Capitulo 30

POV Narradora.

João, Pedro e Karina saíram da fabrica e rumaram para a casa da Família Duarte. Quando chegaram, Karina colocou o filme que queria e sentou-se ao lado dos garotos.

– Quem vai fazer a pipoca? - A garota perguntou.

– Pedro/João. - Os garotos disseram juntos.

– Bando de preguiçosos. - Disse Karina arrancando sorrisos dos garotos. - Alguém vai ter que ir.

– Vamos tirar no par ou impar. - Propôs João.

– Ok - Pedro concordou. - Eu quero Par.

– 1, 2, 3 e já. - Pedro colocou 5 dedos a frente e João 3.

– Ganhei! - O guitarrista comemorou.

– Droga. - João resmungou se levantando e indo pra cozinha.

Minutos depois o Nerd voltou com uma bacia de pipoca em mãos.

– Chega pra lá, Pedroso. - Ele pediu. João se sentou no meio do casal vinte.

– É serio? - Perguntou Karina.

– É. Não estou nem um pouco afim de servir de candelabro pra vocês. - Disse o garoto. Karina bufou e revirou os olhos. - Aperta PLAY logo.

– Vai ser Shrek mesmo? - Pedro questionou se acomodando no sofá.

– Eu disse que sim. E qual seu problema com esse pobre Ogro? Isso é preconceito sabia? O filme é demais. Além de muito engraçado. - Falou a Lutadora.

– Não é preconceito, só nao sou tão fã. E você não tem cara de quem gosta de filmes animados. - Pedro explicou.

– Você tem e não gosta! Então não julgue.

– Vamos parar de DR e assistir? - João questionou.

– Cala a boca, João. - O casal disse junto.

(...)

– " Mas que solidão ninguém aqui ao lado. Achei a solução, não sou mais maltratado..." - Karina cantou junto com Burro. A garota olhou para o namorado e para o irmão e eles não cantavam junto com ela. -Vocês não sabem essa música? -

– Não. - Os meninos responderam.

– Af. Se fosse o Cobra aqui, ele saberia! - Karina resmungou.

(...)

– "Aqui em Duloc é tão bom viver, nossas regras já vamos lhe dizer: No jardim não pisar, todos cumprimentar, Duloc é especial. Na cabeça shampoo, lave o seu... pé. Duloc é, Duloc é, Duloc é especial!" - Karina cantou junto com Burro novamente.

– Você vai cantar cada vez que o burro cantar? - João perguntou.

– Vou! Por que as musicas dele são as melhores. - A loira respondeu.

(...)

Já havia anoitecido quando o filme acabara. Pedro disse que teria que ir embora, pois hoje era dia de ajudar seus pais com o restaurante. João voltou para o quarto e Karina desceu as escadas de suas casa rumando o QG.

– Olá! - Disse ela depois de bater na porta e ver o amigo vir ao seu encontro.

– Oi, pequena. - Cobra falou depois de abrir a porta para a amiga. - Que milagre a senhora por aqui.

– Vim lhe trazer esse humilde presente. - Karina estendeu as mãos fingindo ter algo.

– Mas que gentileza. Não quer entrar e tomar uma xícara de água? - Cobra fez voz de mulher.

– Mas que pobre a Senhora esta, hein Dona Florinda?! Nem pra ser chá? - Cobra riu da amiga.

– Entra logo! - Os dois amigos riram. - Vamos lá para os fundos. - Cobra trancou a porta do QG e foi para os fundos do local. Ele e Karina se sentaram em um sofá. - Desembucha!

– Preciso de colo. - Karina fez cara de pidona. Cobra riu e bateu as mãos nas pernas permitindo Karina deitar-se. A garota obedeceu.

– Agora pode começar a falar.

– Uma ex namorada do Pedro surgiu para me infernizar a vida! - Karina falou.

– Ex? Do guitarrista? Infernizar? Mas como?

– Ela esta estudando na ribalta junto com ele. - Karina explicou. - Ela chegou ontem e já esta provocando! Hoje ela chamou meu namorado e meu irmão para tomar um milk shake, acredita? Quem ela pensa que é? Mas eu fui superior! Os chamei para assistir um filme. Ai eles a deixaram sozinha.

– Respira, mulher! Rebobina a fita e começa de novo. - Cobra pediu. Karina suspirou e começou a contar desde o acontecimento na praça até a tarde de hoje.

– Prometi a mim que não vou ceder as provocações da vaca. Mas não sei até quando eu vou conseguir me controlar. Hoje eu me esforcei para não dar na cara dela na hora que ela me chamou para tomar sorvete. Mas e se amanha eu não conseguir? E depois de amanha?

– Você me contou uma história longa e até agora não me falou o nome da menina.

– É Luara.

– Hm. Luara. A garota que fez Karina Duarte se morder de ciúmes.

– Não é ciúmes! - Karina protestou. Cobra fez uma cara tipo "aham, 'ta". - Ta bom, é um pouco. - Cobra continuou com a cara de "aham, 'ta.". - Eu me rendo. É muito ciúme. Feliz?

– Um pouco. - Ele riu. - Mas K, ciúmes é bobagem. O guitarrista descabelado gosta de você. - Disse Cobra com um tom de irritação.

– O que foi? Por que a irritação?

– É que a Jade começou a ter crises de ciúmes.

– Ciúmes? Mas você mal sai desse QG. - Falou K.

– Pois é.

– Ciúmes de quem? - A garota perguntou.

*Silêncio*

– Cobra? Não me diz que é de quem eu 'tô pensado?

– Se você estiver pensando em você mesma. É, você acertou.

– 'Pera, a Jade esta com ciúmes de nós dois? - Eles se entre olharam e começaram a rir. Não me perguntem por quê. So estou narrando. - Cara, essa é a coisa mais ridícula que já ouvi em meus 16 anos.

– Concordo totalmente.

(...)

– Mas diz ai... - Cobra começou. - Ela é bonita?

– Quem?

– A tal de Luara.

– Vou fingir que não ouvi essa pergunta, Cobreloa. - Karina bufou e revirou os olhos. Karina sendo Karina.

– Já vi que é. As mulheres odeiam concorrência. - Karina deu-lhe um pescotapa. - Ei.

– Ei nada. Você perdeu uma grande oportunidade.

– De quê?

– De ficar calado!

– Tá, eu retiro minha pergunta. Mas eu só estava curioso. E você nem devia se preocupar com a aparência dela. - Disse cobra.

– Por quê?

– Olha K, eu vou falar a mesma coisa que disse a 20min atras: O Pedro gosta de você do jeitinho que você é. E tenho certeza que mesmo que essa menina apareça pintada de rosa chiclete na frente dele. Ele não vai cair em tentação. - Falou o lutador arrancando um gargalha de Karina.

– É, você tem razão. Ciúmes é besteira. Confio em Pedro.

– Mas mudando de assunto... O que você achou do Marcos? - O moreno perguntou.

– Ah, ele é legal. Mas não posso dizer muito, nem conversamos direito.

– Eu e ele conversamos um pouco hoje. O cara é de boa. Gostei dele.

– Também gostei dele. - Karina sorriu.

– E ele de você.

– Como assim? Não entendi.

– Ah, pára K. Vem me dizer que tu não reparou no cara te secando o treino todo?

– Cobreloa, o que nós conversamos sobre drogas? Não as use, por favor. - A loira falou. Cobra apenas revirou os olhos.

– 'Tô falando serio.

– Não, você esta delirando. O cara só foi gentil.

– Aham, 'ta. E aquele beijo na sua bochecha foi pura gentileza também? - Karina arregalou os olhos. A garota não sabia que o amigo tinha visto. - E foi na frente do seu namorado! - Cobra finalizou.

– Tá, confesso que ele me pegou de surpresa. Mas isso não quer dizer que ele esta interessado ou algo do tipo. Não delira.

– O Pedro ficou com ciúmes?

– Não. Quer dizer, o João disse que sim, sei lá. Ele devia só estar zoando o amigo. Mas o que isso tem a ver?

– Simples, um homem sabe quando outro homem está interessado em uma mulher. - Cobreloa explicou.

– Besteira. - A lutadora deu os ombros.

– Chata!

– Drogado! - Ela retrucou.

– Mentirosa!

– Bêbado!

– Ei, eu fiz Proerd. A única coisa em que sou viciado é em chocolate, amor. - Cobra se defendeu.

– Ai, para de falar. Tô com fome. - A garota gemeu.

– Tem uma caixa de chocolate, quer?

– 'Cê ainda pergunta? Trás pra cá, amor.

(...)

Depois de um tempo no QG, comendo e praticando Bullying com o amigo. Karina despediu-se de Cobra e rumou sua casa. Abriu a porta e não viu ninguém na sala, a garota ouvir múrmuros vir da sala de jantar e foi até lá.

– Nem me esperaram para o jantar, né? - Disse ela ao ver a família reunida à mesa.

– Senta ai K. Acabamos de começar. - Falou João.

– É, K. Fiz Risotto com legumes. - Disse Dandara já pegando um prato e servindo Karina. A garota logo se sentou e juntou-se a sua família no jantar.

Depois do jantar calmo da Família Duarte, Bianca chamou Karina e Dandara para uma reunião no quarto da mesma. As três se sentaram na cama.

– Então Danda, é o seguinte: Eu e a K vamos dar uma festa do pijama aqui em casa sábado. E eu queria saber se você pode sair com o papai. - Falou Bianca.

– Olha Bi...

– Pooor faavooor, Danda. - Bianca fez a cara do gato de botas do Shrek.

– São só garotas, né? Então não vejo problema. Eu levo seu pai para sair. Estamos mesmo querendo um tempo só pra gente.

– Uhuuuul. - Bianca comemorou com uma dancinha estranha.

– Por que 'cês não viajam? - Karina propôs.

– Não sei. Vou pensar no assunto, mas sábado nós vamos sair, ok? - Falou Dandara.

– Ai obrigada. Você é a melhor Boadrasta do muuundo. - Falou Bianca abraçando a professora, logo Karina também se juntou ao abraço.

(...)

No dia seguinte...

– Bom dia, Bicha do meu coração. - Disse Karina fazendo um coração com as mãos logo depois de entrar na academia. A garota já tinha feito seu costumeiro ritual. Acordar, higiene matinal, café da manha com a Família, encontrar o namorado na praça, dar uns beijinhos, João empatar, se despedir do namorado e correr pra academia.

– Oi, Musa do meu coração. - Cobra fez voz feminina também fazendo coração. Karina riu alto. - É melhor pararmos de conversar assim. As pessoas vão pensar que sou gay de verdade!

– Não, elas só vão ter certeza. - Disse K ainda rindo. Cobra a pegou e colocou em seu ombro, Karina ficou de cabeça para baixo.

– Retira o que você disse, Duarte.

– Você quer que eu minta? Meu pai não me criou para mentir. - Karina começou a se debater, então cobra a soltou.

– Só não te bato, por que fiz as unhas hoje. - Falou o lutador fingindo lixar as unhas.

– Depois fala que não é gay. - Eles riram. - Olha, agora é serio. Você tem que parar de me pegar assim, a Jade já esta com ciúmes. Já já você perde a namorada!

– Nem vem K. Nós já nos conhecíamos antes de eu namora-lá. Ela vai ter que se acostumar. Por que o Pedro não tem ciúmes? Porque ele conf...

– Por que você é gay. - K o interrompeu.

– Cala a boca, Rabugento. - Cobra falou.

– Quem?

– Rabugento. É um dos anões da Branca de neve. - Ele explicou.

– É zangado, jegue!

– Tanto faz. - Cobra deu os ombros. - Também tem o meigo, mas não combina com você, quer dizer, na altura sim, mas...

– É dengoso e não meigo. E anã é seu...

– Olha a boca!

– Oi gente. - Disse Marcos ao chegar perto da dupla.

– Oi. - Os dois amigos disseram juntos sorridentes.

– Como vão? - O moreno [lindooo] perguntou.

– De à pé. - Falou Karina [comentário retardado, eu sei] arrancando gargalhadas de Cobra. [mais retardado ainda.] - Brincadeira. Eu estou ótima. E você?

– Bem também. Mas me diz ai, o que vão fazer no sábado?

– Eu vou passar o dia trabalhando. - Respondeu Cobra depois de se recuperar do "ataque".

– Eu vou passar o dia com meu namorado. - Disse K.

– Hm. Onde 'cê trabalha? [hm? Será ciúmes? Haha]

– No QG. Do outro lado da rua. - Cobra explicou.

– Legal.

(...)

Depois que saiu mais cedo do colégio, Karina resolveu não ir treinar e sim visitar Tomtom.

– Oi, Delma. - K cumprimentou a sogra ao entrar no Perfeitão.

– Oi, K. - Delma foi até a nora e deu-lhe um beijo. - Como vai?

– Bem. A Tomtom está?

– Está sim. Vai lá.

Karina sorriu e fui para a entrada da casa de Pedro. Bateu na porta e segundos depois Tomtom a abriu.

– Oi, Tomtom. - K sorriu.

– K! - A garotinha a abraçou forte. - Estava com saudades. Nunca mais veio aqui.

– Também estava. E me desculpe por isso. Juro que não faço mais! - Karina beijou os dedos.

– Bom mesmo! Entra.

(...)

– MANINHA, CHEGUEI! - Pedro gritou da sala. Karina e Tomtom estavam no quarto conversando.

– Oi, Pê. - Disse Tomtom entrando na sala, a garota foi até seu irmão e o deu um beijo. - Adivinha quem veio me visitar?

– Não faço idéia, de menor. Fala aí, quem?

– Eu! - Karina entrou na sala sorrindo, mas seu sorriso logo sumiu ao ver que Pedro segurava um copo de Milk Shake na mão. "Não acredito" pensou K. - Pedro, você foi tomar Milk Shake com a Luara?

– Er...Er... - Pedro procurava as palavras.

– Quem é Luara? - Tomtom perguntou.

– É uma ex do seu irmão, Tomtom. - K explicou.

– Ex? Par mim o Pê só tinha namorado você.

– Me responde, Pedro! - Karina pediu.

– Fui, amor. Mas o Johnny também foi. Nada de mais.

– Nada de mais. - Karina riu sem humor.

– Achei que você confiava em mim. - Pedro abaixou a cabeça.

– Pedro? - Karina chamou, mas Pedro continuou cabisbaixo. - Pedro Ramos, olha pra mim. - Ela pediu com autoridade. Desse vez ele obedeceu. Karina o olhou nos olhos e segurou seu rosto. - Claro que eu confio em você, amor. EU NÃO CONFIO É NAQUELA VAGABUNDA!

– K, ela é só uma amiga.

– Não, Pedro. Ela é sua ex. EX NAMORADA! - K se exaltou novamente.

– Ex! Falou certo. Ex, passado. Você é a atual. E além do mais foi namoro de criança.

– Não pra ela! Ela quer ser a atual.

– Mas não vai ser, K. - Pedro abraçou Karina.

– Promete?

– O quê?

– Que não vai me trocar por ela? - K perguntou manhosa.

– Nunca! - Eles sorriram e se beijaram. Tomtom pigarreou.

– Já acabaram? - A pequena perguntou.

– Uhum. - Pedro respondeu.

– Que bom. Porquê a K veio aqui pra ME ver. Não você.

– Awwn! Que maninha mais ciumenta que eu tenho. - Pedro apertou as bochechas da irmã.

– Pára, idiota!

(...)

Anoiteceu, ficou tarde e Karina teve que voltar para casa, despediu-se de Tomtom e depois de seu namorado e correu pra casa.

– Cheguei, família. - Disse K alegre.

– Por onde a senhorita andou, posso saber? - Gael perguntou entrando na sala. Dandara e João estavam no sofá assistindo um programa culinário.

– Estava na casa do meu namorado conversando com a Tomtom, por quê?

– Porque? Por que eu estava preocupado, oras! Vai cair sua mão se você pegar o telefone e ligar?

– Olha o Drama, seu Gael. Eu estava do outro lado da rua. Mas me desculpa, eu devia ter te avisado. - Karina se desculpou.

– Tudo bem, só não faça mais isto! Agora vá trocar de roupa, o jantar esta quase pronto.

– Hmm. Seu Gael cozinhando? Achei que nunca mais eu iria ver isso.

– Como assim? Eu sempre cozinhei. - Disse Gael.

– Ue, depois que a Danda veio morar aqui só ela cozinha!

– Tá me chamando de folgado?

– Estou. - Disse K. A garota deu os ombros e saiu da sala, deixando Gael resmungando algo do tipo: "folgado. Eu não sou folgado." "Menina abusada!".

(...)

Depois de um longo e relaxante banho, K rumou a sala de jantar. Bianca e Dandara "tricotavam" coisas da ribalta, João continuava na sala e Gael estava dando os acabamentos a sua comida.

(...)

O jantar foi silencioso, Gael preparou um delicioso camarão ao molho. Depois que K e Bi dividiram a louça do jantar. Dandara e Gael foram para seus aposentos e os três adolescentes ficaram na sala assistindo um programa aleatório. Logo Bianca reclamou de sono e foi se deitar, deixando só K e o Nerd na sala.

– Pode trocar de canal? - João perguntou. Karina não respondeu. A garota tinha ouvido, claro. Mas ela estava ignorando o "irmão". - K?

– Não quero falar com você! - Karina tinha os braços cruzados e ela fitava a tevê, mas certamente não prestava a atenção.

– Por que? O que foi que eu fiz?

– Me traiu. - K disse somente.

– Como assim? Nem somos namorados. Você não esta me confundindo?

– Não é esse tipo de traição. Você me traiu como irmão.

– Faça sentido, por favor.

– Você foi tomar Milk Shake com o MEU namorado e a EX dele! - Disse K.

– O que isso tem de mais, K? A Luara é só uma amiga!

– O que tem de mais? - Ela riu sem humor. [ de novo ] - Eu te contei, expliquei meus motivos e você vem me fazer uma pergunta ridícula dessa? O que tem de mais?

– Você ainda acha que ela o quer?

– Acha? Eu tenho certeza. Só vocês não vêem isso. - Karina se acalmou.

– K, maninha, me desculpa. - João tentou abraça-lá mas K se fez de difícil. - Vem cá, mana. 'Cê sabe que eu te adoro, né?

– Não sei de nada. - Ela deu um meio sorriso.

– Eu te adoro, pequena. Marreta. Chata. Bruta. Ciumenta....

– Eu entendi o recado. - Eles riram. João a puxou e a abraçou. - Eu também te adoro, Nerd.

(...)

2 dias depois...

Quinta e sexta foram tranqüilas para K e Pê, depois de fazeram as pazes na quarta, eles não tocaram mais no assunto "Luara". Eles chegaram mais cedo o resto da semana, quando Pedro chegava Karina ainda estava treinando, as vezes ele ficava lá assistindo, depois ia para casa almoçar e ir correndo pra ribalta, quando Karina chegava Pedro ainda estava na ribalta, mas ela não subia, pois sabia quem ela encontraria, então ela treinava mais um pouco e depois ia pra casa. O casal 20 se encontrava na praça para namorar um pouco, mas logo Pedro tinha de ir embora, o guitarrista estava ajudando seus pais no restaurante.
E assim quinta e sexta passaram voando. Quando Karina se deu conta, já estava, no sábado de manha, dando tchau para Dandara e Gael. O casal iria viajar, a professora de canto convenceu o mestre a viajar para o interior do Rio, para passarem o fim de semana. Depois de Gael ditar as regras para as filhas ele, finalmente, entrou no carro e foi embora.

– Enfim sós. - Disse Bi suspirando aliviada. - Achei que ele não iria nunca.

– Eu também. Mil e uma regras. Até parece que vamos obedecer todas! - As irmãs riram.

– Liga pra Fabi e pra Pri. - Falou Bianca.

– Pra quê?

– Pra elas virem mais cedo, oras. Temos só o fim de semana para nos divertimos, K. Temos que aproveitar! - Bi fez uma dancinha estranha de comemoração. - Eu vou no supermercado comprar...

– COMIDA! - K a interrompeu.

(...)

2 horas depois...

Bianca estava tirando das sacolas suas compras e Karina estava lavando a louça do café da manha, quando a campainha tocou.

– Atendi lá, K. - Bi pediu.

– Eu não, estou ocupada.

– Eu também estou! - Bi protestou.

– Pede pro João.

– JOOÃÃOOO! - Bi chamou.

– JOOOOÃÃÃÃOOOOO! - As irmãs gritaram.

– O que fooi, Cristo? - O Nerd apareceu na cozinha todo arrumado. Calça jeans, sua inseparável blusa de manga e All Star no pé.

– Atendi a porta, please. - Bianca deu seu melhor sorriso.

– Saco! - Ele resmungou indo rumo a sala.

– Vai sair? - K perguntou.

– Vou, só volto a noite. - O Nerd respondeu abrindo a porta. - Oi meninas! Tchau meninas! - João deu passagem para Pri e Fabi entrarem e saiu em seguida.

– Trouxemos...

– COMIDA! - Karina interrompeu as amigas. [A K sou eu na vida 😂]

– Sim, mas íamos dizer filmes. - Falou Pri rindo da amiga esfomeada.

– Tragam pra cá a comida. - Bi pediu.

(...)

Depois de alguns minutos as quatro garotas estava na sala com três bacias de salgadinhos em mãos e assistindo a Frozen.

– Quero Doritos. Passa pra cá Fabi. - Pediu K.

– Então me passa os Fandangos. - Fabi pediu. As duas trocaram de bacias.

– Eu quero refri. - Falou Bi.

– Eu também. - As outras três disseram.

– Quem vai pegar? - Foi a vez de Pri questionar.

– Eu vou! - K se manifestou. - Preguiçosas!

(...)

Quando o filmes, finalmente na opinião de K, acabou. As garotas tomaram banho, se trocaram e foram para o quarto fofocar.
Pri vestia uma shorts curto, de algodão, branco e uma blusinha, que deixava seu umbigo a mostra, branca também. Fabi vestia uma blusa do Mickey preta larga e um shorts preto. Bianca estava com uma camisola lilás, de babado [a cara dela], curta também. E K vestia uma regatinha, de algodão, azul claro e um shorts rosinha, de algodão, curto.

– Pode começar, K. - Pediu Fabi.

– Começar o quê?

– A contar sobre o namoro com Pedro! Não foi por isso que marcamos a Festa? Quero todos os detalhes.

– Tudo bem. - K bufou. Pri, Fabi e Bi [tudo com i kkkk] deram um gritinho. - Bi por que cê 'ta animada? Você já não ouviu?

– Já mas não me canso. Amo historias de amor!

(...)

– .... E já tem duas semanas! - K finalizou.

– Awwwwwn. Que lindo! - Disse Fabi.

– Super! Começo de namoro é tão cute! Tão bom. - Foi a vez de Pri.

– Não o namoro "Perina" - Falou Bi.

– Ãn? Por quê? - Perguntou Fabi.

– Ah, é que tem uma ex do Pedro dando trabalho! - Bi explicou.

– Conte-nos tudo K. - Pediu Pri.

– Tô cansada. Bi conta aí, sei que você esta looouca pra fazer isso. - Bi respondeu com outro gritinho.

(...)

– Resumindo, ela é uma vaca. - Bi finalizou. Karina estava deitada em sua cama, Fabi e Pri na cama de Bi, e Bianca de pé.

– Uma super vaca! - Falou Fabi indignada.

– Concordo! - Disse Pri. - Sempre tem uma vadia pra atrapalhar vocês, né K? Primeiro foi aquela do beijo, e agora a ex do Pedro!

– Pois é, mas se dessa vez rolar beijo, eu não vou sair correndo e chorando, não. Eu vou dar uma voadora nele e depois mato ela. - Disse K fitando o teto.

– É ISSOO AII!! - As três aplaudiram.

– Gente chega de falar de problemas! Vamos falar de soluções. - Disse Pri dando um cutucada leve em Fabi.

– Uuui. Vamos. - Fabi disse depois de entender o sinal.

– O que eu perdi? - Perguntou Bianca. [leeentaa]

– Vamos falar de Homens! - Pri explicou pra irmã, lenta, de Karina.

– Uuui. Gostei. - Falou Bi. Karina a olhou tipo "você tem namorado, louca.". - O quê? Eu não tô morta, honey. - Bianca deu um beijo em seu ombro fazendo Karina rir. - Mas de quem vamos falar? - Pri e Fabi se entreolharam.

– MARCOS! - As amigas responderam juntas. K revirou os olhos.

– Aí, ele é gatinho. - Disse Bianca. - Vocês já falaram com ele?

– Não muito. - Disse Pri.

– Pois é, por que quando ele não esta secando a bunda da K no treino ele fica conversando com o Cobra e com o Panda. [cheio de animais nessa academia, não?] - Karina engasgou-se com sua saliva e começou a tossir.

– Estão malucas? Ninguém seca minha bunda. - A lutadora disse indignada.

– Não, só todo mundo. - Falou Pri com ironia. - Você não vê por que esta de costas, mas eu não conheço ninguém que não seque sua bunda, amiga.

– Que absurdo! - A lutadora protestou.

– K é verdade. O Marcos quase te come com os olhos. - Disse Fabi.

– Deve ser por isso que o Pê não gosta dele. - Falou Bi.

– Uuuiii, Pedro ciumento. - Fabi debochou.

– Mais dependentes químicos na minha vida. Por quê? - Karina perguntou aos céus. As meninas riram.

– Mais? - Bi perguntou.

– Cobra. - K disse somente.

– Ah, então quer dizer que até o Cobra acha que o Marcos esta afim de você e o Pê esta com ciúmes?

– Vocês estão todos delirando. Marcos só é gentil com todo mundo. - K se defendeu.

– Não com todo mundo! - Disse Pri.

– É. Ele não nos deu beijinho na bochecha. - Falou Fabi. K arregalou os olhos e começou a tossir novamente. "Será que todos ficaram sabendo desse maldito beijo?" A garota de perguntava.

– Quem disse isso pra você? - K perguntou.

– Ninguém me disse, eu vi. - Fabi explicou.

– Então é verdade, K? Sua safada. Nem me contou. - Falou Bi.

– Não havia nada pra contar. Só foi um beijo de amigo. Ele é só um AMIGO. - Disse K dando ênfase no "amigo".

– Tá bom. Mas vamos parar se falar que o bofe esta afim da K? Por que se ela não quer, eu pego. - Disse Pri arrancando risadas gerais.

– Eu também pego. - Falou Fabi.

– Façam bom prov... - A campainha interrompeu K. - Deve ser o Nerd.

Karina se levantou e foi rumo a sala para atender a porta. Mais batidas, K gritou um "tô indo, droga." E depois abriu a porta. Mas para sua surpresa não era João. Era Cobra.

– Oi. - Ele disse com um sorrisinho.

– Oi Cobra. - K sorriu. - O que foi?

– Preciso de colo. - Ele pediu com voz manhosa.

– Ah, mas é que...

– Quem 'ta aí, K? - Fabi e Pri apareceram atras de Karina. - Ah, oi Cobra. - Elas sorriram.

– A festa! Me esqueci. Desculpa. - Cobra bateu a mão na testa. - Mas é que eu precisava conversar.

– Não tem problema, entra. - Disse K.

– Mas é que... - Cobra começou.

– É que...

– Eu trouxe alguém comigo. - Ele coçou a cabeça nervoso.

– Quem? - K perguntou.

– Eu! - Marcos saiu de trás de cobra com um sorriso, mas o sorriso logo de transformou um uma mordida safada nos lábios ao ver as vestimentas de Karina.

– Tem algum problema se ele entrar também? - Cobra perguntou.

– NÃO! - Pri e Fabi quase gritaram. K riu. [super discretas, não?]

– Já que minhas amigas deixaram bem claro que não tem problema. Entrem. - K deu passagem para os garotos entrarem. - Sentem aí, vou chamar a Bi.

Alguns segundos depois, K voltou com Bi a tira colo, a irmã da esquentadinha não estava com uma cara muito boa, mas K conversou com ela no quarto e a aspirante de atriz resolveu não implicar com Cobra, por agora.

– Voltamos. - K disse sorrindo.

– Oi Marcos. - Bi sorriu. K deu-lhe um cutuco. - Oi Cobra.

– Oi - Os garotos disseram.

– Gente, eu e Cobra vamos deixar vocês sozinhos por alguns minutos. Não façam nada que a gente não faria. - Disse K puxando o amigo para o quarto dela.

– Desembucha. - Pediu K depois de se sentar na cama junto a Cobra. - Você quase nunca me procura para te dar colo. O que houve?

– Briguei com a Jade. - Ele explicou se deitando no colo de K.

– Qual o motivo?

*Silencio*

– É o mesmo que eu estou pensado, né? - K perguntou. Cobra assentiu. - Quer que eu converse com ela? - Cobra negou. - Quer que eu bata nela? - Cobra riu.

– Não, maluca. Só quero colo. Não gosto de brigar com ela, mas essas crises ciúmes já estavam me irritando. Eu e você somos como irmãos. Não tem por que ciúmes.

– Já falou isso pra ela?

– Falei, mas não adianta. Ela diz que eu dou mais atenção pra você do que pra ela e blá blá blá. Tô cansado.

– Tem certeza que não quer que eu bata nela? Quem sabe umas pancadas não fazem ela acordar e ver que você a ama. - Cobra riu novamente.

– Eu vou pensar. Qualquer coisa te aviso.

– Vou estar aqui. - K falou fazendo cafuné no amigo.

– Eu te amo, sabia? - Falou Cobra. - Mesmo você sendo, chata, bruta, insuportável, faminta, sem coração...

– Eu também te amo. Mesmo você sendo gay. - Eles riram.

– Vamos voltar pra sala? - Cobra perguntou e K assentiu. - Ah, e desculpe por estragar sua festa.

– Você não estragou. Ela até ficou melhor.

Os amigos rumaram a sala, quando chegaram as garotas, Pri e Fabi, estavam rindo feitos hienas, na opinião dos amigos, Marcos estava sorrindo e Bi com cara de ponto de interrogação. [não deve ter entendido a piada.]

– O que houve aqui? - K perguntou.

– É que... - Fabi enxugou uma lagrima que caiu. - O Marcos é muito engraçado.

– Pois é. - Pri concordou.

– Tá, mas eu tô com fome. - Disse K mudando de assunto. [Draguinha mode on]

– Eu também. - Falou Cobra.

– Quem quer Snickers? - Bi perguntou.

– EUU! - Geral disse.

– Comprei um monte. Vou pegar.

Bi levantou-se e foi até a cozinha, pegou uma sacola e voltou para a sala.

– Comam! - E ela despejou tudo em cima da mesa de centro da sala. K e Cobra pegaram logo dois e se sentaram. [A K e o Cobreloa me representam na fic kkkkk]

– Vamos ver um filme? - K propôs.

– SIM! - Todos concordaram.

– TERROR, TERROR, TERROR! - Cobra e Pri cantarolavam. Logo K, Fabi e Marcos entraram na roda. - TERROR, TERROR, TERROR. - Mas logo a campainha tocou cortando a onda das "crianças".

– Eu atendo! - Disse K. - Agora deve ser o Nerd. - Karina foi até a porta e a abriu. João e Pedro estava lá. - Oi. - K sorriu. Pedro não estava com a cara nada boa. Ele passou os olhos em Karina e depois deu uma analisada na sala da casa da garota.

– Parece que só eu que não fui convidado pra festa, né? - Pedro disse e depois saiu descendo as escadas correndo.

– PEDRO! - K o gritou e saiu correndo atras do namorado. Ela não importava se estava de pijama ou pelada, a garota só queria se explicar. Como K corria mais rápido que Pedro, logo ela o alcançou. - Pedro espera, eu posso explicar! - Pedro parou e a encarou, sua feição era triste.

– Explicar o quê? Que todos foram convidados para a festa da minha namorada, menos eu? Explicar que sua festa "só pra garotas" tem dois marmanjos? Explicar por que você esta vestida desse jeito? - Disse Pedro possesso fazendo aspas com as mãos.

– Pedro escuta! O cobra apareceu lá agora. Ele estava com problemas e eu o chamei para entar, só isso.

– E o que o "Edward Jacob" estava fazendo lá?

– Ele apareceu lá a tira colo. Eu não podia manda-lo embora. Minhas amigas gostam dele!

– Mas não ligar pra mim você podia, né? - Karina não entendeu direito a frase do namorado mas ela achava que não era hora para corrigi-lo.

– Pedro, desculpa. Serio. - Ela fez bico.

– Tudo bem. - Disse Pedro virando de costas para a namorada.

– Onde você vai?

– Pra casa. - Ele a olhou.

– Você esta bravo comigo, né? - K fez uma cara MEGA triste.

– Não, Karina. Eu só vou pra casa. - Pedro virou-se e saiu andando deixando K sozinha na rua.

– Karina? - K se perguntou. Sem querer ela permitiu uma lagrima de cair de seus olhos. Depois de enxugar a lagrima, K subiu as escadas correndo, ela abriu a porta com uma certa força excessiva.

– Preciso de colo. - Ela disse abrindo os braços como quem pede um abraço. Bianca fez o mesmo, K correu em direção a irmã mas desviou sentando no colo de Cobra que estava atras de Bianca. A aspirante de atriz fez bico.

– Vem cá, pequena. - Disse Cobra acariciando as costas de Karina.

– Ele esta muito bravo comigo. - K falou com a voz embargada.

– Quer que eu converse com ele? Já que foi culpa minha.

– Não. E não foi culpa sua. Deixa ele esfriar a cabeça. Amanha conversamos. - Falou K um pouco mais calma.

– Quer que eu bata nele?

– Não. - K deu um sorriso.

– E aquele filme que você iam ver? Ainda esta de pé? - João perguntou.

– Claro. - Disse K enxugando o rosto. - Quero ver Jogos Mortais 7.

– Só vamos deixar você escolher, por que você esta com essa carinha de dó. - Falou João.

– Eba. - A loira comemorou. - Bi você faz a pipoca.

– Por que eu? - A morena questionou.

– Porque sim. Anda, Isaura.

– Já vou, sinhazinha.

Alguns minutos depois todos já estavam sentados, alguns no chão, para assistir o filme escolhido por K.

(...)

Algumas horas mais tarde, Cobra e Marcos foram embora, João foi foi para seu quarto e as meninas para o quarto de Bianca/Karina. Karina colocou dois colchões no chão, um do lado da cama de Bi e outro do lado de sua cama. Logo as quarto já estavam deitadas.

– Boa noite, meninas. - Desejou Bi.

– Boa noite. - As outras disseram.