Thiago foi o próximo a girar, pois estava sentado ao lado de Bel. E a garrafa parou em...

― Puta que pariu! ― Exclamou Thiago ao ver que a garrafa tinha parado em um garoto. Todos que estavam presentes passaram dar altas gargalhadas, menos André, que foi o escolhido.

― Eu não vou beijar um menino! Que nojo! ― Gritou André.

― Calma meninos! ― Exclamou Marian. ― Outra regra que esqueci de contar, é que quando cair alguém do mesmo sexo, a pessoa pode girar a garrafa de novo.

― Ai, graças a Deus! ― Exclamou Tiago, aliviado.
Thiago girou a garrafa novamente, e dessa vez parou em Pata. Pata não ficou muito a vontade com a situação.

― Se você mover a boca um milimetro, eu te mato! ― Ameaçou.

― Não tenho culpa que você é bv e tem medo de beijar... ― Provocou Thiago.
Pata revirou os olhos, foi em direção ao meio da roda, e se ajoelhou, então Thiago se aproximou, ajoelhou-se, e a beijou. Também foi um selinho demorado. Logo Pata o empurrou para trás e ambos voltaram ao seu lugar.

― Uau! ― Exclamou Bia. ― Nunca imaginei vocês dois se beijando.

― Se você fosse a única... ― Completou Pata.

― Bom, agora é minha vez. ― Disse Marian pegando a garrafa.

― Quem será o azarado?! ― Provocou Bia.

― Não tem a menor graça. ― Retrucou Marian, girando a garrafa, e abrindo um sorriso enorme quando viu quem tinha sido o escolhido. ― Duda! ― Exclamou sorridente, olhando para Pata com uma cara provocante em seguida.

― Opa! ― Exclamou Duda, sorrindo. Indo em direção a Marian. Esta o agarrou pela nuca, e o beijou ferozmente, o garoto se surpreendeu e ficou sem jeito no início, mas logo se entregou ao beijo, suas línguas se entrelaçavam num beijo molhado e intenso. Todos ficaram boquiabertos, mas a reação de pata foi a mais óbvia, ela fez uma cara de ódio e tristeza ao mesmo tempo, mas permaneceu forte e sem chorar, em seu lugar.
Quado o beijo acabou, Duda tinha uma expressão de espanto na cara.

― Uau! Você me surpreendeu garota! ― Disse Duda.

― Você gostou?! ― Perguntou Marian sorridente.

― Ah! Eu... ― Duda ficou sem jeito.

― Nós vamos continuar ou não? ― Perguntou Bia, interrompendo.

― Ficou com inveja Bia? ― Peruntou Marian.

― Obvio que não. O Duda não faz meu tipo! ― Afirmou Bia.

― Valeu Bia! ― Ironizou Duda.

― Eu posso girar a garrafa ou vocês ainda vão atrapalhar? ― Perguntou André. Todos se calaram e esperaram que o garoto jogasse. Este então girou a garrafa.

― Mas o quê?! ― Exclamou Janu, quando percebeu que tinha sido escolhida.

― Ironia do destino, rejeitou ela uma vez agora vai ter que beijar! ― Zombou Thiago.

― Muito engraçado Thiago! ― Disse Janu. ― Vai logo André, acaba logo com isso.

Disse Janu se aproximando de André.

― Fazer o que, né? ― Lamentou André.

― É... Fazer o que? ― Concordou Janu.
Logo os dois se aproximaram e deram um selinho, de uns 2 segundos. Em seguida André olhou para uma das garotas e pensou: "Queria que tivesse sido você...", Janu direcionou o olhar para Mosca e disse:

― Agora é minha vez, não me decepcione garrafinha! ― Quando disse isso, lançou um olhar provocante para Mosca que correspondeu. Mili observava tudo atentamente.

Quando Janu se preparava para girar a garrafa, a campainha tocou novamente para a surpresa de todos.

― Quem será a essa hora? ― Perguntou Mili, levantando-se. Ela foi em direção a porta e abriu. Logo um indivíduo conhecido entrou, surpreendendo os amigos.

― Eu sabia que vocês estavam aqui!

― Janjão?! ― Gritaram os vizinhos.

― Seus traíras! O tatu me disse que viu vocês entrando aqui! E ele tava certo! ― Exclamou Janjão! De repente se tocou sobre o que estava acontecendo. ― Olha! Vejam só... Quer dizer que vocês brincam do jogo da garrafa? ― Perguntou com um riso irônico.

― Vai embora Janjão! ― Gritou Mosca.

― Eu vou, e vocês três... ― Disse se referindo aos três amigos. ― Esqueçam a minha amizade!

― Você ta sendo infantil Janjão! A gente só ta jogando, não significa que somos amigos! ― Disse Bel.

― É, e tem mais, se você parar de andar com a gente, só vai sobrar você e o Tatu! E vocês dois sozinhos não dão conta de nada! ― Disse André.

― Tá, vocês querem que eu perdoe vocês não é? ― Perguntou Janjão, com um sorriso maligno no rosto. ― Mas tem uma condição...

― E qual é a condição? ― Perguntou Janu.

― Que vocês venham embora agora! ― Gritou.

― Eu tenho uma ideia melhor... ― Disse Marian. ― Porque você não fica e joga?

― Nem pensar! ― Gritaram os órfãos.

― Hum... E porque eu ia querer jogar? ― Perguntou Janjão.

― Fala sério Janjão! Todo mundo sabe que você gosta de uma das meninas daqui... ― Disse André. Mas na verdade ninguém sabia, a não ser André. Então, todos ficaram espantados.

― Cala a boca seu otário! ― Gritou Janjão.

― Ops... ― Disse André rindo.

― Quer saber, eu vou jogar sim! Não sou fracote! ― Gritou Janjão, sentando-se também na roda.

― Ei, mas eu lembro que quando foi eu quem queria, você disse que eu tava sobrando Marian! ― Falou Pata.

― Ih... É verdade, tem que ter mais uma menina! ― Disse Marian.

― Eu jogo! ― Disse uma voz vinda da escada. Era Tati.

― Tati?! ― Exclamaram.

― Você não pode Tati, você é muito nova. ― Disse Marian.

― Ei nada haver, o Binho também tá! ― Disse Tati.

― É mais eu sou mais velho que você! ― Disse Binho.

― Só por um ano que eu saiba! ― Disse Tati.

― Na verdade dois, porque meu aniversário tá chegando! ― Disse Binho.

― Mas eu quero jogar! ― Insistiu Tati.

― Tati, é impressão minha ou você quer jogar por causa do Janjão? ― Perguntou Bia.

― Claro que não! ― Disse Tati. Na verdade Tati gostava de outra pessoa. ― Eu só estava sem sono e resolvi participar, mas deixa já que vocês não me querem aqui, eu vou subir e tentar dormir. ― Concluiu. Subindo as escadas, furiosamente. Todos riram da situação.

― Até parece que alguém ia querer beijar essa pirralha! ― Zombou Janjão. ― Tendo tantas meninas gatas aqui. ― Completou, fazendo todas as garotas olharem espantadas. ― Qual é? Eu sou inimigo mais não sou cego, e nem todas vocês são bonitas também! ― Concluiu.

― Avá! ― Disse Pata.

― Sim, voltando ao jogo, parou e quem? ― Perguntou Marian.

― Na Janu. ― Disse Mosca.

― Vai Janu. ― Disse Marian.

Logo Janu girou a garrafa, mas girou tão forte que a garrafa saiu rolando pela sala.

― Calma criatura! ― Disse Marian. Janu levantou-se para buscar a garrafa que havia parado perto do sofá.

― Mas me diz aí, quem foi que já beijou quem? ― Perguntou Janjão para André.

― A Marian beijou o Duda, o Rafa beijou a Cris, a Bel beijou o Thiago que beijou a Pata, e eu beijei a Janu. ― Explicou André. Janjão soltou uma gargalhada exagerada.

― Caralho cara! Você e a Janu? Essa eu queria ter visto! ― Exclamou.

― Posso girar o vocês vão ficar falando? ― Perguntou Janu.

― Espera! ― Disse Marian. ― Janjão, você tem que sentar entre Mili e o Rafa, porque o Rafa foi o rpimeiro e ela ia ser a última, estamos jogando em sentido horário.

― Belê! ― Disse Janjão sentando ao lado de Mili e Rafa. ― Iaê rolha de poço? ― Cumprimentou ele zombando de Rafa, este o ignorou.

― Eu posso girar a porra da garrafa agora? ― Gritou Janu. Todos assentiram, então ela girou. E para a surpresa da própria, a garrafa acertou em cheio e escolheu a pessoa que ela queria, Mosca. Fazendo com que ela abrisse um sorriso enorme, mas contendo-se, pois viu que Janjão olhou com cara de "Então quer dizer que você é afim desse mané?". Mosca também sorriu, mas em seguida olhou para Mili, que desviou o olhar. Então ele se direcionou a Janu, e os dois se beijaram, não foi selinho, mas também não foi um exagero como o de Marian e Duda, foi um beijo suave, seus lábios se envolviam, enquanto suas linguas se tocavam lentamente. Logo, Mosca pegou a garota pela cintura, e a beijou mais intensamente, com "aquela pegada", isso deixou Mili tão mau, que a mesma se levantou e foi em direção a cozinha, Pata a seguiu.

Na cozinha...

― Mili? ― Peguntou Pata.

― Oi Pata... ― Disse Mili enxugando as lágrimas.

― Você ainda gosta do meu irmão, né?

― Eu não sei, eu só preferi sair pra...

― Eu te entendo Mili, não é fácil ver o garoto que você gsta beijando outra... ― De repente Mili se tocou.

― Você também gosta de alguém? ― Perguntou Mili. ― É do André?

― Na verdade não... ― Respondeu Pata. Mili ficou esperando que ela dissesse, até que Pata tomou coragem e disse. ― Eu gosto do Duda...

― Sério? ― Perguntou Mili surpresa. ― E porque você nunca contou?

― Ah Mili, sei lá... Eu...

― Vocês não vem jogar garotas? ― Perguntou Marian, chegando de repente.

― Ah, nós vamos sim! ― Disse Mili. ― Vem Pata, se eles podem, a gente também pode.

― Quem é você e o que fez com a Mili? ―Perguntou Pata, tirando onda. As duas sorriram e voltaram a jogar.

― O que deu em vocês? ― Perguntou Duda.

― Nada! É que meu sutiã abriu e eu fui ajeitar. ― Mentiu Mili.

― E eu só fui beber uma água. ― Completou Pata.

― Hum, vez do Samuca agora, mas só que ele travou. ― Disse Duda.

― O mané teve um piripaque igual o chapolim! ― Zombou Janjão.

― Quem tem piripaque é o chaves e não o chapolim, espertinho! ― Corrigiu Bia.

― Tanto faz! ― Disse Janjão.

Samuca estava paralisado, pois nunca havia beijado ninguém e só conseguia pensar em Vivi, o que ela pensaria quando soubesse que ele havia beijado uma de suas amigas, ou pior, as vizinhas! Mas daí veio em mente: "Com certeza ela também estaria jogando... É, estaria sim! Mas o que eu to fazendo, ela nem está aqui... Quer saber, eu vou beijar!"

― Eu vou beijar! ― Disse Samuca saindo do transe.

― Só depois que você girar a garrafa né ô tonto! ― Disse André.

Logo, Samuca chacoalhou a cabeça, esfregou os olhos e seguiu em frente, e quando este girou a garrafa, levou um susto daqueles, a garrafa havia parado em...

― M-m-mili!!! ― Gritou Samuca. Mili arregalou os olhos.

― Eu?! ― Gritou. Muitos riram e outros ficaram pasmos, o fato é que seria nerdisse demais, em um beijo só.

Samuca respirou fundo e se aproximou de Mili, o garoto estava gelado e trêmulo.

― Não se preocupa Samuca... Tá tudo bem... ― Disse Mili. Mas o garoto estava tão voador que de repente passou a ver Vivi em seu lugar.

― Tá tudo ótimo! ― Disse Samuca sorrindo, enquanto se aproximava de Mili, a garota se esquivou um pouco e fez careta, mas antes que pudesse pensar duas vezes os garoto se aproximou e deu-lhe uma narigada no nariz. Todos que estavam a volta riram compulsivamente. Então Samuca acordou do transe e viu que aquela não era Vivi e sim Mili. ― Desculpa! ― Exclamou Samuca.

― Não tem problema! ― Disse a Mili.

― Isso é o que dá dois nerds se beijando! ― Zombou Janjão.

― Não liga Samuca! ― Disse Mili. ― Fecha os olhos. ― Ordenou. Samuca então obedeceu, e sentiu quando Mili o beijou, um selinho leve e rápido.

― Não valeu! Eles nem encostaram! ― Disse Janu.

― Valeu sim. ― Disse Cris.

― Valeu gente, deixa eles... ― Disse Marian. ― Sua vez Pata.
Pata então girou a garrafa e torceu para que caísse em Duda, porém esta não teve sorte. E não teve mesmo, pois a garrafa caiu em alguém a qual ela tinha ódio.

― Ah Não! Eu não vou beijar o Janjão! ― Gritou.

― E nem eu quero beijar você garota! ― Retrucou Janjão.

― Pena que não pode trocar... ― Disse Marian.

― Pois eu prefiro levar o castigo! ― Exclamou Pata.

― Tá ok, mas o castigo quem escolhe é a pessoa cuja você recusou beijar... ― Explicou Marian. Nesta hora Janjão abriu um sorriso de orelha a orelha.

― Ai não! Eu mereço? ― Lamentou Pata.

― E então? Castigo ou beijo? ― Perguntou Marian.

― Não existe castigo pior que beijar o Janjão... ― Disse Bia.

― É isso que você acha Bia? ― Perguntou Janjão seriamente. Bia notou que o garoto ficara ressentido com o comentário que ela havia feito.

― Eu to te zuando... ― Explicou Bia.

― Hum... ― Janjão a ignorou. ― Vamo ver gança, escolhe logo!

― Tá, eu escolho beijar! ― Exclamou Pata. ― Não confio em você.

― Sabia! Ninguém resiste a mim! ― Afirmou Janjão.

― Cuidado que ele tem mão boba! ― Disse Bel

― Como você sabe Bel? ― Perguntou Rafa, curiosamente irritado.

― Porque eu já vi ele ficando com umas meninas, nada além disso. ― Respondeu Bel, tranquilizando Rafa.

― Ah tá! ― Concluiu Rafa.

― Ele não é nem doido de tocar na minha irmã! ― Disse Mosca.

― Ai é? E você vai fazer o que? ― Provocou Janjão.

― Eu acabo com a tua raça! ― Exclamou Mosca.
Logo os dois passaram a discutir, fazendo todos perderem a paciência, até que Pata interferiu.

― Dá pros dois pararem de brigar? ― Gritou. ― Você não precisa me defender Mosca, eu sei me defender sozinha. E você seu idiota (se referindo a Janjão), se encostar em mim, apanha!

― Quem disse que eu quero encostar em você? Você é ridícula garota! ― Respondeu Janjão.

― Hadouken! ― Gritou André.

― Vocês vão se beijar logo, ou não? ― Perguntou Janu.

― Tá, mas sem gracinha! ― Disse Pata, aproximando-se de Janjão, esta fez uma cara de nojo. Janjão apenas revirou os olhos, então os dois se beijaram. Um selinho rápido, afastando-se logo em seguida ambos limpando os lábios.

― Agora é minha vez! ― Disse Duda, pegando a garrafa.