo dando confiança para mim?

****

Saio de fininho da confusão. Caminho, com as mãos nos bolsos, de forma bem discreta entre os carros enquanto o pau come solto. É... é divertido ver o casal amorzinho brigando e chamando toda a atenção para eles. No dia seguinte, será a bola da vez. E como nessa redação tudo vira roda de discussão, serão formados dois times: os que são a favor da Giovanna e os que serão do lado do Júlio.

E eu vou continuar como nada tivesse acontecido. O papo não é mais comigo. Demoro para atravessar a rua. Também o trânsito chega perto do caótico aqui na Barão de Limeira nesse horário. Vou mais adiante e ela já me espera.

Francamente? Ela destoa daquele boteco “pé sujo”. Homens com cara de fim da linha a comem com os olhos, mas a Melissa não se intimida. Chego mais perto e aceno com a cabeça.

— E aí?

— Ocorreu conforme combinamos!

— Perfeito! Aqui está sua cota... – e me passa um envelope branco.

— Perai aí! O combinado seria você transferir na minha conta e...

— Você é idiota? Ninguém precisa saber que mantemos contatos, certo?

— Certo! – puxo o envelope com rapidez e o coloco na parte interna do blazer.

— Isso é tão démodé...

— O quê?

— O seu blazer! – responde ela. – Você ficaria melhor com uma polo da Lacoste...

— Apesar de que não tenho um físico privilegiado, não é? – arrebato.

Ela dá de ombros. E ofereço:

— Que tal uma cerveja para comemorarmos?

E para meu espanto, ela diz:

— E por que não? Não é todo dia que o relacionamento entre aquele barbudo fedido e a sua garota comunzinha vira manchete: Termina o relacionamento de conto de fadas da Folha da Manhã.

A cerveja chega e vem trincando. Sirvo-a para a minha amiga com destreza e depois encho o meu copo.

— Então o brinde será ao término do conto de fadas da Folha da Manhã!

Ela ergue o copo e repete:

— Ao término do conto de fadas da Folha da Manhã!


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Notas finais do capítulo

Olha... Esse Jared Leto tupiniquim e a sapato cheiroso, hein? Fala aí se não deu um óóódio! Vontade de tacar uma vassoura nesses desgraçados! Pera lá!
“Humana! Volte aqui!”, coloco a pata no ombro dessa autora porque, né?
— Ernesto? Eu...Eu ouvi você falar?
“Ouviu, bocó! E não é na história plagiadora. Bem, engula o choro e vá para o glossário”.
— Tá bom, então!
Bora para o glossário?
Glossário – Chamem os Bombeiros

Brendan Jordan – Em outubro do ano passado (2014), durante uma reportagem sobre a abertura de um shopping em Las Vegas, Estados Unidos, um garoto de 15 anos chama a atenção. No meio de vários adolescentes, ele faz caras e bocas durante uma reportagem de TV. O estardalhaço foi tanto, que além de virar meme, hoje, Brendan Jordan é um defensor das causas GLTB, virou garoto-propaganda da grife American Apparel e ganhou o apelido de “garoto diva”. Destruidor, quando foi entrevistado revelou que durante a performance imaginou-se como a própria Lady Gaga e ninguém poderia tirar seu brilho. Tá bom, meu bem?
Greve dos professores estaduais – São Paulo. – Iniciada em março/2105. Até o presente momento que esse capítulo vai ao ar, ainda os docentes mantêm a greve, mesmo que o governador insistia dizer que ela não exista.
Donburi – É um prato japonês que é composto por arroz (que vai na parte debaixo), peixes, aves ou carnes com vegetais. Ele é servido em uma denomidada donburi.
“na Barão de Limeira” – Rua localizada no bairro de Santa Cecília.
Bem, continuamos com nosso Q & A de Chamem os Bombeiros. Hoje o nosso convidado é...
“Humana, dá para ir direto ao assunto?”
— Ernesto, fico boba o quanto você é gentil e educado!
“Obrigado, humana! E o que faço aqui nesse espaço apertado?”.
— Responder às perguntas de nossas leitoras.
“São todas humanas?”
— Sim! E o que você esperava? Tigresas? Girafas?
“Destruidora de sonhos! Dá para falar logo ou vai ser difícil?”
— Tá bom! Vamos à primeira pergunta:
É da Karina A. de Souza:
“Ernesto, é verdade que os gatos estão se juntando pra dominar o mundo? Pode contar agora! Tenho quase certeza que você é o líder deles.”
“Humana, como você sabe?”.
— Então isso é um sim?
“Posso falar?”
— É sim! Ou não?
“Pelo papagaio louro que canta de manhã, como você é contraditória, humana!”
— Ernesto, para de enrolar que temos pouco espaço.
“Ok, e o que ganho com isso?”
— Uma pizza de frigideira... pode ser?
“Com atum? Queijo e...”
— ERNESTO VAI SER DIFÍCIL?
“Ok, minha cara, Karina... Responderei apenas só essa vez... Sim, tomaremos e faremos todos os humanos, repito... TODOS HUMANOS de escravos! A sua futura geração e depois dessa, e depois dessa e depois dessa...”
— Zzzzzzzzzz
“Humana, tá me zuando? E agora se me dão licença...”, tiro o meu aparelhinho para apagar memória, que nem o pessoal dos Homens de Preto me ensinou...
Flash!
— Oi, o que aconteceu?
“Próxima pergunta, humana.”
Essa é da Alyssa Sullivan:
“Ernesto, você já pensou em ter uma namorada fixa?”
“Como vou ter se essa maldita autora não me tira daquele apartamento? E quando me tira, vou na gaiola?!”.
“Benfeito! Por isso, você é amargo”.
“Saia daqui, peludo sujo! Vou unhar seus olhos e...”
— Parem, vocês dois! Na próxima semana, é você quem responde às perguntas, Mozart!
“Sério isso? Que legal!”
— Tome o seu biscoito de ossinho.
“E eu, humana?”
— Malcriado! Fique quieto e diga até mais para nossos leitores!
— Ernesto! Ernesto! Volte aqui!
Bem, garotada, ele foi embora! E ficamos por aqui, viu? Beijos e muito obrigada por acompanhar, prestigiar e comentar a fic! Beijos e até sábado que vem com...Chamem os Bombeiros!



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