POV Narradora

Pedro foi para casa naquela noite sabendo que nao iria conseguir dormir tao cedo. Adentrou-se e percebeu que seus pais ja haviam ido se deitar, entao foi direto pro seu quarto. Entrou, fechou a porta, se encostou na própria e sorriu. Sorriu como um bobo apaixonado.

– Hummm. Sorrisinho mais bobo que o de costume? Ja sei! Vocês se beijaram. - Observou Tomtom
Imprecionante. Pensa Pedro.
– Como você sabe pirralha? - Pergunta Ele abismado.
– Sei la. So sei - Diz Tomtom dando os ombros. - Mas e entao?? Como foi??
– Foi simplesmente maravilhoso. - Repsonde Pedro se jogando em sua cama, ainda com a cara de bobo.
– Ai eu shippo tanto vocês. - Diz a menina abraçando o travesseiro.
– Ta bom o Shipper, vai dormir. - Fala Pedro rindo da irmã.
– Boa noite Pê
– Boa Noite Pirralha.
Pedro da um beijo na irma e vai tomar banho, em seguida veste so uma cueca box e se deita.
O guitarrista nao parava de pensar na sua esquentadinha. O que aconteceria se a Bianca nao tivesse chegado? Pensa ele. Depois pega no sono. Ainda com essa duvida. Mal sabia ele que do outro lado da rua uma certa garota loira dos olhos azuis pensava a mesma coisa.
No dia seguinte Karina levantou em seu horario habitual, saiu pulando ate o banheiro, fez sua higiene matinal e seguiu pra sala de jantar. Seu pai e Bianca ja tomavam café.
– Bom dia Filha. - Gael a salda.
– Bom dia K - diz Bianca
– Bom dia Pai, Bianca. - Responde se sentando a mesa.
– Ah filha! Tenho uma coisa pra você. - Fala Gael se levantando e indo ate a sala. Ele pega as muletas que comprara para a filha e as leva ate a sala de jantar.
– Que otimo! - Diz animada. - Agora nao preciso ficar de colo em colo. Valeu pai. - Agradece
– De nada. - responde Gael
– Ah, vem me falar que nao foi bom ser paparicada? - Comenta Bianca olhando para Karina e dando uma piscadela.
– Nao mesmo. - Mentiu ela. Karina adorou ser carregada, mas so por uma pessoa.
– Hum ta.
Karina terminou de tomar seu café e foi com o pai para a academia. Bianca ficou para terminar de se arrumar. Gael abriu a academia e seus alunos começaram a chegar.
– Oi novinha. - Disse Cobra indo a abraçar.
– Oi Cobrinha. - Responde ela correspondendo ao abraço.
– Eai? - Ele a solta e a olha com malícia
– Eai o que? - pergunta K confusa
– Ah, nao se faça de desentendida. O que rolou ontem entre você e o magrelo?
– Nada. Eu fiquei conversando com a Tomtom e depois ele so me ajudou a ir pra casa. Apenas isso - Concluiu
– Aham ta. E eu sou a Vera verão. - Ele fala e Karina revira os olhos.
– Seja quem você quiser. - Ela da os ombros - É a verdade.
– Não vou te forçar a me contar, mas saiba que estou ficando chatiado. - Ela faz cara de triste - Minha melhor amiga não me conta mais nada.
– Tadinho. - Ironiza Karina - Mas não a nada para contar.
– Aham. - Cobra da um beijo na testa da amiga. - Vou treinar gatinha. Quando você quiser contar. - Ele da uma pausa - Saiba que vou sempre estar aqui.
– Nossa. Ta muito doce hoje hein. Me deu diabetes. - Eles riem
– Acho que estou apaixonado. - Confessa Cobra
– An? NAO ACREDITO. Meu deus quem é?? - Pergunta Karina quase jogando as muletas no chão e pulando.
– Não conto. Vou treinar.
– Cobrinha nao faz isso comigo. - Pede Karina quase morrendo de curiosidade.
– Tchau. - Ele se despedi e sai em direçao ao treino.
– Vou te matar Ricardo Cobreloa. - Resmunga Karina. A lutadora se deita e pega seus fones os conecta ao celular e entra em seu mundo paralelo. Ela mexia a cabeça ao ritmo das musicas, como se estivesse sozinha.
Bianca a viu quando chegou, riu da irmã. Ela sabia que a irmã estava feliz, e o motivo dessa felicidade era um certo Guitarrista. Depois de olhar e admirar a irmã, Bianca vai para sua aula na ribalta.

Pedro acordou atrasado (pra variar) naquela manha, fez sua higiene matinal, pegou uma maça e saiu em dispara para a Ribalta. Quando chegou na academia olhou em volta a procura de Karina, seus olhos a encontraram e ele sorriu. Viu que ela estava "ocupada" e resolveu nao incomoda-la, também nao sabia o que dizer para ela, não sabia se ela estava como ele. Louca pra dar outro beijo daquele.
Pedro subiu as escadas em direçao a Ribalta. A primeira aula era de canto e quem a dava era Dandara.
– Bom dia meninos. - Disse Dandara entrando na sala.
– Bom dia - disseram todos.
– Pedrinho, que bom ver você. Vou adorar ser sua professora. - Falou Dandara indo dar um beijo em Pedro. Dandara era tipo uma tia de Pedro. A mae de Pedro e Dandara sao muito amigas. Quase irmas.
– Eu também vou adorar ser seu aluno tia. - Dandara sorriu pra ele e virou-se para a turma.
– Entao, vamos começar a aula?
A aula de Dandara nao demorou acabar, como diz o ditado, tudo que é bom dura pouco. Pois é, a aula dela era a melhor para quase todos os alunos. Acho que é o seu jeito doce que encanta a todos. Em seguida foi a aula de Edgard que também nao é ruim, ele é so um pouco duro, não mais que a a Professora Lucrécia, essa sim era dura com todos.
A manha passou voando, Pedro foi correndo para casa se arrumar pro colegio, quando passou pela academia nem parou para olhar se sua esquentadinha estava lá, a vontade era grande, mas o tempo nao deixava. Chegou em casa Tomou seu banho, se vestiu, almoçou, pegou sua mochila e correu para o ponto de ônibus.

POV Pedro

Quando cheguei no ponto de ônibus vi a esquentadinha sentada. Não sei se falo com ela, mas se eu deixar ela vir falar comigo, eu vou morrer esperando. Entao me sentei ao seu lado e tomei coragem. Respirei fundo.
– Oi - Disse depois de soltar o ar. Ela se vira pra me olhar.
– Oi - responde ela
– Tudo bem esquentadinha? - Pergunto.
– Estava melhor ate você chegar. - Do um sorriso.
– Eu também estou bem, obrigado. - Ironizo, Karina revira os olhos.
– Tanto faz.- Diz Karina somente.
Ficamos calados depois da nossa "convera" civilizada.
Nosso ônibus chegou e embarcamos nele. Karina sentou-se em um banco unico e colocou seus fones (como sempre). Sera que é so pra eu não me sentar ao seu lado? E quem disse que eu queria sentar do lado dela? Me sentei alguns bancos a frente e comecei a mexer no meu celular. Nao tinha nada de bom pra ver mas eu nao queria ficar sem fazer nada.
Finalmente chegou no nosso ponto de desembarque. Descemos por portas diferentes e caminhamos ate a escola. Nao é muito distante só uma quadra. Entramos e Karina foi a uma direçao oposta da minha. Fui para sala e uma garota veio falar comigo. Conversei com ela ontem. A K tinha faltado e entao não tinha ninguem pra eu conversar. Elas são legais e gatinhas mas nao sao esquentadinhas. Sempre achei que gostasse de gatinhas manhosas mas acho que é por que eu nunca havia conhecido uma certa onça. Agora eu sei do que gosto, gosto de mulher dificil.
– Oi Pedro! - Diz a garota. Esqueci o nome dela. Pois é isso acontece.
– Oi. Er...? - Fecho os olhos para tentar me lembrar, mas sem sucesso.
– Patricia. - Ela Responde
– Isso Patricia. - Digo estalando os dedos.
– Mas pode me chamar de Pati - Diz ela e faz uma cara estranha e morde os labios. Ela ta me cantando?
– Ah sim. - Falo e vou me sentar. Ela me segue.
– Entao, eu tava pensando. Que tal sairmos juntos amanha?
– Olha Pati, eu iria adorar mas eu ajudo meus pais com o restaurante nos finais de semana.
– Ah, seus pais tem um restaurante?
– Tem sim. Fica em frente a praça José Wilker.
– Legal! Talvez eu passe la amanha para te dar um "oi" e experimentar a comida do restaurante. - Ela pisca. Agora eu tenho certeza que ela esta dando em cima de mim.
– Vai ser um prazer. - Digo e dou um sorriso falso.
Ela sorri tambem e vai em direçao a umas meninas que estao em grupo do outro lado da sala. O sinal toca e Karina entra na sala, ela se senta e o professor chega e pede pra abrirmos os livros. Odeio Biologia.
No segundo horario foi matematica, e eu nem preciso falar que eu odeio ne. Karina estava com o capuz do casaco em sua cabeça, eu sabia que ela estava ouvindo musica. Ela mexia a cabeça feito louca, parecia feliz. O professor percebeu e chamou sua atençao mas depois de um tempo ela colocou os fones novamente. Achei estranho. A K é sempre tão centrada nas aulas. Ela deve saber essa matéria.
Finalmente chega o intervalo, depois da aula sonolenta de geografia. Sai para o refeitório, comi e voltei para sala, Karina continuava em seu mundinho. Deixei-a continuar, vai que eu a interrompo e ela me bate?
Sentei e a fitei.
O prefessor de Historia chega e eu me concentro em sua aula. Gosto de Historia.
No quinto e ultimo horario (graças a Deus) era Sociologia, é ate legal.
A professora entra na sala.
– Boa Tarde! - Nos comprimenta
– Boa tarde - Dissemos todos.
– Hoje a atividade vai ser em duplas. - Ja sorri. - Podem fazer as duplas, depois eu explico como vai ser.
Pego minha carteira e coloco ao lado da carteira da esquentadinha.
– Serio? - Pergunta ela tirando os fones.
– Claro - Do um sorriso. - Eu sei que você quer fazer dupla comigo tambem. - Pisco pra ela
– Você leu meus pensamentos - Ironiza K
– Para de ser chata esquentadinha. Você me ajuda e eu te ajudo.
– Você vai me ajudar? Com o que? - Ela ri sem humor - Que eu saiba, eu sou a inteligente aqui.
– Haha e engraçada também, nao se esqueça. - Ironizo. - Eu vou te ajudar te fazendo companhia.
– Grande ajuda. - Ela fala se virando pra mim - Ta bom Pedro. Eu faço dupla com você. Com uma condição.
– E qual é?
– Fica calado. - Eu cruzo os dedos e os beijos.
– Juro que vou ficar quieto.
– Ok entao.
A Professora explica a atividade, temos que analisar um texto e elaborar perguntas, moleza. Dividimos as tarefas, eu leria os textos e ajudaria a K elaborar as perguntas. Fizemos.Muito rápido por sinal. Tudo fica melhor em dupla, a professora devia fazer mais atividades assim.
– Precisamos conversar. - Eu falo.
– Aqui? No meio da aula de sociologia? - Pergunta Karina.
– Pode ser no Perfeitão?
– Pode.
Marquei essa conversa por que não aguento mais ficar na duvida. Eu não tenho certeza do que estou sentido, mas acho que sei o que é. Agora me resta saber se é correspondido.
Ficamos calados o resto do horário, o sinal tocou e fomos para o ponto de ônibus, Karina parece pensativa então a deixei com seus pensamentos.
Quando descemos do onibus Karina ficou me esperando. Fui ao seu encontro e andamos calados ate o Perfeitão, ainda não estava aberto mas nós entramos e nos sentamos mesmo assim.
– Então? O que quer comigo? - Pergunta ela
– Você deve imaginar o assunto né.
– Já, mas queria que não fosse esse o assunto.
– Mas precisamos falar sobre o que rolou ontem.
– Não precisamos. Aquilo foi um erro. E não vai se repetir.
– Certo ou errado, nós nos beijamos e você correspondeu ao beijo. - Falo, seu rosto ruboriza e ela abaixa a cabeça.
Eu fico admirando sua beleza. Ela é tao linda, a beleza dela nao é comum. A esquentadinha nao precisa de maquiagem nem outra coisa superficial para ser linda. Se eu tinha qualquer duvida que estava apaixonado. Elas sumiram agora. Eu tenho certeza. Eu Pedro estou apaixonado pela esquentadinha.
– Ja te disse que você fica linda quando ta sem graça? - pergunto
– Para Pedro. - Diz envergonhada
– Parar por que? É a verdade. E nao so quando ta sem graça. É quando sorri e fecha os olhos, quando fica brava, quando ouvi musica e se mexe como se nao tivesse ninguem perto ou como se nao se importasse, quando me bate, quando eu faço graça e você se esforça pra não sorrir, mas mesmo assim da um sorrisinho de lado, você é linda de qualquer jeito. - Desabafo olhando em seus olhos perfeitos que brilhavam com minhas palavras. - Você é perfeita. - Conclui - E eu estou apaixonado por você. - Confesso.
Ela me encara. Seus olhos brilham, acho que ela gostou ou quer me dar um soco, não sei dizer.

Continua...