Um Amor Clichê escrita por TheaVongola


Capítulo 2
Amor eterno


Notas iniciais do capítulo

Bom, vocês vão perceber rapidinho em que história eu me inspirei para escrever esse capítulo. Eu escrevi com um pouco de pressa, então já peço desculpas por possíveis faltas de coerência ou coisa do tipo. Obrigada por acompanharem!



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Como eu poderia me apaixonar por um ser tão vil e cruel? Não imaginava que tais criaturas fossem reais, mas naquele momento essa era a menor das minhas preocupações.

Tudo começou com a morte de meus pais. Aquele acidente de carro mudou minha vida para sempre. Acho injusto que apenas eu tenha sobrevivido, mas agora tenho que conviver com esse peso na consciência.

Após me recuperar do acidente, decidi me mudar para Londres para concluir o ensino médio, era uma grande mudança, mas precisava experimentar novos ares. Instalei-me no apartamento nas duas primeiras semanas, ele era perto da escola e era bastante acolhedor; exatamente o que eu precisava.

Estava apreensiva para começar a estudar em um novo país, mas tentava me consolar dizendo para mim mesma que tudo daria certo. Mas como as coisas poderiam dar certo para uma garota nerd e desajeitada de 16 anos? Parecia completamente improvável.

Minhas previsões começaram a se concretizar quando cheguei à sala de física quântica e o professor começou a nos orientar para lugares demarcados. Eu fui designada para um lugar no canto da sala e parecia que, diferente dos outros, eu não teria um parceiro.

—Sejam bem vindos! — disse o professor empolgado— Mais um ano se inicia em nossa escola e temos algumas mudanças. Uma delas vocês já devem ter percebido. Desta vez, vocês terão parceiros em suas aulas e estes foram escolhidos de acordo com a nota que vocês tiraram no teste de classificação.

Quando ele disse isso eu apenas lamentei. Era óbvio que uma garota CDF como eu ficaria sozinha. O professor prosseguiu com as explicações sobre a escola e, logo quando estava terminando, um aluno surgiu na sala de aula.

—Desculpe o atraso, posso entrar? — Disse o rapaz alto, de corpo escultural, cabelos platinados e olhos verdes.

—Claro, estava apenas explicando algumas coisas sobre a escola. Seu lugar é o único vago, pode se sentar.

O professor gesticulou indicando o assento do moço bonito, e eu não tinha reparado ainda que ele sentaria ao meu lado. Corei imediatamente, aquilo não podia estar acontecendo comigo.

O professor prosseguiu com suas explicações e, assim que terminou, começou com sua aula. O garoto olhava para o quadro mas parecia não prestar atenção e eu, por já ter estudado aquela matéria, dediquei meu tempo a parecer o mais normal possível para aquele jovem.

—Meu nome é Gabriel— sussurrou para não ser pego conversando muito alto— E o seu?

—Elizabeth— respondi em voz baixa— Mas pode me chamar de Lizzie.

Senti-me completamente boba por falar meu apelido para Gabriel, mas alguma coisa nele me fazia falar mais que o normal, e corar também.

A aula seguiu normalmente sem que ele dirigisse sua palavra para mim mais uma vez. O dia demorou a passar e todos os meus pensamentos se dirigiam para aquele garoto que deixava sempre um ar de suspense por onde passava.

Na escola escutei rumores sobre ele, mas não acreditava que fosse verdade. Não era possível que ele fosse um perigo ou pudesse machucar alguém, até porque não havia outras informações juntas com essa afirmação.

Estava exausta de pensar nele, que mal havia conhecido, e em todos os meus problemas. A melhor alternativa para aquele momento de melancolia, tristeza e solidão era sair para dar uma volta.

Caminhei até o bosque (que não era muito longe) e andei bastante para que não fosse achada facilmente. Sentei em uma pedra e comecei a cantarolar para um coelho que se alimentava ali perto. Pelo menos ele não me achava uma esquisita.

Estirei-me na grama e me concentrei no céu cinzento. Por algum motivo eu me sentia feliz naquele clima. De repente, uma pessoa conhecida surgiu por ali e começou a me encarar. Levantei-me desajeitada e arrumei minha roupa, Gabriel me encarava com seriedade.

—O que você está fazendo aqui?— Perguntei.

—Passeando, comendo.

—Mas você não está com um sanduíche na mão.

—Eu não como sanduíche.

Ele se aproximou e ficou em pé em um feixe de luz. Ele brilhava como um diamante parecia até uma fada mística. Aquilo me deixou mais maravilhada e envergonhada. Dei um passo para trás como em uma espécie de reflexo.

—O que foi? Está com medo de mim.

—Não.

—O quê?!— Ele parecia confuso e ofendido.

—Não tenho medo de fadas.

—Mas eu não sou uma fada. — Ele me agarrou pelo braço e me mostrou suas presas.

—Fadas não são vegetarianas?

—Eu já disse que não sou uma fada!— Ele parecia irritado e apertou meu braço ainda mais.

—Então o que você é?— Desvencilhei-me de seu aperto.

—Sou um vampiro.

Não me controlei e comecei a rir. Aquilo era uma piada, só podia ser.

—Foi mal, mas eu acho que era pra você queimar, e não brilhar que nem pisca-pisca de árvore de natal.

Ele colocou as mãos no rosto, como se não acreditasse que aquilo estivesse acontecendo. Era incrível que eu era superior a uma pessoa, ou criatura, tão bela e que aparentemente era superior a mim.

—Eu não mostro minha verdadeira face para qualquer um, Lizzie. Você é única.

Eu estava confusa, então apenas assenti com a cabeça.

—É que... Aparentemente eu tenho uma queda por colegiais fracassadas, nerds e que são bonitas, mas dizem que não são. Exatamente o que você é.

—Ei! Isso é ofensivo.

—Mas é a verdade.

Realmente era a verdade, mas mesmo assim eu me achava feia, e minha autoestima ainda era pequena. Naquele momento, eu e Gabriel éramos iguais. Ambos com seus defeitos e qualidades, porém com mais defeitos e qualidades.

—Agora, já que o impossível aconteceu. — Disse ele— Vamos tornar isso mais meloso ainda.

Iria perguntar como, mas não tive tempo. Gabriel me agarrou pela cintura e me beijou. Nunca tinha sido beijada daquela forma, mas também, nenhum dos rapazes que haviam me beijado tinham séculos (ou talvez milênios de experiência). Aquele momento prometia ser o primeiro de muitos outros, o início de um amor eterno.


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