Soluço, o líder de Berk: A guerra pela paz escrita por Temperana


Capítulo 7
Uma voz


Notas iniciais do capítulo

Oiii!!!
Como vão amores? Então aqui vai mais um capítulo... Para quem pensou que ia acabar o suspense.... Nada mais a dizer. Obrigada pelos comentários. Eles sempre me animam. E não se preocupem. Tem muitos capítulos ainda. Vai ter muitos momentos fofos hiccstrid ainda!! Até as notas finais...



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Uma voz metálica, uma voz envolvente, uma voz atraente, uma voz que necessitava que eu descobrisse sua origem. Uma voz. Mas de quem seria essa voz?

O homem misterioso saiu das árvores. Ele usava uma capa preta, que desconfiei ser feita aprova de fogo, que cobria todo o seu corpo. Na verdade não dava para ver nada de seu corpo além dos seus olhos, que eram de cor indefinida. Era um homem grande. Muito grande. Poderia ser ele. Mas seria realmente?

–É você? – eu fui me aproximando dele. Ele pareceu perceber um erro e colocou a mão aberta na sua frente, em sinal para que eu parasse de me aproximar dele.

–Soluço, - ele começou a falar, mas com uma voz diferente agora, como se quisesse disfarçar a sua verdadeira voz. Ou seria essa a sua verdadeira voz? - por enquanto você não me viu, não me conhece e nem saberá quem sou eu. Só tenho uma coisa para dizer a você. Um recado que sei que você precisa. Você é o líder de Berk Soluço, o grande líder de Berk. Você está agindo sabiamente. Você ensinou muita coisa para os vikings. Sim, você deve ter cuidado com o inimigo, ele é perigoso e mais ardiloso do que aparenta ser. Mas é só você crer em si mesmo. Garanta a existência da Tribo Hooligan do jeito que julga ser o certo. Do seu jeito. Pois nós precisamos de tudo... de tudo isso...

E do nada ele desapareceu, da mesma forma que havia aparecido. De repente.

– Pai?- eu sussurrei para as árvores. Mil pensamentos passavam pela minha cabeça naquele momento. Eu virei-me para Astrid e tinha certeza que meus olhos estavam arregalados. Talvez foi apenas um sonho ou a minha imaginação, eu pensei. Mas vi que não era, pois a Astrid também estava com seus olhos azuis arregalados.

– No começo eu achei que era ele. – eu comecei a falar para Astrid- Aquela voz forte como a do meu pai. Mas depois não parecia mais. Parece que mudou de repente para que eu não suspeitasse, eu não sei. Eu... agora eu estou confuso. Muito confuso. Eu... mas aquela frase que ele disse no final. Aquela frase. Ele... ele me disse uma vez e eu nunca mais esqueci. – eu abracei meu próprio corpo com o calafrio que senti. Nós precisámos de tudo isso. – Astrid você acha que eu estou doido?

Ela veio até mim e me abraçou. E eu deixe-me ser abraçado.

–Sinceramente, parecia muito com a voz do Stoico. Mas eu vi o barco dele queimar Soluço. Eu estava lá. E você também estava lá e viu, mas... olha provavelmente ele vai voltar, ele vai dar alguma explicação. Foi isso que ele disse não foi? Ele disse que não podia falar nada agora. Por isso ele irá voltar. Só temos que esperar – ela deu um longo suspiro e eu senti como seria difícil para ela pronunciar as palavras que iria pronunciar em seguida. – Esqueça isso, só pense que é uma pessoa que está nos ajudando. Eu sei que é difícil para você sem seu pai aqui. E agora aparece esse cara misterioso. – Ela se soltou e passou a olhar nos meus olhos. - Mas você tem que se concentrar em Berk agora. Nos beserkers, em Drago.

– Eu não sei se vou esquecer isso, mas vou tentar. Eu juro. Eu só vivo jurando que vou tentar fazer as coisas. Mas acho que ele tem razão. Temos que impedir a destruição de Berk e segundo ele estamos no caminho certo. – Mas será que estávamos? Só descobriríamos mais tarde se estávamos... – Entre esse exército de malucos e a nossa ilha, há um líder e seu Fúria da Noite que coincidentemente é o dragão alpha. – Eu olhei para o Banguela que se aproximou de mim para eu acaricia-lo. Eu já estava no auge do meu discurso, concordo. Eu me empolgo às vezes. – E mais um exército de berkianos prontinhos para a luta. Ou quase prontos. Estamos no caminho. Realmente nós não temos mais escolha Astrid.

–Você é incrível quando está determinado. –ela disse. Ela se aproximou de mim e me deu beijo. Depois me deu mais um longo abraço. –Quanto a esse homem, você...

–Eu vou ter tempo mais tarde para investigar isso. Ora, eu sou um viking teimoso. E eu tenho 21 anos, quase 22. –Ela revirou os olhos. –Está bem, falta um pouco para meus 22 anos. – na verdade eu fui caçoado toda a minha vida por fazer aniversário no dia 29 de fevereiro. Ou seja, só de quatro em quatro anos. Isso me fazia ser ainda menor do que eu já era. Mas a sorte nunca esteve ao meu favor até eu encontrar o Banguela mesmo. Ou pelo menos não parecia estar. - Mas então, eu tenho 21 anos e sou um viking. E como dizia meu pai, não há combinação pior.

–Eu acho uma ótima combinação. Mas mesmo assim eu me preocupo com você. Eu sei que você não vai tirar isso da sua cabeça por mais que você diga que vai tentar. –ela cruzou os braços. Eu sabia que ela tinha razão então não falei nada. -E eu também estou preocupada com a sua mãe, você vai falar algo com ela?

–Não. Não vou falar nada. Isso a deixaria ainda mais preocupada. E além do mais, nós não vimos nada, certo? – eu pisquei para ela e ela sorriu e piscou de volta.

Você deve estar achando. Ele está tranquilo, não está nem aí para esse homem que apareceu do nada, que tinha a voz do seu pai e veio lhe dar conselhos. Claro que isso não é normal. Eu estava um caos por dentro. Mas eu tinha que manter as aparências, não é mesmo? Tinha que ser forte. Prometi isso à minha mãe e a mim mesmo.

–Agora temos que voltar para as nossas casas e dormir, certo viking? Amanhã começa o nosso treinamento. – ela disse desvencilhando-se do meu abraço. – Até amanhã. E vê se não fica muito para trás – ela deu um sorriso desafiador.

–Ah, é assim? Vamos Banguela!

Saímos voando em uma corrida improvisada. Eu ri muito da Astrid, afinal estar com ela é sempre rir de tudo. Mas eu sei o que ela queria fazer. Ela queria que eu esquecesse aquela conversa, aquele homem, aquela voz, tudo. Confesso que, naquele momento com a brisa nos cabelos e o ar puro da noite, eu esqueci aquilo tudo por um momento.

Você deve concordar comigo que às vezes temos que esquecer o que nos atormenta. Aquele fora um dia difícil desde o inicio para mim. Eu sei que mais tarde tudo aquilo voltou a me atormentar. Eu lembro o quão foi difícil àquela guerra. Vencer as próprias batalhas dentro de si é o mais complicado. Mas pelo menos, aquele momento foi de felicidade. No meio de batalhas, no meio de guerras, esses momentos de felicidade são intensificados. Esses momentos são ainda mais preciosos.

Você é o orgulho de Berk, filho. E como pai eu não poderia escolher sucessor melhor. Por isso eu decidi nomear você líder. Eu tenho orgulho de te chamar de filho.

Certas lembranças nunca se apagam de nossas mentes...


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Notas finais do capítulo

Pois é, de quem é essa voz?
Gostaram? Vou deixar vocês curiosos até o fim (eu no meu momento má!!)
Mil beijos e até o próximo capítulo...
Temp,