It's Possible to Love Again escrita por Alessia


Capítulo 9
" The Last Hug "


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente!! Tudo bem com vocês??!
Primeiramente muito obrigada por não me matarem!! Vocês são demais!!
Quero agradecer a todas que comentaram, DagTav, Lah Oncer (DIVA), CaptainSwan,Rhasnah SwanJonesMills, Lanna Donoghue e Cristina, vocês são DIVAS!!! Quero agradecer também a queenmelena que favoritou a fic.
Boa leitura!!
P.S: fui muito bem na prova (quem leu as notas finais do último capítulo entendeu).



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P.O.V Emma Swan

O caminho até as docas foi feito em um silêncio mortal. Era possível escutar nossas respirações dentro do carro. Percebi que toda vez que parávamos em um sinal, Killian olhava para mim, como se quisesse dizer que “tudo vai ficar bem” ou que “ele está em um lugar melhor”, e quando estava dirigindo não era diferente, já que passou boa parte do caminho alternando seus olhares entre a estrada e meu rosto, mas permaneceu calado durante toda a viagem.

Chegamos às docas notei um grupo de pessoas reunidas, discutindo sobre a morte de Graham, porém o grupo se silenciou assim que notou a minha presença. Killian parou o carro e andamos em silêncio em direção ao corpo, que estava coberto por uma lona preta. Paramos em frente ao cordão de isolamento, onde pedi para que Jones esperasse do lado de fora, afinal ele era dono de barcos, não um policial.

Passei por debaixo do cordão e ao olhar o chão, percebi pequenas trilhas de sangue que tinham como fonte a cabeça e o pescoço de Graham. Coloquei as luvas, respirei fundo e me ajoelhei perto do corpo. Observei atentamente cada detalhe que me chamasse à atenção, não havia marcas de luta, então conclui que a pessoa que atirou já tinha tudo planejado. Observei os dois buracos que a bala deixou, eram extremamente perfeitos, tanto o da cabeça quanto o do pescoço, ou seja, o tiro havia sido feito a longa distância.

A carteira continuava intacta no bolso direito da calça, porém o celular não estava lá, já que tinha sido levado para o laboratório. Examinei a sola dos sapatos de Graham, onde encontrei alguns grãos de areia, o que me fez concluir que ele provavelmente tinha seguido alguém até a beira da praia. Depois de analisar o corpo minuciosamente, me voltei para Whale.

– Então Dr. Whale, já sabe a quanto tempo que foi a morte? – perguntei seriamente.
– Bom, já são nove horas da manhã, e pelos meus cálculos ele foi morto às duas.
– Ok, obrigada – disse me afastando – vou procurar mais algumas provas pela região.
– Tudo bem – disse – gostaria de fazer alguns exames a mais antes de tirar o corpo, se você não se importar.
– Ok, tudo para pegar esse filho da mãe – disse me virando para ele – você poderia me fazer um favor?
– Claro.
– Peça para as pessoas irem para casa, e se souberem de alguma informação que liguem para mim.
– Tudo bem – disse voltando-se para o corpo.

Olhei para Killian, que continuava parado em frente ao cordão, acenei para ele, que respondeu com um sorriso quase imperceptível. Andei pelas docas à procura de algo suspeito, notei uma poeira praticamente irreconhecível nas tábuas brancas e resolvi coletá-la, afinal qualquer coisa estava valendo. Andei mais um pouco, até que cheguei ao primeiro cais, era pequeno e pertencia a polícia. Entrei em um dos barcos e tentei ligar o motor, porém ele falhou em todas as minhas tentativas. As falhas chamaram à atenção do segurança que rapidamente foi conhecer a fonte daquele barulho.

– Hey, aqui é propriedade privada! – alertou.
– Eu sei – disse levantando o distintivo – sou da polícia, Emma Swan.
– Oh, desculpa, eu não sabia, sou August.
– Sem problemas, aqui você pode me dizer a quanto tempo esse barco não funciona? – disse apontando para o barco.
– Bom, ele foi para a manutenção, mas falaram que não tinha conserto, então estamos esperando o dinheiro para comprar outros.
– Outros? – perguntei.
– É, aqueles dois também não estão funcionando – disse apontando para um barco e uma lancha.
– Nossa – disse surpresa.
– É, mas e você, o que aconteceu?
– Meu ajudante foi assassinado nas docas.
– Graham?
– É – disse abaixando a cabeça e respirando fundo.
– Meus pêsames.
– Obrigada.
– Bom, se você quiser, eu posso te ligar caso veja algo estranho.
– Isso seria ótimo – disse com um sorriso fraco – agora eu preciso ir – disse saindo do cais.
– Até.
– Hey! Esses barcos são para que? – me virei e perguntei.
– Patrulha marítima, por que?
– Nada – sorri e andei em direção ao carro.

Chegando ao cais notei que o corpo de Graham ainda estava lá, assim como Dr. Whale, que estava terminando de recolher seus instrumentos. Notei que a multidão havia ido embora, e apenas Killian continuava me esperando dentro do carro.

– Então, descobriu mais alguma coisa? – disse me aproximando.
– Coletei algumas digitais, mas ainda tenho que analisar.
– Tudo bem – entreguei a poeira que encontrei – se você puder analisar isso também.
– Sem problemas – disse se levantando
– Como você conseguiu acabar com a multidão?
– Bom, na verdade o Killian me ajudou – disse coçando a cabeça – disse que era para todos irem para o Granny’s se quisessem saber o que aconteceu.
– Entendi - disse com um sorriso imperceptível.
– Aqui, você se importa de esperar o hospital buscar o corpo? É que eu quero fazer uma surpresa para Ruby hoje – disse um pouco envergonhado.
– Não se preocupe – disse – ah, rosas vermelhas são ótimas, e a Ruby adora.
– Sério? Muito obrigado – disse – meus pêsames – disse me abraçando.
– Obrigada – respirei fundo.
– Até – disse se afastando.
– Boa sorte.
– Obrigado – disse indo em direção ao centro.

Olhei para o corpo de Graham, que estava na mesma posição de antes. Permiti-me ajoelhar perto dele e passar a mão em seus cabelos, eu não precisava mais ser forte, eu podia chorar em paz. Lágrimas escorriam pelo meu rosto com a intensidade de uma cachoeira depois de um temporal. Segurei o máximo que pude, porém depois de alguns minutos não resisti e abracei seu corpo com a maior força possível. Sentir a sua pele gelada e esbranquiçada fez com que mais lágrimas caíssem em minha face.

Podia ficar daquele jeito por dias, porém senti as mãos de Killian nos meus ombros, seu olhar mostrava pena e tristeza por mim. Calmamente coloquei o corpo de Graham no chão me permiti abraçar Jones. Aos poucos ele foi me levantando, sendo que só me soltou quando consegui firmar minhas pernas no chão. Ele passou a mão sobre meus ombros e me guiou até o carro. Colocou-me no banco do passageiro, me cobriu com um cobertor e beijou minha testa, que foi acompanhado com um “vai ficar tudo bem” e “fique aqui que eu cuido do resto”.

Depois de quinze minutos uma ambulância de cor cinza chegou, na sua porta estava escrito “autópsia”, o que me deu um aperto no coração. Killian observou cada movimento dos médicos, até que um em especial, provavelmente o chefe, parou e começou a conversar, porém não consegui deduzir nada, a não ser que Jones apontou para o carro, então ele devia estar explicando a minha situação.

O serviço durou intermináveis trinta minutos, meia hora em que eu me controlei para não correr até o corpo de Graham e abraçá-lo. Killian entrou no carro e ficou me encarando por um tempo, até criar coragem de perguntar algo.

– Hey, já resolvi tudo ok? – ele disse com um sorriso honesto.
– Ok – abaixei a cabeça.
– Está tudo bem? – ele disse se aproximando do meu rosto.
– Não – respirei fundo e peguei a sua mão – mas vai ficar – disse com um pequeno sorriso e lágrimas nos olhos.
– Então, quer ir para casa?
– Não, antes temos que ir ao Granny’s.
– Ok.

Fomos em direção ao Granny’s, porém antes de entrar lá liguei para Whale, que me confirmou todas as informações do funeral de Graham, além de dizer que a poeira que eu tinha encontrado mais cedo era na verdade alguma base para droga, mas que ainda iria pesquisar mais.

Terminei a ligação e olhei para Killian, que estava me esperando encostado na parede do restaurante. Respirei fundo e quando estava com os dedos na maçaneta, Jones me puxou para uma conversa.

– Você tem certeza disso? – disse segurando a minha mão.
– Sim – disse apertando-a e depois a soltando.

Entrei no Granny’s junto com Killian, e toda a multidão que estava lá se calou e nos encarou. Andei em direção à bancada, enquanto que Jones ficou do lado da porta.

– Bom dia a todos, como vocês sabem ocorreu um crime nas docas – expliquei – um crime que levou a vida do nosso amado amigo Graham – respirei fundo.
– Quem matou? – algumas pessoas gritaram.
– Nós não sabemos ainda, mas garanto que já estamos investigando – olhei para todos – o importante agora é dar uma despedida digna ao Graham, por isso que estou aqui – expliquei – para avisar que o enterro será amanhã de manhã.

Estava indo em direção à porta quando Ruby passou um tanto quanto apressada na minha frente, provavelmente estava atrasada para seu encontro com Whale. Chamei Killian, que me acompanhou até o carro, onde me abraçou e disse mais uma vez que “tudo iria ficar bem”. Jones me levou para casa, onde fiquei o dia todo, algumas vezes chorando, outras vezes pensando. Resolvi dormir um pouco para acalmar a mente, mas antes disso mandei uma mensagem para Henry, dizendo que estava tudo bem, afinal ele tinha que aproveitar o passeio.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam??
Confesso que me senti em um episódio de CSI escrevendo esse capítulo, mas também quase chorei nas partes do Graham. Estou curiosa para saber se vocês gostaram.
Beijoss e até o próximo capítulo!!