The Avengers: XY-32 Experiment escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 15
Capítulo XIV - Razões Para Odiar Alguém


Notas iniciais do capítulo

Estou vindo postar não porque quase todo mundo comentou, mas por agradecimento à Natália Romanova por sua recomendação :D (Sou viciada em atualizar antes, ne? hasuahsuashu é só me dar motivos pra que eu ceda huasuashhusa)
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Girl! Muito obrigada pelo carinho! Obrigada mesmo! Enjoy esse capítulo que é dedicado para você *--------*
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Agradeço também às novas pessoas que favoritaram. :D
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Espero que TODOS os leitores se divirtam ;)
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*Contém três links de músicas camuflados*



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♪♫ Talvez alguma parte de você me odeia. Você me pega e me joga.
Como é que podemos chamar isso de amor?
Me diga uma vez que precisa de mim esta noite.
Para tornar isso mais fácil, você mente e diz que foi tudo por amor” ♪♫

No dia seguinte, Lola acordou muito mal-humorada, uma coisa que não costumava acontecer com frequência. Para falar a verdade, desde que foi descongelada nunca tinha acordado “virada do avesso” como naquela manhã seguinte à noite que havia descoberto que Steve e Sharon não eram namorados.

Ela estava irritada e não sabia definir muito bem o porquê. Com certeza era por ter pensado por quase 24h que Steve pertencia a alguém, e os sentimentos que isso gerou nela não foram nada agradáveis. Estava aborrecida por ele não desfazer o mal-entendido logo, se sentia estranha, com um embrulho no estômago e vontade de bater em Rogers mais uma vez.

Aquilo só provava o quanto eles eram diferentes, Steve pensou que ela gostava de Loki por dias, semanas! Mas quando descobriu que não era verdade, não sentiu raiva por ter se enganado, pelo contrário, foi um alívio gigante. Lola, entretanto, era mais impulsiva, era mais descontrolada do que ela mesma pensava.

Estava irritada com o mundo inteiro, consigo, com Clint, com os fofoqueiros que falaram esse boato para ele, com Steve, e com a Carter que também não desmentiu nada. Durante o café da manhã, até Tony notou que Lola havia amanhecido bastante rabugenta, então não tentou fazer nenhuma de suas brincadeiras provocativas, apenas parabenizou a irmã por este ser o verdadeiro dia de seu aniversário.

Chegando ao prédio da S.H.I.E.L.D., a Stark fez questão de seguir direto para a primeira etapa de seu terceiro dia de treinamento, foi para a sala de musculação. Tinha que fazer esses tipos de exercício também de agora em diante, mas para sua parcial felicidade a sala/academia estava vazia. E ela poderia fazer esse tipo de treinamento sozinha, uma vez que o Agente João Pedro já havia instruído sobre quais tipos de ciclos teria que fazer.

Entretanto, sua privacidade não foi garantida por muito tempo, Rogers pediu que o avisassem da portaria quando Lola chegasse. Ele estava tão confuso com o final da noite de ontem tanto quanto ele ficou confuso com a reação da garota quando ele revelou ser o Capitão América.

A Stark já malhava quando Steve adentrou a sala.

– Bom dia. – Ele disse.

Ela ficou um tanto surpresa com o visitante.

– Bom dia. – Lola respondeu por educação.

– Dormiu bem? – Ele puxava assunto tentando avaliar o humor da garota.

Steve sabia que tinha perdido o controle ontem, não deveria ter tentado beija-la, não sem ter esclarecido primeiro seu status de relacionamento com a Agente Carter.

– De forma aceitável. – Ela não queria prolongar assuntos.

– Está tudo bem? – Steve perguntou.

– Claro que está, por que não estaria? – Lola disse sem encará-lo distraída com sua atividade, pelo menos tentava “parecer” estar distraída.

– Não sei, o jeito como a noite terminou ontem... Você pareceu ter ficado um tanto estranha, meio ranzinza. – Ele explicou sua preocupação.

– Ranzinza? Eu? Eu não! Nem de longe tão ranzinza quanto sua ex-namorada. – Lola resolveu se permitir explodir. – A Agente Carter sempre foi tão amarga assim para a vida? Ou foi depois do tempo ao lado do Capitão América que a deixou rabugenta como agora? -.

Primeiro Steve congelou, não estava preparado para tanta rispidez explícita, mas Lola continuava levantando os pesos enquanto começou a escutar a resposta que veio dele após seu momento curto de reflexão.

– Você acha mesmo que seria tão horrível assim estar em um relacionamento comigo? - Rogers parecia magoado com o acúmulo de palavras vindas da Stark que não eram tão gentis aos ouvidos. - Acha que sou incapaz de... de fazer alguém feliz? -.

– Não sei de nada, Rogers. Nem conheço você há tanto tempo assim para poder tirar qualquer conclusão. - Lola disse fingindo-se de desentendida enquanto aumentava a massa dos pesos para prosseguir sua malhação.

Rogers bufou uma risada sem graça e balançou a cabeça.

– Você não se cansa? - Steve estava saturado, não aguentava mais fingir que não existia nada além da amizade entre eles.

– Não me canso de quê? - Ela questionou mais surpresa do quê intrigada com a pergunta.

– De não seguir o seu coração. - Steve teve um impulso de coragem.

Lola largou os pesos ficando em pé diante do Rogers que estava a quase cinco metros dela. Ela se perguntava aonde aquela conversa chegaria.

– Do quê mesmo você está falando, Capitão? - Lola o observava com cautela.

– Eu estou falando de mim, de você. Estou falando de nós. - Ele contraiu a mandíbula com uma feição irritada.

NÓS. A palavra simples e cheia de significados ocultos ecoou na mente da Stark e fez um frio enorme surgir no centro de sua barriga. A palavra a aterrorizou.

– O que tem "nós"? - Ela olhou para os lados um tanto insegura, não aguentava encarar Rogers naqueles segundos. Lola estava tendo um ataque de pânico? Mas por quê? A ideia de Steve inclui-la na sua primeira pessoa do plural era tão coisa de filme de terror assim?

– Não estou falando da mídia, e nem do resto da sociedade do planeta, mas... Nossos colegas de trabalho, nossos amigos, e até mesmo o seu irmão! Todos eles parecem acreditar que existe ou deveria existir um "nós" além da amizade, e parece que você é a única que não concorda com isso. -.

– Única? - Lola notou a exclusão explícita dele mesmo na frase expelida.

Steve não se abalou com a descoberta dela, ele tinha criado coragem para questionar umas verdades a Lola e não ia parar agora. Não até pelo menos tê-las respondidas.

– Sim, a única. -.

Era oficial: Lola entrou em PÂNICO.

Seus olhos arregalaram com a direção que a conversa estava tomando. Rogers a estava encurralando de uma forma psicológica que ela não estava acostumada. Ela nem sequer estava habituada com ele sendo a pessoa da sala com menos vergonha.

–... E eu não entendo o porquê de você agir assim. Uma hora você parece gostar de mim, outra hora nem minha amiga você parece querer ser. Eu realmente tento entender. Pensava antes que era culpa do "Capitão América", mas já não acho mais, já que seus traumas estão sendo vencidos, e tem ainda aquele seu quarto na Torre Stark... - Steve começou a se empolgar com os desabafos. Lola o interrompeu.

– Já disse! Aquela decoração não significa nada! Foi apenas uma brincadeira idiota do Tony! - Lola se defendeu.

– Pode ser, mas você está conseguindo viver nele sem nenhum problema. E ainda teve aquele soco que você me deu anteontem! No momento eu não imaginava, mas agora posso ousar dizer que acho que era ciúme, ciúme de mim e da Sharon! -.

– CIÚME?! - Lola ficou vermelha. Nem ela mesma sabia se era de raiva ou de vergonha. Mas bastava que tocassem, Steve principalmente, no nome dessa agente, que já era suficiente para que ampliassem qualquer raiva existente nela. - Ciúme?! CIÚME?! Que eu saiba para que haja ciúme, uma pessoa precisa gostar da outra, e eu não me lembro de gostar de você, muito pelo contrário, eu te suporto, Rogers. Te suporto desde o primeiro momento. Na verdade, eu até te odeio! -.

O queixo de Steve caiu.

– Você me odeia? Por quê? - Ele deu um passo para frente irritado.

– Eu te odeio desde o momento em que eu acordei! Você todo prestativo querendo me introduzir a um mundo novo pós-descongelamento. Isso é irritante, sabia? Você todo bonzinho querendo ajudar sem receber nada em troca. No mundo de hoje isso não acontece! Dá raiva ver você querendo me apoiar e me entender mesmo quando soube que sempre te detestei e aos Estados Unidos. Era para você me detestar de volta, e não dizer que a culpa não é minha e tentar me fazer superar meus traumas, isso é irritante! Você é tão insuportável às vezes. Não entende? Eu não gosto de você, não de verdade, então me desculpe se criou essa ilusão. Mas não dá! Sinto muito! E você ainda tem esses olhos azuis aí, inocentes e que brilham de um jeito bonitinho que não deveriam brilhar. - Lola dizia os motivos de odiar Steve, o que fazia este, tentar prender um riso pelas coisas que ela o estava tentando fazer acreditar. - Eu já comentei que você é alto demais? Pois é, você é! - A garota olhava para os lados enquanto se justificava.

– Minha altura é algo irritante também? - Steve tentava arduamente não rir.

– Sim, É! - Ela quase berrou raivosa sem notar que a distância entre eles estava menor. Rogers havia se aproximado mais.

– O que mais te irrita? - Ele deu corda, mordia o lábio inferior discretamente tentando prender uma risada.

– Oh! O jeito como você fica sem graça. Até o vermelho das suas bochechas são detestáveis! E a forma como trinca a mandíbula e pisca os olhos quando escuta algo que não quer. Você merecia uns tabefes de tão insuportável! - Lola foi interrompida mais uma vez.

– Parece que você me observa demais. - Rogers provocou ainda se segurando para não liberar-se em gargalhadas. Antes ele a estava levando a sério, mas agora, com todas aquelas "razões de não gostar dele", era impossível continuar levando.

Ele a observava olhar o chão e as paredes ao lado enquanto a garota buscava em sua memória trechos das ações dele que poderiam ser motivos detestáveis, Rogers se aproximava da garota empolgada nas ofensas. Lola só o notou mais perto graças a última provocação, ela o direcionou um olhar mais irritado.

– NÃO OBSERVO NADA! Por que acha que faria algo assim? - Lola o fitava como se espumasse raiva.

– Porque eu acho que você gosta de mim, e porque pela primeira vez comecei a acreditar na opinião da Natasha de que você está apaixonada por mim também. - Steve sorria como se tivesse ganhado uma guerra.

– O QUÊ?! ESTÁ LOUCO! NÃO GOSTO DE VOCÊ, EU TE DETESTO, EU TE... ODEIO! EU NÃO... NÃO GOSTO DE VOCÊ! VOCÊ É CHATO, E TEM UM PÉSSIMO GOSTO PARA NAMORADAS, NATASHA E VOCÊ ESTÃO ENGANADOS, EU... EU NÃO GOSTO DE VOCÊ! EU TE... - Lola foi interrompida pela última vez. Ela teve a sua boca calada da maneira mais surpreendente que alguém poderia ter. Não foi muito devagar, mas também não foi tão rápido quanto o susto inesperado fez a garota pensar.

Steve colocou sua mão esquerda pouco atrás da orelha direita de Lola, trazendo seus lábios até os dela.

No primeiro segundo, Lola teve seus olhos tão arregalados que pareciam pular de suas orbitais, mas em pouco tempo pôde se habituar à nova situação. Suas pálpebras se fecharam apaziguando-se numa ação involuntária.

O roçar dos lábios de Rogers despejaram uma doçura morna e pacífica que acalmaram o alto teor de adrenalina que crescera dentro dela graças ao pânico de ter seus sentimentos adivinhados.

Steve colocou a mão sobre a parte da curvatura côncava da coluna da garota, trazendo com delicadeza o tronco dela para o dele. A garota arisca se tornou dócil nos braços dele. A maciez com que sua pele o aceitava nem parecia pertencer a mesma pessoa, que ríspida, o tentava agredir verbalmente segundos atrás.

♪♫ "Em um mundo como esse, onde alguns dão pra trás

Certamente, nós chegaremos ate o fim

Em um tempo como esse, onde o amor dá voltas

Certamente, nós teremos que resistir

Em um mundo como esse, onde as pessoas se separam

Em um tempo como esse, onde nada vem do coração

Em um mundo como esse, eu tenho você" ♪♫

Lola se sentiu amolecer por inteiro naquele beijo inesperado, no meio do envolto dos braços de Steve. Braços rijos que ela tanto havia sonhado secretamente em estar. E ainda assim, estava demorando demais para a ficha cair de que aquilo acontecia realmente.

Lento, desprovido de qualquer pressa. Respeitoso, sem tomar nenhuma liberdade a mais do que o próprio beijo já tomava. Calmo, parecia que havia todo o tempo do mundo para eles. Carinhoso, depositando toda a sua ternura num só gesto. Steve beijava Lola, e Lola beijava Steve de volta.

Até que Rogers afastou sua cabeça da dela e a libertou, ela o encarou sem ar e voltando a ficar terrivelmente assustada. Steve abriu um sorriso, que há poucos minutos atrás Lola teria citado como mais uma coisa "irritante" nele, e disse:

– Está tudo bem, Lola, eu também te odeio. - Ele a olhou ainda sorrindo por alguns instantes e depois seguiu pela porta deixando-a sozinha mais uma vez na sala de musculação.

Lola estava paralisada e em choque. ELA TINHA ACABADO DE SER BEIJADA POR STEVE ROGERS! E não foi algo sem graça, ou sem sentimentos como quando ela tinha beijado Loki. Steve roubou seu oxigênio. Ele a levou para fora da órbita terrestre.

Ele a beijou!

Aquele com certeza seria o primeiro beijo que ela contaria para os sobrinhos-netos! O selinho com um alienígena seria completamente deletado das "páginas dos livros de história".

A Stark tocou o lábio inferior e sorriu por uns instantes, mas logo em seguida o sorriso se desfez e ela fez uma careta irritada.

Lola saiu do salão, partiu em busca de Steve, que para a sorte dela ainda estava atravessando o corredor e quase chegando ao final dele.

– ROGERS! - A garota berrou furiosa. Algo estava errado.

Steve parou de andar e se virou para encará-la distante na outra ponta do corredor. Ele estava sorrindo até o momento que foi abordado por Lola, sentindo-se vitorioso pelo ato de coragem que havia tido, e por ter comprovado não só com o beijo, mas também graças às desculpas esfarrapadas que ela dera, que a Stark realmente gostava dele, mesmo tentando esconder isso.

– VOCÊ NÃO PODE ROUBAR UM BEIJO... - Ela começou a dar passos rápidos, parecia uma bala letal atravessando o corredor; sua face mais irritada do que nunca.

Steve já se preparava para receber um tabefe ou um soco, que provavelmente ele achava que merecia, uma vez que, segundo as boas maneiras de sua época , ter tomado a liberdade de roubar um beijo de uma dama, era algo rude.

Algo muito rude e mal educado de se fazer. Mas ele não conseguiu resistir, pois vê-la a sua frente tentando inventar razões fajutas para não confessar estar apaixonada por ele, foi simples e estranhamente adorável aos olhos de Rogers.

Mas Steve tinha consciência de que ela tinha todo o direito de se sentir ofendida pelo pequeno deslize de etiqueta dele, e seu "nariz" não desviaria do punho de direita da Stark.

Ela o fuzilava com os olhos, enquanto praticamente corria pelo corredor, como se por sua mente passassem milhões de ideias para maneiras diferentes de assassiná-lo.

–... NÃO PODE BEIJAR UMA GAROTA, DIZER QUE TAMBÉM A ODEIA - Lola estava chegando aos últimos metros de distância entre eles. - E DEPOIS LARGÁ-LA SOZINHA! VOCÊ DEVE... VOCÊ DEVE... - A Stark terminava de "bronquear" reduzindo sua velocidade ao se aproximar mais, ao passo que estava começando a amenizar sua expressão assassina.

Steve realmente ficou confuso ao não presenciar um punho se formando ou uma bofetada ser armada. A agressão eminente era com certeza aguardada.

– Você deve continuar o que estava fazendo. - Lola finalmente o alcançou, e agiu rápido enquanto sua própria coragem se fazia presente.

Para a surpresa do Capitão, a garota não usou os braços para agredi-lo fisicamente. A Stark o empurrou contra a parede mais próxima no corredor.

E que se danem as câmeras!

Steve ficou sem reação ao ter seu dorso lançado ao concreto e seu lado frontal aprisionado pela figura morena e decidida a sua frente. Lola usou seu corpo pequeno, em comparação com o dele, para encurralar seu tronco largo enquanto ela segurava a nuca de Rogers usando as duas mãos para poder, dessa vez, Ela, trazer os lábios dele aos dela.

Foi o momento de Steve ficar assustado, num primeiro momento, e Dele ter seus olhos arregalados como se fossem pular para fora do rosto, mas isso, logicamente, até os segundos iniciais em que se habituava à nova situação.

Enquanto isso, em outro recinto do prédio, o segurança que vigiava a gravação das câmeras não acreditou no que seus olhos viam, havia acompanhado todo o cú doce do casal ao longo dos meses como um passatempo, e quase sentiu vontade de estourar uma garrafa de Champanhe quando viu Lola em uma das telas jogar Steve numa parede e começar a beijá-lo.

O tórax de Lola o pressionava contra a estrutura da parede, e seus lábios se moviam contra os dele em uma forma de atrito um pouco maior do que a que ele tinha usado. Ela estava sendo mais... Intensa.

Steve não acreditaria que ela não tinha prática em beijos se ele mesmo não soubesse disso, mas sem que o mesmo estivesse percebido, ele estava envolvido demais naquilo. Surpreso. Porém, envolvido.

♪♫ "O seu amor me faz parecer como uma louca nesse instante...

O seu toque me faz parecer como uma louca nesse instante...

Parecer louca de amor...

Mas eu ainda não entendi exatamente

Como o seu amor pôde fazer aquilo o

Que ninguém mais conseguiu...

Porque, querido, você me tem,

Você me tem" ♪♫

Foi então que Lola fez quase a mesma coisa que ele tinha feito. Afastou sua cabeça separando-os, mas seu peso continuava aprisionando-o.

Corações disparados. Lábios formigando. E uma troca de olhares diferente, como se cada um estivesse enxergado algo diferente no outro pela primeira vez.

Ela respirava mais rapidamente tentando buscar o ar perdido, ele fazia o mesmo completamente atordoado.

A confusão de Rogers foi abrandada quando no rosto de Lola começou a nascer um sorriso. Steve permitiu-se sorrir de volta. Eles estavam felizes. Parecia que uma nuvem de dúvidas e inseguranças os tinha abandonado de uma vez só. Eles estavam aliviados. Agora um gostava do outro, e o outro já tinha certeza disso. Não eram necessárias mais palavras.

A garota afrouxou o aperto para a decepção do consciente e subconsciente do Capitão, mas ele não deixou que ela fosse para muito longe. Steve a puxou para mais um beijo. Um beijo no seu modo sereno, e não no inquieto dela. Nenhum deles conseguia acreditar 100% no que acontecia, mas se entregavam à realização de suas vontades reprimidas.

Enquanto na sala das câmeras, o segurança já havia chamado outros dois guardas para assistir de camarote o que se passava com o casal.

Lola não protestou, pelo contrário, o retribuiu de bom grado. Enganchou-se ao pescoço dele, já desencostado da parede, enquanto, respeitoso como sempre, Rogers apenas a segurava pouco acima da cintura. Contudo, bastou que eles se separassem mais uma vez para que ela resolvesse fazer um comunicado.

– É bom você guardar isso na memória, porque não vai me beijar de novo até termos tempo para um encontro de verdade. Não sou do tipo desfrutável que sai beijando homens por aí sem quê e nem pra quê. - Lola tentava não rir, embora o desejo fosse grande. Ali, nos braços de Steve, toda a vergonha e os problemas se dissiparam, e a vontade de fazê-lo acreditar que ela não gostava dele simplesmente evaporou. Até piadas estava tentando fazer.

– Nunca pensei que fosse. - Steve sorria meio abobalhado, ele poderia ficar mais contente do que estava agora? Eles ficariam juntos no final de toda aquela situação complicada em que estavam inseridos. Era impossível não notar essa promessa implícita nas palavras e no olhar dela.

Lola de maneira inevitável fitou os lábios de Steve mais uma vez, e pôde visualizar sua própria fraqueza surgir. Ele era uma fraqueza para ela, uma fraqueza alta, loira, de olhos azuis, gentil, fofa e doce. Seria um pouco árduo para a própria cumprir essa condição agora que já tinha "provado" do que era ser beijada de verdade, do que era um beijo DELE; sua fraqueza favorita sem dúvida.

– Okay. Não vou ser má. Talvez eu possa te deixar me beijar mais uma vez. - Lola sussurrou não resistindo de imediato, voltando a jogá-lo na parede e beijá-lo. Surpreendendo o "pobre" Capitão mais uma vez com a empolgação que a "ousadia" dele de roubar-lhe o primeiro beijo acabou desencadeando na Stark.

Foi no meio desse processo que uma Natasha apressada surgiu no corredor surpreendendo-os.

– Steve. Lola. - Ela os abordou.

– Na-Natasha! - Lola quase pulou ao serem pegos no flagra após seus lábios e o de Steve se separarem abruptamente gerando um estalo.

– Odeio interromper, mas o XY-32 mostrou a cara finalmente. Ele acabou de fazer ameaças em tempo real num vídeo das emissoras nacionais, vocês precisam ver isso! - O humor da Viúva Negra, para o alívio deles, não estava hábil a fazer provocações. Por enquanto.

Ela estava preocupada.


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Notas finais do capítulo

GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLL!!!!!!! https://31.media.tumblr.com/tumblr_loxm8iz51s1qdiqeno1_500.gif
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Esse é aquele momento em que eu quero saber se esperar por quase 3 temporadas, 56 capítulos e aproximadamente 103 mil palavras valeu à pena. *Não haverá trailer por motivo proposital* :D
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E me sinto oZada o suficiente para pedir que comentem e/ou recomendem também, dessa vez.
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PS: pra quem não lembra, a música que escolhi pro first kiss foi a mesma música que coloquei quando Lola abriu os olhos pela primeira vez ao lado do Steve. *-* essa música significa muito para mim quando se trata desse casal. *-*
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PPS: Vou demorar um pouquinho pra postar o próximo capítulo. Quero que o máximo de gente tenha lido e comentado este antes de que poste outro. *Isso se eu conseguir me segurar pra não postar antes* kkkkkkkk
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Beijooooooos