Ressurgente escrita por Carolina Rondelli


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Eu ciente de que todos querem um encontro daqueles entre Quatro e Tris, e não foi dessa vez. Mas será daqui há poucos capítulo, prometo, e vou fazer o melhor que conseguir!
Muito obrigada para quem vem comentando, e um obrigada muito especial para a Lu Sheldon, que recomendou a história.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/552662/chapter/16

Tobias

— Tem certeza que vai ficar bem? — pergunto.

— Não, Tobias, estou cega. Não vou mais ficar bem, mas ficar aqui não vai mudar nada — minha mãe responde.

Não quero deixá-la. Mas bem sei que já se passaram dois dias, e só trabalhei regularmente por um desde que Johanna morreu. Não posso deixar tudo nas mãos de Liv, apesar de ela estar fazendo tudo muito bem. É o meu trabalho, e devo cumpri-lo. E, de qualquer forma, terei de sair do escritório no final da manhã. Hoje vou visitar as famílias das garotas que podem ter morrido no lugar de Tris. Ajudará muito se eu conseguir descobrir quem a matou.

— Prometa que vai ligar se acontecer alguma coisa.

— Já disse que ligarei. Tenho certeza que vou ficar bem nas mãos do doutor Kart.

— Mesmo assim...

— Estou começando a achar que sou sua desculpa para não comparecer ao trabalho — ela diz. — Não coloquei no mundo um vagabundo.

Sorrio e dou um beijo em sua testa.

— Também te amo, mãe — digo e saio, sem esperar resposta. Acho que nunca realmente disse isso em voz alta.

***

O escritório está da mesma forma que deixei quando estive aqui. Liv já está em sua mesa, trabalhando.

— Bom dia.

— Bom dia, senhor prefeito — ela levanta a cabeça e sorri, mas algo em seu sorriso parece triste.

— Tudo bem? — pergunto.

— Sim — ela responde vagamente. — Tem alguns papeis em sua mesa, verbas a ser distribuídas e coisas do tipo. Tenho as contas se quiser conferir os valores...

— Não, confio em você. Não tenho tempo para mais contas.

— Vai mesmo falar com as famílias das meninas sumidas?

— Sim, vou descobrir o que houver para descobrir.

— Não quer que eu vá com você?

— Preciso fazer isso sozinho, mas obrigado.

Ela assente com a cabeça e volta a seus papeis. Vou para meu escritório para encontrar os meus.

Assino vários papeis, lendo por alto cada um deles. Verbas para habitação, educação — sinto um peso em lembrar de que tenho também crianças a proteger nessa cidade — saúde, e, acima de tudo, para segurança.

Isso muito me preocupa. Anthony está apostando tudo nesse exército, inclusive nossas vidas.

— Eles têm potencial, mas agora não passam de homens e garotos brincando de guerra — Liv dissera no dia anterior, na sala de espera do hospital.

Não fiquei feliz em saber que temos um exército, então imagine meu alívio ao descobrir que não é um exército capaz de vencer!

Anthony quer um holofote em cima do seu exército, quer apresentá-los a cidade em breve, e preciso dissuadi-lo dessa ideia, mas não vejo como.

A manhã termina mais cedo do que eu esperava, e meu trabalho não rendeu muita coisa. Mais uma vez as coisas vão ficar nas costas de Liv.

— Liv — chamo assim que saio da sala —, eu assinei tudo que mandou a mim. Mas não consegui terminar de ler aquelas medidas que pediu que eu aprovasse, mas farei isso amanhã, ou talvez hoje a noite. Farei o possível.

— Tudo bem — ela diz, um pouco mais tímida do que o normal.

— Liv, está mesmo tudo bem?

— O que está bem esses dias? Você está bem? Temos uma guerra às portas, sua mãe está cega, sua ex-namorada morta voltou, está tudo uma bagunça, nós podemos morrer... Então não, eu não estou nem um pouco bem.

Aproximo-me da mesa e pego em sua mão, mas ela, para minha surpresa, a afasta.

— Ei, vai ficar tudo bem. Nós todos vamos ficar bem, vamos sobreviver.

— Todos sobreviveram? — ela pergunta de súbito.

— Como?

— Todos sobreviveram? Quando descobriram que tinha um mundo lá fora? Todos sobreviveram quando atravessaram a Cerca?

— Não, mas...

— Você provavelmente disse a eles que todos iriam. Mas sua promessa não para a guerra, Tobias — ela diz, se levantando. — Boa sorte com as famílias hoje, mas acho que deveria se preocupar com a guerra, e não com um possível assassinato que você não vai poder voltar no tempo e impedir que aconteça. Essa guerra, por outro lado, você pode tentar impedir.

Fico chocado, não esperava tais palavras, muito menos de Liv.

— Estou me preocupando com a justiça.

— Justiça de alguém que já está há muito morto. Talvez quando estivermos todos mortos, você consiga sua justiça para nós também — ela fala rispidamente. — Agora tenho trabalho a fazer, com licença.

Observo-a entrar na minha sala e começar a arrumar os papeis, sem encontrar energia para me mover. Ainda não consigo absorver suas palavras.

Porém, agora, indo ao encontro do amigo de Rebecca Rogers, uma das garotas sumidas, me pergunto se não estou lutando pela guerra errada. Meus esforços estão sendo para ganhar dos rebeldes ou para ganhar Tris de volta para mim?

Não tenho tempo de pensar na resposta. Chego a uma pequena casa no interior da cidade onde, segundo as informações de Peter, mora Alan Talbot, amigo próximo de Rebecca.

Insisti em procurar também por ela, mesmo que Peter tenha me dito que pesquisou mais a fundo sobre ela e me disse que era apenas uma garota drogada e com problema de autoestima.

— Sumir com uma garota assim sem deixar suspeitas me parece mais fácil do que matar uma garota de família — Matthew dissera, e me convenci em também procurar por ela.

Saio do carro e bato na porta, quem me recebe é um senhor alto e de aparência cansada, mas simpático.

— Posso ajudar? — ele pergunta.

— Sim, por favor. Alan Talbot mora aqui?

— Sim... — o homem encolhe os ombros. — Ele fez algo de errado novamente, senhor?

— Não, ele não fez nada...

— Ah, meu Deus! — ele se vira para dentro e grita: — Carly, venha aqui, mulher! O prefeito está na nossa porta!

Uma mulher rechonchuda e de rosto corado vem correndo até a porta, tampando a boca para conter um grito de surpresa.

— A que devemos a honra dessa visita, senhor? — ela pergunta.

— Queria conversar com seu filho...

— Ele cometeu algum crime tão grave que o senhor teve que vir em pessoa?

— Não, não, é sobre uma amiga dele, que desapareceu há alguns anos. Queria saber se ele pode me ajudar falando sobre ela.

— Ele ficará feliz em ajudar, senhor prefeito — a mulher diz. — Entre.

A casa é bem modesta, mas muito bem arrumada, com paredes rosadas e móveis de madeira.

— Ele está no jardim, senhor, siga-me — o homem diz.

Sigo até a parte de trás da casa para encontrar um garoto baixo, de cabelos raspados, sentado em um balanço que claramente não foi feito para pessoas de seu tamanho, segurando uma lata de cerveja na mão.

— Levante-se, Alan, receba o senhor prefeito com educação e responda tudo o que ele lhe pedir — o garoto se contenta em me olhar e então se vira para mim: — O senhor precisa de alguma coisa? Café? Biscoitos, talvez?

— Não, muito obrigado. Não pretendo demorar.

O homem assente com a cabeça e sai.

— Então — me aproximo do garoto —, Alan, certo?

Ele confirma com a cabeça.

— Prefeito, não é?

— Chame de Tobias.

— Como quiser.

— Será que pode me falar um pouco sobre sua amiga? A que desapareceu, Rebecca Rogers? Como ela era?

— Bonita — ele bebe um gole da cerveja e me oferece, quando nego, ele continua: — Muito doida, também.

— Tem ideia de onde ela pode ter ido?

— Não te contaram? — O garoto dá uma risada sem um pingo de alegria. — Acharam seu corpo na semana passada...

— Mas tive informações de que ela estava ainda desaparecida.

— Quem o senhor acha que iria atualizar as notícias sobre ela? Ela não tinha família, os únicos amigos verdadeiros não podem fazer muito, o resto eram apenas pessoas com quem ela comprava...

— Drogas, não é?

— Isso. Ela devia estar devendo, ou algo assim.

— Os pais dela morreram?

— Nunca os conheceu, ela foi criada na fronteira. Provavelmente seus pais, que eram GDs, não tinham como cuidar dela.

— Provável — digo me sentindo de repente triste pelo garoto, e também por Rebecca. — Gostava dela?

— A amava — ele responde com sinceridade.

— A dor nunca vai embora, admito, mas um dia diminui, até virar um pequeno botão, que você só aperta e ativa o sofrimento quando se lembra da pessoa que se foi — respondo, mas não sei se estou tentando consolar a ele ou a mim.

***

A próxima casa, da menina chamada Claire Wood, já é bem maior. Ela deve ser GP, penso com desapontamento. Até onde a desigualdade foi na minha cidade?

— Muito obrigado — digo para a senhora Wood, uma mulher de meia idade, loira, séria e muito elegante, que está me servindo chá. — Sinto muito em incomodá-la com esse assunto tão delicado.

— Não se preocupe, prefeito, é bom recebê-lo — ela responde, se sentando ao lado do marido. — Além do mais, não há um dia que não me lembro de minha Claire, então...

— Como foi que ela sumiu? — pergunto.

— Ela simplesmente saiu um dia de casa, para ir estudar, e não voltou mais — o homem explica.

— Ninguém nunca a viu?

— Sim — a mãe responde. — Duas ou três pessoas, mas nenhumas das informações nos ligou à nossa filha.

— Sabem se tinha alguém que pode ter feito isso?

— Claire era amada por todos — o pai diz, com os olhos brilhando das lágrimas que estão chegando. — Alguém por pura maldade, o que mais pode ser?

Podem tê-la matado para colocar no lugar da minha namorada que eu julgava morta, mas apareceu há pouco tempo querendo me matar, tenho vontade de dizer.

— Poderiam me dizer o trajeto que ela usava da casa até a escola e onde a viram?

— Claro, eu anoto para o senhor — o homem pegou um caderninho na mesa de canto e começou a anotar. — Mas o caso já foi encerrado há muito...

— Surgiram novas... evidências. Evidências que me envolvem, então quis checar por conta própria.

— Entendo...

E assim termino o chá.

— Muito obrigado por seu tempo e pelo chá. Espero que, de uma forma ou de outra, consigam achar Claire.

— Obrigada, senhor prefeito — a mulher me acompanha até a porta e já estou mais que exausto — psicologicamente — ao me dirigir até a casa dos Stanford.

A casa em si é bonita. Eles não são pobres ou ricos, eu diria.

Quem me atende é uma mulher alta, de cabelos ruivos e bem bonita.

— Senhora Stanford?

— Não, essa é minha mãe. O senhor é o prefeito? — a mulher pergunta.

— Sim, gostaria de dar uma palavra com vocês sobre Julie Stanford...

— Já falamos tudo para a polícia, não precisamos relembrar...

— Querida? — uma voz de homem chama de dentro da casa. — Quem é?

— Ninguém — ela responde fechando a porta, mas coloco meu pé, impedindo-a.

— Será que podemos ter a chance de conversar, senhor Stanford? — grito para dentro da casa.

O homem força a porta e a mulher cede, relutante.

— Por que não disse que era o prefeito, Sarah? — ele pergunta e se dirige a mim: — Não esperávamos essa visita, senhor, desculpe-me por minha filha.

— Ele quer falar sobre ela, pai.

— Tudo bem — digo. — Eu volto outro dia, se for incômo...

— Não, entre, por favor — ele aponta para a entrada da casa. — Precisamos aprender a falar sobre ela, mais cedo ou mais tarde.

Quando chegamos à sala de estar — um cômodo médio de cor azul —, ele me apresenta a sua esposa, uma versão mais velha de Sarah, porém loira.

— Então — começo. — Como foi que Julie sumiu?

— Por que quer saber? — Sarah pergunta. — É da força policial agora?

— Sarah... — a mãe a repreende.

— Não, tudo bem — digo. — Surgiram novas evidências, evidências que me dizem respeito também. Então vim aqui para esclarecer algumas coisas que possam ajudar a achá-la...

— Ela está morta. Ela não simplesmente sumiria por cinco anos.

— Devem pelo menos querer um corpo para enterrar.

— Queremos, Deus sabe como queremos — a mãe diz.

— Ela saiu com Sarah — seu pai conta —, uns homens chegaram e a levaram...

— E não tocaram em Sarah? — pergunto.

— Eles me deram um soco — ela responde. — Eu apaguei, e quando acordei Julie não estava lá.

— Sabem de alguém que possa ter feito isso?

— Não... — o pai diz. — Os amigos de Julie eram antigos demais, conhecemos todos, e ela não era o tipo de garota que fazia inimigos.

— Tem o Der... — Sarah começa a dizer, mas sua mãe a interrompe.

— Já falamos sobre isso, Derek não fez nada. Ele ficou desesperado quando soube.

— Quem é Derek? — pergunto.

— Ele namorava Julie quando ela... o senhor sabe. Um garoto tão bonito... Ficou desolado quando soube do sumiço de Julie.

— Há quanto tempo eles namoravam?

— O senhor não está considerando, está? — o pai pergunta.

— Sim, ele está — Sarah diz.

— Não — respondo. — Apenas não quero deixar de passar nenhum detalhe.

— Foram um ou dois meses antes — a mãe responde. — Estavam tão apaixonados...

— Bom — seu marido a interrompe —, de qualquer forma ele não teria motivos. Ele já conversou com a polícia, mas se quiser, ele trabalha na força policial. Pode achá-lo lá e conversar.

— Muito obrigado — digo me levantando. — Espero que dessa vez as investigações tenham um ritmo diferente.

— Todos esperamos, mas não precisam ligar para informar que minha irmã está morta ou que continua desaparecida. Isso eu já sei — Sarah se levanta. — Vou te levar até a porta.

Cumprimento o Sr. e a Sra. Stanford, sigo Sarah até a porta. Antes de abrir, ela se vir para mim:

— Por favor, não volte mais aqui — ela pede.

— Estou apenas tentando ajudar...

— Ajude trazendo Julie de volta, e não vindo aqui nos lembrar do nosso sofrimento.

— Eu sei que isso deve ser difícil...

— Não, não sabe. Não sabe o que é ser abordada na rua e levarem sua irmã ao invés de você. Eles me deixaram e levaram minha irmã mais nova, era supostamente para eu protegê-la!

— Você não teve culpa...

— É isso que falo para mim mesma no travesseiro toda noite. Mas não faz as perguntas deixarem minha cabeça. Será que ela está morta? Com frio ou fome? Será que estão torturando-a? Machucando-a? Estuprando-a?

— Sinto muito — digo sinceramente.

— Se sente, não me faça reviver aquele dia novamente.

— Não farei, prometo.

— Muito obrigada. Tenha uma boa noite, senhor prefeito.

Ela abre a porta e eu saio. Nenhuma dessas famílias merecia. Meu coração parece pesar diante do sofrimento deles.

A porta acaba de bater atrás de mim quando meu celular toca. É Zeke.

— O que foi? — atendo.

— Onde está, Quatro?

— Acabei de sair da casa de Julie Stanford.

— Conseguiu alguma coisa?

— Acho que sim, preciso analisar tudo com calma.

— Estamos muito curiosos.

— Estamos? — pergunto.

— Eu, Shauna, Christina e todo o resto — ele explica. — Estamos em um bar próximo ao prédio da prefeitura, o antigo, quero dizer. Ellen’s, conhece?

— Acho que sim — digo. — Mas estou cansado, Zeke.

— Não vai dormir se for para casa, vai enfiar a cara em tudo que descobriu e ficar tentando unir as peças do quebra-cabeça — ele tem razão. Não conseguirei descansar. — Podemos fazer isso juntos, e com o auxílio de uma garrafa de Bourbon.

— Não sei, Zeke...

— Liv está aqui — ele diz.

Preciso descobrir o que deu nela hoje de manhã.

— Estou a caminho — ouço o sorrisinho de Zeke antes de desligar o celular.

***

O bar está muito barulhento e cheio de gente para o meu humor — bom, o que eu esperaria de um bar?

Ando pedindo licença para alguns e simplesmente empurrando outros, sem paciência.

Avisto uma mesa em um canto, com todos os meus amigos — e Caleb — sentados.

Zeke e Shauna estão se beijando. É claro que eu sabia que estavam juntos, mas não assim, em público. Peter e Cara estão de mãos dadas, em uma conversa amigável com Christina, Matthew e Amar. E Liv conversa com Caleb.

Todos me olham quando me aproximo.

— Finalmente — Zeke diz e indica a cadeira ao seu lado.

Sento-me e olho para Liv. Trocamos um olhar rápido, mas ela desvia o rosto.

— Então — Cara chama minha intenção —, o que conseguiu?

— Rebecca Rogers foi perda de tempo, acharam seu corpo — digo.

— Eu te disse... — Peter faz um ar de sabe-tudo, mas logo sorri.

— Fui à casa de Claire Wood — prossigo, enquanto Zeke enche um copo próximo de Whisky para mim —, algumas testemunhas a viram, e eu vou checar no lugar que ela sumiu, mas não tenho quase nada.

— E a Julie? — Christina pergunta.

— Também não tenho quase nada. Ela estava com a irmã na rua quando ela foi pega. Deixaram a irmã, que ainda está arrasada. Acho que causei mais dor à essas pessoas que solução. De qualquer forma, a única informação que tenho é sobre um namorado, Derek, é da força policial, conhece, Amar? A irmã parece suspeitar dele.

— Claro — ele responde. — Um de nossos melhores recrutas. Eu mostrei a você, não foi, Srta. Williams? — ele se dirige a Liv. — Aquele bom com tiros.

— Claro — ela diz, mas seu rosto parece escurecer. Ela estende o copo e diz: — Preciso de mais disso.

Ela e se levanta e vai na direção do balcão, peço licença e a sigo.

— O que foi? — pergunto.

— Já te disse o que foi.

— Não, quero saber o que realmente aconteceu.

— Eu só estou estressada, ok? — ela tropeça quando tenta sair depois de o garçom ter enchido seu copo. — E talvez um pouco bêbada também.

Seguro-a e olho em seus olhos. Não consigo me conter, meu corpo está pedindo por ela, e não é de hoje.

Porém, quando me inclino para beijá-la, e ela percebe o que vou fazer, se afasta. Deixando seus lábios roçarem nos meus por segundos.

— O que foi? — pergunto.

Mas ela não responde, apenas sai andando em direção à saída.

Dou uma olhada para mesa e todos estão assistindo à cena. Zeke indica com a cabeça na direção de Liv e vou atrás dela.

— Liv — chamo, mas ela não para de andar, meio que cambaleando, pela rua —, me desculpe!

— Não tem por que se desculpar — ela para e se vira. — Eu devia ter te beijado, eu tinha.

— Então faça agora — me aproximo.

Ela me beija. Mas sinto que sem vontade, roboticamente, como se fosse obrigada. Quando nos separamos, ela encosta no meu ombro e começa a chorar.

— Por que está chorando? — pergunto, a abraçando.

— Eu sou uma garota má — ela diz com a voz meio grogue por causa da bebida. — Tão má... Tão má...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Caso sim, comentem, caso não, comentem também! Importa muito à autora aqui saber o que estão achando, saber que não escrevo para o vento hahaha.
Xoxo, see you soon!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ressurgente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.