Soluço, o líder de Berk: A guerra pela paz escrita por Temperana


Capítulo 16
Um dia de treinamento


Notas iniciais do capítulo

Vamos quase matar o Soluço??? kkkk brincadeira...
Muuuuito Obrigada Lady Handdock... eu simplesmente AMEI A RECOMENDAÇÃO!!! Foi muito diva, muito obrigada amore!!!!!
E obrigada a HeloiseC, Zapped e à Lady por ter favoritado a fic. Vocês não tem a ideia da minha alegria...
Obrigada por todos os reviews!!! Até as notas finais...



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Como combinado, no dia seguinte minha mãe e Bocão nos acompanharia em nosso treino. Levantei-me e enquanto Banguela não acordava, desci para fazer o café. Encontrei minha mãe já acordada sentada na mesa.

–Bom Dia mãe. Já de pé tão cedo?

–Bom Dia filho. É força do hábito apenas. Quando eu morava na Ilha do Santuário, e morei lá 20 anos, eu acordava cedo para alimentar os dragões. Eu estou perdendo esse hábito já, mas hoje resolvi dar uma passeada por Berk. O seu trabalho continua excelente. Na verdade você fez um trabalho incrível. Com os dragões e os vikings mais turrões – eu ri. – Você é uma pessoa maravilhosa, que só quer o bem dos outros.

–Obrigado mãe... eu... bom... – sim, eu fico sem jeito quando falam esse tipo de coisa para mim. – Eu vou fazer o café – ela riu da minha timidez.

Ela levantou-se e fomos até a nossa cozinha onde eu comecei a fazer o café. Ela esfregou os braços para esquentá-los.

–Que estranho cada dia que passa fica mais frio.

–Pois é – também já havia reparado isso, e comecei a pensar se não era sobre isso que a anciã se referia. O frio viria mais cedo. – Está antecipando-se a nossa luta. Infelizmente a paz que tento manter será quebrada – ela me olhou tristemente. – Está tudo bem – abracei-a. – Tudo ficará bem. Nessa época não é normal fazer frio, mas iremos treinar não se preocupe.

–O bom é que poderemos treinar aqui na ilha conforme for ficando mais frio.

–Sim, mas ainda acho melhor voltarmos mais uma vez para a Ilha de Gelo. Olha o café – lhe dei uma caneca e sentei-me com ela no sofá. Esperávamos o Bocão chegar e o Banguela acordar.

–Está ótimo o café – minha mãe disse.

–Está bem quente.

Banguela desceu as escadas com a sela na sua boca. Eu levantei-me e fui até ele.

–Bom Dia amigão. Vem cá, me deixe pôr isso em você – eu coloquei a sela e verifiquei o equipamento dos lemes. – Vem, vou te dar seu café da manhã.

Ele me seguiu aos pulos e eu fui até a cozinha, pegando a cesta de peixes e abrindo-a. Ele começou a comer e eu comecei a acaricia-lo. Alguém bateu na porta.

–Pode deixar que eu abro Solu... – minha mãe começou a falar.

–SOLUUUÇO! – escutamos um grito.

–Bocão! – nós falamos rindo.

–Pode deixar que eu abro Soluço – minha mãe repetiu.

–Agora consegui terminar de falar – ela riu e abriu a porta. Bocão entrou.

–Bom Dia mais novo comprometido de Berk.

–Bom Dia Bocão, onde está o Resmungo?

–Lá fora. Está dormindo – novidade.... Resmungo o dragão mais preguiçoso de Berk. Mas mesmo que o bocão negasse, ele se importava muito com o seu dragão.

–Então já está sabendo da novidade – eu perguntei enquanto saíamos.

–Claro toda Berk já está sabendo – eu bati minha mão na testa e balancei negativamente.

–Todo mundo sabe da minha vida agora? Quer saber, deixa pra lá. Vamos logo então.

Nós decolamos e fomos para a Academia. Chegando lá eu avistei a Astrid rodeada pelos pilotos, com exceção de Eret que estava mais atrás rindo. Ótimo, eu pensei. Eu via a hora que a Astrid iria explodir, e isso não seria bom para ninguém ali. Eu dei um logo suspiro e gritei.

–OK, O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – é, foi bem alto mesmo.

Todos se viraram para mim. A Astrid me mandou um olhar que dizia ainda bem que você chegou, obrigada (aprendi a interpretar todos os olhares dela). Foi Eret que respondeu a minha pergunta.

–Rodearam a Astrid desde que ela chegou. Na verdade eles querem saber sobre o jantar – ele disse.

–Jantar? Ah, ótimo – os pilotos são nossos amigos, mas como os outros cidadãos de Berk, sabem da minha vida. Mas levam isso para o lado mais fofoqueiro possível. – Ok, o que vocês querem saber?

–Nós somos os seus amigos Soluço – Melequento falou. – Temos que vigiar sua vida.

–Ótimo, concordo plenamente com isso – falei ironizando. – Então, nós noivamos ontem, satisfeitos. Ah, foi um jantar maravilhoso. Agora se me permitem, vamos montar e treinar – eu falei gesticulando mais do que o suficiente. – Minha mãe e o bocão vão acompanhar e avaliar algo que possa ser melhorado. Pronto, agora vamos.

Vê se aguento uns amigos desses? Mas eles sempre nos ajudam e são especiais.

Nós montamos nos dragões, passamos no estábulo para pegar os outros dragões e depois partimos para o local de nosso treinamento. Eu e o Banguela estávamos mais na frente. A Astrid se aproximou com a Tempestade.

–Obrigada por me salvar – nós rimos. – Foi só eu chegar na Academia e já gritaram, “Astrid nos conta tudo!”.

–Fazer o que, são nossos amigos. Está tudo bem?

–Está sim. Está tudo perfeito na realidade Soluço.

Nós avistamos o penhasco e eu dei as orientações.

–Mãe, Bocão, vocês devem ficar mais afastados. Ali está o barco e ali o penhasco – eu apontei. Então olhei de um lado para o outro. – Acho que aqui esta ótima. Não se aproximem muito OK? Vamos para as nuvens pessoal!

Nós executamos nosso plano majestosamente. Rajadas de plasma, fogo de zíper arrepiantes, espinhos de Nader. Tudo deu certo. Com exceção do final.

Um dos Pesadelos atirou para o lado errado. Mais precisamente ele atirou em mim e no Banguela. Acontece que estávamos a uma boa distancia do chão. Na realidade o chão era o mar.

Nós tivemos que desviar da bola de fogo. E nessa manobra, a minha prótese desencaixou do encaixe que controlava o leme e eu caí do Banguela.

–BANGUELA! CALMA AMIGO! USA A NOSSA MANOBRA ANTIGA! MERGULHA! – eu gritei. Antes, quando não havia caudas automáticas, nós fazíamos manobras loucas de confiança. Boa hora aquela para uma manobra de confiança.

O Banguela acionou as escamas auxiliares de suas costas (eu chamava aquilo de asinhas, mas isso não vem ao caso, vamos falar corretamente). Ele mergulhou e girou e ele ficou em baixo de mi. Foi perfeita a manobra, de modo eu consegui montar novamente e assumir o controle do leme.

–É ISSO AÍ!- eu gritei – Muito bem amigão, você foi perfeito – falei balançando sua cabeça, segurando pela gengiva. – Eu falei que essas manobras seriam úteis um dia – ele resmungou e eu ri.

Nós voltamos para junto dos outros pilotos. Os pilotos olhavam para mim de boca aberta. Por sorte a Astrid não estava chorando, ela sabia das minhas manobras malucas. Na maioria das vezes dava certo. Porém não podia dizer o mesmo da minha mãe. Ela estava chorando. Eu estava ficando preocupado, já que ela ficou bem sensível após a morte do meu pai. Ela temia me perder toda hora.

–Está tudo bem mãe, não precisa se preocupar comigo enquanto eu estiver com ele. Treinávamos isso antes.

–Eu não estava preocupado – Cabeça Dura disse. – Se tivesse apostado com o Melequento teria ganhado. Você sempre dá um jeito e se salva.

–Eu vou encarar isso como um elogio – falei. Virei-me para minha mãe novamente. – Olha eu tenho esse dragão aqui e ele vai sempre me salvar, embora seja teimoso, temperamental, - ele começou a se mexer e eu quase cai de novo – Ok, e carinhoso, amigo... – ela parou e sorriu. – E Metido.

–Está tudo bem, mas faça isso de novo na minha frente de novo e eu não vou encarar isso como se fosse tudo planejado – ela disse tentando ser firme, mas ela é doce demais para dar bronca. Além disso, ela estava chorando.

–A propósito, e o Pesadelo que quase me atingiu?

–Ei, a culpa não é minha se o Alpha não consegue controla-lo – o Melequento retrucou imediatamente.

–Eu já disse que o Banguela não controla o movimento de nenhum dragão. Apenas faz com que eles fiquem do lado certo. Ele é um líder como eu sou, e eu não controlo os seus movimentos não é mesmo?

–Mas a culpa não é minha – ele falou novamente.

–Eu sei que não é. Pareceu mais um espirro para mim ele pode estar doente ou incomodado com algo.

–Acho que foi aquele Soluço – Perna de Peixe apontou para um dos dragões.

Fomos até lá e nós aproximamos calmamente. Ele parecia estar nervoso.

–Ei, calma... Deixe-me ver você.

Ele abriu a boca e vi que era algo de errado com os dentes dele.

–Bocão, venha cá – eu chamei. – Fique calmo amigo – eu continuei falando calmamente com o pesadelo.

–Humm... A situação está ruim – o Bocão falou – vamos leva-lo para Berk logo.

–Muito bem, estão todos liberados!

Todos nós voltamos para Berk e os pilotos foram para casa. Eu e o Bocão levamos o Pesadelo, que por acaso era uma fêmea e se chamava Chama Crescente para a Oficina do bocão, onde cuidava dos dragões.

Agora me lembro da história dela. Ela foi encontrada por mim e pelo Banguela em uma das nossas buscas, em uma ilha ao norte de Berk. E isso era estranho, porque ao norte de Berk é mais frio ainda para os pesadelos por serem da classe fogo. As escamas são muito sensíveis a baixas temperaturas. Ela estava doente, mas confiou em mim no primeiro olha. Ela dilatou os olhos cinza de forma tão brilhante como a lua. E como estava de noite e a lua crescente, dei-lhe esse nome, Chama Crescente.

–Ela vai ficar bem Bocão? – embora fosse apenas uma dor de dente, em pesadelos são insuportáveis e eu estava preocupado.

–Claro, não se preocupe, pode ir – eu olhei para ela e fomos. Ela ficaria bem, o Bocão era o melhor dentista de dragão...

Fomos para a Academia e vi o que estava faltando no nosso plano. Era isso que eu precisava.

O Banguela me acompanhou até a sala, onde eu me sentei-me à mesa para escrever o meu plano. A minha sala ficava no andar de baixo da Academia, ao lado da sala da Astrid e do Perna de Peixe. O Banguela foi para o outro canto da sala e começou a dormir.

–Dorminhoco... – eu falei, mas sorri. – Agora é fazer outro plano – eu falei para mim mesmo.

Alguém abriu a porta da minha sala. Eu virei-me rapidamente, mas quando vi quem era relaxei.

–Você? Ainda não me disse seu nome...


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Notas finais do capítulo

Dá para saber quem é né?? Não é muito suspense...
Gostaram?? Soluço quase morrendo?? Não né, ele tem o Banguela...
Tadinha da Astrid, um bando de fofoqueiros esses amigos kkkk
Um beijo, até o próximo capítulo, Temp