Tell me a secret... I promise to keep it escrita por Fallen Angel


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá
Bom, pelo que deu para notar pela sinopse, a fanfic se baseia em um amor entre irmãos. Então aviso que caso você seja contra uma fanfic desse gênero, deixo avisado que você terá toda a liberdade de ignorar essa fanfic, ou se quiser compartilhar ideias para a fanfic, eu aceitarei de braços abertos ;)
Espero que gostem, eu li algumas vezes, só que caso algum erro venha a aparecer, apenas ignore. Obrigado e boa leitura.



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A grande pergunta do século: Quem sou eu ? Pergunta bastante interessante, principalmente quando você não faz a mínima ideia do que responder, sério, não tenho a mínima ideia. Bom, não, a mínima ideia eu tenho, mas essa ideia é tão mínima que... Sabe, esse é o tipo de pergunta que a gente simplesmente não deveria ser perguntado. A gente mal sabe que dia da semana é hoje, fazer conta de matemática de cabeça e lembrar de sete números de telefone, como vai saber responder, exatamente, quem a gente é? Tipo, não sei. Até parece que a gente concorre a um milhão se responder certo - o detalhe é que, bom, não tem exatamente uma resposta certa, né? É uma pergunta difícil para responder, só que posso tentar.

Eu sou uma garota chamada Ally Dawson, tenho 16 anos, tenho cabelos compridos e pretos, meus olhos são castanhos, tenho a pele clara do tipo branquela que não vê um sol a muito tempo, tenho 1,69 de altura, se eu for me definir eu me defino como um nada. Bom, não exatamente um nada. Eu não posso me categorizar apenas como um nada pois eu sei que alguma coisa existe dentro de mim que acaba por compensar a falta de muitas outras. Mas na maior parte do tempo eu me sinto um nada.

Apartir disso, eu diria que sou inteligente. Bom, eu até poderia dizer que sou uma nerd, mas também não tenho a cabeça preparada pra ser uma e nem o corpo preparado pra me comportar como uma ou me vestir como uma. Quanto aos outros fatos interessantes, gosto de ler, consigo escrever decentemente, sou uma estudante ótima, sim, devido ao fato de eu ter estudado em casa grande parte da minha vida . Eu consigo dançar decentemente quando me deixam ouvir música alta em volta da casa. Mas sinceramente, a vontade de ir em uma festa fugindo acaba por perecer frente a bagunça que é fugir. E no fim, eu prefiro ficar em casa. Eu tenho o sonho de ser o dono de uma pequena loja de livros em qualquer cidade que não seja engolida por fumaça e nem barulho dos carros, um lugarzinho aconchegante e que não seja assim apertado e confuso como aqui, uma cidade que tenha pássaros cantando e seja magicamente feliz. Talvez não tão magicamente, afinal, sonhar é bom, mas a realidade é outra coisa. E mágica não existe, pelo menos até onde eu sei.

Perdi minha mãe, algumas semanas atrás, e agora estou à me mudar novamente com meu pai e meu irmão. Como a antiga casa tinha muitas lembranças que meu pai deseja esquecer, estamos partindo para um nova cidade. Morávamos na Califórnia, e agora estamos aqui em Manhatttan.

Meu pai alugou uma casa simples, daquelas que são parecidas com as casas vizinhas. A casa tem as paredes verdes, as janelas são brancas iguais o telhado e a porta da frente. Tem um jardim meio morto na frente da casa, o qual meu pai adorou, pois jardinagem é algo que ele gosta de fazer para passar o tempo.

Meu pai é um homem de 46 anos, alto e forte, não é gordo (está bem conservado) o cabelo dele é preto com alguns fios grisalhos, os olhos são castanhos. Já meu irmão tem 17 anos, alto e tem o corpo já definido, não que eu já tenha olhado. O cabelo é loiro, e os olhos também castanhos em um tóm de chocolate. Ele é o tipo de garoto que passa o tempo comendo pizza e jogando videogame.

Até certo momento, eu estava dentro do carro no banco de trás. Meu irmão sentado no banco da frente ao lado do meu pai. Estávamos ali com o carro parado na frente da nova casa. Não entendi o motivo de ninguém ter saído do carro ainda, então fiz as honras.

Sair do carro e fui olhar a casa pelo lado de fora mais de perto.

- O caminhão já deixou alguns móveis lá dentro - Meu pai também saiu do carro, acho que estava esperando alguém sair primeiro - Peguem algumas caixas e coloque elas na entrada que eu levo para dentro - Disse meu pai enquanto tirava algumas caixa de dentro do caminhão de mudanças.

- Eu estou cansada, será que o senhor e o Austin não podem fazer isso sozinhos ? - Tentei usar a arma secreta da filhinha do papai.

Meu pai me encarou.

Austin saiu de dentro do automóvel e me olhou irritado.

- Então eu e Austin pegamos as caixas.. - Fiquei feliz com o que eu ouvir - Só que você que vai tirar as coisas das caixas e colocá-las no lugar, certo ?

Me aproximei e peguei uma caixa - Pensei melhor, e acho que vou ajudar com as caixas. - Meu pai sorriu, como se o plano diabólico dele tivesse dado certo. A caixa não estava pesada, estava até leve. Levei até a entrada da casa e olhei para Austin, ele estava carregando cinco caixas de uma só vez.

- Exibido - Sussurrei.

Ele sorriu e deu uma piscadela e voltou para perto do caminhão.

Fiquei a tarde toda tentando levar pelo menos duas caixas de uma só vez até a porta da nova casa. Meu pai disse algo sobre deixar as caixas com a gente, que depois ele cuidava de tirar as coisas delas.

Acho que ficamos a tarde toda tirando as caixas do caminhão.

Meu pai logo se aproximou de nós dois.

- Obrigado pela ajuda, agora podem ir lá descansar - Ele acariciou meu ombro - Tem um colchão no quarto de cada um de vocês. Como ainda não montaram as camas de vocês, teram que dormir no colchão.

Nada disse, apenas me retirei sendo seguida por meu irmão.

Entramos na casa, ela era pequena mais também era bem aconchegante. Tinha um corredor que levava até quatro portas, uma era de um banheiro e os outros eram quartos, sendo que entre os três quartos, um era azul e o outro rosa e um branco, só que o branco tinha uma colchão de casal, o que dava a entender que era de meu pai. Eu gosto de azul, então resolvi ficar com aquele quarto, já estava para entrar quando Austin puxou meu braço.

- Você acha mesmo que eu vou ficar com o quarto rosa ? - Ele reclamou.

Encarei ele com desdém.

- Fica com o rosa, quem sabe assim você descobre mais o seu lado feminino - Sorrir para ele e ele bufou.

Ele encarou a porta do quarto de parede azul, logo entendi o que aquele olhar significava. Sair correndo para tentar entrar, só que corremos ao mesmo tempo, o que ficou impedindo à entrada.

- O que está acontecendo aqui ? - Nosso pai estava a encarar a nossa atitude de criança.

- Pai, ele quer me deixar com o quarto rosa - Tomei a frente - Você sabe que eu odeio rosa.

- Eu não vou ficar em um quarto de paredes cor-de-rosa - Tentou se defender Austin.

Meu pai olhou para os dois quartos, e logo encarou tanto eu quanto o Austin.

- Vocês iram dormir na sala- Foi tudo que meu pai disse.

Olhei para sala. Ela era aconchegante, só que não teria espaço para dois colchões. - Pai não tem espaço ali para colocar os colchões, isso só vai chegar a outra briga - Austin tentou explicar o qual impossível era essa ideia do meu pai.

- Eu não falei que vocês iriam levar os colchões. Só disse que vocês iriam dormir lá, certo ? - Tentava entender a ideia de meu pai.

- Espera! O senhor não está querendo dizer que...- Fui interrompida.

- Sim, Ally, vocês iram dividir o sofá essa noite e amanhã compramos as tintas e pintamos o quarto rosa de outra cor. - Meu pai sempre tentava fazer os dois filhos se unirem.

Olhei para o loiro, lembro que a ultima vez que dormir junto dele foi quando eu tinha 7 ou 8 anos de idade. Não me sentiria à vontade de dormir com ele novamente. - Austin, vamos fazer assim, eu fico com o sofá e você com o chão. - Sabia que ele negaria, só que não custava tentar.

- Tanto faz.. - Eu ouvir isso mesmo ? Isso significa que ele aceitou ou negou ? Vou considerar como um aceitou. Por impulso da minha felicidade abracei ele, coisa que durou apenas alguns minutos, pois logo soltei ele.

***

Anoiteceu, nem chegamos a abrir as caixas. Estávamos todos na sala assistindo um filme que ainda não sei o nome, só sei que tem um homem com uma serra elétrica matando todo mundo. Isso que acontecer quando tem dois homens na casa que curtem filmes de terror. Juro que fiquei com medo, não sou medrosa, só que odeio filmes de terror quando acabo de me mudar para uma casa nova, pois na maioria dos filmes de terror, quando alguém se muda para uma casa nova a maioria morre.

- Pai, não tinha outro filme para assistir ? - Já sabia qual seria a resposta, só que perguntei mesmo assim.

- Não - Foi tudo que ele disse, esperava algo mais explicativo.

Austin chegou perto da minha orelha e sussurrou. - A filhinha do papai está com medinho ? - Ele ria entre o sussurro. Ele nem imagina, só que xinguei ele de tudo que é nome mentalmente.

Ficamos vendo aquele filme, até que meu pai começou a pegar no sono. - Crianças, eu vou dormir.- Ele se levantou e foi na direção do quarto - Se comportem - E entrou.

Olhei para Austin - Lembre que você vai dormir no chão - Queria ter certeza.

- Eu sei - Ele desligou a televisão e se jogou no chão - Boa noite, e cuidado para não ser morta enquanto dorme. - Mostrei o dedo do meio para ele - Que feio, a filhinha do papai "acenando" com o dedo - mostrei o outro dedo também, ele riu e virou pro outro lado.

Deitei no sofá, só que não conseguia dormir. Então fiquei olhando o teto. Não que eu tenha ficado com medo, só que não estou muito acostumada a dormi no sofá, quando me mudo de casa. Já deveria ter passado alguns minutos, e nada de sono.

- Ally - Austin me chamou.

- Hn - Olhei para ele que estava ainda de costas.

- Também não consegue dormir ?

- Não.. - Respondi.

Ele se virou para mim e disse :

- Lembra quando éramos crianças, e quando nós mudamos para a casa da Tia Jenny ? Tivemos que dormir no sofá - Ele relembrava os momentos me encarando com um sorriso no rosto - Ficamos com medo, e então resolvemos dormir no mesmo sofá... juntos.

- Lembro, eu tinha me assustado com um barulho que batia na janela que eu jurava que era um estrupador querendo entrar na casa, só que na verdade era apenas um galho de uma árvore batendo na janela - Rir. - Você também estava com medo, parecia uma garotinha assustada.

Ele revirou os olhos.

Ele se levantou do chão e deitou no sofá do meu lado, e ficou me olhando. - Que tentar para ver se conseguimos dormir ? - Ele abriu os braços - Lembra que você gostava de me abraçar ? Medrosa.

- Eu não era medrosa, apenas era carinhosa. - Disse, ele ainda continuava com os braços abertos.

Hesitei no começo, só que logo o abracei. O corpo dele era quente, ele também me abraçou. - Isso aqui vai ficar só entre a gente. - Sorrir e concordei. Deitei a minha cabeça sobre o ombro dele, ele ficou acariciando meu cabelo. Tudo aquilo era estranho, ficar proxima dele novamente, assim, do nada. Só que mesmo assim aquilo era bom, me sentir proxima dele novamente... era.. bom. Logo comecei a sentir minhas pálpebras pesarem.

Dormir.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Esse foi o primeiro capítulo, desculpe se ficou pequeno. Tentarei fazer maior os próximos.
Lembre de comentar se gostou ou não, seu comentário ajuda muito na criatividade do autor.
Até a próxima...