Lyli estendeu o microfone para mim, e eu fiquei parada que nem uma lerda tentando entender o que estava acontecendo, e quando eu entendi eu fiquei apavorada. Eu neguei com a cabeça e Lyli falou no microfone:

– Ah, eu não acredito que você não vem Aly, vamos lá pessoal, vamos chamar a Aly aqui, Aly! Aly! Aly!. E todo mundo começou a gritar meu nome, eu vou matar a Lyli!

Olhei para a cara do Carter, e o idiota só ria da minha desgraça, e Luciana estava com a maior cara de piranha, a espera ai, essa é a cara dela, não da para mudar, pois se piranha nasceu, piranha vai morrer.

Olhei para os meus pais e eles batiam palmas também tentando me incentivar para eu cantar, não acredito.

Dei meia volta e quando eu ia descendo do palco, apareceu Taylor, tentei passar por ele umas 2 vezes, quando eu não consegui eu disse:

– Da para você me deixar passar? Ele riu e disse:

– Não, seu lugar é em cima daquele palco cantando.

Taylor me colocou no ombro e me levou ate em cima do palco, eu disse:

– Me solta, o meu lugar é no chão, fora daqui.

Ele me colocou no chão mas ficou perto de mim para não me deixar fugir de novo. Lyli disse para mim:

– Aly, você tem que cantar, você ama cantar, essa é a sua chance de mostrar o seu talento. Olhei para os convidados que ainda esperavam a minha decisão, suspirei e disse:

– Você me paga Lyli, agora me da esse microfone logo.

Ela me deu o microfone e todos bateram palmas, ai meu Deus me ajude agora.

Suspirei, é agora só era eu e o placo, vamos lá Aly, você consegue. Fiquei repetindo isso para mim.

Eu disse:

– Bom, eu vou cantar agora, e me desculpem se eu cantar mal, mas como eu vou cantar sem um violão, alguém ai sabe tocar? Todos ficaram em silencio ate que dona Marta disse:

– O meu filho sabe, vai lá Carter. Todos olhamos para Carter, e o mesmo fez que não com a cabeça, agora esse idiota me paga. Eu disse:

– A qual é Carter, sobe aqui, vamos ver se você sabe mesmo tocar. Ele sorriu com aquele sorriso debochado e veio ate o palco, um homem deu o violão para ele( não me perguntem da onde saiu) Carter olhou para mim e começou a tocar na melodia certa, e eu já sabia a musica que eu iria cantar, era a minha musica favorita, mas estava me faltando coragem.

Se passou alguns minutos e o Carter continuava tocando esperando eu começar a cantar, ele olhou para mim e falou baixinho para que só eu escutasse:

– Vamos lá, eu sei que você consegue, ou vai me dizer que esta com medo? Eu vou te mostrar o medo seu filho da mãe( dona Marta que me desculpe), tudo bem eu confesso que eu estou com medo, nunca cantei em publico, mas ele não precisava saber.

Ele continuou tocando, e foi quando finalmente eu comecei cantar:

'' Eu odeio seu sorriso e seu jeito de falar, Eu odeio quando você me olha dou risada sem pensar

Eu odeio quando você me chama para conversar

Eu odeio quando você vem, odeio mais ainda te esperar''

Olhei para Carter e o mesmo sorria, e fez sinal para que eu continuasse:

'' Eu não sei o que fazer

Não tem ninguém aqui para me impedir de te escrever, outra canção pra me fazer entender que eu te odeio tanto porque gosto de voce''

Eu só olhava para Carter, e ele para mim, não sei mas olhar para ele me fez perder todo o medo de cantar em publico, era como se só estivesse eu e ele ali, continuei:

'' Eu nunca acreditei que era mesmo pra valer

Eu nunca admiti que me importava com você. Agora tanto faz não quero mais me esconder

Estou falando na sua frente que eu te odeio

Por gostar tanto assim de voce''

Cheguei perto do Carter e ele continuou tocando o violão, me olhando com aquele sorriso que só ele sabia dar, aquele sorriso torto que eu tinha que admitir que eu gostava, continuei:

'' Eu odeio dar conselhos que você nem vai usar

Eu odeio quando você fala dela e eu finjo não ligar

Eu odeio ver você com alguém que não tem nada a ver

Eu odeio ela ser tão sem graça e você nem perceber''

Nessa parte eu fiz uma careta enorme, não gostava dessa parte, como eu não gostava daquela vaca.

Continuei cantando a musica olhando para o Carter, e eu não estava nem ligando para as pessoas que estavam nos observando, não sei explicar como e nem o porque mas quando eu estava cantando com o Carter parecia que só existia ele e eu, que só existia aquele momento e... e aquilo era muito estranho.

Chegou o final na musica e eu cantei a ultima parte:

'' Eu nunca acreditei que era mesmo pra valer

Eu nunca admiti que me importava com você. Agora tanto faz não quero mais me esconder

Estou falando na sua frente que eu te odeio

Por gostar tanto assim de você

Vai acordar um dia e perceber

Que mesmo sendo um pouco estranha do meu jeito

Eu tentei te convencer

Que hoje eu acredito que é mesmo pra valer

Confesso, eu admito que me importo com você

Agora tanto faz, não quero mais me esconder

Estou falando na sua frente que eu te odeio

Por gostar tanto assim de você ''.

Eu não sei o que aconteceu, mas quando eu terminei de cantar eu estava muito perto do Carter, e tipo a gente quase se BEIJOU! É isso mesmo que vocês ouviram, eu quase beijei o CARTER! Me internem, me internem porque eu estou ficando louca. A gente só não se beijou porque as pessoas bateram palmas ai a gente se separou, mas só faltava 1 centímetro para eu beijar ele, eu não acredito eu estou ficando doida.

Todos aplaudiram e nos dois descemos do palco, agora eu só quero ir para casa é esquecer o que quase acabou de acontecer.

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O restante da festa foi boa, mas eu não parei de pensar no quase beijo que eu ia dando no Carter, eu estou morrendo de raiva de mim por isso.

Quando a festa acabou, eu e os meus pais me despedimos de todos, e principalmente da família González, e na hora de me despedir do Carter foi muito estranho, nos não dissemos nada um para o outro, só apertamos as mãos e depois eu fui embora, sem falar nada nem pelo menos um '' Seu idiota, você ia me beijar, seu cretino'', tudo bem que eu não ia falar isso, mas mesmo assim...

Fui para casa com os meus pais, cheguei tomei um banho e depois cai na cama, eu não acredito, eu quase beijei ele, mas amanha eu vou acordar e tudo vai voltar ao normal, bom eu espero.