Acordei de madrugada, ainda faltavam 4 horas para dar a hora da escola. Fui na cozinha, a geladeira estava vazia, só tinha uma caixa de leite e manteiga.

– Que triste. - Queria chorar. Bebi um copo de leite e fui na direção da porta do meu quarto.

Chegando no corredor, olhei para a porta do quarto de Austin, a curiosidade se ele já tinha chegado do seu encontro com a Vacaria(apelido carinhoso que dei para Aria) me incomodava de um certo modo, eu queria saber o que estava rolando entre eles.

Abri a porta do quarto dele, bem devagar e entrei. O quarto estava escuro, porém deu para notar o volúme debaixo do cobertor. Me aproximei e toquei para ter certeza que aquilo era uma pessoa. Toquei em algo estranho, o rosto do Austin estava estranho, dessa vez cutuquei, então apertei, era algo fofinho. Curiosa, levantei a coberta. Meu rosto com toda certeza ganhou o tóm avermelhado, pois eu acabara de apertar a bunda do Austin. Olhei para o rosto do próprio que ainda dormia. Ele estava tão calmo que nem parecia o garoto que é quando está de "TPM".
Aproximei-me da cama, do lado contrario que Austin dormia e fiquei acaríciando o cabelo dele, era macio e cheroso.

– Parece até uma criança quando dorme. - Sussurrei. Dei um beijo na bochecha dele. - Boa noite, maninho. - Depois de minha fala, eu me levantei, só que algo segurou meu braço.

– Ally !? - Ele soltou meu braço e se sentou na cama um pouco sonolento - O que está fazendo aqui, essa hora da noite ?

– Eu não sei, acho que estava com saudade de você.

– E o Mike ? Não é o suficiente ?

– O que você quer dizer ? - Coloquei ambas as minhas mãos da minha cintura.

– Ué ? Você não são namorados agora, estão todo íntimo com o outro. - Ele parecia bravo. - Não iria ficar surpreso se já não tivesse se beijado.

– Eu não namoro Mike e muito menos beijei ele. - Falei e notei um certo alivio no rosto dele. - E mesmo se já tivesse, o que você tem haver com isso ? Afinal de contas, no que um namoro com o Mike, iria atrapalhar na sua vida.

Ele ficou olhando para a parede. - Atrapalhar, não atrapalha em nada. - Ele suspirou. - Só que de um certo modo, machuca. - Agora ele apontava para o coração dele. - Bem aqui.

Com tal fala me veio a lembrança daquela noite, eu e Austin deviamos ter tido uma conversa sobre o nosso quase beijo ou como nos sentiamos, mas eu apenas evitei isso. Austin já deixou claro que gostava de mim, e eu estava tentando ignorar isso, afinal de contas, ele é meu irmão, temos o mesmo sangue, um relacionamento entre ambos seria um pecado.

Me aproximei dele e sentei do lado dele. - Temos que conversar.

– Sobre ? - Perguntou.

– Nós. Austin, eu tentei apagar da minha mente o que você sentia por mim, pois de um certo modo me incômoda.

– Eu sou um incômodo para você ?

– Não, você e meu irmão e é isso que me incômoda. - Suspirei - É errado.

– Tudo bem.

– Tudo bem ? - Perguntei.

– É, tudo bem. É errado, então vou parar.

– Ah, certo.. tudo bem. - Levantei um pouco incômodada com esse tudo bem. - Como assim ? vai desistir tão fácil ? - Voltei a falar, estava decepcionada, esperava ele falar que iria lutar por mim. - É errado, sim é errado, só que como você disse, não é errado gostar e tenho certeza que muito menos amar.

– Ally ? Você está me confundido. - Disse ele e finalmente notei a besteira que tinha acabado de falar.

– Nada, esquece o que eu falei. É besteira. - Saí correndo do quarto dele e indo para o meu.

Ouvi um barulho de um suspiro vindo do outro quarto. Estava com a cara escondida debaixo do travesseiro repetindo perguntas na minha mente. "O que deu em você ? Por que falei aquilo ?".

Na hora do café da manhã, eu estava sem vontade de ir para a cozinha; não consegui dormir. Só que eu tinha escola, então recuperei forças de sei lá onde, e levantei da cama.

– Bom dia, filha. - Disse meu pai.

– Bom dia. - Sorrir para ele e olhei para Austin que tinha um olhar confuso, parecia que ele estava cheio de dúvidas.

– Pai, posso levar a Ally para escola hoje ? - Perguntou Austin.

– Por quê ? - Perguntamos ao mesmo tempo.

– Faz tempo que não passo um tempo com ela.

– Se ela quiser, tudo bem. - Disse meu pai - Hoje eu estou de folga, então se quiser pode levar o carro.

– Valeu. - Disse Austin mandando um sorriso para mim.

***

– Austin, sobre ontem, esquece. - Falei enquanto entrava no carro.

– Esquecer que parte ? - Ele ficou pensativo. - A parte que você acariciava meu cabelo, ou aquela que você apertava a minha bunda.. - Ele fez uma pausa e riu na parte da bunda com uma risada maliciosa - Ou a parte que você diz que não devo desistir de você ?

Não aguentava, fiquei vermelha e encarando a a janela. Ele deu a partida. - Eu não estava falando coisa com coisa naquela noite.

– Pareceu bem, na minha opinião.

– Sou uma boa atriz, pois eu não estava nada bem.

– Por que não estava bem, tenho culpa ?

– Não, só estava brava pois você saiu com a Aria... - Droga, mais uma vez falei coisas que não deveria.

– Ciúmes ? - Ele ria.

– Ciúmes ? Eu só queria te proteger dela.

– Aham, sei...

– Se não quiser acreditar, não acredite. - Procurava na minha bolsa o papel que pedi para o meu pai assinar.

– Você vai naquele passeio ?

– Vou, e você ?

– Depende, se eu não tiver jogo, eu vou. - Disse ele olhando para pista.

– Austin, você está pegando a curva errada.

– Não, estou não.

– Está sim, você tinha que ter virado na outra rua.

– Eu sei o caminho.

– O caminho da escola é por ali.

– Quem disse que estou indo para escola ? - Agora ele tinha uma sorriso divertido nos lábios.

– Austin! Onde você está me levando.

– Segredo. - Ele pegou uma pano. - Coloque isso nos seus olhos quando eu pedir.

– Não, você vai me dizer onde estamos indo.

– Para de ser certinha. Curti a vida um pouco.

Recebi uma mensagem da Emily pergutando se eu queria carona. Eu poderia pedir para ela segui Austin e me salvar. Olhei para ele, ele parecia querer me surpreender e devo admitir que aquele sorriso na cara dele, deixa ele uma gracinha.

"Ems, estou doente hoje. Irei faltar hoje. PS: Não se preocupem" vou dar uma chance para o Austin, mesmo que isso custe eu faltar.

– Espero que seja algo legal. - Falei tentando não mostrar curiosidade, só que eu estava MUITO curiosa.

– Você vai gostar.

Autor POV' s

– Ela disse que está doente. - Falou Emily com uma cara um pouco desconfiada.

– Resposta curta ? - Perguntou Hanna.

– Sim, muito curta. - Respondeu Emily.

– Ela está mentindo, significa que vai fazer algo legal. - Hanna fez um gesto que mostrava um certo orgulho de Ally. - Enquanto estamos na escola.

– Pena que não da para saber o que ela está fazendo. - Disse Spencer.

– Até da. - Respondeu Hanna com aquela carinha sapeca.

– Como assim ? - As duas perguntaram ao mesmo tempo.

– Eu grampeie o celular dela. - Disse Hanna - Se o celular dela estiver ligado, podemos rastrear.

– Por que você grampeou o celular dela ? - Perguntou Spencer.

– Por que eu me preocupo com ela. - Disse Hanna.

– Você grampeou o celular de mais alguém ? - perguntou Emily.

– Não.. - Hanna tentou fazer a cara mais inocente possível. Só que atrás de suas costas, estava uma figuinha entre os dedos.

– Mike está na escola, então é impossível ela está com ele. - Disse Spencer encarando Mike que estava um pouco afastado.

– Quem que a Ally conhece que não está na escola ? - As três encaram ao redor. - Pedro. - Disse Hanna.

– Pedro ? - Perguntou Emily.

– Ele senta atrás da Ally, uma vez ele pediu uma borracha dela. - Disse Hanna.

– E o que tem ele pedir uma borracha ?

– É que uma aula antes daquela, eu tinha pedido a borracha dele. Como ela poderia sumir assim do nada ?

– Não acho que ela iria sair com um garoto que ela apenas emprestou a borracha. - Disse Emily.

– Tanto faz, vamos seguir ela e ver com quem ela está. - Hanna tentou fazer uma pose tipo o das panteras. - Fica melhor quando vocês fazem junto comigo.

– Meu notebook está aqui, peguem. - Disse Spencer entrgando o aparelho.

– Você não vem ? - perguntou Hanna.

– Não posso faltar.

– Nem eu. - Disse Emily.

– Tudo bem, só que se a Ally estiver em perigo, lembrem que vocês poderiam está lá para ajudar. - Hanna tentou forçar algumas lágrimas. - E quem sabe eu também seja machucada, vocês podem mudar isso, é só ser rebelde e faltar hoje.

– Para de drama. - Disse Spencer indo na direção da porta da escola acompanhanda de Emily.

– Vadias! - Gritou Hanna.

Ally POV's

Recebi uma ligação de Mike.

– Não vai atender ? - Perguntou Austin ainda prestando atenção na estrada. - É o Mike, certo ?

– Sim. - Fique pensativa. - Não vou atender, afinal de contas hoje é só eu e o meu maninho. - Dei um soco de leve no braço dele, ele pareceu gostar por eu não ter atendido o Mike.

– Legal que resolveu me dar uma chance, você vai ver que sou muito melhor que o Mike.

– Austin, isso não é uma competição. E só para lembrar.. você é meu irmão.

– Mesmo assim, você disse que eu não deveria desistir de você.

– Aquele leite que eu bebi não deve ter me feito bem.

– Não tente arranjar desculpas. - O vento bagunçava o cabelo de Austin, de uma maneira tão... Sexy. - Você gosta de mim, só que fica tentando fugir disso e usa a desculpa que somos irmãos só para me afastar. - Ele fez uma pausa. - Só que na verdade, você quer que eu te mostre que você está errada e que também não deve desistir de nós.

– Continuamos irmãos...

– Para de ser chata e coloca esse pano nos olhos que já estamos chegamos. - Fiz o que ele pediu.

Ele parou o carro e abriu a porta do motorista, saiu e depois fechou. A porta ao meu lado abriu e sentir os braços de Austin me ajudando a sair do carro.

– Segura aqui, para eu poder te guiar. - Fiz o que ele pediu e segurei no seu braço esquerdo, e que braços, não me recordo muito, só que diria que são maiores que o do Mike.

– Austin, cuidado para eu não cair. - Respondi com um certo medo em meu corpo cada vez que eu dava um passo e não sabia onde estava pisando.

– Eu te protejo, anjo - Disse ele no meu ouvido. Aquela palavra, anjo, acertou meus sentimentos em cheio. Era daquele jeito que minha mãe me chamava, ela sempre dizia que eu era a anjinha dela e que sempre iria me proteger. - Ally, tudo bem ?

– Austin, posso pedir um favor. - Olhei na direção de seu rosto, não podia vê-lo por causa daquele pano vendado nos meus olhos, só que podia sentir que ele me encarava. - Não me chama de anjo, por favor...

Ele ficou em silêncio, deveria está pensando no motivo para eu não ter gostado. - Entendo, desculpe... é que agora você é o meu anjo. - Ele apertou a minha bochecha. - Mas, se você não se sente confortável, eu paro.

– Obrigada... - Respirei fundo. - Chegamos ?

Ele foi para trás de mim, com as mãos apoiadas em meu ombro. - Chegamos. - Então tirou aquele pano, deixando uma praia a vista. Era linda, se dúvidar linda era pouco... era simplesmente perfeita. Areia branquinha, água cristalina e alguns coqueiros. Um vista para se apaixonar e te deixar sem fôlego.

– Austin, é... incrivel! - Não conseguia parar de sorrir.

Ele pegou na minha mão. - Vem comigo.

Ele me levou até um dos coqueiros e perto dele tinha uma cesta.

– Antes que pergunte, não fui eu que fiz, apenas pedi para alguém fazer por mim.

– Austin... você planejou isso ? você sabia que o pai ia te emprestar o carro ?

– Vamos combinar uma coisa ? - Acenei com a cabeça. - Nada de perguntas hoje. Combinado ?

Pensei um pouco e resolvi que deveria dar uma chance para ele. - Combinado.

Ele pegou uma toalha de piquenique e arrumou ela por cima da areia, em seguida colocou a cesta ali e tirou algumas coisas de dentro da cesta. Frutas, pães, chocolate, bolo, vegetais, refrigerente e por último e na minha opinião o melhor... PICLES!!

– Austin, eu te amo - Falei segurando o pote de picles. - Ainda da melhor qualidade. - Ele sorriu.

– Sei que não é grande coisa, só que eu baixei um filme no meu tablet e pensei que poderias assistir. - Em uma mão ele segurava um tablet e na outra um fone. - Baixei aquele filme que você gosta, "As vantagens de ser invisível".

– Está perfeito. - Respondi com um sorriso que foi retribuido. - Onde vamos encostar para assisti..

Austin, não deixou eu terminar, ele simplesmente encostou no coqueiro e me puxou, estavamos próximos, meu rosto estava apoiada em seu ombro esquerdo. Senti meu rosto queimar.

– Assim é confortável - Disse ele me entregando um dos fones. Peguei e coloquei no ouvido. Ele ligou e o filme começou, peguei os picles, Austin tentou pegar um, só que fui mais rápida e bati na mão dele. - Aih, eu que paguei por eles.

– Meus picles, ninguém toca. - Tentei fazer uma cara de brava só que não durou muito pois acabei rindo.

Hanna POV's

Tive que parar de ir atrás da Ally, pois alguém estava me seguindo, não sei dizer quem é, apenas que ele estava ali. Tentei disfarçar e fui na direção de um beco sem saída. Aguardei, escutei sons de passos vindo na minha direção... quando ele virou eu ataquei com meu chute que eu chamo de "salto assassino"

– Toma. - Dei um chute que foi segurado pela mão do cara. - Mike ? Você estava me seguindo ?

– Desculpe, é que eu estava preocupado com a Ally e ouvir você falando com as suas amigas que você ia procurar por ela, então te seguir.

– Você é doido ? eu podia ter te matado. - Ele me encarou com uma cara de que achava aquilo impossível, considerando que ele segurou meu chute. - Esse chute nem era um dos meus melhores, conheço um que pode levar a pessoa em coma.

– Ainda bem que você não usou.. - Ele tinha um tóm de deboche na voz. - Enfim, cadê a Ally ? Pois ela faltou hoje e não está atendendo as minhas chamadas.

– Credo, você nem é namorado dela e já está desse jeito.

– Não estou marcando território, apenas estou preocupado com ela. - Ele tinha um olhar sincero.

– Tudo bem, vem comigo. - Continuamos andando, só que a sensação de está sendo seguida ainda não tinha passado.

Ally POV's

– Logan Lerman. - Suspirei feito aquelas menininhas apaixonadas. - Meu sonho, eu ainda caso com ele.

– O que ele tem que eu não tenho ? - Austin perguntou ainda acariciando meu cabelo, eu estava deitada ainda sobre seu ombro.

– Muitas coisas. Se eu for falar iremos ficar aqui a noite inteira.

– Sou mais eu. - Disse ele um pouco frustado.

– Você tem as suas qualidades. - Falei sentindo meu rosto queimar novamente.

– Aé ? Quais ?

– Você tem uma irmã ótima. - Ele riu. - E você é um ótimo irmão, a gente briga bastante, mas eu não te trocaria... - Ele sorriu. - Talvez eu trocaria pelo Logan.

– Retire o que disse. - Ele fazia cócegas na minha barriga.

– Háhá.. nunca.. háhá - Não conseguir falar direito. - Para.. háhá. Por háhá favor.

– Então retire o que disse. - Ele continuava.

– Tudo bem... háhá... eu nunca.. háhá.. te trocaria. - Falei quase sem fôlego.

– Agora diga que me ama.

– Háhá Eu te amo háhá. - Ele parou, e estava com aquele sorriso bobo na cara.

– Eu sei que você me ama. - Joguei areia na cara dele.

– Meu cabelo está sujo de areia. - Tentei tirar a areia - Onde eu posso limpar ?

– Tem um banheiro aqui perto. - Ele se levantou e me guiou.

Hanna POV's

Meus olhos acompanharam os dois indo na direção de uma casinha de madeira.

– Então, Ally faltou na escola para ficar o dia com o Austin !? - Falei.

– Eles parecem ser bem próximos... - Disse Mike - Chega a parecer um casal.

– Eles são irmãos, é normal eles serem próximos assim. - Respondi ainda acompanhando aqueles dois entrarem na casinha. - Bom, agora que sei que ela está bem, podemos ir embora.

– Eu vou ficar mais um pouco.. - Mike tinha o olho fixo na casinha.

– Mike, é muito estranho ficar seguindo as pessoas.

– Você grampeou o celular dela e seguiu até aqui, isso também é estranho.

– Só que eu fiz isso pois estava preocupada.

– Eu também estou.

– Não necessita, ela está segura com o irmão dela.

– É por causa dele que fico preocupado.

Agora a curiosidade me dominou. - Por que ?

– Sabe guardar segredo ? - Finalmente ele parou de encarar a casinha para me olhar.

– Sei... depende do segredo.

Ele me encarou com uma cara pensativa. - Melhor não, deixa pra lá.

– Tá bom, eu guardo.

– Eu acho que o Austin gosta da Ally.

– Ele é irmão dela, ué.

– Quero dizer gostar mesmo, gostar!

– O quê ? Háhá - Não conseguir conter a gargalhada. - Você é doido. Bom, se quer ficar ai espionando feito um pervertido, tudo bem. Se isso fizer você tirar essa ideia maluca da cabeça.

Fui embora, só que aquele sensação não me deixava em paz.

Ally POV's

– Nunca imaginei que iria ser tão complicado tirar areia do cabelo. - Tentava secar meu cabelo com o vento.

– Eu gostei da parte que você se molhou toda. - Ele olhava para a minha camisa molhada.

– Vai se danar - Revirei os olhos. - Sobrou um pouco desse sanduíche.

– Não lembro de pedi sanduíches.. você quer ?

– Não, estou cheia.

– Bom, eu ainda estou com fome. - Ele pegou o sanduíche e mastigou. - Está ótimo.

– Como vamos explicar para o papai que a gente faltou a aula hoje ?

– Eu falo com el.. - Austin começou a se engasgar, seu rosto estava vermelho, ele cuspiu o sanduíche fora, e começou pressionar o próprio pescoço.

– Austin!! Socorro, me ajudem!! - Gritava, Austin estava caído na toalha tentando respirar. - Socorro!!

– Temos que chamar uma ambulância. - Disse Mike aparecendo do nada com um celular.

– Mike ? O que faz aqui ?

– Conversamos sobre isso depois.

Uma ambulância apareceu e levou Austin, eu falei que era irmã e que Mike era meu namorado, para eles deixarem ele ir. Eu tinha perguntas para fazer para ele.

– Pegou a cesta ? - Perguntei, olhando para Austin que estava com dificuldade para respirar, ele estava inconsciente.

– Peguei. - Disse Mike.

– Sério, o que você fazia ali ?

– Depois a gente conversa sobre isso.

Respirei fundo e tentei me acalmar segurando a mão de Austin. Descemos da Ambulância e levaram Austin para uma sala. Fiquei ali fora esperando. Cerca de 1 hora depois apareceu um médico.

– Ele está melhor, está descançando. Deve acordar a qualquer momento. - Disse o médico.

– O que aconteceu com ele ?

– Ele é alérgico alguma coisa ? - Disse o médico.

– pasta de amendoim, se não me engano. - Falei.

– Bom, eu vou examinar melhor, só que eu diria que foi uma causa alérgica. Já pode vê-lo - Disse o médico e se retirou.

– Austin nunca iria pedir sanduíche de pasta de amendoim. - Sussurrei para mim mesma. - Mike, tenho perguntas para te fazer. - Suspirei. - O que você fazia lá ?

– É complicado, só que não fui eu. - Mike estava assustado. - Foi um cara de casaco preto.

– Um cara de casaco preto ?

– Ou garota, não sei, só sei que usava um casaco preto. Ele colocou alguma coisa lá e depois saiu correndo, eu só não sabia o que era.

– E por que não apareceu para avisar ? Estava espionando ?

– Eu não sabia o que fazer, eu...

– Para de mentir, aposto que foi você que colocou o sanduíche lá. - Estava irritada. - Mike, suma da minha frente.

– Ally, eu..

– Suma!

Ele nada disse, apenas foi embora. Me sentir mal pela maneira como falei com ele, sem ter provas, só que naquele momento eu ainda estava assustada pelo susto.
Fui na direção do quarto do Austin e entrei. Ele dormia calmamente. Me aproximei

– Desculpe, Austin. - Falei. - Eu deveria ter comido aquele sanduíche. - Tentei segurar as lágrimas. - Eu queria... te ouvir me chamar de anjo novamente.

– Anjo.. - A voz fraca. Olhei na direção daqueles olhos castanhos que me encaravam, nunca sentir tanta felicidade em ver aqueles olhos me encararem, de ver aquele sorriso.

– Austin, eu sinto muito. - Abracei ele.

– O que aconteceu ?

– Você teve um ataque alérgico, acho que tinha pasta de amendoim naquele sanduíche.

– Eu não me lembro de ter pedido aquilo. Cadê a cesta ?

– Está. - Fui até a cadeira onde estava a cesta. - Está tudo aqui dentro. - Dei uma checada e algo me chamou a atenção, um pote pasta de amendoim estava li dentro com um bilhete.

"Espero que goste do sanduíche, pois foi feito com amor. Kisses - A" o pote caiu da minha mão quando li aquilo. Então foi "A" que Mike viu! Como ele nós encontrou ? Como ele sabia que Austin era alérgico a amendoim ? Ele queria matar o Austin ou só assustar ? Será que Mike etava mentindo e na verdade ele é A ?

Milhões de pensamentos rodiavam a minha mente, só que foram interrompidos por Austin.

– Anjo, está tudo bem. - Disse ele ainda com a voz fraca. - Eu estou bem, vem cá.

Me aproximei dele. - Da próxima vez, a gente come pizza. - Falei e ele riu.

– Combinado. - Ele depositou um beijo na minha testa.

– Eu te amo. - Sussurrei tão baixo que quase não ouvi, só que foi o suficiente para ele ouvir. - Fiquei com medo de te perder. Não quero perder mais ninguém na minha vida.

– Então não perca, corra atrás antes que seja tarde. - Disse meu pai na porta.

– Pai, eu posso explicar! - Falei me levantando.

– Foi culpa minha pai. - Austin disse.

– Crianças, tudo bem. Não estou bravo.

– Pai..

– Diga querida.

– Posso sair, rápidinho.

– Pode, quer carona ?

– Não, tome conta do Austin, eu pego um Táxi. Tenho que resolver algumas coisas.

***

– Já vai. - Disse uma voz do outro lado da porta. Abriu e seus olhos arregalaram quando me viu. - Ally ?

– Temos que conversar, Aria.

Continua